Os Samaritanos e o Novo Testamento, Os sete erros no Evangelho de João - Por Sha’ul Bentsion
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Para uma comunidade aberta
Serviço Religioso do Papa Francisco I em Santa Marta
Para uma comunidade aberta
aos valores do Espírito (a Ruah)
Há quem enfrenta o sofrimento, mantendo viva a alegria que nasce do Espírito — como por exemplo os cristãos ainda hoje perseguidos em muitas partes do mundo — e quem, ao contrário, «usa o dinheiro para comprar favores» e negociar, ou «a calúnia para difamar e obter a ajuda dos poderosos da terra» e talvez desprezem quantos procuram viver na alegria cristã o seu próprio sofrimento. Sobre este confronto meditou o Papa Francisco na manhã de sábado 27 de Abril, durante a homilia da missa celebrada na Domus Sanctae Marthae. Entre os concelebrantes estavam o arcebispo Mário Zenari, núncio apostólico na Síria, e D. Dražen Kutleša, bispo de Poreč i Pula, na Croácia. Assistiram à missa, entre outros, os funcionários do Serviço dos Correios do Vaticano e um grupo de voluntários do dispensário pediátrico de Santa Marta» no Vaticano.
O Papa ponderou em especial sobre a página dos Actos dos Apóstolos (13, 44-52) que narra precisamente o confronto entre duas comunidades religiosas: a dos discípulos e aquela que o Pontífice definiu «dos judeus fechados, porque nem todos os judeus eram assim». Na comunidade dos discípulos, explicou, cumpria-se a vontade de Jesus — “Ide e anunciai” — e portanto pregava-se e quase toda a cidade se reunia para ouvir a palavra do Senhor. E, observou o Papa Francisco, difundiu-se entre as pessoas uma atmosfera de felicidade que «parecia que nunca seria vencida». Quando os judeus viram tanta felicidade, «encheram-se de inveja e começaram a perseguir» aquelas pessoas, que «não eram malvadas; eram pessoas boas, que tinham uma atitude religiosa».
«Por que o fizeram?», interrogou-se. Fizeram-no «simplesmente porque tinham o coração fechado, não estavam abertos à novidade do Espírito Santo. Julgavam que tudo tinha sido dito, que tudo era como eles pensavam que devia ser e, por isso, sentiam-se como que defensores da fé. Começaram a falar contra os Apóstolos, a caluniar. A calúnia». Trata-se de uma atitude que se encontra no caminho da história; é próprio dos «grupos fechados negociar com o poder; resolver as questões “entre nós”. Como fizeram aqueles que, na manhã da ressurreição, quando os soldados foram dizer-lhes: “Vimos isto”, responderam-lhes: “Calai-vos! Tomai...”, e com o dinheiro encobriram tudo. Esta é precisamente a atitude de uma religiosidade fechada, que não tem a liberdade de se abrir ao Senhor». Na sua vida pública, «para defender sempre a verdade, porque julgam defender a verdade», escolhem «a calúnia, a intriga. São deveras comunidades indiscretas, que falam contra, destroem o outro» e só pensam em si mesmas, como se fossem protegidas por um muro. «Na realidade, a comunidade livre — observou o Papa — com a liberdade de Deus e do Espírito Santo, ia em frente. Até nas perseguições. E a palavra do Senhor propagava-se por toda a região. É próprio da comunidade do Senhor ir em frente, espalhar-se, porque o bem é assim: difunde-se sempre! O bem não se fecha dentro. Este é um critério, um critério da Igreja. Também para o nosso exame de consciência: como são as nossas comunidades, as comunidades religiosas, as comunidades paroquiais? São comunidades abertas ao Espírito Santo, que nos levam sempre em frente, para difundirmos a palavra de Deus, ou são comunidades fechadas?».
A perseguição — acrescentou em seguida o Pontífice — começa por motivos religiosos, por inveja, mas também devido ao modo como se fala: «A comunidade dos crentes, a comunidade livre do Espírito Santo, fala com a alegria. Os discípulos estão cheios de alegria do Espírito Santo. Falam com a beleza, abrem caminhos: sempre em frente, não? A comunidade fechada, ao contrário, certa de si mesma, aquela que procura a segurança precisamente negociando com o poder, com o dinheiro, fala com palavras ofensivas: insultam e condenam».
E para fazer notar a falta de amor nas chamadas comunidades fechadas, o Papa Francisco sugeriu a dúvida que estas pessoas «talvez se esqueçam das carícias maternas, quando eram crianças. Estas comunidades não conhecem as carícias; conhecem o dever, o fazer, o fechar-se numa observância aparente. Jesus disse-lhes: “Vós sois como um túmulo, como um sepulcro caiado, muito bonito, mas nada mais!”. Pensemos hoje na Igreja tão bonita. Esta Igreja que vai em frente. Pensemos nos numerosos irmãos que sofrem por causa desta liberdade do Espírito e hoje padecem perseguições em muitas regiões. Mas estes irmãos, no sofrimento, vivem repletos de alegria e de Espírito Santo. Estes irmãos, estas comunidades abertas, missionárias, anunciam Jesus porque sabem que é verdade aquilo que Ele disse e que agora ouvimos: “Tudo o que pedirdes no meu nome, vo-lo farei!”. A oração é Jesus. As comunidades fechadas pedem aos poderes da terra que as ajudem. E este não é um bom caminho. Olhemos para Jesus, que nos envia a evangelizar, a anunciar o seu nome com alegria, cheios de júbilo. Não tenhamos medo da alegria do Espírito. E nunca nos misturemos com estas coisas que, a longo prazo, nos levam a fechar-nos em nós mesmos. Neste fechamento não há fecundidade, nem liberdade do Espírito».
28 de Abril de 2013
Durante a minha visita a Israel, tive o privilégio de entrevistar Benyamim Sedaka, que é não apenas o principal académico da comunidade samaritana, autor de vários livros sobre os samaritanos que são utilizados em universidades, tradutor da Torah Samaritana, e responsável por todos os artigos sobre o Samaritanismo na Encyclopedia Judaica.
Depois de me debruçar sobre a literatura samaritana por ele indicada, além de dirimir algumas questões pessoalmente, observei que há vários erros – não sutis, mas erros bastante básicos – na história da mulher samaritana narrada no evangelho de João, que aqui gostaria de compartilhar. Para isso, cito o texto neo-testamentár io em vermelho.
O texto neo-testamentár io que relata o encontro de Jesus/Yeshua com a mulher samaritana se encontra em João 4:3-42. É interessante que o leitor faça a leitura dessa narrativa antes de continuar neste artigo.*II – Primeiro Erro: Crenças Básicas*
“Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.” (João 4:19)
Aqui ocorre o primeiro erro. Os samaritanos não crêem que existam profetas ao longo das gerações. Os quatro pilares da fé samaritana, cujas origens são datadas no mínimo da época do Segundo Templo, são descritos abaixo, em documento da A. B. Institute of Samaritan Studies:
"“1. Um Elohim, que é o Elohim de Israel"
"2. Um Profeta, Moshe Ben Amram"
"3. Um Livro Sagrado, o Pentateuco: a Torah entregue por Moshe"
"Um Lugar Sagrado: o monte Guerizim"
"A estes é adicionada a crença no Taheb filho de José (O Retornador, O Restaurador, um profeta como Moisés) que aparecerá no Dia da Vingança e Recompensa nos últimos dias.” (Who are the Israelite Samaritans)"""" "
A mulher samaritana precisaria ser ignorante quanto à sua própria tradição para chamar Jesus/Yeshua de profeta, uma vez que os samaritanos só reconhecem um profeta, Moshe (Moisés), e aguardam outro, denominado na tradição samaritana de Taheb.
Pela tradição samaritana, o Taheb, o restaurador, será um líder seja de Efrayim ou Menashe que irá guiar Israel como nos tempos de Moshe. Porém, em sendo judeu, Jesus/Yeshua jamais preencheria o requisito básico para ser o Taheb.
III – Segundo Erro: A Importância do Monte Guerizim
"“Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. O Eterno(*) é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:20-24 – (*) termo pagão substituído)"
Há mais um erro grave também aqui neste trecho.
Pode parecer tentadora a ideia de que Jesus/Yeshua teria corrigido a mulher, afirmando que tempos viriam em que o Eterno seria adorado não em lugar algum, mas “em espírito e em verdade”.
Para os que crêem no Tanach, a frase acima já é uma contradição, uma vez que o Tanach fala abundantemente da centralidade de Yerushalayim (Jerusalém) como local de adoração para os tempos vindouros. Por exemplo:
"“E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte de YHWH, e casa do Elohim de Ya’akov, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de sairá a Torah, e de Yerushalayim a palavra de YHWH.” (Michah/ Miquéias 4:2)"
"“Exulta, e alegra-te ó filha de Tsiyon, porque eis que venho, e habitarei no meio de ti, diz YHWH. E naquele dia muitas nações se ajuntarão a YHWH, e serão o meu povo, e habitarei no meio de ti e saberás que YHWH Tseva’ot me enviou a ti. Então YHWH herdará a Yehudah como sua porção na terra santa, e ainda escolherá a Yerushalayim. Cala-te, toda a carne, diante de YHWH, porque ele se levantou da sua santa morada.” ""(Zechariyah/ Zacarias 2:10-13)"
Para contornar passagens tais como as acima, e muitas outras, é comum que o Cristianismo as espiritualize, uma vez que se tratam de profecias.
Porém, para o caso do monte Guerizim e sua relação com os samaritanos, a espiritualizaçã o não seria uma saída possível.
Porque, diferentemente do que ocorre para nós judeus, a ideia da centralidade do monte Guerizim para os samaritanos não é profética.
Para os samaritanos, o lugar de adoração faz parte dos Asseret haDibrot (Dez Mandamentos) na sua versão da Torah. Na Torah samaritana, o não cobiçar a mulher do próximo e os seus pertences aparecem como um único mandamento. E o décimo mandamento aparece da seguinte forma:"“E será que quando o vosso Elohim vos trouxer à terra de Kena’an, que ireis herdar, vós vos erguereis grandes pedras, e as cobrirão com reboco, e escreverão nelas todas as palavras desta Torah. E será que, quando passares pelo Yarden, colocareis estas pedras, que Eu hoje vos ordeno, no monte Guerizim.” (Torah Samaritana – Asseret haDibrot)"
Esta é a principal diferença textual entre a Torah Samaritana e a Torah Judaica.
Vale ressaltar que a questão aqui não é entrarmos no mérito de se o texto original é o judaico ou o samaritano, mas sim de analisar o impacto das palavras de Jesus/Yeshua sobre a mulher samaritana. Espiritualizar as profecias sobre Yerushalayim (Jerusalém) é uma coisa. Espiritualizar um dos Dez Mandamentos é outra! Um samaritano jamais aceitaria o argumento de Jesus/Yeshua, coisa que a mulher aceita de bom gradoIV – Terceiro Erro: Relação com a Dinastia Davídica
Ainda acerca da passagem supracitada, há um terceiro erro: os samaritanos culpavam (e culpam) abertamente a dinastia davídica por ter mudado o local de adoração, e afirmam que os samaritanos nunca aceitaram a autoridade da dinastia davídica. Sobre isso, Sedaka escreve:
"""“A tribo de Yossef não se submetida ao governo de David e Salomão. Eles se rebelaram contra a Casa de David na primeira oportunidade, quando Salomão morreu. A tribo de Yossef conduziu as tribos do norte para formarem o Reino de Israel. As relações entre os Reinos de Israel e Judá não eram fáceis.” (Israelite Samaritan History)"
Ou seja, um samaritano teria muito pouca simpatia, para dizer o mínimo, de ouvir um judeu, quem dirá um suposto descendente davídico, discorrer sobre uma nova alteração no lugar de adoração, ou mesmo sobre um livramento vir dos judeus, visto que os samaritanos culpavam a tribo de Yehudah por boa parte dos infortúnios do povo de Israel. Supor que a mulher, e muitos outros após ela, ouviria(m) essa retórica e se maravilhariam demonstra a ingenuidade do autor do relato sobre os conflitos político-religi osos da região.*V – Quarto Erro: Relação com a Dinastia Davídica*
"“A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela? Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?” (João 4:25-29)"
O quarto erro, igualmente grave, está nas palavras da mulher samaritana, que afirma saber que o Messias restauraria todas as coisas.
Samaritanos não crêem na vinda de um Mashiach! Salvo, evidentemente, se dissociarmos a ideia de “Mashiach” do conceito encontrado no Tanach, e atribuirmos a palavra um novo conceito.
Alguns teólogos tentam contornar essa falha evidente com uma comparação entre o conceito do Taheb, e o conceito judaico de Melech haMashiach, o descendente davídico que apareceria no fim dos tempos, pois de fato há semelhanças entre os dois. Porém, essa comparação é extremamente falha. Não a toa, em entrevista a nós, Sedaka nos informou Sedaka, a crença numa figura messiânica é exclusivamente judaica.
Afinal, o Taheb é um profeta de Efrayim, que centralizará as tribos de Israel entre ele, retornando Israel a um estado funcional semelhante ao dos tempos de Moshe (Moisés).
Atribuir à mulher samaritana uma expectativa que é judaica é um erro de contexto sociológico bastante grande. Mesmo que fôssemos supor que a mulher samaritana se referisse ao Taheb, Jesus/Yeshua não cumpriria seus requisitos mais básicos, e certamente a mulher samaritana sabia disso.*VI – Quinto Erro: Distinção entre Profeta e Taheb
*
Mesmo se ignorássemos o quarto erro, haveria ainda um quinto, na mesma passagem, se for feita a associação que deseja e o evangelista entre o Taheb samaritano e o Mashiach judeu, mesmo sendo conceitos completamente diferentes.
O erro ocorreria porque no verso 19, a mulher afirma que Jesus/Yeshua era um profeta. Já no 29, afirma que ele seria essa figura messiânica.
Todavia, na teologia samaritana não haveria diferenciação entre o ser um profeta e ser o Taheb. O único profeta esperado pelo Samaritanismo é exatamente o Taheb. Não há outro, e portanto não haveria porque a mulher se surpreender no 29, se já havia percebido no 19 que Jesus/Yeshua era supostamente um profeta.
E, como afirmado no item II, Jesus/Yeshua não cumpriria os requisitos samaritanos para ser o Taheb, assim como também não cumpre as profecias messiânicas do Tanach.
VII – Sexto Erro: Pretensão Excessiva
"“E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.” (João 4:39-40)"
O autor do evangelho de João peca aqui, num sexto erro, por ter pretensões excessivas. Se tivesse limitado seu relato à mulher, seria talvez possível alegar ignorância ou mesmo uma profunda judaização da samaritana, mesmo que improvável, dada a insistência a ela atribuída pela mesma narrativa na diferenciação entre judeus e samaritanos. Porém, o autor passa à tese deveras ambiciosa de que muitos samaritanos teriam crido nele.
Ora, caro leitor, observe a proposta: Samaritanos, cuja rivalidade com os judeus era enorme, jamais creram em qualquer um dos profetas judeus, mesmo com todas as profecias precisas sobre o Reino do Norte, e que não aceitavam nem acreditavam em judeus operadores de milagres e/ou adivinhações (tanto o NT quanto Josefo afirma que tais pessoas existiam), e que não só não criam na existência de uma figura messiânica, como ainda por cima rejeitavam frontalmente a dinastia davídica, que era por eles considerada a principal responsável pela mudança do local sagrado de culto.
Esses mesmos samaritanos aceitariam um judeu, suposto descendente de David, como seu messias, abdicando completamente de suas crenças e aceitando desprezar um dos Dez Ditos (ou “Dez Mandamentos”) de sua Torah, simplesmente porque ele adivinhou que a mulher não era casada, ou porque trouxe mensagens com belas palavras? Vale ressaltar que o próprio Tanach, seja nos profetas, nos salmos, ou nos provérbios, possui palavras bem mais belas do que as relatadas no referido evangelho.
Para que o leitor tenha ideia do tamanho do empreendimento, seria como se um bispo católico convencesse muitos pentecostais de que ele é o líder a ser seguido, e ao mesmo tempo os convencesse a abdicar de suas crenças e adotar o catolicismo.
Para que isso ocorresse, seria necessário um milagre sobrenatural tamanho que certamente mereceria grande destaque na narrativa evangelística, e não poderia ser atribuído unicamente a uma argumentação intelectual, como o evangelho faz.
A única forma de imaginar que isso seja possível seria apelar para o argumento a partir da ausência. Isto é, imaginar que os principais argumentos de Jesus/Yeshua, ou o grande milagre do convencimento sobrenatural, estão de alguma forma ausentes do relato de João.
Considerando, porém, o que isso representaria para um judeu do primeiro século, ou mesmo as possíveis implicações proféticas de algum tipo de acordo entre Yehudah (Judá) e e Efrayim (Efraim), já seria muito estranho que a isso não se dedicasse páginas e páginas.
Em suma, seria preciso alimentar uma grande criatividade a partir de um enorme desejo de querer justificar o texto para minimizar tal ausência.
VIII – Sétimo Erro: O Salvador do Mundo
"“E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.” (João 4:42)"
O sétimo e último erro está na ideia de um salvador do mundo. Essa ideia já seria bastante incomum no Judaísmo, uma vez que o conceito de salvação no Tanach não está associado ao perdão dos pecados, nem a algum tipo de transformação espiritual, mas sim ao livramento do perigo. O conceito de uma salvação espiritual é gnóstico em sua origem, e parte da ideia, derivada do dualismo platônico, de que o corpo mortal é uma prisão para o espírito.
Na ausência dos escritos proféticos, a escatologia samaritana é ainda mais simples. Segundo Sedaka, os samaritanos não acreditam sequer numa batalha apocalíptica. Os samaritanos crêem que os espíritos daqueles que morrem vão para o mundo dos espíritos e que aqueles que viveram uma vida reta serão ressuscitados no fim dos tempos, enquanto os que não são retos simplesmente não ressuscitarão.
A crença samaritana também pode ser vista no Malef, importante tratado teológico samaritano da Idade Média:
"""“No Dia da Vingança quando ele diz, ‘Agora vede…’ tudo que foi apontado será revertido para o que era quando foi criado pela primeira vez a partir do nada. E voltará novamente uma segunda vez do nada, após se tornar pó. Em um momento, retornará à condição anterior no mundo e todos os mortos se levantarão do pó vivos; e verão a glória do Eterno, em Sua glória, e ouvirão Sua grande voz.” (Malef – sobre a ressurreição) "
De fato, considerando que os samaritanos utilizam unicamente a Torah e suas tradições como fonte teológica, seria estranho que uma ideia que sequer é judaica em sua origem fosse por eles compartilhada.
Em outras palavras, se já não havia espaço na teologia samaritana para um messias davídico, muito menos ainda há para a figura de um salvador da humanidade.IX – Conclusão
Como se pode perceber, o relato da suposta conversão da mulher samaritana no evangelho de João é desastrosamente equivocado, e indica que o conhecimento do autor sobre a comunidade samaritana ou a sua fé se restringia a um saber extremamente superficial sobre a rivalidade entre o monte Moriá e o monte Guerizim como local de culto.
