MAZAL - TEMA: EROTISMO OU PORNOGRAFIA








  • Para muitos sauditas conservadores, o desporto para mulheres é uma coisa proibida, porque temem que as raparigas jovens podem “quebrar” os seus hímens quando se exercitam demais , e isto causaria a perda de virgindade. Por isso as mulheres são proibidas de participar de qualquer desporto no país, e a educação física para meninas é banida em todas as escolas publicas. Existem academias privadas onde mulheres podem malhar, mas são geralmente caras e com isso excluem a maioria das mulheres sauditas.

    O Comité Olímpico Internacional ameaçou banir três países dos jogos em Londres que nunca tinham mandado atletas mulheres para as Olimpíadas: a Arábia Saudita, o Brunei e o Catar. Para os sauditas, a amazona Dalma Rushdi Malhas, de 20 anos, era a possível salvação de não ser banido. No domingo passado, o embaixador saudita em Londres anunciou que a delegação saudita de atletas para os jogos olímpicos do mês que vem ia ter mulheres. Mas, no dia seguinte, a Federação Equestre Internacional anunciou que Malhas foi desqualificada de participar dos jogos porque o cavalo dela estava com uma lesão. Ela tinha participado das Olimpíadas da Juventude em 2010 em Cingapura e levado a medalha de bronze. Mas ela participou sem o apoio do comitê olímpico saudita, pagando da bolsa dela todas as suas despesas.

    A ONG Human Rights Watch lançou em fevereiro deste ano uma campanha visando a essa discriminação contra as mulheres sauditas na área dos desportos e educação física. Talvez essa campanha, juntamente com a possibilidade de ser banido das olimpíadas, fez com que o reino anunciasse que ia deixar mulheres participarem. Mas, como é de praxe com assuntos polémicos, vários órgãos do governo não pareciam estar na mesma página sobre este assunto, deixando a situação ainda mais confusa.




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      • Luís Magalhães Vários ativistas viram a reviravolta saudita com cinismo, dizendo que era somente uma tática para evitar a vergonha de ser banido. “É justo que os sauditas joguem pelas regras olímpicas, mas uma mudança de última hora, para evitar a proibição, não altera as condições deploráveis e desiguais para as mulheres e meninas na Arábia Saudita”, disse Minky Worden, da Human Rights Watch.

        Oficiais sauditas têm sugerido que talvez outras atletas sauditas irão participar das olimpíadas em Londres, possivelmente em esportes de pista e campo, que precisam de menos treinamento especializado. “Uma mulher saudita poderia também carregar a bandeira saudita na cerimônia de abertura”, sugeriu Worden.

        Enquanto os sauditas brigam entre si, os catarianos estão mandando três atletas mulheres para os jogos, incluindo a atiradora Bahia Al-Hamad, uma nadadora e uma corredora. Brunei vai mandar uma mulher, Maziah Mahusin, uma corredora de barreiras de 400 metros.

        Se uma mulher saudita participar das Olimpíadas em Londres vai ser mais um ato simbólico do que qualquer outra coisa. No reino ultraconservador, mulheres enfrentam obstáculos muito mais sérios do que poder ser atletas. A maior delas é a detutela masculina, a que toda mulher saudita é submetida para fazer qualquer coisa na vida. Para trabalhar, viajar e até estudar no estrangeiro, mulheres precisam do aval do seu guardião, que pode ser seu pai, marido ou irmão.

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      • Luís Magalhães Com a alta taxa de obesidade e diabetes na população saudita, especialmente nas mulheres, eu acho essencial que o governo institua aulas de educação física para todas as meninas e mulheres nas escolas e universidades públicas, e deveria incentivar o esporte em geral para todos. Oficiais sauditas têm prometido que aulas de educação física vão ser introduzidas em escolas públicas em breve. Tomara que não demorem.

