MAZAL E ASSEXUALIDADE MÍSTICA E AS MINORIAS









  • Considero ser de imensa futilidade tentar blasfemar contra uma ficção - da mesma forma crê-la.


    Continuo preparando Covers pra tocar na noite com a ajuda de Anderson Miguez, Lucas Tagore, Bruno Souza e Artur Meireles. Todo Domingo tenho postado um novo. É só conferir no link:
    http://www.youtube.com/watch?v=VDcknSIqTk0






    sou a favor da legalizaçao do pijama como roupa social



    É o bom caráter que leva o carisma adiante e não o contrário, pois não tem carisma que subsista um mal caráter !
  • PUBLICAÇÕES MAIS ANTIGAS

  • BOA NOITE GALERINHA E MALTINHA DA MAZAL;)



    • Gostas disto.

      • Luís Magalhães Que acolhimento têm, nas Igrejas conservadoras, as mulheres, os intelectuais heterodoxos, os divorciados recasados, os homossexuais?
        há 3 minutos ·  · 1

      • Luís Magalhães ‎1.Os católicos que se deparam com um texto do Evangelho de S. Lucas acha-no muito estranho. É tirado do capítulo 15. Este capítulo começa por dizer que todos os publicanos e pecadores se aproximavam de Jesus para o ouvir. Os fariseus e os escribas, porém, murmuravam: este homem recebe os pecadores e come com eles.

        Se tivermos em conta o que estas expressões e grupos sociais representavam, Jesus é o homem que subverte todos os valores. Gosta mais dos maus do que dos bons. As simpatias vão para os que não prestam. Ora, a virtude deve ser premiada e o vício, reprimido.

        Vem a seguir uma passagem que não pode fazer parte de um bom manual de pastorícia. Abandonar 99 ovelhas para ir procurar a que se tinha desligado do rebanho é expor-se a perdê-las todas. A parábola da dracma perdida, que segue a anterior, não sabe que o tempo é dinheiro. Por outro lado, ninguém dirá, que a longa narrativa sobre o chamado filho pródigo possa figurar na biblioteca de uma Escola de Pais. Este capítulo, no seu conjunto, nem na secção de perdidos e achados faria boa figura.

        Então, porque terá sido escolhida a última parte – a parábola impropriamente chamada do filho pródigo – para a Missa do 4º Domingo da Quaresma? Serão também os Evangelhos “manuais de maus costumes”, repetindo a expressão que José Saramago usou para o conjunto da Bíblia?

        há 2 minutos ·  · 1

      • Luís Magalhães ‎2. Este texto foi, pelo contrário, muito bem escolhido. Toca, de forma indirecta, segundo a linguagem própria das parábolas, no essencial da revolução religiosa de Jesus, perante a qual continua a existir grande resistência nas comunidades cristãs. Foi, aliás, para elas, para nós, que S. Lucas a escreveu.

        Antes de mais, é preciso ler e entender o que está escrito. O núcleo da parábola não é constituído pela conversão do filho pródigo, como habitualmente se diz. Se assim fosse, teria de começar assim: um homem tinha um filho e este foi ter com o pai e pediu-lhe a herança que lhe correspondia…Ora, a parábola começa por dizer: um homem tinha dois filhos. Na lógica da parábola, o mais novo, o estoura-vergas, representa os classificados por pecadores e cobradores de impostos (duplamente pecadores) e o filho mais velho, os fariseus e escribas, as duas categorias que presidem ao capítulo em análise, mas universalizando o alcance de duas típicas formas de existência.