Certamente que tal narrativa não poderia ser obra de um judeu do primeiro século que tenha tido algum contato com a comunidade samaritana. E ninguém melhor do que os próprios samaritanos para esclarecerem a verdade dos fatos sobre sua história e crenças.
Agradecimentos ao A. B. Institute of Samaritan Studies, pela fonte das informações aqui utilizadas (à exceção do texto do Malef).
Magalhães Luís
Gilmar Costa Leal gostei da exposição. E não a considero anticristã. Devemos receber todos os "ataques" apologéticos com hombridade. E sem censura de moderadores. Gosto do conceito "lutar em campo" como o faz Sérgio Ramos. E no fim da "peleja", o abraço da Paz: http:// www.lasexta.com/ videos/jugones/ 2013-mayo-1-2013 050100002.html
Gilmar Costa Leal gostei da exposição. E não a considero anticristã. Devemos receber todos os "ataques" apologéticos com hombridade. E sem censura de moderadores. Gosto do conceito "lutar em campo" como o faz Sérgio Ramos. E no fim da "peleja", o abraço da Paz: http://
Magalhães Luís
Façamos uma introdução. “E era-lhe necessário passar por Samaria”. (João 4:4). Esta palavra necessária revela a intenção de Jesus. Outro líder judeu jamais passaria por ali. Jesus é vazio de preconceitos e cheio de boas intenções: Ganhar os samaritanos. Então foi para lá, para casa deles.
»» “Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida”. (João 4:8). Dois motivos básicos para Jesus enviá-los à cidade para comprar comida:
(1) Eles precisavam alimentar-se.
(2) Eles não suportariam ver o Seu Mestre conversando com uma mulher samaritana.
»» A SAMARITANA VIVIA NUMA LUTA EXASPERADA PARA QUEBRAR A SUA ROTINA:
“Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade” João 4:18. A rotina da vida daquela mulher era trocar de marido periodicamente, pelos mais variados motivos. Como esta rotina foi literalmente quebrada? Conte comigo, internauta: Ela teve 1, 2, 3, 4, 5, 6 maridos, até aparecer o SÉTIMO, não na ordem de relacionamento marital, mas no contexto de libertação para quebrar definitivamente a rotina da mulher. Quando Jesus apareceu, a vida dela foi transformada. A rotina só é quebrada pelo poder do SÉTIMO.
Façamos uma introdução. “E era-lhe necessário passar por Samaria”. (João 4:4). Esta palavra necessária revela a intenção de Jesus. Outro líder judeu jamais passaria por ali. Jesus é vazio de preconceitos e cheio de boas intenções: Ganhar os samaritanos. Então foi para lá, para casa deles.
»» “Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida”. (João 4:8). Dois motivos básicos para Jesus enviá-los à cidade para comprar comida:
(1) Eles precisavam alimentar-se.
(2) Eles não suportariam ver o Seu Mestre conversando com uma mulher samaritana.
»» A SAMARITANA VIVIA NUMA LUTA EXASPERADA PARA QUEBRAR A SUA ROTINA:
“Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade” João 4:18. A rotina da vida daquela mulher era trocar de marido periodicamente,
Magalhães Luís
SETE DIVINDADES OU AMORES
SETE DIVINDADES OU AMORES
Magalhães Luís
“Divindades Específicas de Samaria”
2 Rs 17:29-33
*SUCOTE-BENOTE – do hb “cabana das filhas”. Divindades babilónicas.
*NERGAL <2> – a divindade da guerra, da doença e da morte na mitologia da Assíria e da Babilônia.
*ASIMA – divindade de Hamate – 2 Rs 17:30.
*NIBAZ e TARTAQUE – 2 Rs 17:31. Divindades da terra dos aveus.
*ADRAMELEQUE <hb “o deus Adar é rei”> e ANAMELEQUE <hb. “o deus Anu é rei”> – 2 Rs 17:31. Divindades de Sefarvaim .
“Divindades Específicas de Samaria”
2 Rs 17:29-33
*SUCOTE-BENOTE – do hb “cabana das filhas”. Divindades babilónicas.
*NERGAL <2> – a divindade da guerra, da doença e da morte na mitologia da Assíria e da Babilônia.
*ASIMA – divindade de Hamate – 2 Rs 17:30.
*NIBAZ e TARTAQUE – 2 Rs 17:31. Divindades da terra dos aveus.
*ADRAMELEQUE <hb “o deus Adar é rei”> e ANAMELEQUE <hb. “o deus Anu é rei”> – 2 Rs 17:31. Divindades de Sefarvaim .
Magalhães Luís
Naqueles dias afirmava-se que além do D'us de Jacob os samaritanos adoravam o fogo ou a imagem de uma pomba e até diversos deuses, os terafins [ídolos ou imagens de deuses], enterrados no Carvalho de Siquém <Gn 35:4>. Pelo contrário os judeus eram estritamente monoteístas e o HaShem era o único e verdadeiro D'us e não admitiam imagens. Com isto Jesus afirma que o objeto do culto está assegurado. A maneira de fazê-lo é que desde este momento vai mudar. De um culto externo e geograficamente situado, vamos entrar num culto interior e pessoal. Daí a palavra espírito oposta a local geográfico e verdade em oposição à exterioridade hipócrita da língua como dirá o Filho de Deus, citando Isaías: “...este povo honra-me com os lábios, mas o coração está longe de mim” <Mt 15:8>. A resposta de Jesus: João 4:20-24.
Naqueles dias afirmava-se que além do D'us de Jacob os samaritanos adoravam o fogo ou a imagem de uma pomba e até diversos deuses, os terafins [ídolos ou imagens de deuses], enterrados no Carvalho de Siquém <Gn 35:4>. Pelo contrário os judeus eram estritamente monoteístas e o HaShem era o único e verdadeiro D'us e não admitiam imagens. Com isto Jesus afirma que o objeto do culto está assegurado. A maneira de fazê-lo é que desde este momento vai mudar. De um culto externo e geograficamente
Magalhães Luís
D'us é Espírito.
Jesus torna-se eco das palavras do Profeta Isaías em 1:10-18, onde o ETERNO diz estar farto dos holocaustos (sacrifícios queimados) de carneiros e da gordura de bezerros cevados, etc. O verdadeiro culto ao YHWH é o crente cessar os atos pecaminosos e manter um altíssimo grau de fidelidade diante do próprio Senhor - Is 1:16. Diante da mulher samaritana, o Filho (na visão cristã, no meu entender decisiva) revelou que a verdadeira adoração começa de dentro para fora, e nunca de fora para dentro.
D'us é Espírito.
Jesus torna-se eco das palavras do Profeta Isaías em 1:10-18, onde o ETERNO diz estar farto dos holocaustos (sacrifícios queimados) de carneiros e da gordura de bezerros cevados, etc. O verdadeiro culto ao YHWH é o crente cessar os atos pecaminosos e manter um altíssimo grau de fidelidade diante do próprio Senhor - Is 1:16. Diante da mulher samaritana, o Filho (na visão cristã, no meu entender decisiva) revelou que a verdadeira adoração começa de dentro para fora, e nunca de fora para dentro.
Magalhães Luís
Os Discípulos (representam a religião rígida, legalista):
Os discípulos, ao virem o yehud Yeshua conversando com a mulher samaritana, estranharam. Existia entre os mestres ou rabinos da época uma sentença muito repetida: Não falar em público com uma mulher. Que religião, hein!!! A Lei dos rabinos proibia à mulher sair com os cabelos soltos, tecê-los na praça, falar com qualquer homem. Especialmente entre os doutores e homens religiosos: Que não falem com uma mulher na rua, mesmo que seja sua esposa, irmã ou filha. SIM! Um, dentre muitos decretos judeus declarava impura qualquer mulher samaritana. Ao virem o seu líder conversando exatamente com uma samaritana, espantaram-se, ficaram pasmos, boquiabertos.
Os Discípulos (representam a religião rígida, legalista):
Os discípulos, ao virem o yehud Yeshua conversando com a mulher samaritana, estranharam. Existia entre os mestres ou rabinos da época uma sentença muito repetida: Não falar em público com uma mulher. Que religião, hein!!! A Lei dos rabinos proibia à mulher sair com os cabelos soltos, tecê-los na praça, falar com qualquer homem. Especialmente entre os doutores e homens religiosos: Que não falem com uma mulher na rua, mesmo que seja sua esposa, irmã ou filha. SIM! Um, dentre muitos decretos judeus declarava impura qualquer mulher samaritana. Ao virem o seu líder conversando exatamente com uma samaritana, espantaram-se, ficaram pasmos, boquiabertos.
Magalhães Luís
Uma pausa: Um reparo a mim próprio. Discordo quando insisto na minha referência a Jesus apenas como o Filho de D'us e não de filho de Miriam (Maria) também, pois isto implica que a Sua natureza aqui é apenas divina, entretanto o propósito de "João" aqui é exatamente mostrar que o Rabbuni é totalmente humano e totalmente Divino, sem distinção.
Uma pausa: Um reparo a mim próprio. Discordo quando insisto na minha referência a Jesus apenas como o Filho de D'us e não de filho de Miriam (Maria) também, pois isto implica que a Sua natureza aqui é apenas divina, entretanto o propósito de "João" aqui é exatamente mostrar que o Rabbuni é totalmente humano e totalmente Divino, sem distinção.
Magalhães Luís
Jesus foi um autêntico revolucionário na sua dignificação, até ao escândalo: veja-se a estranheza dos discípulos ao encontrar Jesus com a samaritana, que tudo tinha contra si: mulher, estrangeira, herética, com o sexto marido. Condenou a desigualdade de tratamento de homens e mulheres quanto ao divórcio. Fez-se acompanhar - coisa inédita na época - por discípulos e discípulas. Acabou com o tabu da impureza ritual. Estabeleceu relações de verdadeira amizade com algumas. Maria Madalena constitui um caso especial nesta amizade: ela acompanhou-o desde o início até à morte e foi ela que primeiro teve a intuição e convicção de fé de que Jesus crucificado não fora entregue à morte, pois é o Vivente em Deus.
Jesus foi um autêntico revolucionário na sua dignificação, até ao escândalo: veja-se a estranheza dos discípulos ao encontrar Jesus com a samaritana, que tudo tinha contra si: mulher, estrangeira, herética, com o sexto marido. Condenou a desigualdade de tratamento de homens e mulheres quanto ao divórcio. Fez-se acompanhar - coisa inédita na época - por discípulos e discípulas. Acabou com o tabu da impureza ritual. Estabeleceu relações de verdadeira amizade com algumas. Maria Madalena constitui um caso especial nesta amizade: ela acompanhou-o desde o início até à morte e foi ela que primeiro teve a intuição e convicção de fé de que Jesus crucificado não fora entregue à morte, pois é o Vivente em Deus.
Magalhães Luís
Vamos prosseguir.
Vamos prosseguir.
Magalhães Luís
"Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, toda a Judeia, Samaria e até aos confins da terra"), de Ac 8,14-25 (foi o diácono Filipe o primeiro a converter alguns samaritanos), de Lc 9,51-56 e paralelos (os samaritanos recebem mal Jesus) e de Mt 10,5 (Jesus proíbe os doze de evangelizar os pagãos e os samaritanos). A cena do quarto evangelho é uma grande parábola em ação do seu autor, uma espécie de "midrache", para apresentar Jesus como o verdadeiro Salvador, não apenas dos judeus, mas de todo o mundo. Se os samaritanos assim acreditam, também os fariseus e demais judeus e pagãos devem acreditar.
"Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, toda a Judeia, Samaria e até aos confins da terra"), de Ac 8,14-25 (foi o diácono Filipe o primeiro a converter alguns samaritanos), de Lc 9,51-56 e paralelos (os samaritanos recebem mal Jesus) e de Mt 10,5 (Jesus proíbe os doze de evangelizar os pagãos e os samaritanos). A cena do quarto evangelho é uma grande parábola em ação do seu autor, uma espécie de "midrache", para apresentar Jesus como o verdadeiro Salvador, não apenas dos judeus, mas de todo o mundo. Se os samaritanos assim acreditam, também os fariseus e demais judeus e pagãos devem acreditar.
Magalhães Luís
Mas o autor da narrativa não parte do nada, porque tem como cenário a história da Samaria e a história de cristãos joanicos samaritanos. Este aspecto fica claro com a frase do v. 4: "Precisava de passar pela Samaria", conjuntamente com a frase do v. 39: "Porque eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga."
Em João (como também em Lucas), o verbo dei, ser preciso, relaciona a pessoa de Jesus com o plano divino da salvação. No imperfeito, significa que Jesus precisava daquele encontro com a mulher samaritana para que a sua obra de revelação não deixasse nada em atraso. O verbo aparece mais duas vezes neste capítulo com o mesmo sentido (v. 20: "Dizeis que Jerusalém é o lugar onde é preciso adorar"; v. 24: "Deus é espírito; por isso, os que o adoram é preciso que o adorem em espírito e verdade"), e o mesmo se diga de 3, 7 ("E preciso nascer de novo"), 3, 14 ("E preciso que o Filho do Homem seja levantado..."), 9,4 ("É preciso que eu faça as obras daquele que me enviou"), 10,16 ("Tenho ainda outras ovelhas..., é preciso que venham a mim..."; cf. ainda 12,34 e 20,9). Estamos, portanto, diante duma narrativa teológica. O v. 39, já anotado, no contexto maior dos vv. 35-38, tem em vista o tempo dos samaritanos cristãos na altura em que o autor escreve. A "ceifa" cristã joanica deve ter sido bastante significativa. Entre as várias comunidades joanicas devemos pressupor uma na região da Samaria. Não é por acaso que existe uma estreita ligação entre a "necessidade divina de revelação" do evangelho de Lucas e de João com o verbo dei, que pressupõe o "mandato" missionário de Ac 1, 8: "Sereis minhas testemunhas... em Samaria". Toda a narrativa se encaminha para a realização dos tempos escatológicos da vinda do Messias que, segundo a mentalidade dos samaritanos, a partir de Dt 18, 18, se chamaria Taheb, aquele que tudo sabia (v. 25: Disse-lhe a mulher: "Eu sei que o Messias, que é chamado Cristo, está para vir. Quando vier, há-de fazer-nos saber todas as coisas. "1.
Mas o autor da narrativa não parte do nada, porque tem como cenário a história da Samaria e a história de cristãos joanicos samaritanos. Este aspecto fica claro com a frase do v. 4: "Precisava de passar pela Samaria", conjuntamente com a frase do v. 39: "Porque eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga."
Em João (como também em Lucas), o verbo dei, ser preciso, relaciona a pessoa de Jesus com o plano divino da salvação. No imperfeito, significa que Jesus precisava daquele encontro com a mulher samaritana para que a sua obra de revelação não deixasse nada em atraso. O verbo aparece mais duas vezes neste capítulo com o mesmo sentido (v. 20: "Dizeis que Jerusalém é o lugar onde é preciso adorar"; v. 24: "Deus é espírito; por isso, os que o adoram é preciso que o adorem em espírito e verdade"), e o mesmo se diga de 3, 7 ("E preciso nascer de novo"), 3, 14 ("E preciso que o Filho do Homem seja levantado..."),
Magalhães Luís
A questão religiosa de Samaria começa depois da morte de Salomão. Este usava e abusava dos trabalhadores das tribos do Norte. O seu sucessor Jeroboão (931-91O a. C.) agravou ainda mais a situação, desencadeando-s e, assim, o cisma entre o Norte e o Sul. Em 722 os assírios conquistaram o reinado do Norte, deportaram grande parte dos judeus para a Assíria e colocaram na região de Samaria colonos assírios. Assim nasceu o sincretismo religioso entre a religião dos assírios e a de Israel, a inimizade política e religiosa entre os dois povos, o aparecimento, mais tarde, durante o império helênico, do templo de Garizim que rivalizava com o de Jerusalém. Os cinco maridos de que fala o v. 18 ("tiveste cinco maridos e o que tens agora não é teu marido") refere, com toda a probabilidade, os colonos pagãos assírios de cinco regiões e respectivas religiões (cf. 2R 17,24-34; cf. v. 24: "O rei da Assíria mandou vir gente da Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamat, de Sefarvaim, em lugar dos filhos de Israel..."). As várias tentativas políticas e religiosas de reis, sacerdotes e profetas (cf. Ez 37, 16-19) em reunir as dez tribos do Norte com as duas do Sul fracassaram. A última tentativa partiu das tribos do Norte por altura do regresso dos judeus do exílio da Babilônia. As tribos do Norte ofereceram as suas ajudas aos judeus do Sul para a reconstrução do Templo de Jerusalém, mas os responsáveis recusaram tais ofertas e agudizaram ainda mais as rivalidades com a proibição dos casamentos mistos no reinado do Sul (cf. Es 4,1-5; 9-10). A reconquista do reinado do Norte só aconteceu com o rei João Hircano em 107 a. C.,mas o sincretismo religioso permaneceu bem como o ódio entre os dois povos. O autor do Eclesiástico em 50,25-26 fulmina os samaritanos desta maneira: "Dois povos abomina a minha alma / e o terceiro nem sequer é um povo: / os que vivem no monte Seir e os filisteus, / e o povo insensato que habita em Siquem."
É neste contexto histórico e religioso do passado de Israel, juntamente com o contexto dos samaritanos joanicos, ao tempo do autor do quarto evangelho, que devemos compreender a nossa narrativa do sinal da Samaritana, que podemos estruturar em três grandes blocos:
Jesus revela-se a uma mulher samaritana (4,1-26)
Jesus revela-se aos discípulos (4, 27-38)
Jesus revela-se aos samaritanos (4, 39-42)2
O bloco narrativo mais importante concentra-se no diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, a qual, logicamente, representa e simboliza a "questão" samaritana que acabamos de expor. O estilo literário deste diálogo em que o "novo" e "óbvio" das declarações-rev elações de Jesus contrasta com as incompreensões, não menos óbvias, a nível de lógica "histórica", das perguntas da samaritana, é muito próximo do diálogo entre Jesus e Nicodemos, como também dos diálogos de Jesus com Marta e Maria e com todos os demais diálogos. Situamo-nos sempre dentro do círculo hermenêutico da retórica do Jesus joanico.
Em Jo 4, 5-15, o diálogo nasce a partir da realidade geográfica do "poço de Jacob." Este poço ainda existe hoje e tem uma longa história bíblica, que dispensamos de estudar por razões óbvias.
Segundo a narrativa, "Jesus, fatigado pela viagem, sentou-se, sem mais, na borda do poço. Era por volta do meio-dia" (v. 6). O espaço, o lugar e o tempo são devidamente apresentados.