        O Globo
        29/06/2012

        há alguns segundos ·  · 1




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      • Luís Magalhães Mais ou menos na mesma linha vai o filósofo francês Henri Bergson. Em "O Riso", ele observa que muitas piadas exigem "uma anestesia momentânea do coração". Ou seja, pelo menos as partes mais primitivas de nosso eu acham graça em troçar dos outros. Daí os inevitáveis choques entre humor e adequação social.
        Como não podemos dispensar o riso nem o combate à discriminação, o conflito é inevitável. Resta torcer para que seja autolimitado. Não deixaremos de rir de piadas racistas, mas não podemos esquecer que elas colocam um problema moral.

        há 2 minutos ·  · 1

  • Até onde se pode chegar para fazer os outros rirem? Aliás, do que rimos?

    De um modo geral, achamos graça quando percebemos um choque entre dois códigos de regras ou de contextos, todos consistentes, mas incompatíveis entre si. Um exemplo: "O masoquista é a pessoa que gosta de um banho frio pelas manhãs e, por isso, toma uma ducha quente".

    Cometo agora a heresia de explicar a piada. Aqui, o fato de o sujeito da anedota ser um masoquista subverte a lógica normal: ele faz o contrário do que gosta, porque gosta de sofrer. É claro que a lógica normal não coexiste com seu reverso, daí a graça da pilhéria. Uma variante no mesmo padrão é: "O sádico é a pessoa que é gentil com o masoquista".

    Esta "gramática" dá conta da estrutura intelectual das piadas, mas há também dinâmicas emocionais.
    Kant, na "Crítica do Juízo", diz que o riso é o resultado da "súbita transformação de uma expectativa tensa em nada". Rimos porque nos sentimos aliviados. Torna-se plausível rir de desgraças alheias. Em alemão, há até uma palavra para isso: "Schadenfreude", que é o sentimento de alegria provocado pelo sofrimento de terceiros. Não necessariamente estamos felizes pelo infortúnio do outro, mas sentimo-nos aliviados com o fato de não sermos nós a vítima.




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  • PUBLICAÇÕES MAIS ANTIGAS

  • O socialismo de Obama
    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/1112265-o-socialismo-de-obama.shtml

    Por 5 votos a 4 e com recurso a todo tipo de sutilezas hermenêuticas, a Suprema Corte dos EUA considerou válidas as linhas mestras da lei de planos de saúde do presidente Barack Obama.

    Os EUA vivem a paradoxal situação de ter a melhor medicina do planeta e o pior sistema de saúde do mundo desenvolvido. E a razão para isso, perdoem-me os ultraliberais, é que existem setores em que a regulação estatal é imprescindível. A saúde é um deles. Nela, os desequilíbrios e imperfeições são tantos que deixar as forças de mercado atuarem livremente resulta em perdas para a maioria.

    Cerca de 25 milhões de americanos ou não têm seguro ou contam com planos que não cobrem seus gastos. Mas, por lei, os hospitais estão obrigados a atender qualquer pessoa durante emergências. Assim, esse grande contingente de subsegurados "se trata" correndo para os prontos-socorros em situações de crise.

    É exatamente o contrário do que preconiza a boa medicina e ainda faz com que as despesas fiquem muito maiores do que seria possível, caso o paciente recebesse atendimento precoce e contínuo. Os hospitais, é claro, repassam esse custo para as seguradoras, que empurram a batata para os consumidores. No fim das contas, estes pagam muito caro para estarem no sistema, e quem não está recebe um tratamento indigente.

    A lei de Obama faz o óbvio. Obriga todos a ter plano de saúde (ou pagar uma taxa especial) e oferece subsídios para quem não pode arcar com um. A oposição não gostou. Chamou Obama de socialista (palavrão no dialeto republicanês) e disse que a iniciativa era uma interferência indevida do Estado na vida do cidadão.



    É uma reação muito mais ideológica do que lógica. O princípio da contribuição compulsória e da divisão de custos, afinal, paira sobre todas as instituições financiadas por impostos. Entre elas estão alguns xodós dos republicanos, como a polícia, os bombeiros e o Exército.