        A primeira retrata aqueles que tendo vivido à margem de todas as regras, cometendo os maiores desvarios, descobrem, um dia, que andam a dar cabo da vida e, arrependidos, encontram o caminho da sua recuperação. A segunda representa o mundo religioso daqueles que medem tudo pela observância ou infracção da lei, sempre prontos a espiar o comportamento dos outros a partir da sua tabela de valores. O amor, a gratuidade, a compaixão, a festa, não fazem parte do seu universo e Deus é um juiz segundo as regras que eles estabeleceram em seu nome. Esquecemos, aliás, que a parábola é um triângulo e a revolução cristã não atinge só os típicos comportamentos dos dois filhos, mas sobretudo o comportamento do Pai, que nada tem a ver com a religião farisaica.

        há 2 minutos ·  · 1

      • Luís Magalhães ‎3. O perigo das nossas leituras dos Evangelhos reside na forma habitual como são proclamados na liturgia: Naquele tempo, etc. Fazem bem ao levar-nos até ao começo de dois mil anos de história cristã. O cristianismo também é uma memória. Corre-se, porém, o risco de pensar que os classificados como pecadores e publicanos e os designados por fariseus e escribas (os letrados) são categorias sociais e religiosas de um tempo que já passou e que não têm nada a ver connosco.

        Na verdade, é precisamente o contrário. As comunidades cristãs de hoje não têm de resolver os problemas das primeiras comunidades e, muito menos, os confrontos em que Jesus foi envolvido. Se lemos os textos hoje, é para encontrar correspondências – não têm que ser literais, simétricas – no nosso tempo, na vida da sociedade e da Igreja, de outra forma, nada justificaria a sua leitura.

        Seria, no entanto, perigoso participar numa celebração da Missa e começar, cada um, a ver quem são os classificados como pecadores e os autenticamente fariseus da comunidade. Nada pode garantir o acerto. Por isso, Jesus proibiu-nos de julgar. Uma espantosa sabedoria, depois de muitas experiências ao longo dos séculos, chegou à conclusão de que a Missa, celebrada em nome de Deus, deve começar sempre pelo acto de cada um se confessar pecador e pedir a misericórdia de Deus e dos irmãos. Sem apontar o dedo a ninguém, todos são interpelados a começar por quem preside.

        há 2 minutos ·  · 1

      • Luís Magalhães Nada disto impede que as Igrejas, no seu conjunto, interroguem o Direito Canónico, os seus comportamentos e as diferentes instâncias das paróquias, das dioceses, do Vaticano, da clerezia evangelical fundamentelaita em suma, das suas pastorais à luz do capítulo 15 do Evangelho de S. Lucas, aqui evocado.

        Que acolhimento têm, nas Igrejas tradicionais, as mulheres, os intelectuais heterodoxos, os divorciados recasados, os homossexuais? Não haverá, hoje, nas comunidades cristãs, grupos que acham escandaloso que se perca tempo com ateus, agnósticos, imigrantes de outras culturas e religiões, com o pretexto de que vêm minar os nossos valores culturais e as raízes cristãs da Europa?

        há alguns segundos ·  · 1

      • Luís Magalhães Para Jerry Adriano Ferreira Borcate e todo o Mazal
        há 2 segundos ·  · 1





  • ‎1. Em Viseu, Portugal, há uma estátua em homenagem ao bispo católico António Alves Martins (1808-1882). Foi franciscano, deputado, enfermeiro-mor no Hospital de S. José, ministro do Reino e bispo de Viseu. Na referida estátua, é-lhe atribuída a seguinte receita: “A religião deve ser como o sal na comida: nem muito nem pouco, só o preciso”.

    S. Mateus (6, 7-8) atribui a Jesus um conselho que não está longe deste bispo: Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como fazem os gentios, porque entendem que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lhe pedirdes.


    • Gostas disto.

      • Luís Magalhães Michel Quoist, com os Poemas para Rezar, traduzidos em muitas línguas, mais do que uma recomendação, eram um recurso, individual e de grupo, substituindo salmos e velhas devoções cansadas.

        Com a reforma litúrgica – oficializada no Vaticano II –, com a tradução para vernáculo dos seus textos, com novas expressões musicais, o panorama mudou de forma diferente, segundo os países, sem falar das cançonetas que invadiram as Missas ao som da viola mal tocada. Com o tempo, surgiram alternativas de grande qualidade como as criações do dominicano André Gouzes, o artesão de uma renovação do canto litúrgico. A Liturgia coral do povo de Deus é um corpo litúrgico de mais de 3 mil páginas em francês, traduzido e editado em numerosas línguas, enraizado e renovado nas mais autênticas tradições musicais do cristianismo (canto gregoriano, polifonia antiga, coral protestante e modalidade bizantina).