A questão religiosa de Samaria começa depois da morte de Salomão. Este usava e abusava dos trabalhadores das tribos do Norte. O seu sucessor Jeroboão (931-91O a. C.) agravou ainda mais a situação, desencadeando-s
É neste contexto histórico e religioso do passado de Israel, juntamente com o contexto dos samaritanos joanicos, ao tempo do autor do quarto evangelho, que devemos compreender a nossa narrativa do sinal da Samaritana, que podemos estruturar em três grandes blocos:
Jesus revela-se a uma mulher samaritana (4,1-26)
Jesus revela-se aos discípulos (4, 27-38)
Jesus revela-se aos samaritanos (4, 39-42)2
O bloco narrativo mais importante concentra-se no diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, a qual, logicamente, representa e simboliza a "questão" samaritana que acabamos de expor. O estilo literário deste diálogo em que o "novo" e "óbvio" das declarações-rev
Em Jo 4, 5-15, o diálogo nasce a partir da realidade geográfica do "poço de Jacob." Este poço ainda existe hoje e tem uma longa história bíblica, que dispensamos de estudar por razões óbvias.
Segundo a narrativa, "Jesus, fatigado pela viagem, sentou-se, sem mais, na borda do poço. Era por volta do meio-dia" (v. 6). O espaço, o lugar e o tempo são devidamente apresentados.
Magalhães Luís
O espaço geográfico abrange toda a terra do Norte de Israel com as dez tribos separadas, o lugar é o "poço de Jacob" com toda a sua carga histórica e simbólica (cf. Gn 28, 10)3, e, finalmente, o tempo, "era por volta da hora sexta", isto é, meio-dia. A mesma expressão sobre o tempo é usada pelo autor aquando da crucificação (Jo 19, 14). A água "viva" que jorra do poço de Jacob também vai jorrar do "lado direito" do Crucificado (19,34).
O símbolo da "água" é um dos mais significativos do quarto evangelho. Aparece 12 vezes (2,7.9; 3,5; 4,7.12.13 .14 (bis). 15; 5,7; 7,38; 13, 5; 19, 34) e sempre em lugares ou espaços de revelação. Vale a pena ler os cinco passos do nosso texto:
4, 7: "...chegou certa mulher samaritana para tirar água..."
4, 12: "Onde consegues, então, a água viva?..."
4,13-15: "Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede, mas, quem beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna... Senhor, dá-me dessa água, para eu não ter sede, nem ter de vir cá tirá-la."
E mais do que evidente que o autor opõe à água natural do poço de Jacob (Antigo Testamento) a água viva da revelação de Jesus (Novo Testamento). Desta forma, o Jesus joanico responde de maneira escatológica à repreensão de Jr 2, 13: "O meu povo cometeu um duplo mal: abandonou-me, a mim, nascente de águas vivas, e construiu cisternas para si, cisternas rotas, que não podem reter as águas." O sinal das Bodas de Caná (água-vinho novo e melhor), o sinal de Nicodemos (água-Espírito Santo) e o sinal da água-sangue que sai do lado do Crucificado (19,34), concentram-se no sinal da Samaritana de maneira compulsiva. A água do poço de Jacob recebe, em Jesus, uma performatividad e simbólica e sacramental de continuidade e descontinuidade . A velha história entre judeus e samaritanos, que tantas feridas gerou, só será curada através desta nova água e deste novo poço, Jesus.
A partir deste centro de performatividad e em volta da metáfora da "água", desenvolve-se um outro centro, o do "marido". Nas Bodas de Caná Jesus é o noivo-marido que se confunde com o "melhor vinho" das novas núpcias de Deus com o seu povo. Agora é o "marido" que substitui os cinco maridos de Samaria. De qualquer modo, o Jesus joanico distingue entre a verdade dos samaritanos e a dos judeus, afirmando de maneira absoluta: "a salvação vem dos judeus" (v. 22). O verdadeiro Messias-Profeta não é o Taheb dos samaritanos, mas o Messias anunciado por Moisés e pelos Profetas. Acontece que os samaritanos só reconheciam como Escritura Sagrada o Pentateuco samaritano, pondo de lado os profetas e demais escritos. Jesus afirma que é preciso receber como Palavra de Deus o cânon completo das Escrituras, isto é, o dos judeus. Logo, a verdade anunciada só pode vir dos judeus e não dos samaritanos. Mas chegou a hora em que esta Palavra anunciada deixa de ser apenas anunciada para ser realizada:"Mas chega a hora — e é já — em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade... Eu sei que o Messias, que é chamado Cristo, está para vir... Sou Eu" (vv. 23-26).
A afirmação de Jesus: "Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus" (v. 22) tem sido interpretada de muitas maneiras. Há quem julgue que se trata duma glosa já que, ao longo do evangelho, Jesus manifesta-se sempre em oposição aos judeus. Mais ainda, o lado positivo desta afirmação de Jesus em relação à "salvação" que vem dos judeus, tem sido ultimamente muito defendida por causa da posição antissemita de muitos sectores religiosos e políticos4.
Este encontro com a samaritana determina a HORA escatológica de Jesus e a sua identidade ontológica — como acontece em todo o evangelho: "Mulher, acredita em mim: chegou a HORA em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, haveis de adorar o Pai" (v. 21)... Jesus respondeu-lhe: 'SOU EU, que estou a falar contigo" (v. 26).
Ao longo da narrativa, a mulher vai crescendo na descoberta catequética da pessoa de Jesus: ele começa por ser apenas "um judeu" (v. 9), para ser depois "Senhor" (w. 11. 15. 19a ), "um Profeta" (v. 19b) e, finalmente, "Messias-Cristo " (v. 25). Neste "crescendo" de fé catequética Jesus responde-lhe, quando ela alcança o degrau de "Messias": "SOU EU, aquele que fala contigo" (v. 26). E a primeira vez que Jesus se apresenta como o EGO EIMI (cf. 8,24,28.58; 13,19; 18,5), cujas raízes assentam na apresentação de Deus-YHWH de Ex 3,14 (cf. Is 43,10; 45,18). A resposta de Jesus à samaritana sobre a sua identidade vai para além da compreensão da samaritana sobre a pessoa daquele homem como Messias e Profeta. Ele é AQUELE QUE É, ou seja, a presença do Deus vivo na terra. Este encontro "tinha que acontecer" porque é o encontro da manifestação-re velação da HORA DAQUELE-QUE-E. Só assim se compreende que, a partir de agora, Deus não se adora em Garizim ou Jerusalém, mas apenas em espírito e verdade, já que "Deus é espírito" (v. 24a). E só quem "nasce do Espírito é espírito" (3,6); logo, só quem nasce do Espírito compreende que adorar Deus vai para além de qualquer adoração dependente de determinantes religiosas puramente humanas e históricas, como era o caso presente das dissensões entre judeus e samaritanos5.
No segundo bloco (vv. 27-38) entram em ação os discípulos que, entretanto, tinham ido à cidade comprar alimentos. Quando regressam "ficam admirados por ele estar a falar com uma mulher" (v. 27), pois era culturalmente proibido um homem judeu estabelecer conversa com uma mulher, a sós. O imperfeito do verbo laleiti (elalei) indica que os discípulos se aperceberam que a conversa de Jesus com a mulher fora prolongada. Perante a estranheza da situação, os discípulos nada lhe perguntam, embora estejam admirados-choca dos (thaumazein). O autor, ao contrário dos Sinópticos, poupa os discípulos de segundas intenções, sobretudo de intenções políticas. O autor do quarto evangelho serve-se da narrativa deste encontro para apresentar o "mistério" de Jesus sempre ligado a fatores de lugares geográficos, de tempo histórico e de personagens bíblicas. E este o significado da explicação do autor com as interrogações: "Mas nenhum perguntou:'Que procuras?', ou,'De que estás a falar com ela?'" (v. 27).
Os discípulos apenas insistem com Jesus para que coma dado o adiantado da hora e o cansaço (cf. v. 6): "Rabi, come" (v. 31b), mas Jesus recusa a comida. E o que aconteceu com a samaritana em relação às incompreensões normais sobre a água, acontece, agora, com os discípulos em relação à comida: "Será que alguém lhe trouxe de comer?" (v. 33). E assim como Jesus respondeu à samaritana com o óbvio da revelação: "Se conhecesses o dom de Deus... da água viva", também responde aos discípulos: "O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra" (v. 34).
O espaço geográfico abrange toda a terra do Norte de Israel com as dez tribos separadas, o lugar é o "poço de Jacob" com toda a sua carga histórica e simbólica (cf. Gn 28, 10)3, e, finalmente, o tempo, "era por volta da hora sexta", isto é, meio-dia. A mesma expressão sobre o tempo é usada pelo autor aquando da crucificação (Jo 19, 14). A água "viva" que jorra do poço de Jacob também vai jorrar do "lado direito" do Crucificado (19,34).
O símbolo da "água" é um dos mais significativos do quarto evangelho. Aparece 12 vezes (2,7.9; 3,5; 4,7.12.13 .14 (bis). 15; 5,7; 7,38; 13, 5; 19, 34) e sempre em lugares ou espaços de revelação. Vale a pena ler os cinco passos do nosso texto:
4, 7: "...chegou certa mulher samaritana para tirar água..."
4, 12: "Onde consegues, então, a água viva?..."
4,13-15: "Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede, mas, quem beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna... Senhor, dá-me dessa água, para eu não ter sede, nem ter de vir cá tirá-la."
E mais do que evidente que o autor opõe à água natural do poço de Jacob (Antigo Testamento) a água viva da revelação de Jesus (Novo Testamento). Desta forma, o Jesus joanico responde de maneira escatológica à repreensão de Jr 2, 13: "O meu povo cometeu um duplo mal: abandonou-me, a mim, nascente de águas vivas, e construiu cisternas para si, cisternas rotas, que não podem reter as águas." O sinal das Bodas de Caná (água-vinho novo e melhor), o sinal de Nicodemos (água-Espírito Santo) e o sinal da água-sangue que sai do lado do Crucificado (19,34), concentram-se no sinal da Samaritana de maneira compulsiva. A água do poço de Jacob recebe, em Jesus, uma performatividad
A partir deste centro de performatividad
A afirmação de Jesus: "Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus" (v. 22) tem sido interpretada de muitas maneiras. Há quem julgue que se trata duma glosa já que, ao longo do evangelho, Jesus manifesta-se sempre em oposição aos judeus. Mais ainda, o lado positivo desta afirmação de Jesus em relação à "salvação" que vem dos judeus, tem sido ultimamente muito defendida por causa da posição antissemita de muitos sectores religiosos e políticos4.
Este encontro com a samaritana determina a HORA escatológica de Jesus e a sua identidade ontológica — como acontece em todo o evangelho: "Mulher, acredita em mim: chegou a HORA em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, haveis de adorar o Pai" (v. 21)... Jesus respondeu-lhe: 'SOU EU, que estou a falar contigo" (v. 26).
Ao longo da narrativa, a mulher vai crescendo na descoberta catequética da pessoa de Jesus: ele começa por ser apenas "um judeu" (v. 9), para ser depois "Senhor" (w. 11. 15. 19a ), "um Profeta" (v. 19b) e, finalmente, "Messias-Cristo
No segundo bloco (vv. 27-38) entram em ação os discípulos que, entretanto, tinham ido à cidade comprar alimentos. Quando regressam "ficam admirados por ele estar a falar com uma mulher" (v. 27), pois era culturalmente proibido um homem judeu estabelecer conversa com uma mulher, a sós. O imperfeito do verbo laleiti (elalei) indica que os discípulos se aperceberam que a conversa de Jesus com a mulher fora prolongada. Perante a estranheza da situação, os discípulos nada lhe perguntam, embora estejam admirados-choca
Os discípulos apenas insistem com Jesus para que coma dado o adiantado da hora e o cansaço (cf. v. 6): "Rabi, come" (v. 31b), mas Jesus recusa a comida. E o que aconteceu com a samaritana em relação às incompreensões normais sobre a água, acontece, agora, com os discípulos em relação à comida: "Será que alguém lhe trouxe de comer?" (v. 33). E assim como Jesus respondeu à samaritana com o óbvio da revelação: "Se conhecesses o dom de Deus... da água viva", também responde aos discípulos: "O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra" (v. 34).
Magalhães Luís
Notemos que a samaritana, no processo da sua catequese, já tinha atingido um escalão superior ao dos discípulos sobre a compreensão da pessoa de Jesus: "judeu", "Senhor", Messias", "Profeta". Os discípulos tratam Jesus apenas por "Rabi".
Os comentadores costumam apresentar a estranheza da lógica textual do bloco literário dos vv. 27-38. De fato, quando os discípulos entram em cena, a samaritana deixa o cântaro, desaparece e vai à cidade anunciar o que se passava entre ela e Jesus. '"Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será ele o Messias?' Eles saíram da cidade e foram ter com Jesus" (vv. 29-30).
Logicamente, a narrativa pressupõe que os samaritanos deviam entrar em contato com Jesus, tanto mais que o aoristo exèlthon ("saíram") é seguido do imperfeito èrgonto ("foram ter com ele"). Mas a verdade é que quem entra em cena são os discípulos, seguindo-se um diálogo de Jesus com eles e, depois, um monólogo de Jesus dirigido aos discípulos. Os samaritanos só aparecem depois deste diálogo e monólogo. Trata-se dum "intermezzo" literário que reforça o drama cristológico, presente em muitos textos do quarto evangelho.
O corte do diálogo entre a samaritana e Jesus é devido ao fato da mesma já ter sido catequizada por Jesus e se ver obrigada a levar a sua nova catequese aos habitantes de Sicar. Estamos perante um ato de missionação. Nunca mais aparece a samaritana a dialogar com Jesus, mas apenas com os samaritanos. Ela desaparece da cena para dar lugar à missão maior de Jesus com os samaritanos. O mesmo vamos encontrar, mais tarde, com Maria Madalena.
A mesma falta de lógica acontece com os discípulos. Eles pedem a Jesus que coma, mas ele recusa respondendo: "O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra" (v. 34). Termina aqui o diálogo para, logo a seguir, depararmos com um monólogo de Jesus deveras misterioso:"Não dizeis vós: 'Mais quatro meses e vem a ceifa'? Pois eu digo-vos: Levantai os olhos e vede os campos que estão doirados para a ceifa. Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa. Nisto, porém, é verdadeiro o ditado: 'um é o que semeia e outro o que ceifa'. Porque eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga" (vv. 35-38). Qual é a lógica entre o v. 34 e os vv. 35-38?
Partindo do princípio de que Jesus é o enviado do Pai para realizar a sua obra, — o que ele, realmente, está a fazer -, os discípulos aparecem como enviados de Jesus para continuarem a realizar a mesma obra. O centro teológico reside no fato de Jesus ser o enviado do Pai (cf. 5,23-24.30.37; 6, 38-39.44; 7,16.18.28. 33; 9,4; 12,44-45.49; 13,20; 14,24; 15,21; 16,5) para realizar a sua obra. No v. 34 aparece o verbo teleiôsô no futuro ("levar ao fim a obra do Pai") que abrange a obra presente de Jesus e a futura hora dos discípulos. Por isso, no v. 38 Jesus diz: "Porque eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes... ". Jesus é o "enviado" do Pai que realiza, e os discípulos os "enviados" de Jesus, que não realizam. Estamos diante dum paradoxo estranho que tem a solução se percebermos que a obra do Pai, que Jesus realiza, só pode terminar na Cruz e morte.
Notemos que a samaritana, no processo da sua catequese, já tinha atingido um escalão superior ao dos discípulos sobre a compreensão da pessoa de Jesus: "judeu", "Senhor", Messias", "Profeta". Os discípulos tratam Jesus apenas por "Rabi".
Os comentadores costumam apresentar a estranheza da lógica textual do bloco literário dos vv. 27-38. De fato, quando os discípulos entram em cena, a samaritana deixa o cântaro, desaparece e vai à cidade anunciar o que se passava entre ela e Jesus. '"Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será ele o Messias?' Eles saíram da cidade e foram ter com Jesus" (vv. 29-30).
Logicamente, a narrativa pressupõe que os samaritanos deviam entrar em contato com Jesus, tanto mais que o aoristo exèlthon ("saíram") é seguido do imperfeito èrgonto ("foram ter com ele"). Mas a verdade é que quem entra em cena são os discípulos, seguindo-se um diálogo de Jesus com eles e, depois, um monólogo de Jesus dirigido aos discípulos. Os samaritanos só aparecem depois deste diálogo e monólogo. Trata-se dum "intermezzo" literário que reforça o drama cristológico, presente em muitos textos do quarto evangelho.
O corte do diálogo entre a samaritana e Jesus é devido ao fato da mesma já ter sido catequizada por Jesus e se ver obrigada a levar a sua nova catequese aos habitantes de Sicar. Estamos perante um ato de missionação. Nunca mais aparece a samaritana a dialogar com Jesus, mas apenas com os samaritanos. Ela desaparece da cena para dar lugar à missão maior de Jesus com os samaritanos. O mesmo vamos encontrar, mais tarde, com Maria Madalena.
A mesma falta de lógica acontece com os discípulos. Eles pedem a Jesus que coma, mas ele recusa respondendo: "O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra" (v. 34). Termina aqui o diálogo para, logo a seguir, depararmos com um monólogo de Jesus deveras misterioso:"Não
Partindo do princípio de que Jesus é o enviado do Pai para realizar a sua obra, — o que ele, realmente, está a fazer -, os discípulos aparecem como enviados de Jesus para continuarem a realizar a mesma obra. O centro teológico reside no fato de Jesus ser o enviado do Pai (cf. 5,23-24.30.37; 6, 38-39.44; 7,16.18.28. 33; 9,4; 12,44-45.49; 13,20; 14,24; 15,21; 16,5) para realizar a sua obra. No v. 34 aparece o verbo teleiôsô no futuro ("levar ao fim a obra do Pai") que abrange a obra presente de Jesus e a futura hora dos discípulos. Por isso, no v. 38 Jesus diz: "Porque eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes...
Magalhães Luís
Jesus começa por apresentar um provérbio popular: "Não dizeis vós: 'Mais quatro meses e vem a ceifa'? (v. 35). Devia ser um provérbio muito usual na cultura agrária do tempo, consoante a distância entre a sementeira, a ceifa e a colheita. Mas Jesus contradiz o provérbio ao afirmar logo a seguir: "Pois eu digo-vos: Levantai os olhos e vede os campos que estão doirados para a ceifa. Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa" (vv. 35b-36). Jesus encurtou o tempo da ceifa pela escatologia realizada, típica do quarto evangelho. No contexto maior da narrativa do sinal com a samaritana estas palavras só podem significar que a "colheita samaritana", que se devia realizar mais tarde, já aconteceu com a ação de Jesus. A repetição de Jesus acerca da mesma realidade, mas com outras palavras: "Eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga" (v. 38) acentua ainda mais o seu pensamento.
Sem dúvida que a narrativa arranca da missão da comunidade joanica junto dos samaritanos, a qual, é sabido, teve muito sucesso. Semelhante sucesso, de maneira analéptica, é posta, pelo autor, na pessoa de Jesus e não na dos discípulos. Os discípulos nada mais fizeram do que colher o que já fora semeado. Trata-se da primeira missão cristã junto de pagãos, razão porque o autor lhe concede um significado muito especial.
