Porque razão os saduceus não criam em ressurreição, já que este "seria" um assunto revelado no Tanach?



Magalhães Luís
Os saduceus não aceitavam as tradições orais, só aceitavam as ordens escritas na Torá e também não criam na ressurreição, para eles a alma perecia com o corpo. Não acreditavam num mundo espiritual, no qual D'us poderia agir em cuidado do seu povo.
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Magalhães Luís
Eram ateus-práticos.
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Magalhães Luís
Os que repousam no pó da terra despertarão, uns para a felicidade eterna, outros para as trevas e castigo também eternos (cf. Dn 12, 2). Os bons, já no acordar, terão seus corpos em claridade. "Pela claridade da alma elevada à visão de Deus, o corpo, unido à alma, alcançará algo mais. Pois estará totalmente sujeito a ela pelo efeito da virtude divina, não só enquanto ser, mas também enquanto ações e paixões, movimentos e qualidades corpóreas. Portanto, assim como a alma se encherá de certa claridade espiritual, ao gozar da visão divina, também, por certa redundância desta no corpo, se revestirá este, à sua maneira, da claridade da glória" » Suma contra Gent. 4
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Gilmar Costa Leal
Certo, mais D'eus escolheria logo estes para serem sacerdotes, pq?
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Magalhães Luís
Ademais, os corpos dos bons, no próprio instante da ressurreição, gozarão da agilidade. "A alma, que unida a seu fim último gozará da visão divina, experimentará o cumprimento total de seu desejo em tudo. E como o corpo se move conforme o desejo da alma, resultará que o corpo obedecerá absolutamente à indicação do espírito. Por isso os corpos que terão os bem-aventurados ressuscitados serão ágeis. E isto é o que diz o Apóstolo no mesmo lugar (1 Cor 15, 43): Semeado na fraqueza ressuscita vigoroso. Pois experimentamos a fraqueza corporal porque o corpo se sente incapaz de responder aos desejos da alma nas ações e movimentos que lhe impõe; fraqueza que, então, desaparecerá totalmente pela virtude que sobeja no corpo ao estar a alma unida a Deus. Por isso, na Sabedoria (3,7) se diz também dos justos que correrão como centelhas na palha, não porque tenham que moverse necessariamente, pois tendo a Deus de nada precisam, mas para demonstrar seu poder" » Suma contra Gent. 4
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Magalhães Luís
D'us os escolheu como "vasos de desonra" (Paulo aos Romanos).
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Gilmar Costa Leal
Positivo Esh, mais os saduceus não eram os sacerdotes descendentes de tsadoc?
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Gilmar Costa Leal
Da tribo levita?
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Gilmar Costa Leal
Compriendi, Esh, não tinha reparado no detalhe de sua resposta
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Magalhães Luís
Josefo indicou que os saduceus não concediam autoridade vinculante à lei oral porque «não está registada nas leis de Moisés» (Ant. XIII, 10:6 [297]). Os fariseus,em contraste, afirmavam que as ...«tradições dos anciãos» remontavam até ao próprio Moisés e eram portanto obrigatórias. Até que ponto a rejeição saduceia da tradição oral se estendia até a negação do status canónico dos Profetas e Escritos veterotestamentários (como afirmavam vários Padres; por exemplo Hipólito, Ref.IX,29; Orígenes Contra Celso 1,49; Jerónimo In Matt 22:31s...) é outro assunto.
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Magalhães Luís
Como os Saduceus podiam aceitar a canonicidade do livro de Daniel se negavam a ressurreição que está claramente expressa em Daniel? Não é ilógico? Não, não é absolutamente ilógico. É bem sabido que na história da interpretação bíblica diversos grupos ignoraram ou reinterpretaram porções que não se enquadravam com as suas ideias. Um exemplo manifesto é o Targum de Isaías 53, um texto messiânico que é reinterpretado ou ignorado pelo judaísmo tradicional até hoje. É pois possível que o texto de Daniel 12:1-2 fosse tratado de igual forma pelos saduceus. Não sabemos muito acerca dos saduceus, mas o pouco que sabemos indica que aceitavam as Escrituras mas rejeitavam as tradições orais, pelo menos as dos fariseus, e se negavam a pô-las como estes ao mesmo nível das Escrituras. Existe, além disso, evidência de que no judaísmo sempre houve um «cânon dentro do cânon»: a Torá sempre foi considerada suprema acima dos Profetas e dos Escritos, ainda que estes dois últimos se considerassem também Escritura. Isto vê-se ainda em certas regras talmúdicas, como por exemplo que é lícito vender um rolo dos Profetas ou Escritos para comprar um rolo do Pentateuco, mas o inverso não é permitido.
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Magalhães Luís
A doutrina dos saduceus pode ser resumida em três características: livre-pensamento, ceticismo e racionalismo. O credo deles era muito menos popular do que o dos fariseus, e, por isso, os vemos mencionados menos vezes nas Escrituras do Novo Testamento. Pelo que podemos julgar do Novo Testamento, parece que eles sustentavam a doutrina da inspiração gradual; eles sempre atribuíam maior valor ao Pentateuco (os cinco primeiros livros do Antigo Testamento) em comparação com as outras partes do Antigo Testamento, isto se não desconsideravam por completo estas últimas. Eles não criam nem na ressurreição, nem em anjos, nem em espíritos, e tentavam dissuadir as pessoas de crer nestes fatos por meio de questões difíceis. Temos um exemplo da maneira em que eles argumentavam no episódio em que eles propõem a Jesus o caso da mulher que teve sete maridos, quando os saduceus perguntam: “Na ressurreição, de quem dos sete será ela mulher?” Dessa forma, ao apresentar um absurdo religioso ridicularizando as suas principais doutrinas, eles provavelmente pretendiam levar as pessoas a desistir da fé que haviam recebido das Escrituras. Lembre-se, todo esse tempo, não podemos dizer que os saduceus eram totalmente pagãos: eles não o eram. Nem podemos dizer que eles negavam a revelação: eles não faziam isso. Eles observavam a lei de Moisés. Muitos deles se encontravam entre os sacerdotes nos tempos descritos no livro de Atos dos Apóstolos. Caifás, que condenou o nosso Senhor, era saduceu. Mas o efeito prático do ensino deles era abalar a fé que as pessoas tinham na revelação, e lançar uma nuvem de dúvida sobre a mente das pessoas, o que era apenas um pouco melhor do que o próprio paganismo. E de todo este modo de doutrina — livre-pensamento, ceticismo e racionalismo — diz o nosso Senhor: “Vede e acautelai-vos”.