        A oração da Comunidade de Taizé, pela qualidade dos textos, pela beleza da música, pela simplicidade ritual, criou um clima espiritual onde milhares de jovens de muitos países, ano após ano, descobrem o gosto do silêncio, da oração e da partilha.

        Sem falar das “Oficinas de Oração e Vida”, criadas pelo capuchinho Ignácio Larrañaga, em 1984, para ensinar o povo a rezar, importa saudar também a renovação do Apostolado da Oração, promovido pelos jesuítas, com o projecto www.passo-a-rezar.net. Procura adaptar a proposta de oração pessoal às circunstâncias da vida de todos os dias e à exigência de mobilidade que a caracteriza.

        A oração nasce do encontro com o sentido da vida. A magia não é a lei da sua eficácia. Para ser contemplativo na acção, não é necessário multiplicar as orações. É preciso deixar-se desarmar diante de Deus e do mundo, deixar-se surpreender pela sua graça e pela sua beleza.


        www.passo-a-rezar.net
        Apenas 10 minutos de oração diária, em mp3, para fazer download ou subscrever podcast gratuito
        há 8 minutos ·  · 1 · 

      • Luís Magalhães Os discípulos não gostaram muito desta atitude. Jesus afastava-se para rezar, mas eles queriam competir com outros grupos religiosos que tinham os seus métodos de oração e não havia maneira de Jesus lhes oferecer algo que pudessem repetir. Quereis rezar? Rezai com insistência, mas só para vos abrirdes ao Espírito Santo, o grande desestabilizador (Lc 11, 1-13). S. Paulo dá-lhe razão, ninguém sabe pedir com acerto, só o Espírito entende os caminhos de Deus (Rm 8, 26-27).

        O recato e a sobriedade de Jesus nunca foram bem aceites. Os cristãos não abandonaram os salmos da Bíblia hebraica, muitos deles de grande beleza poética e energia religiosa, outros, insuportáveis pelo seu rancor e vontade de vingança.

        Época após época e segundo os contextos culturais absorveram e inventaram novos métodos para “manipular a divindade”. Os grandes místicos não paravam nessas estações e apeadeiros das orações e ansiavam pela contemplação silenciosa. Todas as religiões têm místicos, mas são sempre raros. Muitas delas preferem encontrar intermediários para meter cunhas junto de Deus.

        há 4 minutos ·  · 1

      • Luís Magalhães No campo católico, nossa Senhora, “mãe de Jesus e nossa mãe”, foi sempre considerada a mais bem situada para medianeira de todas as graças. Por isso, a música e a poesia marianas, em tropários, ladainhas, hinos, rosários e promessas, nunca abandonaram católicos e ortodoxos. Os santos foram sempre mais regionais e de grupo, salvo Santo António que serve para tudo, para todos e em qualquer lugar com ou sem franciscanos.

        2. Os monges que viviam em comunidades de oração e trabalho (ora & labora) como, por exemplo, os beneditinos, compuseram Livros das Horas, colecção de textos, orações e salmos, muitas vezes acompanhados de belíssimas iluminuras que depois tiveram versões mais práticas e portáteis, os Breviários. Tudo isso era em latim. Para os analfabetos e para o povo, o importante era arranjar devocionários que servissem para pautar a oração, pregada e meditada, dos mistérios cristãos. Entre outras, a devoção do Rosário, divulgada pelos dominicanos, foi a que teve mais êxito. Ainda no século XX, Nossa Senhora apresentou-se, em Fátima, como a Senhora do Rosário, recomendando, mais uma vez, esta devoção.

        Os tempos mudam, as mentalidades e as sensibilidades também. As religiões – umas mais do que outras – não fogem a esta lei. Para uns é um sinal de decadência, para outros, uma nova oportunidade, uma esperança.