Ao longo da narrativa, Jesus é incompreendido pela samaritana e pelos discípulos, o que significa que a missão dos cristãos joanicos junto dos samaritanos nem sempre foi fácil, mas, diante da colheita final, o resultado é mais do que evidente: Jesus e os discípulos recebem o salário e recolhem o fruto da "vida eterna". Todos os verbos se encontram num presente de realização escatológica.
O paradoxo do v.38, tão discutido ("outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga"), fica esclarecido se repararmos no verbo "cansar" do v. 6: "Então Jesus, cansado da caminhada...". O enviado do Pai veio consumar a sua obra, e ela está à vista: "Levantai os olhos e vede os campos já doirados para a ceifa" (v. 35). Foi Jesus que tudo iniciou e preparou. Também é possível que o plural "outros se cansaram a trabalhar..!' tenha em vista igualmente João Batista e demais discípulos que baptizavam naquela região (v. 2). Deste modo, a narrativa descreve possíveis tensões, dentro da comunidade joanica, naquela região, acerca da primazia de quem começou com a missão — quem foram os primeiros semeadores e os que mais trabalharam. Não há motivo para discriminações ou glórias vãs porque tudo começa com o enviado do Pai que, por sua vez, envia os seus próprios discípulos a fim de que a obra a realizar seja completa e a "vida eterna da alegria" já esteja presente: "Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa" (v. 36)6.
O sinal-narrativa termina com o bloco literário dos vv. 39-42, que explicita o v. 30: os samaritanos acreditaram na mulher, convidaram Jesus para permanecer dois dias com eles a fim de os catequizar, e acabaram por crer que Jesus é "o Salvador do mundo." A nível literário é o narrador-autor que tudo expõe (vv. 39-41), excepto o final sobre a profissão de fé dos samaritanos (v. 42).
O narrador expõe com clareza o "crescendo" catequético dos samaritanos: 1) "Muitos samaritanos creram em Jesus devido à palavra (dia ton logon: discurso) da mulher..." (v. 39); 2) "Então muitos mais creram nele devido à palavra dele (dia ton logon autou..." (v. 41). Antes da última catequese — a de Jesus -, a mais importante, há a da samaritana, que tem como conteúdo a "vida dos samaritanos" ("Ele disse-me tudo o que eu fiz"), isto é, a história real, política e religiosa entre judeus e samaritanos. Finalmente, chegou alguém da parte de Deus que tudo explica. Este conteúdo é importante se tivermos na devida conta as velhas saudades históricas da união das dez tribos do Norte com as duas do Sul (cf. 11, 52: "E não só pela nação, mas também para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos").
Alguns autores distinguem entre a catequese da samaritana e a de Jesus. Embora o termo logos ("palavra"/ "discurso"/ "pregação") apareça tanto no discurso da samaritana como no de Jesus nos vv. 39 e 41, o mesmo já não acontece no v. 42: "Já não é "pelas tuas palavras" (lalia) que acreditamos; nós próprios "ouvimos e sabemos" que ele é verdadeiramente o Salvador do mundo." Neste caso, a samaritana apenas preparou o caminho para a catequese final de Jesus7. E a catequese de Jesus leva os samaritanos a acreditarem que ele é o Salvador do mundo. Semelhante confissão de fé só se encontra aqui e na 1Jo 4,14:"Nós o contemplamos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo". O título sôtèr é tipicamente helênico, e, como tal, pouco utilizado no NT (cf. Lc 1, 47; 2, ll; Ac 5, 31; 13, 23; Fl 3, 20; 1Ti 1,1; 4,10; 2Ti 1,10; 2,13; 3,6; 2Pd 1,1. 11; 2,20; 3,18; Jd 25). Acreditar que Jesus é o "Salvador do mundo" é afirmar a universalidade da salvação messiânica, que ultrapassa todas as querelas religiosas de Samaria e Jerusalém, de judeus e pagãos (cf. 3,17).
Jesus começa por apresentar um provérbio popular: "Não dizeis vós: 'Mais quatro meses e vem a ceifa'? (v. 35). Devia ser um provérbio muito usual na cultura agrária do tempo, consoante a distância entre a sementeira, a ceifa e a colheita. Mas Jesus contradiz o provérbio ao afirmar logo a seguir: "Pois eu digo-vos: Levantai os olhos e vede os campos que estão doirados para a ceifa. Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa" (vv. 35b-36). Jesus encurtou o tempo da ceifa pela escatologia realizada, típica do quarto evangelho. No contexto maior da narrativa do sinal com a samaritana estas palavras só podem significar que a "colheita samaritana", que se devia realizar mais tarde, já aconteceu com a ação de Jesus. A repetição de Jesus acerca da mesma realidade, mas com outras palavras: "Eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga" (v. 38) acentua ainda mais o seu pensamento.
Sem dúvida que a narrativa arranca da missão da comunidade joanica junto dos samaritanos, a qual, é sabido, teve muito sucesso. Semelhante sucesso, de maneira analéptica, é posta, pelo autor, na pessoa de Jesus e não na dos discípulos. Os discípulos nada mais fizeram do que colher o que já fora semeado. Trata-se da primeira missão cristã junto de pagãos, razão porque o autor lhe concede um significado muito especial.
Ao longo da narrativa, Jesus é incompreendido pela samaritana e pelos discípulos, o que significa que a missão dos cristãos joanicos junto dos samaritanos nem sempre foi fácil, mas, diante da colheita final, o resultado é mais do que evidente: Jesus e os discípulos recebem o salário e recolhem o fruto da "vida eterna". Todos os verbos se encontram num presente de realização escatológica.
O paradoxo do v.38, tão discutido ("outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga"), fica esclarecido se repararmos no verbo "cansar" do v. 6: "Então Jesus, cansado da caminhada...". O enviado do Pai veio consumar a sua obra, e ela está à vista: "Levantai os olhos e vede os campos já doirados para a ceifa" (v. 35). Foi Jesus que tudo iniciou e preparou. Também é possível que o plural "outros se cansaram a trabalhar..!' tenha em vista igualmente João Batista e demais discípulos que baptizavam naquela região (v. 2). Deste modo, a narrativa descreve possíveis tensões, dentro da comunidade joanica, naquela região, acerca da primazia de quem começou com a missão — quem foram os primeiros semeadores e os que mais trabalharam. Não há motivo para discriminações ou glórias vãs porque tudo começa com o enviado do Pai que, por sua vez, envia os seus próprios discípulos a fim de que a obra a realizar seja completa e a "vida eterna da alegria" já esteja presente: "Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa" (v. 36)6.
O sinal-narrativa
O narrador expõe com clareza o "crescendo" catequético dos samaritanos: 1) "Muitos samaritanos creram em Jesus devido à palavra (dia ton logon: discurso) da mulher..." (v. 39); 2) "Então muitos mais creram nele devido à palavra dele (dia ton logon autou..." (v. 41). Antes da última catequese — a de Jesus -, a mais importante, há a da samaritana, que tem como conteúdo a "vida dos samaritanos" ("Ele disse-me tudo o que eu fiz"), isto é, a história real, política e religiosa entre judeus e samaritanos. Finalmente, chegou alguém da parte de Deus que tudo explica. Este conteúdo é importante se tivermos na devida conta as velhas saudades históricas da união das dez tribos do Norte com as duas do Sul (cf. 11, 52: "E não só pela nação, mas também para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos").
Alguns autores distinguem entre a catequese da samaritana e a de Jesus. Embora o termo logos ("palavra"/
Magalhães Luís
-------- NOTAS DE RODAPÉ FUNDAMENTAIS -------
1. A figura messiânica do Taheb samaritano como alguém que descobriria a verdade final entre judeus e samaritanos continua em aberto, Gilmar Costa Leal. Esta figura parece ser tardia e, como tal, difícil de se aplicar aos tempos do autor do quarto evangelho. De fato, os documentos mais antigos são do séc. XIV, embora as tradições já sejam conhecidas no século quarto. Cf. Dexinger, F., Der Taheb. Ein "messianischer" Heilsbringer der samaritaner. Kairos, Religionswissen schaftliche Studien 3. (Otto Müller, Salzburg 1986); Hall, B.W., Samaritan Religion from John Hyrcanus to Baba Rabba:A critical examination of the relevant material in contemporary Christian literature , the writings of Josephus, and the Mishnah. Studies in Judaica 3. (Sydney University Press, Sydney 1987).
2. Alguns autores estruturam a narrativa do cap. 4 da seguinte maneira: 1) Jesus e a mulher samaritana I (4, 1-15; 2) Jesus e a mulher samaritana II (4, 16-30); 3) Comentário de Jesus (4, 31-38); 4) Jesus e os samaritanos (4, 39-42). É natural que a narrativa tenha sofrido alterações no período da tradição oral. Como veremos, a lógica interna a nível textual e semântico é complexa.
3. Cf. Macho, A Diez , Ms. Neophyti 1. Targum Palestinense. I. Gênesis ( C. S. I. C. Madrid 1968). A tradução-explic ação do Targum aramaico a Gn 28, 1O descreve que "o nosso pai Jacob levantou a pedra do parapeito do poço, de modo que o poço extravasou água e esta subiu até à superfície e continuou a extravasar durante vinte anos, o tempo da sua vida em Haran."
4. Cf. Potterie, I. de la, "Nous adorons, nous, ce que nous connaissons, car le salut vient des Juifs": Histoire de l'exégèse et interpretation de Jn 4,22, Bib 64 (1983) 74-115;Thyen, H., «Das Heil kommt von den Juden». Em Dieter Liihrmann e Georg Strecker (eds.), Kirche: Festschrift fiir Gnther Bomkamm zum 75. Geburstag. (J. C. B. Mohr,Tubingen 1980) 163-184.
5. Cf. Betz, O., "To "Worship in Spirit and in Truth": Reflections on John 4, 20-26." Em Finkel, A. e Frizzel, L. (eds.), Standing Before God: Studies on Prayer in Scriptures and in Tradition with Essays in Honor of John M. Oesterreicher. (Ktav, New York 1981) 53-72; Freed, E. D.,"The Manner of Worship in John 4,23f.".Em Search the Scriptures: New Testament Studies in Honor of Raymond T. Stamm. Gettysburg Theological Studies 3. (E.J. Brill, Leiden 1969) 33-48; Haacker, K., "Gottesdienst ohne Gotteserkenntni s:Joh 4,22 vor dem Hintergrund des jüdisch-samarit anischen Auseinandersetz ung." Em Benzing, B, Bocher, O., e Gunter Mayer (eds.), Wort und Wirklichkeit: Studien zur Afrikanistik und Orientalistik Eugen Ludwig Rapp zum 70. Geburstag Herausgegeben. (Hain, Meisenheim 1976) 110-126.
6. Cf. Robinson J. A.T.,"The 'Others' of John 4,38." StEv 1 (1958) 510-515; SegaUa,G" Volontà di Dio e dell'Uomo in Giovanni (Vangelo e Lettere). SrivBib 6. (Paideia, Brescia 1974); Okure,T., The Johannine Approach to Mission: A Contextual Study ofjohn 4, 1-42. WUNT 2a série 32 0. C. B. Mohr, Tubingen 1988).
7. Cf. Walker, R, «Jüngerwort und Herrenwort: Zur Auslegung von Joh 4, 39-42», ZNW 57 (1966) 49-54.
-------- NOTAS DE RODAPÉ FUNDAMENTAIS -------
1. A figura messiânica do Taheb samaritano como alguém que descobriria a verdade final entre judeus e samaritanos continua em aberto, Gilmar Costa Leal. Esta figura parece ser tardia e, como tal, difícil de se aplicar aos tempos do autor do quarto evangelho. De fato, os documentos mais antigos são do séc. XIV, embora as tradições já sejam conhecidas no século quarto. Cf. Dexinger, F., Der Taheb. Ein "messianischer"
2. Alguns autores estruturam a narrativa do cap. 4 da seguinte maneira: 1) Jesus e a mulher samaritana I (4, 1-15; 2) Jesus e a mulher samaritana II (4, 16-30); 3) Comentário de Jesus (4, 31-38); 4) Jesus e os samaritanos (4, 39-42). É natural que a narrativa tenha sofrido alterações no período da tradição oral. Como veremos, a lógica interna a nível textual e semântico é complexa.
3. Cf. Macho, A Diez , Ms. Neophyti 1. Targum Palestinense. I. Gênesis ( C. S. I. C. Madrid 1968). A tradução-explic
4. Cf. Potterie, I. de la, "Nous adorons, nous, ce que nous connaissons, car le salut vient des Juifs": Histoire de l'exégèse et interpretation de Jn 4,22, Bib 64 (1983) 74-115;Thyen, H., «Das Heil kommt von den Juden». Em Dieter Liihrmann e Georg Strecker (eds.), Kirche: Festschrift fiir Gnther Bomkamm zum 75. Geburstag. (J. C. B. Mohr,Tubingen 1980) 163-184.
5. Cf. Betz, O., "To "Worship in Spirit and in Truth": Reflections on John 4, 20-26." Em Finkel, A. e Frizzel, L. (eds.), Standing Before God: Studies on Prayer in Scriptures and in Tradition with Essays in Honor of John M. Oesterreicher. (Ktav, New York 1981) 53-72; Freed, E. D.,"The Manner of Worship in John 4,23f.".Em Search the Scriptures: New Testament Studies in Honor of Raymond T. Stamm. Gettysburg Theological Studies 3. (E.J. Brill, Leiden 1969) 33-48; Haacker, K., "Gottesdienst ohne Gotteserkenntni
6. Cf. Robinson J. A.T.,"The 'Others' of John 4,38." StEv 1 (1958) 510-515; SegaUa,G" Volontà di Dio e dell'Uomo in Giovanni (Vangelo e Lettere). SrivBib 6. (Paideia, Brescia 1974); Okure,T., The Johannine Approach to Mission: A Contextual Study ofjohn 4, 1-42. WUNT 2a série 32 0. C. B. Mohr, Tubingen 1988).
7. Cf. Walker, R, «Jüngerwort und Herrenwort: Zur Auslegung von Joh 4, 39-42», ZNW 57 (1966) 49-54.
Magalhães Luís
Extra para os cristãos: "Jesus dialogou com uma mulher samaritana e ofereceu-lhe uma água viva. A mulher imaginou essa água com raciocínios concretos. Pensou que ao beber, nunca mais teria sede. Uma água dessas hoje, devidamente comercializada, seria um tesouro sem preço. “Dá-me dessa água e assim nunca mais terei que voltar aqui”. Jesus corrigiu sua linha de pensamento. A água que ele oferecia não era mágica, mas um relacionamento: filhos e filhas adorando ao Criador em espírito em verdade. Infelizmente muitos evangélicos brasileiros propagandeiam água mágica. Pretensamente matando a sede de qualquer um no estalar dos dedos.
O evangelho não é produto ou grife, volto a repetir, mas uma alvissareira notícia. Não deveria se escravizar às regras do mercado. Ricardo Mariano em sua tese de doutoramento concluiu, para a vergonha de tantas igrejas neo-pentecostai s: “As concessões mágicas feitas pelas igrejas pentecostais às massas desafortunadas, por certo, não constituem tão-somente meras concessões... observa-se que a oferta pentecostal de serviços mágicos segue cada vez mais uma dinâmica empresarial, ditada pela férrea lógica do mercado religioso, que pressiona os diferentes concorrentes religiosos a acirrarem seu ativismo e a tornarem mais eficazes suas ações e estratégias evangelísticas” .
Essa mercadoria religiosa caricaturada de evangelho não representa o leito principal da tradição apostólica. A indústria que encena essa coreografia carismática de muito barulho e pouca eficácia, não conta com o aval de Deus. Há de se voltar ao anúncio doloroso do arrependimento como primeira atitude para os candidatos ao Reino. Não se pode, em nome de templos lotados, omitir a mensagem da cruz. Precisa-se repetir sem medo a mensagem de Jesus: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8.34).
Se não voltarmos aos fundamentos do Evangelho, teremos sempre clientes religiosos, nunca seguidores de Cristo. Faremos proselitismo sem evangelizar. Aumentaremos nossa arrecadação sem denunciar pecados. Construiremos instituições humanas sem encarnação do Reino de Deus. E pior, continuaremos confundimos Jesus com Coca-Cola. No Maranhão há um refrigerante de grande sucesso com a marca Jesus. Entretanto, não se pode desejar alcançar o sucesso transformando Jesus numa soda e as igrejas em quiosques religiosos.
Que D'us tenha piedade de nós.
Soli Deo Gloria." - http:// dovaniano.blogsp ot.pt/2009/01/ mulher-samaritan a-coca-cola-e-j esus.html
Extra para os cristãos: "Jesus dialogou com uma mulher samaritana e ofereceu-lhe uma água viva. A mulher imaginou essa água com raciocínios concretos. Pensou que ao beber, nunca mais teria sede. Uma água dessas hoje, devidamente comercializada,
O evangelho não é produto ou grife, volto a repetir, mas uma alvissareira notícia. Não deveria se escravizar às regras do mercado. Ricardo Mariano em sua tese de doutoramento concluiu, para a vergonha de tantas igrejas neo-pentecostai
Essa mercadoria religiosa caricaturada de evangelho não representa o leito principal da tradição apostólica. A indústria que encena essa coreografia carismática de muito barulho e pouca eficácia, não conta com o aval de Deus. Há de se voltar ao anúncio doloroso do arrependimento como primeira atitude para os candidatos ao Reino. Não se pode, em nome de templos lotados, omitir a mensagem da cruz. Precisa-se repetir sem medo a mensagem de Jesus: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8.34).
Se não voltarmos aos fundamentos do Evangelho, teremos sempre clientes religiosos, nunca seguidores de Cristo. Faremos proselitismo sem evangelizar. Aumentaremos nossa arrecadação sem denunciar pecados. Construiremos instituições humanas sem encarnação do Reino de Deus. E pior, continuaremos confundimos Jesus com Coca-Cola. No Maranhão há um refrigerante de grande sucesso com a marca Jesus. Entretanto, não se pode desejar alcançar o sucesso transformando Jesus numa soda e as igrejas em quiosques religiosos.
Que D'us tenha piedade de nós.
Soli Deo Gloria." - http://
Rodrigo Mourão
Magalhães Luís o sr fez várias citações proféticas sobre cura, libertação, mudança de culto, etc etc etc. O sr leu o texto pelo menos? Os samaritanos rejeitam os demais profetas, creem apenas em Moisés. Esse texto não tem cunho essencialmente teológico, mas sim um cunho de mostrar a incoerência do que foi apresentado no NT. Quanto aos samaritanos serem politeístas isso é falácia, afinal criam na Torah, rejeitavam a ideia do politeísmo. Sem contar que suas fontes para afirmar a suposta crença politeísta dos samaritanos é muito anterior ao relato do NT, é antes até do período do exílio assírio.
Magalhães Luís o sr fez várias citações proféticas sobre cura, libertação, mudança de culto, etc etc etc. O sr leu o texto pelo menos? Os samaritanos rejeitam os demais profetas, creem apenas em Moisés. Esse texto não tem cunho essencialmente teológico, mas sim um cunho de mostrar a incoerência do que foi apresentado no NT. Quanto aos samaritanos serem politeístas isso é falácia, afinal criam na Torah, rejeitavam a ideia do politeísmo. Sem contar que suas fontes para afirmar a suposta crença politeísta dos samaritanos é muito anterior ao relato do NT, é antes até do período do exílio assírio.