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  • http://www1.folha.uol.com.br/poder/1112382-catolicos-passam-de-931-para-646-da-populacao-em-50-anos-aponta-ibge.shtml

     ·  ·  ·  · há 12 minutos

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      • Luís Magalhães 
        A pesquisa mostra que a queda na proporção de católicos foi acompanhada pelo crescimento dos evangélicos, que em 1960 eram apenas 4% da população e em 2010 alcançaram 22,2%. O número de pessoas sem religião também teve aumento expressivo, passando de 0,6% para 8% nos mesmos cinquenta anos.

        No caso dos evangélicos, o crescimento foi puxado pelas igrejas de origem pentecostal, como a Assembleia de Deus ou a Universal do Reino de Deus, que atingiram 13,3% do total da população. Os chamados evangélicos de missão, pertencentes a religiões mais tradicionais, como a luterana e a batista, tiveram menos oscilações.

        O censo incluiu uma única pergunta sobre religião (Qual a sua religião ou culto?), que estava no questionário aplicado a parte da população. Para chegar aos resultados nacionais, o IBGE utilizou métodos estatísticos.

        Segundo a pesquisa, os católicos somavam 123,3 milhões de pessoas no país em 2010, e os evangélicos, 42,3 milhões. Outras religiões que também foram citadas foram o espiritismo (2,8 milhões), a umbanda (407,3 mil), o candomblé (167,4 mil), o budismo (244 mil), o judaismo (107,3 mil), o islamismo (35,2 mil) e o hinduismo (5,6 mil).

        Do total de evangélicos, 7,7 milhões eram de religiões de missão, 25,4 milhões eram de religiões de origem pentecostal e 9,2 milhões de religiões não determinadas -- como a pergunta feita pelos recenseadores tinha resposta aberta (ou, seja, não apresentava opções dentre as quais a pessoa tinha que escolher sua resposta), alguns só responderam que a religião era evangélica, sem dar mais detalhes.

        Da mesma forma, 15,3 milhões de pessoas disseram não ter religião. Desses, 615,1 mil afirmaram expressamente ser ateus e 124,4 mil, agnósticos.

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    • Pernas de piano terem que ser cobertas por capas para não excitar os homens por sua semelhança com as pernas femininas é patético, não? Mas isso acontecia, há pouco mais de cem anos, na Inglaterra. A moral vitoriana tentava controlar tudo o que considerava pornográfico. Parece mentira, mas até o vocabulário teve que mudar; palavras como suor, gravidez, sexo, tiveram de ser substituídas por termos mais evasivos. As mulheres passaram a descrever o local da dor para os médicos apontando para um ponto semelhante numa boneca. Qualquer parte do corpo entre o pescoço e os joelhos passou a ser chamado de "fígado".


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        • Luís Magalhães 
          Todos nos divertimos com relatos desse tipo, como se esses fatos traduzissem apenas a mentalidade de uma época distante. Mas não é bem assim. Desde que, há alguns milênios, na cultura ocidental, o corpo passou a ser visto como inimigo do espírito, idéias distorcidas do que é obsceno e perigoso existem, com mais ou menos força, em toda parte. Aprendemos que a imagem do corpo humano nu e, particularmente, experimentando prazer sexual é pornográfica.

          O erotismo é aceito. A pornografia é condenada, embora, muitas vezes, o erotismo de hoje seja a pornografia de ontem. Essa palavra, criada em 1769, significava originalmente tratado sobre prostitutas (pornê: prostituída; graphê: escrita), e mais tarde passou a incluir qualquer texto especificamente destinado a despertar o desejo sexual. Entretanto, alguns grupos feministas passaram a considerar pornográfico todo material erótico que levasse à degradação das mulheres. No final da década de 70, foi criada nos Estados Unidos uma legislação antipornográfica que aplicava o termo pornografia somente ao que, de forma sexualmente explícita, desumanizava as mulheres e glamourizava a dominação e a violência.

          há cerca de um minuto ·  · 1

        • Luís Magalhães 
          Não é de se estranhar que nas sociedade patriarcais a mulher seja mostrada como inferior ao homem e agredida sexualmente por ele, nem que para manter a repressão da sexualidade o sexo oferecido pela mídia seja impessoal e de má qualidade. O que não tenho certeza é se o termo pornografia seja adequado para definir esses comportamentos. De qualquer modo, parece tão fluida a fronteira entre erotismo e pornografia, que dificilmente alguém consegue responder de imediato qual a diferença entre os dois. Decidi então fazer essa pergunta aos freqüentadores do meu site. Apesar das definições variadas, ficou clara a tendência a se considerar pornografia como algo obsceno, maléfico.