        Uma máxima de Romano Guardini (1885-1968) – um grande pensador católico que muito reflectiu sobre o espírito da oração e da liturgia – tornou-se a referência obrigatória: “Não se pode ser cristão sem rezar da mesma maneira que não se pode viver sem respirar”.

        há 4 minutos ·  · 1


  • Vamos falar de João Batista. O maior inimigo do cristianismo é a ocultação do essencial. Todos os textos do Novo Testamento – cada um com o seu estilo – são narrativas de rupturas, de processos de transformação, de actuações escandalosas, para tocar no que há de mais decisivo na prática de Jesus, que saltou as barreiras das convenções sociais, culturais e religiosas em que nasceu. Hoje, alguns historiadores parecem apostados em mostrar que não há rupturas. Fazem um esforço espantoso de investigação para reduzir Jesus e a sua mensagem a uma das correntes do mundo judaico. Se, antes, certa apologética e certas elaborações cristológicas faziam de Jesus uma figura celeste caída do céu no seio da Virgem Maria, sem história nem geografia terrestres, hoje, procura-se explicar tudo pela sua condição judaica e pelas ideias correntes no judaísmo plural do seu tempo. Para eliminar falsas rupturas, acabam por não explicar como é que Jesus se tornou, por um lado, uma figura tão polémica no interior do judaísmo e, por outro, uma figura universal, interpretada por S. Paulo como não cabendo nos limites do judaísmo. É certo que Jesus não deixou nada escrito acerca das suas experiências, das suas perplexidades e das suas opções. Se eliminarmos, porém, a originalidade inconfundível da sua personalidade e da sua mensagem, dentro e fora do judaísmo, de quem falam os textos do Novo Testamento, tanto os canónicos como os apócrifos? Haverá, dentro dessas narrativas, alguma outra personalidade que o possa substituir e a quem possam ser atribuídas as acções e as palavras de Jesus?

    Comecemos pelo princípio. Jesus levou muitos anos a encontrar o seu caminho. Quando julgou que o tinha encontrado guiado por João Baptista – o seu baptismo, de tão incómodo para o seu prestígio, deve ser um facto histórico – tem uma experiência que o afasta deste mestre para seguir o seu próprio caminho. Essa experiência vem narrada em todos os Evangelhos, embora segundo a perspectiva de cada um. O céu abriu-se e a sua voz era diferente da pregação avinagrada de João Baptista: és um filho muito amado. A partir daí, sentiu a necessidade de fazer um longo retiro para tudo rever. Foi tentado, nesse retiro, pelas figuras do messianismo do seu tempo e, no fundo, pelas maiores e constantes tentações humanas.





    • Gostas disto.

      • Luís Magalhães ‎2. Um messias verdadeiro tinha de se apresentar com uma solução clara para os problemas económicos, políticos e religiosos do seu tempo e do seu povo. Jesus, no retiro, foi atormentado por essas expectativas, que ele interpretou como tentações diabólicas, isto é, tentações que o desviavam, radicalmente, daquilo que pretendia fazer e daquilo que lhe parecia mais importante.

        Conta o Evangelho de Marcos que até os discípulos que escolheu não compreendiam o seu caminho. Entre o capítulo quatro e o capítulo dez, isto é repetido oito vezes. Jesus vê-se obrigado a dizer a Pedro, figura destacada do grupo: arreda-te de mim Satanás, porque não pensas as coisas de Deus, mas dos homens (Mc 8, 33).

        Donde vinha este desentendimento? Os discípulos não queriam abandonar a teocracia implicada na noção de Reino de Deus. Julgavam que tinham sido chamados por Jesus para participarem no reino do poder da dominação divina, segundo os modelos dominantes do messianismo. Esta obsessão era tão grande e tão persistente, colocando os discípulos numa vergonhosa luta interna pelo poder, que Jesus sentiu a necessidade de os reunir a todos para lhes mostrar que estavam completamente enganados. Na sua proposta não havia “tacho” para ninguém. Quem quisesse ser o primeiro que se colocasse ao serviço de todos: o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos (Mc 10, 45).