Gosto Hoje às 4:17
Magalhães Luís
Meu caro Rodrigo Mourão o meu objectivo é aludir indirectamente à pretensa incoerência. Menciono uma crítica à citação feita por o internauta Gilmar Costa Leal da figura messiânica do Taheb samaritano, que seria como alguém que descobriria a verdade final entre judeus e samaritanos, mas, salientei, que este dado continua em aberto. Esta figura parece ser tardia e, como tal, difícil de se aplicar aos tempos do autor (ou autores, hagiógrafo ou hagiógrafos) do quarto evangelho. De fato, os documentos mais antigos são do séc. XIV, embora as tradições já sejam conhecidas no século quarto. Cf. Dexinger, F., Der Taheb. Ein "messianischer" Heilsbringer der samaritaner. Kairos. Sei ainda que os Shamerim ("os chamados observantes" da TORAH, Lei), ainda que no hebraico moderno, este grupo é designado como os שומרונים, os de Shomron, ou seja, os da Samaria, isto de de acordo com as minhas fontes pedagógicas, têm uma alusão no Livro de Jeremias. Este livro do Tanach afirma que 150 anos após a queda do reino do Norte, os Israelitas do Norte apresentaram oferendas no templo de Jerusalém. Segundo o Livro dos Macabeus, as tropas samaritanas teriam se unido em 166 a.C. ao exército selêucida para combater os judeus durante a revolta dos Macabeus. No domínio da religião, os Samaritanos teriam também aceitado transformar o templo do Monte Garizim num templo helenístico.
No entanto, esta aliança política com os Selêucidas não deixou rasto nos samaritanos quando o domínio selêucida terminou. É portanto possível que tenha sido uma aliança política sem conteúdo religioso, embora esta aceitação reforce a acusação de paganismo que já se encontrava presente no Livro dos Reis.
As relações com os judeus foram em geral negativas durante toda a Antiguidade. Existia entre eles um ódio recíproco. Depois do sucesso da revolta judaica contra os selêucidas, o novo reino dos Hasmoneus, governado por João Hircano I conquista Siquém e destrói o templo do Monte Garizim (108 a.C.).
Os samaritanos tornam-se súditos de um Estado que não os considera como judeus. Contudo, Flávio Josefo refere que até à época do procurador romano de Coponius (6-8 d.C.), o Templo de Jerusalém encontrava-se aberto aos samaritanos.
Depois da conquista romana de 63 a.C. a Samaria conheceu várias reorganizações administrativas . Em 30 a.C. Augusto acrescenta-a ao reino de Herodes, o Grande. Em seguida, a província da Samaria e as cidades da costa são enquadradas na província romana da Síria (ou da Fenícia, conforme as épocas), escapando ao poder judeu. O Império Romano era tolerante para com as religiões dos povos conquistados.
Meu caro Rodrigo Mourão o meu objectivo é aludir indirectamente à pretensa incoerência. Menciono uma crítica à citação feita por o internauta Gilmar Costa Leal da figura messiânica do Taheb samaritano, que seria como alguém que descobriria a verdade final entre judeus e samaritanos, mas, salientei, que este dado continua em aberto. Esta figura parece ser tardia e, como tal, difícil de se aplicar aos tempos do autor (ou autores, hagiógrafo ou hagiógrafos) do quarto evangelho. De fato, os documentos mais antigos são do séc. XIV, embora as tradições já sejam conhecidas no século quarto. Cf. Dexinger, F., Der Taheb. Ein "messianischer"
No entanto, esta aliança política com os Selêucidas não deixou rasto nos samaritanos quando o domínio selêucida terminou. É portanto possível que tenha sido uma aliança política sem conteúdo religioso, embora esta aceitação reforce a acusação de paganismo que já se encontrava presente no Livro dos Reis.
As relações com os judeus foram em geral negativas durante toda a Antiguidade. Existia entre eles um ódio recíproco. Depois do sucesso da revolta judaica contra os selêucidas, o novo reino dos Hasmoneus, governado por João Hircano I conquista Siquém e destrói o templo do Monte Garizim (108 a.C.).
Os samaritanos tornam-se súditos de um Estado que não os considera como judeus. Contudo, Flávio Josefo refere que até à época do procurador romano de Coponius (6-8 d.C.), o Templo de Jerusalém encontrava-se aberto aos samaritanos.
Depois da conquista romana de 63 a.C. a Samaria conheceu várias reorganizações administrativas
Magalhães Luís
Também temos o encontro dos samaritanos com o Islam. Destaco um período curioso. Em 1841 os ulemas de Nablus acusaram os Samaritanos de serem pagãos, o que desencorajava certos muçulmanos a incluí-los na sociedade islâmica. Esta crise foi resolvida graças à intervenção do Grão-Rabino da Palestina que emitiu um documento no qual atestava que os Samaritanos eram um ramo dos filhos de Israel.
No fim século XIX, o Samaritanos obtiveram o reconhecimento jurídico das autoridades otomanas através do sistema Millet.
No século XX, os viajantes descrevem a pequena população samaritana como miserável, composta por comerciantes e alfaiates.Obser vação importante: O Qu'rān (Alcorão) relata que os Samaritanos ja existiam na época do Êxodo. Ver na Surah 20:85-99.(http:// quran.com/20)
Também temos o encontro dos samaritanos com o Islam. Destaco um período curioso. Em 1841 os ulemas de Nablus acusaram os Samaritanos de serem pagãos, o que desencorajava certos muçulmanos a incluí-los na sociedade islâmica. Esta crise foi resolvida graças à intervenção do Grão-Rabino da Palestina que emitiu um documento no qual atestava que os Samaritanos eram um ramo dos filhos de Israel.
No fim século XIX, o Samaritanos obtiveram o reconhecimento jurídico das autoridades otomanas através do sistema Millet.
No século XX, os viajantes descrevem a pequena população samaritana como miserável, composta por comerciantes e alfaiates.Obser
Magalhães Luís
"85. Disse-lhe (Deus): Em verdade, na tua ausência, quisemos tentar o teu povo, e o samaritano logrou desviá-los.
86. Moisés, encolerizado e penalizado, retornou ao seu povo, dizendo:
Ó povo meu, acaso o vosso Senhor não vos fez uma digna promessa?
Porventura o tempo vos pareceu demasiado longo? Ou quisestes que vos açoitasse a abominação do vosso Senhor, e por isso quebrastes a promessa que me fizestes?
87. Responderam: Não quebramos a promessa que te fizemos por nossa vontade, mas fomos obrigados a carregar os ornamentos pesados do povo, e os lançamos ao fogo, tal qual o samaritano sugeriu.
88. Este forjou-lhes o corpo de um bezerro que mugia, e disseram: Eis aqui o vosso deus, o deus que Moisés esqueceu!
89. Porém, não reparavam que aquele bezerro não podia responder-lhes, nem possuía poder para prejudicá-los nem beneficiá-los?
90. Aarão já lhes havia dito: Ó povo meu, com isto vós somente fostes tentados; sabei que vosso Senhor é o Clemente. Segui-me, pois, e obedecei a minha ordem!
91. Responderam: Não o abandonaremos e nem cessaremos de adorá-lo, até que Moisés volte a nós!
92. Disse (Moisés): Ó Aarão, que te impediu de fazê-los voltar atrás,
quando viste que se extraviavam?
93. Não me segues? Desobedeceste a minha ordem?
94. Suplicou-lhe (Aarão): Ó filho de minha mãe, não me puxes pela
barba nem pela cabeça. Temi que me dissesses: Criaste divergências
entre os israelitas e não cumpriste a minha ordem!
95. Disse (Moisés): Ó samaritano, qual é a tua intenção?
96. Respondeu: Eu vi o que eles não viram; por isso, tomei um punhado (de terra) das pegadas do Mensageiro e o joguei (sobre o bezerro), porque assim me ditou a minha vontade.
97. Disse-lhe: Vai-te, pois! Estás condenado a dizer (isso) por toda
vida: Não me toqueis! E terás um destino do qual nunca poderás fugir.
Olha para o teu deus, ao qual estás entregue; prontamente o
incineraremos e então lançaremos as suas cinzas ao mar.
98. Somente o vosso Deus é Deus. Não há mais divindades além d’Ele! A Sua sapiência abrange tudo!
"85. Disse-lhe (Deus): Em verdade, na tua ausência, quisemos tentar o teu povo, e o samaritano logrou desviá-los.
86. Moisés, encolerizado e penalizado, retornou ao seu povo, dizendo:
Ó povo meu, acaso o vosso Senhor não vos fez uma digna promessa?
Porventura o tempo vos pareceu demasiado longo? Ou quisestes que vos açoitasse a abominação do vosso Senhor, e por isso quebrastes a promessa que me fizestes?
87. Responderam: Não quebramos a promessa que te fizemos por nossa vontade, mas fomos obrigados a carregar os ornamentos pesados do povo, e os lançamos ao fogo, tal qual o samaritano sugeriu.
88. Este forjou-lhes o corpo de um bezerro que mugia, e disseram: Eis aqui o vosso deus, o deus que Moisés esqueceu!
89. Porém, não reparavam que aquele bezerro não podia responder-lhes,
90. Aarão já lhes havia dito: Ó povo meu, com isto vós somente fostes tentados; sabei que vosso Senhor é o Clemente. Segui-me, pois, e obedecei a minha ordem!
91. Responderam: Não o abandonaremos e nem cessaremos de adorá-lo, até que Moisés volte a nós!
92. Disse (Moisés): Ó Aarão, que te impediu de fazê-los voltar atrás,
quando viste que se extraviavam?
93. Não me segues? Desobedeceste a minha ordem?
94. Suplicou-lhe (Aarão): Ó filho de minha mãe, não me puxes pela
barba nem pela cabeça. Temi que me dissesses: Criaste divergências
entre os israelitas e não cumpriste a minha ordem!
95. Disse (Moisés): Ó samaritano, qual é a tua intenção?
96. Respondeu: Eu vi o que eles não viram; por isso, tomei um punhado (de terra) das pegadas do Mensageiro e o joguei (sobre o bezerro), porque assim me ditou a minha vontade.
97. Disse-lhe: Vai-te, pois! Estás condenado a dizer (isso) por toda
vida: Não me toqueis! E terás um destino do qual nunca poderás fugir.
Olha para o teu deus, ao qual estás entregue; prontamente o
incineraremos e então lançaremos as suas cinzas ao mar.
98. Somente o vosso Deus é Deus. Não há mais divindades além d’Ele! A Sua sapiência abrange tudo!
Magalhães Luís
99. Assim te citamos alguns dos acontecimentos passados; ademais, de Nós, concedemos-te a Mensagem."
99. Assim te citamos alguns dos acontecimentos passados; ademais, de Nós, concedemos-te a Mensagem."
Magalhães Luís
Os samaritanos não possuem rabinos e não aceitam o Talmud (a tradição oral) dos judeus ortodoxos.
Os samaritanos não possuem rabinos e não aceitam o Talmud (a tradição oral) dos judeus ortodoxos.
Magalhães Luís
Para os Samaritanos, aquilo que os judeus chamam de primeiro mandamento ("Eu sou o YHWH teu D'us, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão") é apenas uma apresentação que Deus faz de si próprio; assim, o primeiro mandamento dos Samaritanos é o segundo mandamento dos Judeus ("Não terás outros deuses diante de mim"). Segundo os Samaritanos os judeus fizeram da apresentação de Deus o primeiro mandamento depois de terem retirado como décimo mandamento o dever de considerar o Monte Garizim como local de culto.
As crianças são iniciadas no estudo da Torah quando tem quatro ou cinco anos. Quando a criança leu a Torah por completo tem lugar uma cerimónia especial; atingir este objectivo pode variar segundo a criança, pelo que a cerimónia pode ocorrer entre os seis e os dez anos.
Mas mencionemos o "Credo" samaritano. O "Credo" samaritano baseia-se nos cinco seguintes pontos:
1. Unidade e unicidade de D'us.
2. O único profeta é Moisés.
3. A TORAH (Pentateuco, os cinco Livros de Moisés) é o único livro inspirado
4. O monte Garizim é o único lugar escolhido por D'us para situar um santuário, sede da sua santidade (segundo Dt 11:29 e 27:4, sendo que nesta última os Samaritanos lêem Garizim em vez de Ebal).
5. A ressurreição dos mortos ocorrerá antes do Juízo Final.
Para os Samaritanos, aquilo que os judeus chamam de primeiro mandamento ("Eu sou o YHWH teu D'us, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão") é apenas uma apresentação que Deus faz de si próprio; assim, o primeiro mandamento dos Samaritanos é o segundo mandamento dos Judeus ("Não terás outros deuses diante de mim"). Segundo os Samaritanos os judeus fizeram da apresentação de Deus o primeiro mandamento depois de terem retirado como décimo mandamento o dever de considerar o Monte Garizim como local de culto.
As crianças são iniciadas no estudo da Torah quando tem quatro ou cinco anos. Quando a criança leu a Torah por completo tem lugar uma cerimónia especial; atingir este objectivo pode variar segundo a criança, pelo que a cerimónia pode ocorrer entre os seis e os dez anos.
Mas mencionemos o "Credo" samaritano. O "Credo" samaritano baseia-se nos cinco seguintes pontos:
1. Unidade e unicidade de D'us.
2. O único profeta é Moisés.
3. A TORAH (Pentateuco, os cinco Livros de Moisés) é o único livro inspirado
4. O monte Garizim é o único lugar escolhido por D'us para situar um santuário, sede da sua santidade (segundo Dt 11:29 e 27:4, sendo que nesta última os Samaritanos lêem Garizim em vez de Ebal).
5. A ressurreição dos mortos ocorrerá antes do Juízo Final.
Magalhães Luís
Outras práticas
Para além destas crenças e festas, os Samaritanos procuram seguir estas práticas:
1. Viver perto do Monte Gerizim (o que é posto em causa com a instalação de uma parte da comunidade em Israel).
2. Participação obrigatória de toda a comunidade no sacrifício da Páscoa.
3. Observância do Shabat.
4. Respeito pelas regras de pureza descritas na Torá. Neste sentido, os Samaritanos ainda seguem as regras do Levítico abandonadas pelos judeus, como a obrigação da mulher se isolar da comunidade durante o período da menstruação ou depois de ter dado à luz.
Os Samaritanos utilizam mezuzot mais grossas que as mezuzot judaicas, mas recusam o uso dos tefilin.
A menorá é considerada pelos Samaritanos como o seu símbolo nacional. A estrela de David, pelo contrário, não é por eles usada, já que se trata de um símbolo especificamente judeu que não é mencionado na Bíblia.
A circuncisão das crianças do sexo masculino é feita no oitavo dia.
Outras práticas
Para além destas crenças e festas, os Samaritanos procuram seguir estas práticas:
1. Viver perto do Monte Gerizim (o que é posto em causa com a instalação de uma parte da comunidade em Israel).
2. Participação obrigatória de toda a comunidade no sacrifício da Páscoa.
3. Observância do Shabat.
4. Respeito pelas regras de pureza descritas na Torá. Neste sentido, os Samaritanos ainda seguem as regras do Levítico abandonadas pelos judeus, como a obrigação da mulher se isolar da comunidade durante o período da menstruação ou depois de ter dado à luz.
Os Samaritanos utilizam mezuzot mais grossas que as mezuzot judaicas, mas recusam o uso dos tefilin.
A menorá é considerada pelos Samaritanos como o seu símbolo nacional. A estrela de David, pelo contrário, não é por eles usada, já que se trata de um símbolo especificamente
A circuncisão das crianças do sexo masculino é feita no oitavo dia.
Magalhães Luís
De acordo com o seu livro de Crónicas (Sefer ha-Yamim), os Samaritanos consideram-se como descendentes das tribos de Efraim e de Manassés (duas tribos procedentes da Tribo de José) que viviam no reino de Israel antes da sua destruição em 722 a.C.. Esta visão está bastante próxima dos estudos da maior parte dos historiadores.
Os Samaritanos afirmam ainda que foram os Judeus a separarem-se deles aquando da transferência da Arca da Aliança no século XI a.C.. De acordo com a segunda das suas Sete Crónicas, foi o profeta Elias a causar o cisma quando estabeleceu em Siló um santuário que visava substituir o santuário do Monte Garizim.
De acordo com o seu livro de Crónicas (Sefer ha-Yamim), os Samaritanos consideram-se como descendentes das tribos de Efraim e de Manassés (duas tribos procedentes da Tribo de José) que viviam no reino de Israel antes da sua destruição em 722 a.C.. Esta visão está bastante próxima dos estudos da maior parte dos historiadores.
Os Samaritanos afirmam ainda que foram os Judeus a separarem-se deles aquando da transferência da Arca da Aliança no século XI a.C.. De acordo com a segunda das suas Sete Crónicas, foi o profeta Elias a causar o cisma quando estabeleceu em Siló um santuário que visava substituir o santuário do Monte Garizim.
Magalhães Luís
Mais dados, estes vindo de eruditos cristãos fundamentalista s: "Looking back to 930 BC, notice that the first place Jeroboam (the basic philosophies of the Samaritans originated with Jeroboam. This is why we call the Samaritans, "Neo-Jeriboamit es". Samaritans carry on the basic traditions that Jeroboam set in order in 930 BC when he set up two pagan worship centers to replace Jerusalem: Bethel and Dan) built a home was at Shechem located in the valley between Mt. Gerizim and Mt. Ebal. The anti-Jerusalem sentiment of Jeroboam is the foundation of what eventually gave birth to the Samaritans who are equally anti-Jerusalem. With the return of Judah from Babylon, the Samaritans were suddenly forced to defend, for the second time, why they would not worship in Jerusalem. Out of this the Samaritans chose Mt. Gerizim as their "Jerusalem"."
Mais dados, estes vindo de eruditos cristãos fundamentalista
Magalhães Luís
"Since the grand-daddy and "high priest" of the Samaritans was Jeroboam, it makes sense that they decided to center their religion on a mountain that overlooks their founder's first residence in the valley city of Shechem."
"Since the grand-daddy and "high priest" of the Samaritans was Jeroboam, it makes sense that they decided to center their religion on a mountain that overlooks their founder's first residence in the valley city of Shechem."
Magalhães Luís
"But they needed to make one more important changes to history. They started teaching that Abraham sacrificed Isaac on Mt. Gerizim, not Mt. Moriah (ie. Jerusalem). So Mt. Gerizim became the "Holy Mountain" of the Samaritans after 516 BC, which was nothing more than a continuation of the ideas Jeroboam had introduced in 930 BC."
"But they needed to make one more important changes to history. They started teaching that Abraham sacrificed Isaac on Mt. Gerizim, not Mt. Moriah (ie. Jerusalem). So Mt. Gerizim became the "Holy Mountain" of the Samaritans after 516 BC, which was nothing more than a continuation of the ideas Jeroboam had introduced in 930 BC."