          Claro que houve exceções. Entre elas, os que consideram pornografia e erotismo sinônimos: "Pra mim é sinônimo. Não se fala filme erótico, assim como filme pornô ? Qual a diferença ? As pessoas têm o mau hábito de associar a palavra "pornografia" a baixaria. O sexo, o tesão, o desejo, são coisas lindas. Quem não aprende a gostar disso não sabe viver intensamente !!!" E ainda os que percebem a diferença, mas defendem a pornografia: "O erotismo é uma coisa chata, parece com chuchu (aguado, sem graça, e não tem gosto de nada). Gostar de erotismo é não ter coragem de realizar desejos. A pornografia, por sua vez, quando explorada sem profissionalismo, quando se está entre quatro paredes, é simplesmente 'a materialização do que chamamos tesão'."

          Contudo, para a maioria o sexo erótico está relacionado a amor, pureza, espontaneidade, sutileza, sugestão sem mostrar tudo, sensibilidade, fantasias. E o sexo pornográfico seria explícito, público, sem espaço para a imaginação, banal, baixaria, falta de classe, aberração.

          Mas, preconceitos à parte, será que na intimidade entre duas pessoas livres sexualmente não haveria nada considerado pornográfico pela maioria? Talvez a diferença entre erotismo e pornografia não seja tão grande quanto parece à primeira vista. E como em matéria de sexo, numa sociedade repressiva como a nossa, qualquer um pode ser acusado e acusador, fico com a definição do escritor Alain Robbe-Grillet: "A pornografia é o erotismo dos outros."

          Regina Navarro Lins

          há cerca de um minuto ·  · 1


    • Flávio Braga

      Perfil

      Sou escritor, dramaturgo e roteirista, gaúcho radicado no Rio de Janeiro. Autor de 17 livros e oito peças de teatro, dirigi o jornal O Pasquim, no Rio Grande do Sul, nos anos 1980. Em outubro lançarei o romance A Cabeza de Hugo Chávez. Vivo meu quarto casamento com Regina e tenho um filho.

      Flávio Braga

      Como ensinou o poeta romano Ovídio (43 a.C. a 18 d.C.), o ideal é que pares amorosos se tornem sócios. Entendo que ele quis dizer que ambos tenham cumplicidade em seus objetivos. Acho que essa foi a primeira medida, não exatamente consciente, que eu e Regina assumimos. Cumplicidade #fazoamorcrescer.

      Flávio Braga

      Existem gostos comuns, uma contínua curiosidade sobre o pensamento e a história. Debates que se estendem pela noite e seguem ao amanhecer. Ter assunto #fazoamorcrescer.

      Flávio Braga

      Gentileza e cuidado com as idiossincrasias do parceiro também ajudam. Todo mundo tem suas áreas de atrito e é melhor administrar do que querer mudar. Se não for nada absurdo, é claro. Compreensão #fazoamorcrescer.

      Flávio Braga

      Todos nós carregamos algum pecado forte; se não o tivermos, isso é um pecado pior. Precisamos pesar esse fardo na vida a dois e concluir se vale a pena ou não conviver com ele. Franqueza #fazoamorcrescer.

      Flávio Braga

      Um problema que, imagino, muitos casais têm é quanto aos amigos íntimos de cada um. Muitas vezes são relações que antecedem o conhecimento que uniu os parceiros. É preciso tolerância quando um deles não nos agrada. Mas você não precisa lhes fazer companhia. Aceitar os amigos de cada um #fazoamorcrescer.

      Flávio Braga

      Acho que nunca se deve ser totalmente sincero. Precisamos ponderar antes de tocar em assuntos sensíveis. Isso não quer dizer que se vá mentir – mas podemos atenuar os impactos. Guardar algum segredo #fazoamorcrescer.