        Mateus (23, 8-11) não atenua o combate ao carreirismo na comunidade cristã: Quanto a vós, não vos deixeis tratar por “mestre”, pois um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis “Pai”, porque um só é o vosso “Pai”: aquele que está no Céu. Nem permitais que vos tratem por “doutores”, porque um só é o vosso “Doutor”: Cristo. O maior de entre vós será o vosso servo.

        3. Chegados a este ponto, fica claro que nenhuma teocracia se pode reclamar de Jesus nem ele propôs qualquer modelo económico, político, cultural ou religioso. Não por indiferença, mas porque pertence aos seres humanos, dos diferentes povos e culturas, elaborá-los. Fica, porém, um critério e um fermento: só vale, do ponto de vista humano, aquilo que se fizer para serviço de todos, não para dominação de uns pelos outros, sabendo que cada um se considera demasiado grande para ser, apenas, um bom irmão.

        há 7 minutos ·  · 1

      • Luís Magalhães Tocámos no essencial. Jesus, a partir de uma experiência divina, vinha revelar que todos os seres humanos estão inscritos no coração de Deus e que a tarefa de cada um é inscrever os outros, mesmo os inimigos, no seu próprio coração. Neste reino não há excluídos. Quando fez esta revelação, narrada por S. Lucas, o próprio Jesus se comoveu e exultou de alegria sob a acção do Espírito Santo (Lc 10, 17-22). Era a primeira vez na história humana que se ouviam estas palavras.

        A Quaresma, como retiro, destina-se a rever tudo e a ficar com o essencial. Que Deus nos perdoe a todos.

        há 6 minutos ·  · 1

      • Luís Magalhães Existe uma linha extremamente tênue entre contextualização e sincretismo religioso. Na verdade, ouso afirmar que não são poucos aqueles que no afã de contextualizarem a mensagem sincretizaram o Evangelho.

        Antes de qualquer coisa, gostaria de afirmar que acredito na necessidade de que contextualizemos a mensagem da Salvação Eterna, sem que com isso, negociemos a essência do evangelho. O problema é que devido a "gospelização" da fé, parte da igreja brasileira começou a considerar todo e qualquer tipo de manifestação cultural ou religiosa como lícita, proporcionando com isso a participação dos crentes em eventos deste nipe, desde que portanto, houvesse mudança de nomenclatura. Nessa perspectiva, apareceram as baladas, festas e boates gospel, como também os arraiais evangélicos.

        Diante do exposto, gostaria de ressaltar de forma prática e objetiva as principais razões porque não considero lícito ou adequado cristãos organizarem ou participarem de arraiais evangélicos:

        O Background histórico das festas juninas são idólatras, onde o objetivo final é venerar os chamados “santos católicos”.

        Bom, ao ler essa afirmação talvez você esteja dizendo consigo mesmo: "Há, tudo bem, eu concordo, mas a festa junina que eu vou não é católica e sim evangélica, portanto, não rola idolatria."

        Caro leitor, o fato de transformarmos uma festa idólatra numa festa gospel, não a torna uma festa legitimamente cristã. Do ponto de vista das Escrituras é preciso que entendamos que não fomos chamados a imitar o mundo e sim a transformá-lo.

        Um outro ponto que precisa ser considerado é que ao criarmos uma festa junina evangélica sem que percebamos, estamos contribuindo com a sincretização do evangelho. Na verdade, ouço afirmar que não existem diferenças entre aqueles que em nome de Deus fazem festas juninas, daqueles que em nome do Senhor, promovem a relação entre o baixo espiritismo e o "Reteté de Jeová."

        Vale a pena ressaltar que não sou contra eventos ou festas que tenham bolos, pés de moleque, salsichão, Cachorro quente e o maravilhoso angu a baiana. Na verdade, tirando a canjica que eu detesto, eu amo tudo isso! Conheço igrejas como por exemplo a Igreja Batista de Japuíba em Angra dos Reis, pastoreada pelo meu amigo Ezequias Marins que anualmente, fora do período de junho/julho, organiza uma festa do Milho sem as características juninas, como músicas, bandeiras, roupas de caipira e etc. Na verdade, Ezequias e sua igreja entenderam o perigo do sincretismo e organizaram uma festa cujo objetivo final é glorificar ao Senhor através da evangelização.