Magalhães Luís
"The Jews falsely slandered Jesus for being a Samaritan probably because he was from Nazareth, a city north of Mt. Gerizim. Guilt by geography: "The Jews answered and said to Him, "Do we not say rightly that You are a Samaritan and have a demon?" John 8:48"
"The Jews falsely slandered Jesus for being a Samaritan probably because he was from Nazareth, a city north of Mt. Gerizim. Guilt by geography: "The Jews answered and said to Him, "Do we not say rightly that You are a Samaritan and have a demon?" John 8:48"
Magalhães Luís
"How the Jesus viewed the Samaritans in 30 AD:
Jesus' viewed the Samaritans as apostates, just like the rest of Jews did. However, unlike his fellow Jews, Jesus did not shun them.
At the early stages of Jesus' ministry he did not view the Samaritans as being part of Israel but on the same level as Gentiles. This is important since the Samaritans were originally from the tribes that were part of the Kingdom of Israel as part of the 10 northern tribes:
"These twelve Jesus sent out after instructing them: "Do not go in the way of the Gentiles, and do not enter any city of the Samaritans; but rather go to the lost sheep of the house of Israel." Matthew 10:6
Jesus viewed the Samaritans as foreigners. Of the one Samaritan leper who Jesus cleansed:
"Were there not ten cleansed? But the nine-where are they? "Was no one found who returned to give glory to God, except this foreigner?"" Luke 17:11-18
Jesus was rejected by the Samaritans simply because he was on his way to Jerusalem. The bad feelings between the Jews and the Samaritans went both ways:
"When the days were approaching for His ascension, He was determined to go to Jerusalem; and He sent messengers on ahead of Him, and they went and entered a village of the Samaritans to make arrangements for Him. But they did not receive Him, because He was traveling toward Jerusalem. When His disciples James and John saw this, they said, "Lord, do You want us to command fire to come down from heaven and consume them?" But He turned and rebuked them, and said, "You do not know what kind of spirit you are of; for the Son of Man did not come to destroy men's lives, but to save them." And they went on to another village." Luke 9:51-56
A later time Jesus was making a similar trip to Jerusalem he healed a Samaritan of Leprosy. A miracle like this would surely impact his Samaritan village.
"While He was on the way to Jerusalem, He was passing between Samaria and Galilee. As He entered a village, ten leprous men who stood at a distance met Him; and they raised their voices, saying, "Jesus, Master, have mercy on us!" When He saw them, He said to them, "Go and show yourselves to the priests." And as they were going, they were cleansed. Now one of them, when he saw that he had been healed, turned back, glorifying God with a loud voice, and he fell on his face at His feet, giving thanks to Him. And he was a Samaritan. Then Jesus answered and said, "Were there not ten cleansed? But the nine-where are they? "Was no one found who returned to give glory to God, except this foreigner?"" Luke 17:11-18
Jesus bluntly told the woman at the well her religion is wrong: "You worship what you do not know; we worship what we know, for salvation is from the Jews." John 4:22
In spite of all this, Jesus used a Samaritan as the timeless example of a man doing unconditional good to a stranger in the Parable of the good Samaritan."
"How the Jesus viewed the Samaritans in 30 AD:
Jesus' viewed the Samaritans as apostates, just like the rest of Jews did. However, unlike his fellow Jews, Jesus did not shun them.
At the early stages of Jesus' ministry he did not view the Samaritans as being part of Israel but on the same level as Gentiles. This is important since the Samaritans were originally from the tribes that were part of the Kingdom of Israel as part of the 10 northern tribes:
"These twelve Jesus sent out after instructing them: "Do not go in the way of the Gentiles, and do not enter any city of the Samaritans; but rather go to the lost sheep of the house of Israel." Matthew 10:6
Jesus viewed the Samaritans as foreigners. Of the one Samaritan leper who Jesus cleansed:
"Were there not ten cleansed? But the nine-where are they? "Was no one found who returned to give glory to God, except this foreigner?"" Luke 17:11-18
Jesus was rejected by the Samaritans simply because he was on his way to Jerusalem. The bad feelings between the Jews and the Samaritans went both ways:
"When the days were approaching for His ascension, He was determined to go to Jerusalem; and He sent messengers on ahead of Him, and they went and entered a village of the Samaritans to make arrangements for Him. But they did not receive Him, because He was traveling toward Jerusalem. When His disciples James and John saw this, they said, "Lord, do You want us to command fire to come down from heaven and consume them?" But He turned and rebuked them, and said, "You do not know what kind of spirit you are of; for the Son of Man did not come to destroy men's lives, but to save them." And they went on to another village." Luke 9:51-56
A later time Jesus was making a similar trip to Jerusalem he healed a Samaritan of Leprosy. A miracle like this would surely impact his Samaritan village.
"While He was on the way to Jerusalem, He was passing between Samaria and Galilee. As He entered a village, ten leprous men who stood at a distance met Him; and they raised their voices, saying, "Jesus, Master, have mercy on us!" When He saw them, He said to them, "Go and show yourselves to the priests." And as they were going, they were cleansed. Now one of them, when he saw that he had been healed, turned back, glorifying God with a loud voice, and he fell on his face at His feet, giving thanks to Him. And he was a Samaritan. Then Jesus answered and said, "Were there not ten cleansed? But the nine-where are they? "Was no one found who returned to give glory to God, except this foreigner?"" Luke 17:11-18
Jesus bluntly told the woman at the well her religion is wrong: "You worship what you do not know; we worship what we know, for salvation is from the Jews." John 4:22
In spite of all this, Jesus used a Samaritan as the timeless example of a man doing unconditional good to a stranger in the Parable of the good Samaritan."
Magalhães Luís
"The parable of the good Samaritan:
"Jesus replied and said, "A man was going down from Jerusalem to Jericho, and fell among robbers, and they stripped him and beat him, and went away leaving him half dead. "And by chance a priest was going down on that road, and when he saw him, he passed by on the other side. "Likewise a Levite also, when he came to the place and saw him, passed by on the other side. "But a Samaritan, who was on a journey, came upon him; and when he saw him, he felt compassion, and came to him and bandaged up his wounds, pouring oil and wine on them; and he put him on his own beast, and brought him to an inn and took care of him. "On the next day he took out two denarii and gave them to the innkeeper and said, 'Take care of him; and whatever more you spend, when I return I will repay you.' "Which of these three do you think proved to be a neighbor to the man who fell into the robbers' hands?" And he said, "The one who showed mercy toward him." Then Jesus said to him, "Go and do the same."" Luke 10:30-37
Jesus knew exactly how separate the good honest hearts from the bad in the way He told stories.
This amazing parable was spoken to a Jewish Lawyer and he made a Samaritan the hero! A Jewish Lawyer was one who is an expert in Mosaic law.
He used a priest, Levite and a Samaritan. The priest and Levite are vilified and the Samaritan is the hero! Wow how to make your audience hate you! But the honest listener would have to agree.
In this parable, an expert in Mosaic law, was being told to imitate the morals of a Samaritan who was being held up as a role model.
It is entirely possible that this was a recent and real news event."
"The parable of the good Samaritan:
"Jesus replied and said, "A man was going down from Jerusalem to Jericho, and fell among robbers, and they stripped him and beat him, and went away leaving him half dead. "And by chance a priest was going down on that road, and when he saw him, he passed by on the other side. "Likewise a Levite also, when he came to the place and saw him, passed by on the other side. "But a Samaritan, who was on a journey, came upon him; and when he saw him, he felt compassion, and came to him and bandaged up his wounds, pouring oil and wine on them; and he put him on his own beast, and brought him to an inn and took care of him. "On the next day he took out two denarii and gave them to the innkeeper and said, 'Take care of him; and whatever more you spend, when I return I will repay you.' "Which of these three do you think proved to be a neighbor to the man who fell into the robbers' hands?" And he said, "The one who showed mercy toward him." Then Jesus said to him, "Go and do the same."" Luke 10:30-37
Jesus knew exactly how separate the good honest hearts from the bad in the way He told stories.
This amazing parable was spoken to a Jewish Lawyer and he made a Samaritan the hero! A Jewish Lawyer was one who is an expert in Mosaic law.
He used a priest, Levite and a Samaritan. The priest and Levite are vilified and the Samaritan is the hero! Wow how to make your audience hate you! But the honest listener would have to agree.
In this parable, an expert in Mosaic law, was being told to imitate the morals of a Samaritan who was being held up as a role model.
It is entirely possible that this was a recent and real news event."
Magalhães Luís
"The Samaritan woman at the well converts to Jesus:
"There came a woman of Samaria to draw water. Jesus said to her, "Give Me a drink." For His disciples had gone away into the city to buy food. Therefore the Samaritan woman said to Him, "How is it that You, being a Jew, ask me for a drink since I am a Samaritan woman?" (For Jews have no dealings with Samaritans.) Jesus answered and said to her, "If you knew the gift of God, and who it is who says to you, 'Give Me a drink,' you would have asked Him, and He would have given you living water." She said to Him, "Sir, You have nothing to draw with and the well is deep; where then do You get that living water? "You are not greater than our father Jacob, are You, who gave us the well, and drank of it himself and his sons and his cattle?" Jesus answered and said to her, "Everyone who drinks of this water will thirst again; but whoever drinks of the water that I will give him shall never thirst; but the water that I will give him will become in him a well of water springing up to eternal life." The woman said to Him, "Sir, give me this water, so I will not be thirsty nor come all the way here to draw." He said to her, "Go, call your husband and come here." The woman answered and said, "I have no husband." Jesus said to her, "You have correctly said, 'I have no husband'; for you have had five husbands, and the one whom you now have is not your husband; this you have said truly." The woman said to Him, "Sir, I perceive that You are a prophet. "Our fathers worshiped in this mountain, and you people say that in Jerusalem is the place where men ought to worship." Jesus said to her, "Woman, believe Me, an hour is coming when neither in this mountain nor in Jerusalem will you worship the Father. "You worship what you do not know; we worship what we know, for salvation is from the Jews. "But an hour is coming, and now is, when the true worshipers will worship the Father in spirit and truth; for such people the Father seeks to be His worshipers. "God is spirit, and those who worship Him must worship in spirit and truth." The woman said to Him, "I know that Messiah is coming (He who is called Christ); when that One comes, He will declare all things to us." Jesus said to her, "I who speak to you am He." At this point His disciples came, and they were amazed that He had been speaking with a woman, yet no one said, "What do You seek?" or, "Why do You speak with her?" So the woman left her waterpot, and went into the city and said to the men, "Come, see a man who told me all the things that I have done; this is not the Christ, is it?" They went out of the city, and were coming to Him. Meanwhile the disciples were urging Him, saying, "Rabbi, eat." But He said to them, "I have food to eat that you do not know about." So the disciples were saying to one another, "No one brought Him anything to eat, did he?" Jesus said to them, "My food is to do the will of Him who sent Me and to accomplish His work. "Do you not say, 'There are yet four months, and then comes the harvest'? Behold, I say to you, lift up your eyes and look on the fields, that they are white for harvest. "Already he who reaps is receiving wages and is gathering fruit for life eternal; so that he who sows and he who reaps may rejoice together. "For in this case the saying is true, 'One sows and another reaps.' "I sent you to reap that for which you have not labored; others have labored and you have entered into their labor." From that city many of the Samaritans believed in Him because of the word of the woman who testified, "He told me all the things that I have done." So when the Samaritans came to Jesus, they were asking Him to stay with them; and He stayed there two days. Many more believed because of His word; and they were saying to the woman, "It is no longer because of what you said that we believe, for we have heard for ourselves and know that this One is indeed the Savior of the world."" John 4:7-42
The Samaritan woman at the well resulted in evangelizing the entire Samaritan city. Jesus Disciples are now told to start teaching the Samaritans. This reverses his previous ban on teaching them earlier on in his ministry.
It is important to keep in mind that Jesus bluntly told the Samaritan woman to her face that her religion was wrong, and yet she was honest enough to accept this and convert to Jesus.
He told her: "You worship what you do not know; we worship what we know, for salvation is from the Jews."
She could have taken offence, instead she went and brought back the whole town to hear more of this."
"The Samaritan woman at the well converts to Jesus:
"There came a woman of Samaria to draw water. Jesus said to her, "Give Me a drink." For His disciples had gone away into the city to buy food. Therefore the Samaritan woman said to Him, "How is it that You, being a Jew, ask me for a drink since I am a Samaritan woman?" (For Jews have no dealings with Samaritans.) Jesus answered and said to her, "If you knew the gift of God, and who it is who says to you, 'Give Me a drink,' you would have asked Him, and He would have given you living water." She said to Him, "Sir, You have nothing to draw with and the well is deep; where then do You get that living water? "You are not greater than our father Jacob, are You, who gave us the well, and drank of it himself and his sons and his cattle?" Jesus answered and said to her, "Everyone who drinks of this water will thirst again; but whoever drinks of the water that I will give him shall never thirst; but the water that I will give him will become in him a well of water springing up to eternal life." The woman said to Him, "Sir, give me this water, so I will not be thirsty nor come all the way here to draw." He said to her, "Go, call your husband and come here." The woman answered and said, "I have no husband." Jesus said to her, "You have correctly said, 'I have no husband'; for you have had five husbands, and the one whom you now have is not your husband; this you have said truly." The woman said to Him, "Sir, I perceive that You are a prophet. "Our fathers worshiped in this mountain, and you people say that in Jerusalem is the place where men ought to worship." Jesus said to her, "Woman, believe Me, an hour is coming when neither in this mountain nor in Jerusalem will you worship the Father. "You worship what you do not know; we worship what we know, for salvation is from the Jews. "But an hour is coming, and now is, when the true worshipers will worship the Father in spirit and truth; for such people the Father seeks to be His worshipers. "God is spirit, and those who worship Him must worship in spirit and truth." The woman said to Him, "I know that Messiah is coming (He who is called Christ); when that One comes, He will declare all things to us." Jesus said to her, "I who speak to you am He." At this point His disciples came, and they were amazed that He had been speaking with a woman, yet no one said, "What do You seek?" or, "Why do You speak with her?" So the woman left her waterpot, and went into the city and said to the men, "Come, see a man who told me all the things that I have done; this is not the Christ, is it?" They went out of the city, and were coming to Him. Meanwhile the disciples were urging Him, saying, "Rabbi, eat." But He said to them, "I have food to eat that you do not know about." So the disciples were saying to one another, "No one brought Him anything to eat, did he?" Jesus said to them, "My food is to do the will of Him who sent Me and to accomplish His work. "Do you not say, 'There are yet four months, and then comes the harvest'? Behold, I say to you, lift up your eyes and look on the fields, that they are white for harvest. "Already he who reaps is receiving wages and is gathering fruit for life eternal; so that he who sows and he who reaps may rejoice together. "For in this case the saying is true, 'One sows and another reaps.' "I sent you to reap that for which you have not labored; others have labored and you have entered into their labor." From that city many of the Samaritans believed in Him because of the word of the woman who testified, "He told me all the things that I have done." So when the Samaritans came to Jesus, they were asking Him to stay with them; and He stayed there two days. Many more believed because of His word; and they were saying to the woman, "It is no longer because of what you said that we believe, for we have heard for ourselves and know that this One is indeed the Savior of the world."" John 4:7-42
The Samaritan woman at the well resulted in evangelizing the entire Samaritan city. Jesus Disciples are now told to start teaching the Samaritans. This reverses his previous ban on teaching them earlier on in his ministry.
It is important to keep in mind that Jesus bluntly told the Samaritan woman to her face that her religion was wrong, and yet she was honest enough to accept this and convert to Jesus.
He told her: "You worship what you do not know; we worship what we know, for salvation is from the Jews."
She could have taken offence, instead she went and brought back the whole town to hear more of this."
Magalhães Luís
"The city of Shechem and Simon become Christians:
"Therefore, those who had been scattered went about preaching the word. Philip went down to the city of Samaria and began proclaiming Christ to them. The crowds with one accord were giving attention to what was said by Philip, as they heard and saw the signs which he was performing. For in the case of many who had unclean spirits, they were coming out of them shouting with a loud voice; and many who had been paralyzed and lame were healed. So there was much rejoicing in that city. Now there was a man named Simon, who formerly was practicing magic in the city and astonishing the people of Samaria, claiming to be someone great; and they all, from smallest to greatest, were giving attention to him, saying, "This man is what is called the Great Power of God." And they were giving him attention because he had for a long time astonished them with his magic arts. But when they believed Philip preaching the good news about the kingdom of God and the name of Jesus Christ, they were being baptized, men and women alike. Even Simon himself believed; and after being baptized, he continued on with Philip, and as he observed signs and great miracles taking place, he was constantly amazed. Now when the apostles in Jerusalem heard that Samaria had received the word of God, they sent them Peter and John, who came down and prayed for them that they might receive the Holy Spirit. For He had not yet fallen upon any of them; they had simply been baptized in the name of the Lord Jesus. Then they began laying their hands on them, and they were receiving the Holy Spirit. Now when Simon saw that the Spirit was bestowed through the laying on of the apostles' hands, he offered them money, saying, "Give this authority to me as well, so that everyone on whom I lay my hands may receive the Holy Spirit." But Peter said to him, "May your silver perish with you, because you thought you could obtain the gift of God with money! "You have no part or portion in this matter, for your heart is not right before God. "Therefore repent of this wickedness of yours, and pray the Lord that, if possible, the intention of your heart may be forgiven you. "For I see that you are in the gall of bitterness and in the bondage of iniquity." But Simon answered and said, "Pray to the Lord for me yourselves, so that nothing of what you have said may come upon me." So, when they had solemnly testified and spoken the word of the Lord, they started back to Jerusalem, and were preaching the gospel to many villages of the Samaritans." Acts 8:4-25
Shechem, the capital city of the Samaritans and Simon the sorcerer are converted. (Although some suggest the city of Samaria was "Sebaste", 11 km NW of ancient Shechem).
Shechem was converted though the preaching of Philip. Simon the sorcerer, was an example of the type of religion the Samaritans were willing to accept.