    • Regina Navarro Lins

      Perfil

      Sou psicanalista e escritora, autora de dez livros sobre relacionamento amoroso, entre eles A Cama na Varanda, colunista do portal IG e do jornal O Dia, do Rio de Janeiro. Em 2012, vou lançar O Livro do Amor. Tenho dois filhos de dois casamentos anteriores e uma neta.

      Regina Navarro

      Comecei a criar meu site de relacionamento e precisava de dois artigos: um sobre o Marquês de Sade e outro sobre a diferença entre erotismo e pornografia. Um amigo trouxe aqui em casa o Flávio e ele escreveu dois artigos fantásticos. Bom indício. Comecei a considerá-lo atraente. Admirar o parceiro #fazoamorcrescer.

      Regina Navarro

      Um casamento pode ser ótimo. Mas para isso as pessoas precisam reformular as expectativas. Por exemplo, a ideia de que vão se completar, nada mais lhes faltando; a exigência de que não tenha interesses de que o amado não faça parte; o controle e as cobranças em relação a seus desejos. Despir-se das ilusões #fazoamorcrescer.

      Regina Navarro

      Flávio adora cozinhar. Eu odeio os trabalhos domésticos. Ele cozinha superbem e faz questão de preparar nosso almoço todos os dias. Eu já me sinto melhor resolvendo questões de banco. Temos um comportamento invertido nessa área, rs... Dividir tarefas de acordo com a personalidade de cada um #fazoamorcrescer.

      Regina Navarro

      Sinto que posso fazer e falar o que quiser com o Flávio. Observações feitas ao outro devem ser gentis, sempre com a intenção de possibilitar uma reformulação. Ter liberdade para ser quem você é #fazoamorcrescer.

      Regina Navarro

      Ele torce por mim e eu, por ele. Entre muitos casais há o que se pode chamar de “terrorismo íntimo”. Um percebe o ponto fraco do outro e não perde a oportunidade de dar uma estocada. Não haver competição #fazoamorcrescer.

      Regina Navarro

      Nesses 11 anos nunca fizemos sexo sem camisinha. Cuidar #fazoamorcrescer.



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    • Apesar de, nos textos do Novo Testamento, Jesus Cristo ser a presença humana de Deus, desenvolveu-se uma cristologia que o colocou longe daqueles de quem é irmão. A partir daí, foi preciso desenvolver um sistema de mediações, de cunhas e influências para conseguir as suas graças. A devoção a Nossa Senhora e aos Santos – segundo a especialidade de cada um –, pretendendo aproximar-nos de Cristo, acaba por dar a ideia errada de que Ele está longe de nós. Ora Jesus Cristo é a máxima proximidade de Deus, Deus connosco. Os Santos são expressões dessa proximidade.

      A oração, o acto essencial da religião, o acto de atenção e de acolhimento do Mistério, não se deve transformar numa técnica de tirar Deus da sua distracção, ignorância ou indiferença. Não é um meio de informação e convencimento de D-us.

      Somos criados à imagem e semelhança do incansável, eterno e misterioso amor de Deus. Não devemos criar representações de Deus à imagem e semelhança dos nossos defeitos. Essa é a 

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    • Não deve preocupar com o que os outros pensam a seu respeito... Faz o Maximo... Tem toda garra... Tudo o que faz coloca a alma... Faz tudo com alegria e entusiasmo... Não dê importância a quem pensa o contrario... Você tem obrigação de ser feliz.



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    • Mensagem do Dia 29/06/2012
      Autoestima
      Goste de você mesmo e de sua própria vida,
      em nenhuma comparação com quem quer que seja,
      aparentemente maior ou menor que você,
      nem com a vida de ninguém.
      Se você não gostar de você mesmo,
      os outros também não gostarão de você.
      Mas gostar de si mesmo não significa ser egoísta:
      o egoísmo, o fazer tudo girar em torno de nós mesmos,
      não é bom. Trata-se do amor, que é justamente o contrário.
      Amar é sair de si em direção a tudo e a todos,
      nunca um fechar-se em si próprio,
      um ensimesmar-se egocentricamente.