        Prezado amigo, diante do exposto afirmo que as igrejas que organizam festas juninas com danças, vestes caipiras e outras coisas mais, romperam a linha limite da contextualização embarcando de cabeça no barco do sincretismo.

        Isto, posto, me parece coerente e sábio que em situações deste tipo apliquemos a orientação paulina que diz: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam." 1 Coríntios 10:22-23

        É que penso!

        Renato Vargens

        há 5 minutos ·  · 1




  • “National Anthem” é o quarto single/vídeo da cantora Lana Del Rey, retirado do seu álbum de estreia Born To Die.
    O vídeo foi realizado por Anthony Mandler e transporta-nos até à era Kennedy, onde Lana é Jackie O. e John F. Kennedy é interpretado por A$AP Rocky.
    http://oxysgenos.blogspot.pt/


    • Gostas disto.


  • verdade da vida!♥

    Quando você está satisfeito por ser simplesmente você mesmo, e não se compara ou compete, todo mundo te respeita.


    Lao-Tsé

    bj dé♥





  • ♥♥Quando magoamos as pessoas com palavras ou atos impensados, muitas vezes em um momento de raiva, estamos deixando marcas de dor em seus corações e que não mais se dissiparão, mesmo que sejamos perdoados.

    Há uma história de uma garota que tinha o péssimo hábito de se irritar com tudo e com todos. Assim, magoava as pessoas com duras palavras e atitudes puco gentis. Um dia, na sala de aula, ao presenciar uma dessas atitudes da garota, a professora chamou-a, estendendo-lhe uma folha branca. Pediu a ela que a amassasse. A garota, sem entender, obedeceu, fazendo até mesmo uma bolinha com o papel. A professora lhe pediu, então, que voltasse a deixar o papel exatamente como ele era antes de ser amassado. Por mais que tentasse, a garotinha não conseguiu, pois as marcar insistiam em permanecer. Foi, então, que a professora lhe disse que aquela folha em branco era semelhante ao coração das pessoas. As impressões que deixamos nos outros são difíceis de ser apagadas. Por isso, precisamos tomar muito cuidado com as palavras duras que dizemos, com os julgamentos precipitados que fazemos, com as ofensas que proferimos. Se quisermos consertá-las depois, poderá ser tarde demais.
    ♥♥


    Ágape........♥♥

    • Tu, Cardoso Antonio e 2 outras pessoas gostam disto.


      O erotismo é um exclusivo da nossa espécie e se constitui num facilitador para o prazer.

      Dei-me conta de que há algo novo a acontecer na relação homem/mulher. No primeiro caso, um engenheiro de 58 anos, separado de três casamentos, conta inconformado a sua decepção. Surpreso, assistiu a sua proposta de casamento ser recusada pela mulher com quem namora há um ano, uma advogada de 51 anos, também separada, com filhos adultos. Ela alega gostar muito de fazer sexo com ele, mas não acha justo se reprimir quando sentir desejo por outro homem. Ele insiste em reconstituir uma família e ela em ficar solteira.

      O outro caso é o de uma pedagoga de 26 anos. Há quase três anos mora com o namorado, um professor universitário de 30 anos, mas faz questão de manter o apartamento, que divide com uma amiga, onde morava antes. A relação está em crise, o namorado deseja ter um filho ainda este ano e ela se recusa. Alega não querer ter filho agora, e nem ter certeza de querê-lo algum dia. O namorado entende essa atitude como falta de amor e diz que com um filho a relação dos dois ficaria mais estável e ele mais tranquilo. Mas é justamente essa estabilidade que a apavora.