Simon used the same three techniques that modern Pentecostal/ Charismatic preachers use to deceive followers into believing they possess supernatural powers: 1. Talk: "claiming to be someone great". 2. Testimony (of deceived followers): "This man is what is called the Great Power of God." 3. Tricks: "he had for a long time astonished them with his magic arts". (Max Dawson)
Simon presents a warning to those to follow Pentecostal/ Charismatic preachers because: 1. Large numbers of people listen to them: "all were giving attention". The fact that large numbers of people supported Simon did not change the fact that he was a fraud. The fact that important people could vouch for him did not change error into truth, or change tricks into miracles. 2. The rich, famous and important people follow them: "greatest". 3. Long periods of time: "for a long time". (Max Dawson)"
"The city of Shechem and Simon become Christians:
"Therefore, those who had been scattered went about preaching the word. Philip went down to the city of Samaria and began proclaiming Christ to them. The crowds with one accord were giving attention to what was said by Philip, as they heard and saw the signs which he was performing. For in the case of many who had unclean spirits, they were coming out of them shouting with a loud voice; and many who had been paralyzed and lame were healed. So there was much rejoicing in that city. Now there was a man named Simon, who formerly was practicing magic in the city and astonishing the people of Samaria, claiming to be someone great; and they all, from smallest to greatest, were giving attention to him, saying, "This man is what is called the Great Power of God." And they were giving him attention because he had for a long time astonished them with his magic arts. But when they believed Philip preaching the good news about the kingdom of God and the name of Jesus Christ, they were being baptized, men and women alike. Even Simon himself believed; and after being baptized, he continued on with Philip, and as he observed signs and great miracles taking place, he was constantly amazed. Now when the apostles in Jerusalem heard that Samaria had received the word of God, they sent them Peter and John, who came down and prayed for them that they might receive the Holy Spirit. For He had not yet fallen upon any of them; they had simply been baptized in the name of the Lord Jesus. Then they began laying their hands on them, and they were receiving the Holy Spirit. Now when Simon saw that the Spirit was bestowed through the laying on of the apostles' hands, he offered them money, saying, "Give this authority to me as well, so that everyone on whom I lay my hands may receive the Holy Spirit." But Peter said to him, "May your silver perish with you, because you thought you could obtain the gift of God with money! "You have no part or portion in this matter, for your heart is not right before God. "Therefore repent of this wickedness of yours, and pray the Lord that, if possible, the intention of your heart may be forgiven you. "For I see that you are in the gall of bitterness and in the bondage of iniquity." But Simon answered and said, "Pray to the Lord for me yourselves, so that nothing of what you have said may come upon me." So, when they had solemnly testified and spoken the word of the Lord, they started back to Jerusalem, and were preaching the gospel to many villages of the Samaritans." Acts 8:4-25
Shechem, the capital city of the Samaritans and Simon the sorcerer are converted. (Although some suggest the city of Samaria was "Sebaste", 11 km NW of ancient Shechem).
Shechem was converted though the preaching of Philip. Simon the sorcerer, was an example of the type of religion the Samaritans were willing to accept.
Simon used the same three techniques that modern Pentecostal/
Simon presents a warning to those to follow Pentecostal/
Magalhães Luís
"Churches established in Samaritan cities:
Churches were established in Samaritan cities: "So the church throughout all Judea and Galilee and Samaria enjoyed peace, being built up; and going on in the fear of the Lord and in the comfort of the Holy Spirit, it continued to increase." Acts 9:31
So after 1000 years the Samaritans had finally come home to their God by repenting and believing in Jesus and being baptized for the remission of their sins.
The Samaritans who rejected Jesus would share the same fate as the Jews who rejected Jesus: Hell. As far as Christianity is concerned, there is no spiritual difference between a pagan Gentile, a Samaritan and Jew today: They are all lost and need the blood of Jesus in order to be saved and get to heaven."
"Churches established in Samaritan cities:
Churches were established in Samaritan cities: "So the church throughout all Judea and Galilee and Samaria enjoyed peace, being built up; and going on in the fear of the Lord and in the comfort of the Holy Spirit, it continued to increase." Acts 9:31
So after 1000 years the Samaritans had finally come home to their God by repenting and believing in Jesus and being baptized for the remission of their sins.
The Samaritans who rejected Jesus would share the same fate as the Jews who rejected Jesus: Hell. As far as Christianity is concerned, there is no spiritual difference between a pagan Gentile, a Samaritan and Jew today: They are all lost and need the blood of Jesus in order to be saved and get to heaven."
Magalhães Luís
"Mt. Gerizim is located next to Shechem and beside the oaks of Moreh:
"The woman said to Him, "Sir, I perceive that You are a prophet. "Our fathers worshiped in this mountain [Gerizim], and you people say that in Jerusalem is the place where men ought to worship." Jesus said to her, "Woman, believe Me, an hour is coming when neither in this mountain nor in Jerusalem will you worship the Father. "You worship what you do not know; we worship what we know, for salvation is from the Jews. "But an hour is coming, and now is, when the true worshipers will worship the Father in spirit and truth; for such people the Father seeks to be His worshipers. "God is spirit, and those who worship Him must worship in spirit and truth."" John 4:19-24
The Samaritans believed two false doctrines: 1. that Mt. Gerizim was the Holy Mountain of God. 2. The myth that Abraham sacrificed Isaac at Mt. Gerizim instead of Jerusalem as the Bible says.
Historically, the orthodox Jews who lived in Jerusalem began to claim that the "Mt. Gerizim" Samaritans had chosen, was in fact the wrong mountain. The orthodox Jews knew the Samaritans were at the true Mt. Gerizim, but were wanting to counter their anti-Jerusalem teachings by saying, "You Samaritans claim the Mt. Gerizim is your holy mountain, but you haven't chosen the wrong mountain for Mt. Gerizim. Obviously then, you are wrong when you say Jerusalem is not the true mountain of God." So the Orthodox invented a new lie to counter the lies of the Samaritans. This was unfortunate because even today in modern Israel, some Jews today continue to claim that the Mt. Gerizim of the Samaritans, is the not the true Mt. Gerizim. The true Mt. Gerizim, is located elsewhere near Jericho and Gilgal.
However the Bible is clear in that Mt. Gerizim is located beside Shechem, not Gilgal: The oaks of Moreh were beside Mt. Gerizim and two Bible verses place the oaks of Moreh beside Shechem (modern Nabulus). (Genesis 12:6 and Genesis 35:4.) Judges 9:7 likewise places Mount Gerizim directly beside Shechem: "Jotham went and stood on the top of Mount Gerizim, and lifted his voice and called out. Thus he said to them, "Listen to me, O men of Shechem, that God may listen to you." (Judges 9:7)
In 325 AD, Eusebius believed that the Samaritan's choice for Mt. Gerizim was wrong and said so in his Onomasticon which he wrote in 325 AD. He likely based this on the Bible verse that said it was opposite Gilgal: "Are they [Mt. Ebal and Gerizim] not across the Jordan, west of the way toward the sunset, in the land of the Canaanites who live in the Arabah, opposite Gilgal, beside the oaks of Moreh?" Deuteronomy 11:30. It is clear that "opposite Gilgal", does not mean beside Gilgal, as Eusebius claimed. It was beside the oaks of Morah, which was beside Shechem: Genesis 12:6 and Genesis 35:4.
In 325 AD Eusebius wrongly chose mountains sometimes called "Tyros" and "Thrax" above Aqaba jabr near Jericho. The Samaritans chose "Jebel es-Slamiyeh" and "Jebel et Tur". These are the traditional locations on all Bible maps today and are the correct locations.
Here is what Eusebius wrote in his Onomasticon in 325 AD:
Mt. Ebal: "Gaibal (Gebal). Mountain in the Promised Land where Moses commanded an altar to be built (at the command of Moses an alter was built). They say (there are) two neighboring mountains facing each other located at (near) Jericho, one of which (is said) to be Garizin [Gerizim], the other Gaibal [Ebal]. But the Samaritans erroneously point out two others near Neapolis (argue for two mountains near Neapolis but they err greatly) since the great distance of one from the other there shows that they are not able to hear one another when calling out from one (hear the voices calling out in turn blessing or cursing as Scripture records)." (Eusebius, Onomasticon 325 AD)
Mt. Gerizim: "Garizein (Garizin). Mountain where those calling out the blessing (curse) stood. Read the above mentioned Gaibal (Gebal)." (Eusebius, Onomasticon 325 AD)
Gilgal: "Golgol or Galgal. The Scriptures teach this is near Mt. Garisein and Mt.Gaibal. The place of Galgal is in the Jericho region (near Jericho). [Therefore the Samaritans err who would point out Mt.Gairsin and Mt.Gebal near Neapolis which Scripture testifies are near Galgal.]" (Eusebius, Onomasticon 325 AD)
Footnote from Onomasticon : This and the following entry can be treated together. The Onomasticon begins by recording the simple biblical information here. The generally accepted tradition is to follow the Samaritan tradition as given here. The two mountains are on either side of Neapolis (K. 4:28) and are Jebel es-Slamiyeh and Jebel et Tur. The Madaba Map reflects this tradition by having them near Shechem (K. 150:1) called Garizin and Gōbel. The pilgrims also recognize this identity. "At Neapolis is Mt Gazaren where the Samaritans say Abraham brought the sacrifice. And to ascend up to the summit are 300 steps. At the foot of the mountain is located a place by the name of Shechem" (Itin. Bourd. PPT I, 18). Zeno and Justinian built churches on Garizein according to Procopius Buildings V, vii, 5-17. Excavation of this area is going on. But Eusebius and Jerome prefer to follow an anti-Samaritan location. The Madaba map hesitates between the two opinions and so locates Gebal Garizeini near Ierichō [Jericho] (K. 104:25). The use of the LXX names in Ierichō region and the Aramaic in the Neapolis area may signify some preference. Since Josephus and the later Byzantines had the correct tradition, this rabbinic tradition must have developed in the late first and early second centuries. Procopius 905C is also confused: "This is situated at the Eastern part of Ierichō beyond Galgal" and he continues by denying the Samaritan tradition. Yet in 908A he seems to accept the Samaritan location and tradition. The two mountains near Jericho are probably those above Aqaba jabr sometimes called Tyros and Thrax. The Roman road to Jerusalem passed between them. In Interpretation of Hebrew Names "Gebal, ancient abyss or stone building" (87). (Eusebius, Onomasticon 325 AD)
In 542 AD, the Madaba map places the two mountains twice, in two different locations: On the Madaba map, the mountains of Ebal and Gerizim are in two different locations. One is at Shechem (Modern Nabulus) and one near Jericho and Gilgal. This is because the Orthodox Jews had created a new location near Jericho in their longstanding dispute with the Samaritans. Eusebius, Jerome and the creators of the Madaba map were fully aware of the two traditions and chose to represent both on the map. "
"Mt. Gerizim is located next to Shechem and beside the oaks of Moreh:
"The woman said to Him, "Sir, I perceive that You are a prophet. "Our fathers worshiped in this mountain [Gerizim], and you people say that in Jerusalem is the place where men ought to worship." Jesus said to her, "Woman, believe Me, an hour is coming when neither in this mountain nor in Jerusalem will you worship the Father. "You worship what you do not know; we worship what we know, for salvation is from the Jews. "But an hour is coming, and now is, when the true worshipers will worship the Father in spirit and truth; for such people the Father seeks to be His worshipers. "God is spirit, and those who worship Him must worship in spirit and truth."" John 4:19-24
The Samaritans believed two false doctrines: 1. that Mt. Gerizim was the Holy Mountain of God. 2. The myth that Abraham sacrificed Isaac at Mt. Gerizim instead of Jerusalem as the Bible says.
Historically, the orthodox Jews who lived in Jerusalem began to claim that the "Mt. Gerizim" Samaritans had chosen, was in fact the wrong mountain. The orthodox Jews knew the Samaritans were at the true Mt. Gerizim, but were wanting to counter their anti-Jerusalem teachings by saying, "You Samaritans claim the Mt. Gerizim is your holy mountain, but you haven't chosen the wrong mountain for Mt. Gerizim. Obviously then, you are wrong when you say Jerusalem is not the true mountain of God." So the Orthodox invented a new lie to counter the lies of the Samaritans. This was unfortunate because even today in modern Israel, some Jews today continue to claim that the Mt. Gerizim of the Samaritans, is the not the true Mt. Gerizim. The true Mt. Gerizim, is located elsewhere near Jericho and Gilgal.
However the Bible is clear in that Mt. Gerizim is located beside Shechem, not Gilgal: The oaks of Moreh were beside Mt. Gerizim and two Bible verses place the oaks of Moreh beside Shechem (modern Nabulus). (Genesis 12:6 and Genesis 35:4.) Judges 9:7 likewise places Mount Gerizim directly beside Shechem: "Jotham went and stood on the top of Mount Gerizim, and lifted his voice and called out. Thus he said to them, "Listen to me, O men of Shechem, that God may listen to you." (Judges 9:7)
In 325 AD, Eusebius believed that the Samaritan's choice for Mt. Gerizim was wrong and said so in his Onomasticon which he wrote in 325 AD. He likely based this on the Bible verse that said it was opposite Gilgal: "Are they [Mt. Ebal and Gerizim] not across the Jordan, west of the way toward the sunset, in the land of the Canaanites who live in the Arabah, opposite Gilgal, beside the oaks of Moreh?" Deuteronomy 11:30. It is clear that "opposite Gilgal", does not mean beside Gilgal, as Eusebius claimed. It was beside the oaks of Morah, which was beside Shechem: Genesis 12:6 and Genesis 35:4.
In 325 AD Eusebius wrongly chose mountains sometimes called "Tyros" and "Thrax" above Aqaba jabr near Jericho. The Samaritans chose "Jebel es-Slamiyeh" and "Jebel et Tur". These are the traditional locations on all Bible maps today and are the correct locations.
Here is what Eusebius wrote in his Onomasticon in 325 AD:
Mt. Ebal: "Gaibal (Gebal). Mountain in the Promised Land where Moses commanded an altar to be built (at the command of Moses an alter was built). They say (there are) two neighboring mountains facing each other located at (near) Jericho, one of which (is said) to be Garizin [Gerizim], the other Gaibal [Ebal]. But the Samaritans erroneously point out two others near Neapolis (argue for two mountains near Neapolis but they err greatly) since the great distance of one from the other there shows that they are not able to hear one another when calling out from one (hear the voices calling out in turn blessing or cursing as Scripture records)." (Eusebius, Onomasticon 325 AD)
Mt. Gerizim: "Garizein (Garizin). Mountain where those calling out the blessing (curse) stood. Read the above mentioned Gaibal (Gebal)." (Eusebius, Onomasticon 325 AD)
Gilgal: "Golgol or Galgal. The Scriptures teach this is near Mt. Garisein and Mt.Gaibal. The place of Galgal is in the Jericho region (near Jericho). [Therefore the Samaritans err who would point out Mt.Gairsin and Mt.Gebal near Neapolis which Scripture testifies are near Galgal.]" (Eusebius, Onomasticon 325 AD)
Footnote from Onomasticon : This and the following entry can be treated together. The Onomasticon begins by recording the simple biblical information here. The generally accepted tradition is to follow the Samaritan tradition as given here. The two mountains are on either side of Neapolis (K. 4:28) and are Jebel es-Slamiyeh and Jebel et Tur. The Madaba Map reflects this tradition by having them near Shechem (K. 150:1) called Garizin and Gōbel. The pilgrims also recognize this identity. "At Neapolis is Mt Gazaren where the Samaritans say Abraham brought the sacrifice. And to ascend up to the summit are 300 steps. At the foot of the mountain is located a place by the name of Shechem" (Itin. Bourd. PPT I, 18). Zeno and Justinian built churches on Garizein according to Procopius Buildings V, vii, 5-17. Excavation of this area is going on. But Eusebius and Jerome prefer to follow an anti-Samaritan location. The Madaba map hesitates between the two opinions and so locates Gebal Garizeini near Ierichō [Jericho] (K. 104:25). The use of the LXX names in Ierichō region and the Aramaic in the Neapolis area may signify some preference. Since Josephus and the later Byzantines had the correct tradition, this rabbinic tradition must have developed in the late first and early second centuries. Procopius 905C is also confused: "This is situated at the Eastern part of Ierichō beyond Galgal" and he continues by denying the Samaritan tradition. Yet in 908A he seems to accept the Samaritan location and tradition. The two mountains near Jericho are probably those above Aqaba jabr sometimes called Tyros and Thrax. The Roman road to Jerusalem passed between them. In Interpretation of Hebrew Names "Gebal, ancient abyss or stone building" (87). (Eusebius, Onomasticon 325 AD)
In 542 AD, the Madaba map places the two mountains twice, in two different locations: On the Madaba map, the mountains of Ebal and Gerizim are in two different locations. One is at Shechem (Modern Nabulus) and one near Jericho and Gilgal. This is because the Orthodox Jews had created a new location near Jericho in their longstanding dispute with the Samaritans. Eusebius, Jerome and the creators of the Madaba map were fully aware of the two traditions and chose to represent both on the map. "
Magalhães Luís
"8. Herbert Donner comments on this: "The mountains Gerizim and Ebal are represented twice on the Madaba Map: near Jericho and near Neapolis. What has happened here? The problem can be solved on the basis of Eus. On. 64:9-14 where, strangely enough, both mountains are indeed located near Jericho. Eusebius, however, does not fail to add: "The Samaritans show other ones near Neapolis, but they are wrong, for the mountains shown by them are too far from each other, so that it is impossible »[atenção!]« to hear one´s voice when calling to each other." Although this seems to be entirely intelligible and is confirmed by Deut. 27, the Samaritans were by no means wrong. Eusebius was wrong, and everybody knew it, perhaps he himself included. The Samaritans laid claim to the mountains, considering them to be their own holy mountains. Hostility to the Samaritans forced the orthodox Jews in Jerusalem to locate both mountains at another spot, for the Samaritans were not allowed to be right. Eusebius followed the orthodox Jewish tradition. The mosaicist, however, being well informed, preferred a Solomonic solution: he listed the mountains twice, indicating by larger letters that he regarded the location near Nabulus as being correct." (Herbert Donner, The Mosaic Map of Madaba, Kampen 1992, 24.48)
9. In the 1980's, Adam Zertal has chosen an entirely new location for Mt. Gerizim after discovering Joshua's Altar. Zertal believes the Samaritans chose the wrong mountain in 500 BC this was about 1000 years after Joshua built his altar in 1400 BC. Zertal reasons that the chances of them getting the mountain wrong is high because of the long time frame between Joshua and when they first chose Gerizim to be their "holy mountain". (900 years)"
"8. Herbert Donner comments on this: "The mountains Gerizim and Ebal are represented twice on the Madaba Map: near Jericho and near Neapolis. What has happened here? The problem can be solved on the basis of Eus. On. 64:9-14 where, strangely enough, both mountains are indeed located near Jericho. Eusebius, however, does not fail to add: "The Samaritans show other ones near Neapolis, but they are wrong, for the mountains shown by them are too far from each other, so that it is impossible »[atenção!]« to hear one´s voice when calling to each other." Although this seems to be entirely intelligible and is confirmed by Deut. 27, the Samaritans were by no means wrong. Eusebius was wrong, and everybody knew it, perhaps he himself included. The Samaritans laid claim to the mountains, considering them to be their own holy mountains. Hostility to the Samaritans forced the orthodox Jews in Jerusalem to locate both mountains at another spot, for the Samaritans were not allowed to be right. Eusebius followed the orthodox Jewish tradition. The mosaicist, however, being well informed, preferred a Solomonic solution: he listed the mountains twice, indicating by larger letters that he regarded the location near Nabulus as being correct." (Herbert Donner, The Mosaic Map of Madaba, Kampen 1992, 24.48)
9. In the 1980's, Adam Zertal has chosen an entirely new location for Mt. Gerizim after discovering Joshua's Altar. Zertal believes the Samaritans chose the wrong mountain in 500 BC this was about 1000 years after Joshua built his altar in 1400 BC. Zertal reasons that the chances of them getting the mountain wrong is high because of the long time frame between Joshua and when they first chose Gerizim to be their "holy mountain". (900 years)"
Magalhães Luís
"There is also a possibility that the Samaritans deliberately chose a different mountain because they wanted to create a new myth that Abraham sacrificed Isaac there. While Mt. Ebal is not in dispute, here is where Zertal believes Mt. Gerizim is really located. He chose this new location, because it is within view of a Hebrew altar he discovered which he believes to be Joshua's altar. One of the problems for Zertal, is that the altar doesn't directly point to his choice for Mt. Gerizim. Rather the altar is facing the open plains to the left of Zertal's Mt. Gerizim. Surely the altar would point directly to Mt. Gerizim since it was directly in view."