    • https://www.facebook.com/escritoraflavianeves
      Os convidando a conhecerem a página de Expurgo, que em seu conteúdo espiritista, através de personagens clássicos dos dogmas cristãos, desanuvia a mente para a universalidade da única certeza: A existência. "Que o fim do mundo espere; há muito a ser descoberto ainda sobre o início dos tempos!" Aguardando vocês. Abço, F.


      ‎"Cinco estrelas: Original, ousado, instrutivo, edificante, marcante! Expurgo é uma obra fundamental a noviços e brâmanes, gregos e tibetanos, clérigos e troianos. Com intrepidez, as palavras (os verbos) saem da zona de conforto e resgatam a consciência do leitor da fumaça que mana da ignorância e da...
      Página: 12.360 gostam disto



    • “Donde Estabas” é o mais novo single/vídeo da cantora basca Amaia Montero, conhecida por ser a vocalista do grupo espanhol La Oreja de Van Gogh, retirado do seu segundo álbum a solo 2.
      http://oxysgenos.blogspot.pt/



    • Jose Roberto Hernandes adicionou Patricia Militão ao grupo.



    • Será lícito se considerar que tudo tem seu limite... Os quais são conhecidos, intuitivamente, apenas da consciência que faz a jornada... Em relação a direitos e aos deveres, na convivência, destes filhos da luz se deve primar em não ultrapassar os direitos do outro tal qual não desejaria que outra pessoa não invadisse o nossos... Os deveres desta consciência estão relacionados em fazer para o outro aquilo que, se estivesse naquela situação, o outro fizesse por nós... Todos somos herdeiros da Criação, e nos cabe a responsabilidade de executar a nossa parte...



        • Luís Magalhães 
          Será lícito considerar-se que tudo tem o seu limite... Os quais são conhecidos, intuitivamente, apenas da consciência que faz a jornada... Em relação a direitos e aos deveres, na convivência, destes filhos da luz deve-se primar em não ultrapassar os direitos do outro tal qual não desejaria que a outra pessoa não invadisse o nossos... Os deveres desta consciência estão relacionados em fazer para o outro aquilo que, se estivesse naquela situação, o outro fizesse por nós... Todos somos herdeiros da Criação/Evolução, e nos cabe a responsabilidade de executar a nossa parte...

          há 13 horas · Editado ·  · 2


        • A bissexualidade, já defendida por Freud, tende a desenvolver-se nas sociedades?

          Regina Navarro Lins: Penso que sim. As estatísticas mostram que a grande maioria já sentiu, de alguma forma, desejo por ambos os sexos. Nunca se falou tanto em bissexualidade como dos anos 90 para cá. A manchete de capa da revista americana Newsweek de julho de 1995 era: "Bissexualidade: nem homo nem hetero. Uma nova identidade sexual emerge." Na pesquisa feita pelo americano Harry Harlow, mais de 50% das mulheres, numa cena de sexo em grupo, se engajaram em jogos íntimos com o mesmo sexo, contra apenas um por cento dos homens.

          Entretanto, quando o anonimato é garantido a proporção de homens bissexuais aumenta a um nível quase idêntico. Marjorie Garber, professora da Universidade de Harvard, que elaborou um profundo estudo sobre o tema, compara a afirmação de que os seres humanos são heterossexuais ou homossexuais às crenças de antigamente, como: o mundo é plano, o sol gira ao redor da terra. E pergunta: "Será que a bissexualidade é um 'terceiro tipo' de identidade sexual, entre a homossexualidade e a heterossexualidade - ou além dessas duas categorias?" Acreditando que a bissexualidade tem algo fundamental a nos ensinar sobre a natureza do erotismo humano, ela sugere que em vez de hetero, homo, auto, pan e bissexualidade, digamos simplesmente "sexualidade'". Quando trabalhamos com as tendências devemos ficar atentos aos sinais. Há algum tempo que se observa a bissexualidade nas adolescentes. Não é raro encontrarmos meninas que se apaixonam por outras meninas, independente do fato de também namorar rapazes.