      O que está acontecendo? O que sempre presenciamos na vida, nos filmes e nas novelas são as mulheres desejando se casar, ter uma relação estável e segura. Além disso, só sentiriam desejo sexual pelo homem que amam, seja namorado ou marido. Sempre se acreditou que as diferenças entre o homem e a mulher incluíam a monogamia natural dela, para quem amor e sexo seriam inseparáveis. Seria da natureza do homem a infidelidade e também o hábito de tentar se esquivar de um compromisso.

      Talvez seja um equívoco imaginar que estes novos anseios e comportamentos delineados nos exemplos acima façam parte de um simples processo natural e evolução e modificação dos costumes. O que vemos hoje é diferente. Vivemos nas primeiras décadas do século 21 um momento de ruptura, onde aspectos básicos das relações humanas estão sendo reformulados. Esse processo de mutação da história da humanidade não é facilmente perceptível e certamente só se tornará evidente quando concluído.

      O novo assusta, nos faz sentir desprotegidos, por isso nos agarramos ao já conhecido. Estamos acostumados a usar modelos do passado no presente. Entretanto, isso se torna cada vez menos possível. O ser humano começa a se libertar das sujeições que o limitam há cinco mil anos, desde o surgimento o patriarcado – sistema de dominação do homem –, cuja história se confunde com a própria história da nossa civilização.

      Temos informação de outra história anterior, muito mais longa, mas a ignoramos. Não é a nossa história. A nossa história se define e foi sustentada por dois aspectos fundamentais: o controle da fecundidade da mulher e a divisão sexual de tarefas. Trata-se de uma estrutura social nascida do poder do pai, com um rígido controle da sexualidade feminina. A ideologia patriarcal colocou em oposição homens e mulheres. Ao contrário do que se pensa, essa divisão permitiu a dominação e, dessa forma, a submissão de ambos os sexos, não só das mulheres. A elas coube o status de inferiores e aos homens de superiores.

      As mulheres, durante alguns milênios, foram cúmplices na perpetuação do sistema patriarcal que as oprime, acreditando nessa inferioridade e transmitindo os mesmos valores, através das gerações, aos filhos de ambos os sexos. Os homens pagam um alto preço para manter a adequação social imposta: não podem falhar. Homens e mulheres, por milhares de anos, abriram mão de sua autonomia e liberdade, visto que esse sistema e a liberdade pessoal são antagônicos.

      Há cerca de 50 anos o patriarcado começou a perder suas bases. O avanço tecnológico elimina a divisão de tarefas. O advento dos anticoncepcionais eficazes e acessíveis desferiu o golpe definitivo nesse sistema, que tem no controle da fecundidade da mulher sua principal razão de ser e, por estar calcado na natureza biológica, sempre foi considerado universal e eterno.

      Hoje, a mulher pode não só dividir o poder econômico com o homem, como ter filhos se quiser ou quando quiser. Essa transformação radical se distingue do processo de evolução observado até agora. A partir daqui, não temos como avaliar as consequências. Estamos vivendo um processo de mutação, após milênios da única ideologia de que temos registro. Talvez tenhamos que aguardar várias gerações para vê-lo concluído. Mas os sinais já começam a se esboçar.

      O enfraquecimento da ideologia patriarcal traz nova reflexão sobre o relacionamento entre homens e mulheres, o amor, o casamento e a sexualidade. Pressentimos a destruição de valores estabelecidos como inquestionáveis e nossas convicções íntimas mais arraigadas são abaladas. Os modelos do passado não nos dão mais respostas e nos deparamos com uma realidade ameaçadora, por não encontrarmos modelos em que nos apoiar, em tempo algum, em nenhum lugar.

      Entretanto, esta pode ser a grande saída para o ser humano. Não tendo mais que se adaptar a modelos impostos de fora, as singularidades de cada um encontram novo campo de expressão. No momento em que se rompe com a moral que, durante tanto tempo e através de seus códigos, julgou e subjugou o prazer das pessoas, abre-se um espaço onde novas formas de viver, assim como novas sensações, podem ser experimentadas. Sem nos darmos conta, estamos assistindo ao fim do patriarcado e ao nascimento de uma nova era.

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