"There is also a possibility that the Samaritans deliberately chose a different mountain because they wanted to create a new myth that Abraham sacrificed Isaac there. While Mt. Ebal is not in dispute, here is where Zertal believes Mt. Gerizim is really located. He chose this new location, because it is within view of a Hebrew altar he discovered which he believes to be Joshua's altar. One of the problems for Zertal, is that the altar doesn't directly point to his choice for Mt. Gerizim. Rather the altar is facing the open plains to the left of Zertal's Mt. Gerizim. Surely the altar would point directly to Mt. Gerizim since it was directly in view."
Magalhães Luís
"Here is a close up of Zertal's choice for Mt. Gerizim taken from the south side of the altar. It is unfortunate that Zertal carries on the tradition of those orthodox Jews who lived from 400 BC - 30 AD that the Samaritans had chosen the wrong mountain for Mt. Gerizim. The Samaritans chose the correct mountain. Zertal is wrong."
"Here is a close up of Zertal's choice for Mt. Gerizim taken from the south side of the altar. It is unfortunate that Zertal carries on the tradition of those orthodox Jews who lived from 400 BC - 30 AD that the Samaritans had chosen the wrong mountain for Mt. Gerizim. The Samaritans chose the correct mountain. Zertal is wrong."
Magalhães Luís
"10. When all has been examined it is clear that the correct location of Mt. Ebal is where Adam Zertal found Joshua's Altar. The correct location for Mt. Gerizim is where the Samaritans chose it. Zertal's choice for Mt. Gerizim is wrong. Eusebius is also wrong for locating the two mountains beside Jericho and Gilgal.
11. The Bible locates Mt. Gerizim beside Shechem. The Samaritan location at Shechem (Nabulus) is correct. The orthodox Jewish locations near Gilgal are wrong."
"10. When all has been examined it is clear that the correct location of Mt. Ebal is where Adam Zertal found Joshua's Altar. The correct location for Mt. Gerizim is where the Samaritans chose it. Zertal's choice for Mt. Gerizim is wrong. Eusebius is also wrong for locating the two mountains beside Jericho and Gilgal.
11. The Bible locates Mt. Gerizim beside Shechem. The Samaritan location at Shechem (Nabulus) is correct. The orthodox Jewish locations near Gilgal are wrong."
Magalhães Luís
"The history of Shechem, Mt. Ebal and Mt. Gerizim:
Today, ancient Shechem is located Tel Balata, which is about 3 km east of modern Nabulus. It may be that Tel Balata which literally means "a paving stone or tile" may in fact derive from Arabic balut, meaning "oak".
In 2085 BC Abraham left Haran at age 75 and the same year God appeared to him at Shechem: Gen 12:4. In 2085 BC, Abraham built an altar in Shechem beside the Oak of Moreh where God appeared to him and promised to give his seed the land: "Abram passed through the land as far as the site of Shechem, to the oak of Moreh. Now the Canaanite was then in the land. The Lord appeared to Abram and said, "To your descendants I will give this land." So he built an altar there to the Lord who had appeared to him." Genesis 12:6-7. Regarding the "Oaks of Moreh": Not just a single oak tree but a forest called the "oaks of Moreh" were located near, but not in Shechem, (Genesis 35:4) and apparently not directly on either of the two mountains: "Are they [Mount Gerizim & Ebal] not across the Jordan, west of the way toward the sunset, in the land of the Canaanites who live in the Arabah, opposite Gilgal, beside the oaks of Moreh?" Deuteronomy 11:29-30. The location of the oaks of Moreh are clearly outside the formal city limits of Shechem: "Then Hamor the father of Shechem went out to Jacob to speak with him." Genesis 34:6"
"The history of Shechem, Mt. Ebal and Mt. Gerizim:
Today, ancient Shechem is located Tel Balata, which is about 3 km east of modern Nabulus. It may be that Tel Balata which literally means "a paving stone or tile" may in fact derive from Arabic balut, meaning "oak".
In 2085 BC Abraham left Haran at age 75 and the same year God appeared to him at Shechem: Gen 12:4. In 2085 BC, Abraham built an altar in Shechem beside the Oak of Moreh where God appeared to him and promised to give his seed the land: "Abram passed through the land as far as the site of Shechem, to the oak of Moreh. Now the Canaanite was then in the land. The Lord appeared to Abram and said, "To your descendants I will give this land." So he built an altar there to the Lord who had appeared to him." Genesis 12:6-7. Regarding the "Oaks of Moreh": Not just a single oak tree but a forest called the "oaks of Moreh" were located near, but not in Shechem, (Genesis 35:4) and apparently not directly on either of the two mountains: "Are they [Mount Gerizim & Ebal] not across the Jordan, west of the way toward the sunset, in the land of the Canaanites who live in the Arabah, opposite Gilgal, beside the oaks of Moreh?" Deuteronomy 11:29-30. The location of the oaks of Moreh are clearly outside the formal city limits of Shechem: "Then Hamor the father of Shechem went out to Jacob to speak with him." Genesis 34:6"
Magalhães Luís
"In 1900 BC, Jacob after he had fled from Laban back to Canaan, he built an altar at the place he camped "before the city of Shechem", not in Shechem. He bought this land: "Now Jacob came safely to the city of Shechem, which is in the land of Canaan, when he came from Paddan-aram, and camped before the city. He bought the piece of land where he had pitched his tent from the hand of the sons of Hamor, Shechem's father, for one hundred pieces of money. Then he erected there an altar and called it El-Elohe-Israel ." Genesis 33:18-20
In 1900 BC, just before Jacob moved from Shechem to Bethel, he hid the idols of his family under the "oak of Moreh" which was the very spot where Abraham had built an altar: "So they gave to Jacob all the foreign gods which they had and the rings which were in their ears, and Jacob hid them under the oak which was near Shechem." Genesis 35:4
In 1893 BC, Joseph was sold into slavery. Jacob sent Joseph to Shechem to find his brothers, who had moved on to Dothan, where they betrayed him: "Israel said to Joseph, "Are not your brothers pasturing the flock in Shechem? Come, and I will send you to them." And he said to him, "I will go."" Genesis 37:13
Joshua lived 1460 - 1350 BC: Joshua is described as a young man, a youth, when Israel left Egypt: (Ex 33:11; Num 11:28) He was chosen by Moses to fight Amalek at (Exodus 17:9) Rephidim. We would estimate that Joshua need be no less than 20 and probably 30 years old when he was given the responsibility of leading the armies of Moses. Since the exodus was 1440 BC and Joshua lived to be 110 years old. (Joshua 24:29) This means Joshua was born about 1460 BC and died 1350 BC. This means that Joshua began serving Moses at age 30, and served Moses for 40 years in the wilderness and then 40 years in Canaan after crossing the Jordan.
In 1400, when Israel crossed the Jordan, the tabernacle was first set in the Gilgal (Josh 4:19).
In 1390 BC, Joshua traveled from Gilgal, where the tabernacle was located, to Mt. Ebal beside Shechem to built the "altar of Joshua". The ark of the covenant was taken to Mt. Ebal and used in the blessings and curses ceremony, while the tabernacle remained at Gilgal. Josh 8:30
In 1385 BC, the tabernacle then moved to Shiloh (Josh 18:1,10) where he divided up the land by lot (Joshua 19:51). Shiloh was the central gathering point for Israel at the time of Joshua: "When the sons of Israel heard of it, the whole congregation of the sons of Israel gathered themselves at Shiloh to go up against them in war." Joshua 22:12.
In 110 AD, Josephus says that the tabernacle was first at Gilgal, then Shiloh after which Joshua built the Altar on Mt. Ebal. The correct order was Gilgal, Ebal, Shiloh: "The fifth year was not past, and there was not one of the Canaanites remained any longer, excepting some that had retired to places of great strength. So Joshua removed his camp to the mountainous country, and placed the tabernacle in the city of Shiloh, for that seemed a fit place for it, because of the beauty of its situation, until such time as their affairs would permit them to build a temple; and from thence he went to Shechem, together with all the people, and raised an altar where Moses had beforehand directed; then did he divide the army, and place one half of them on Mount Gerizim, and the other half on Mount Ebal, on which mountain the altar was; he also placed there the tribe of Levi, and the priests. (And when they had sacrificed, and denounced the [blessings and the] curses, and had left them engraved upon the altar, they returned to Shiloh. (Josephus, Antiquities 5.1.19, 68-70)
In 1385, Shechem became a central "city of refuge" for Ephraim and Manasseh: "They gave them Shechem, the city of refuge for the manslayer, with its pasture lands, in the hill country of Ephraim, and Gezer with its pasture lands," Joshua 21:21 (Josh 20:2,7; 1 Chronicles 6:67)
In 1380, From Shiloh, Joshua sent the tribe of Reuben transjordan for their inheritance: Joshua 22:9. The sons of Reuben built an exact replica of the altar of burnt offering in the tabernacle at Shiloh on the east side of the Jordan which created a huge problem. Altars had to be endorsed directly by God or else they were considered apostate and rebellious: "Thus says the whole congregation of the Lord, 'What is this unfaithful act which you have committed against the God of Israel, turning away from following the Lord this day, by building yourselves an altar, to rebel against the Lord this day?" Joshua 22:16 "Therefore we said, 'It shall also come about if they say this to us or to our generations in time to come, then we shall say, "See the copy of the altar of the Lord which our fathers made, not for burnt offering or for sacrifice; rather it is a witness between us and you." '" Joshua 22:28
In 1350 BC Just before Joshua died, the tabernacle "sanctuary of the Lord" was moved from Shiloh to Shechem and placed near the Oaks of Moreh. Joshua gathered all the people there for his farewell address: "Then Joshua gathered all the tribes of Israel to Shechem, ... and they presented themselves before God." (Joshua 24:1). He also set up a memorial stone directly underneath the very oak that Abraham had built an altar near and Jacob had hid his family idols underneath: "So Joshua made a covenant with the people that day, and made for them a statute and an ordinance in Shechem. And Joshua wrote these words in the book of the law of God; and he took a large stone and set it up there under the oak [of Moreh] that was by the sanctuary of the Lord. Joshua said to all the people, "Behold, this stone shall be for a witness against us, for it has heard all the words of the Lord which He spoke to us; thus it shall be for a witness against you, so that you do not deny your God." Then Joshua dismissed the people, each to his inheritance." Joshua 24:25-28
In 1350 BC, Joshua died and was buried at Timnath-serah: Josh 24:30. At the same time Joseph, who had died in Egypt 450 years earlier (1800 BC), was buried at Shechem in a plot of land Jacob had bought 550 years earlier (1900 BC): "Now they buried the bones of Joseph, which the sons of Israel brought up from Egypt, at Shechem, in the piece of ground which Jacob had bought from the sons of Hamor the father of Shechem for one hundred pieces of money; and they became the inheritance of Joseph's sons." Joshua 24:32; Genesis 33:18-20; Acts 7:16.
Today, the tomb of Joseph is located east of modern Nabulus between Tel Balata and Sychar: "one of the tombs whose location is known with the utmost degree of certainty and is based on continuous documentation since biblical times. (Zvi Ilan, Tombs of the Righteous in the Land of Israel, p. 365)"
"In 1900 BC, Jacob after he had fled from Laban back to Canaan, he built an altar at the place he camped "before the city of Shechem", not in Shechem. He bought this land: "Now Jacob came safely to the city of Shechem, which is in the land of Canaan, when he came from Paddan-aram, and camped before the city. He bought the piece of land where he had pitched his tent from the hand of the sons of Hamor, Shechem's father, for one hundred pieces of money. Then he erected there an altar and called it El-Elohe-Israel
In 1900 BC, just before Jacob moved from Shechem to Bethel, he hid the idols of his family under the "oak of Moreh" which was the very spot where Abraham had built an altar: "So they gave to Jacob all the foreign gods which they had and the rings which were in their ears, and Jacob hid them under the oak which was near Shechem." Genesis 35:4
In 1893 BC, Joseph was sold into slavery. Jacob sent Joseph to Shechem to find his brothers, who had moved on to Dothan, where they betrayed him: "Israel said to Joseph, "Are not your brothers pasturing the flock in Shechem? Come, and I will send you to them." And he said to him, "I will go."" Genesis 37:13
Joshua lived 1460 - 1350 BC: Joshua is described as a young man, a youth, when Israel left Egypt: (Ex 33:11; Num 11:28) He was chosen by Moses to fight Amalek at (Exodus 17:9) Rephidim. We would estimate that Joshua need be no less than 20 and probably 30 years old when he was given the responsibility of leading the armies of Moses. Since the exodus was 1440 BC and Joshua lived to be 110 years old. (Joshua 24:29) This means Joshua was born about 1460 BC and died 1350 BC. This means that Joshua began serving Moses at age 30, and served Moses for 40 years in the wilderness and then 40 years in Canaan after crossing the Jordan.
In 1400, when Israel crossed the Jordan, the tabernacle was first set in the Gilgal (Josh 4:19).
In 1390 BC, Joshua traveled from Gilgal, where the tabernacle was located, to Mt. Ebal beside Shechem to built the "altar of Joshua". The ark of the covenant was taken to Mt. Ebal and used in the blessings and curses ceremony, while the tabernacle remained at Gilgal. Josh 8:30
In 1385 BC, the tabernacle then moved to Shiloh (Josh 18:1,10) where he divided up the land by lot (Joshua 19:51). Shiloh was the central gathering point for Israel at the time of Joshua: "When the sons of Israel heard of it, the whole congregation of the sons of Israel gathered themselves at Shiloh to go up against them in war." Joshua 22:12.
In 110 AD, Josephus says that the tabernacle was first at Gilgal, then Shiloh after which Joshua built the Altar on Mt. Ebal. The correct order was Gilgal, Ebal, Shiloh: "The fifth year was not past, and there was not one of the Canaanites remained any longer, excepting some that had retired to places of great strength. So Joshua removed his camp to the mountainous country, and placed the tabernacle in the city of Shiloh, for that seemed a fit place for it, because of the beauty of its situation, until such time as their affairs would permit them to build a temple; and from thence he went to Shechem, together with all the people, and raised an altar where Moses had beforehand directed; then did he divide the army, and place one half of them on Mount Gerizim, and the other half on Mount Ebal, on which mountain the altar was; he also placed there the tribe of Levi, and the priests. (And when they had sacrificed, and denounced the [blessings and the] curses, and had left them engraved upon the altar, they returned to Shiloh. (Josephus, Antiquities 5.1.19, 68-70)
In 1385, Shechem became a central "city of refuge" for Ephraim and Manasseh: "They gave them Shechem, the city of refuge for the manslayer, with its pasture lands, in the hill country of Ephraim, and Gezer with its pasture lands," Joshua 21:21 (Josh 20:2,7; 1 Chronicles 6:67)
In 1380, From Shiloh, Joshua sent the tribe of Reuben transjordan for their inheritance: Joshua 22:9. The sons of Reuben built an exact replica of the altar of burnt offering in the tabernacle at Shiloh on the east side of the Jordan which created a huge problem. Altars had to be endorsed directly by God or else they were considered apostate and rebellious: "Thus says the whole congregation of the Lord, 'What is this unfaithful act which you have committed against the God of Israel, turning away from following the Lord this day, by building yourselves an altar, to rebel against the Lord this day?" Joshua 22:16 "Therefore we said, 'It shall also come about if they say this to us or to our generations in time to come, then we shall say, "See the copy of the altar of the Lord which our fathers made, not for burnt offering or for sacrifice; rather it is a witness between us and you." '" Joshua 22:28
In 1350 BC Just before Joshua died, the tabernacle "sanctuary of the Lord" was moved from Shiloh to Shechem and placed near the Oaks of Moreh. Joshua gathered all the people there for his farewell address: "Then Joshua gathered all the tribes of Israel to Shechem, ... and they presented themselves before God." (Joshua 24:1). He also set up a memorial stone directly underneath the very oak that Abraham had built an altar near and Jacob had hid his family idols underneath: "So Joshua made a covenant with the people that day, and made for them a statute and an ordinance in Shechem. And Joshua wrote these words in the book of the law of God; and he took a large stone and set it up there under the oak [of Moreh] that was by the sanctuary of the Lord. Joshua said to all the people, "Behold, this stone shall be for a witness against us, for it has heard all the words of the Lord which He spoke to us; thus it shall be for a witness against you, so that you do not deny your God." Then Joshua dismissed the people, each to his inheritance." Joshua 24:25-28
In 1350 BC, Joshua died and was buried at Timnath-serah: Josh 24:30. At the same time Joseph, who had died in Egypt 450 years earlier (1800 BC), was buried at Shechem in a plot of land Jacob had bought 550 years earlier (1900 BC): "Now they buried the bones of Joseph, which the sons of Israel brought up from Egypt, at Shechem, in the piece of ground which Jacob had bought from the sons of Hamor the father of Shechem for one hundred pieces of money; and they became the inheritance of Joseph's sons." Joshua 24:32; Genesis 33:18-20; Acts 7:16.
Today, the tomb of Joseph is located east of modern Nabulus between Tel Balata and Sychar: "one of the tombs whose location is known with the utmost degree of certainty and is based on continuous documentation since biblical times. (Zvi Ilan, Tombs of the Righteous in the Land of Israel, p. 365)"
Magalhães Luís
"On 7 October 2000, Joseph's Tomb, the third most holy place in Judaism, was destroyed by Muslims. It is located east of modern Nabulus between Shechem (Tel Balata) and Sychar at the foot of Mt. Ebal. It had come under attack and the Israeli Defense Forces (IDF) withdrew after gaining reassurances from the Palestinian Authority (PA) that they would protect the site in accordance with their obligations under the Oslo Accords to protect holy sites. Two hours after the withdrawal Muslims began destroying the site. It was burned and torn down stone by stone, then bulldozed. It was immediately declared a Muslim holy site."
"On 7 October 2000, Joseph's Tomb, the third most holy place in Judaism, was destroyed by Muslims. It is located east of modern Nabulus between Shechem (Tel Balata) and Sychar at the foot of Mt. Ebal. It had come under attack and the Israeli Defense Forces (IDF) withdrew after gaining reassurances from the Palestinian Authority (PA) that they would protect the site in accordance with their obligations under the Oslo Accords to protect holy sites. Two hours after the withdrawal Muslims began destroying the site. It was burned and torn down stone by stone, then bulldozed. It was immediately declared a Muslim holy site."