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            • Luís Magalhães E com isto, como ficam os casamentos? Aliás, qual a relação de amor e sexo?

              Regina Navarro Lins: O amor é uma construção social. O amor romântico, pelo qual todos anseiam, passou a fazer parte do casamento recentemente. Antes, as pessoas se casavam por interesses econômicos da família. Esse tipo de amor é calcado na idealização do outro; propõe a fusão entre os amantes e a ideia de que os dois se completando nada mais vai lhes faltar. Traz expectativas próprias como a de que quem ama não se relaciona sexualmente com mais ninguém. Mas o amor romântico não resiste ao dia-a-dia do casal. A idealização não consegue ser mantida, porque na convivência você é obrigado a enxergar os aspectos que você não gosta no parceiro. E aí vem o desencanto.

              Felizmente, esse tipo de amor está saindo de cena, levando com ele a exigência de exclusividade, uma das suas principais características. Vivemos um período de grandes transformações no mundo, e, no que diz respeito ao amor, o dilema atual parece se situar entre o desejo de simbiose com o parceiro e o desejo de liberdade, sendo que este último começa a predominar. Na pesquisa do livro A Cama na Rede, 75% acreditarem ser possível ser feliz sem ter um par amoroso e 80% disseram que o casamento não é o melhor caminho para a vida a dois. No futuro menos pessoas vão desejar se fechar numa relação a dois. As pessoas podem vir a ter relações estáveis com várias pessoas ao mesmo tempo, escolhendo-os pelas afinidades. Talvez, quem sabe, uma para ir ao cinema e teatro, outra para conversar, outra para viajar, a parceria especial para o sexo, e assim por diante. A ideia de que um parceiro único deva satisfazer todos os aspectos da vida pode se tornar coisa do passado.

              há cerca de um minuto ·  · 1

        • Vamos curti a pagina, Galera.

          http://www.facebook.com/livrepensadorbrasil


          Livre Pensador é uma Página para Pessoas que querem Pensar - Refletir sobre a Vida - E Ser Feliz.
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        • Em tempos passados, pensar, abertamente, em sexo já era crime. Atualmente, discute-se sobre e faz-se (em Portugal e no Brasil) com inibições pontuais. Logo, qual é o futuro do sexo? Sexo a três e posições além do Kama Sutra tendem a se popularizar também?

          Regina Navarro Lins: Daqui a algumas décadas existirão relações duradouras, mas talvez não sejam predominantes. As tendências apontam para o aumento do número de relações do tipo instantâneo e efêmero e do sexo em grupo. A prática do sexo em grupo, conhecida como bacanal ou orgia, é uma das variáveis mais curiosas da sexualidade humana. A Grécia Clássica, berço de nossa civilização, se não inventou a orgia teve seus praticantes mais organizados. O governo subsidiava as chamadas dionisíacas, que constava de um grande banquete aberto a todos. Os participantes se vestiam como ninfas, sátiros, bacantes, etc... e atravessavam a noite realizando jogos eróticos animados pelo vinho que corria livremente. Tais festas rapidamente se transformavam em orgias públicas. Atualmente, frequentemente ignorada, ocultada e reprimida, a prática do sexo em grupo é mais comum do que se imagina. Não é raro casais, homens e mulheres solteiros, e também muitos casados, irem sozinhos experimentar o sexo grupal nos clubes especializados.

          O swing - a troca de casais - também se torna cada vez mais comum; chegou à classe média do Ocidente em fins da década de 70, nos EUA, embalada pela revolução sexual, mas sua prática é antiga em outras civilizações. Os esquimós costumavam deixar suas mulheres emprestadas ao vizinho, quando saíam para caçar. O objetivo era a preservação da mulher, que podia não resistir às baixas temperaturas, sem apoio de alguém. A China também tinha o costume, até a Revolução Cultural, de os maridos, quando se ausentavam, alugarem as esposas. Os filhos que nascessem no período pertenceriam àquele que alugara a mulher. No Tibet, na África e no Havaí há registro sobre o costume em questão. Penso que no futuro homens e mulheres poderão buscar a realização de seus desejos sem culpa por se livrarem da submissão à moral que nos foi imposta. Mas não podemos esquecer que os sexy games, que surgirão, também trarão muitas novidades.



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        • Sobre o sexo "esfriar" depois do casamento, as pesquisas indicam o "mais do mesmo" ou revelam algo novo?

          Regina Navarro Lins: O sexo no casamento é o maior problema enfrentado pelos casais. O casamento é o lugar onde menos se faz sexo. A pesquisa feita para o livro A Cama na Rede só confirmou isso: 72% declararam que com o tempo o tesão pelo parceiro diminui. Essa questão só passou a ser problema quando, recentemente, o amor e o prazer sexual se tornaram primordiais na vida a dois e se criaram expectativas em relação a isso. Antes, não se cogitava em realização afetiva e prazer na vida de um casal. Bastava o marido ser provedor e respeitador; a mulher ser boa dona de casa e mãe, que estava tudo certo. Mas como resolver a situação de casais que, após alguns anos de vida em comum, constatam decepcionados terem se tornado irmãos? Alguns dizem que é necessário quebrar a rotina e ser criativo. As sugestões são variadas: ir a um motel, viajar no fim de semana, visitar uma sex-shop. Mas isso de nada adianta. O desejo sexual intenso é que leva à criatividade, e não o contrário. Quando não há desejo, a pessoa só quer mesmo dormir.

          Quem se angustia com essa questão sabe que desejo sexual não se força, existe ou não. Não é necessário dizer que existem exceções, e que em alguns casais o desejo sexual continua existindo após vários anos de convívio. Mas não podemos tomar a minoria como padrão. Mesmo que os dois se gostem, a rotina, a excessiva intimidade e a falta de mistério acabam com qualquer emoção. Busca-se muito mais segurança que prazer. Para se sentirem seguras, as pessoas exigem fidelidade, o que sem dúvida é limitador e também responsável pela falta de desejo. A certeza de posse e exclusividade leva ao desinteresse, por eliminar a sedução e a conquista. Familiaridade com o parceiro, associada ao hábito, podem provocar a perda do desejo sexual, independente do crescimento do amor e de sentimentos como admiração, companheirismo e carinho.



        • Os que não realizam as fantasias sexuais, como tentar uma posição ou algo diferente, ou fazer sexo a três, realizam como as suas pulsões? Por meio de pornografia?
          Regina Navarro Lins: A repressão sexual é um conjunto de interdições, permissões, valores, regras estabelecidas pelo social para controlar o exercício da sexualidade. Ela faz com que muita gente reprima seus desejos menos convencionais ou desista do sexo e fique quieta no seu canto. No Ocidente o sexo é visto como algo muito perigoso. A condenação do sexo surgiu, com o patriarcado restringindo-se, no início, às mulheres, para dar ao homem a certeza da paternidade. No cristianismo a repressão sexual generalizou-se. O padrão moral tornou-se, em tese, o mesmo para homens e mulheres, embora na prática houvesse maior condescendência para com o homem. A repressão não é apenas algo que vem de fora, submetendo as pessoas.

          As proibições e interdições externas são interiorizadas, convertendo-se em proibições e interdições internas, vividas sob a forma de vergonha e culpa. A questão é que quando a repressão é bem-sucedida, já não é sentida como tal e a aceitação ou recusa por um determinado tipo de comportamento é vivido como se fosse uma escolha livre da própria pessoa. A doutrina de que há no sexo algo pecaminoso é totalmente inadequada, causando sofrimentos que se iniciam na infância e continuam pela vida afora.



          • Gostas disto.

            • Luís Magalhães O psicanalista Wilhelm Reich considera que as enfermidades psíquicas são a consequência do caos sexual da sociedade, já que a saúde mental depende da potência orgástica, isto é, do ponto até o qual o indivíduo pode se entregar e experimentar o clímax de excitação no ato sexual. José Ângelo Gaiarsa afirmava que uma explicação possível para haver tanta repressão reside no fato de que, quanto mais o indivíduo vai ampliando, aprofundando e diversificando sua vida sexual - e isso significa transgredir -, mais coragem ganha para fazer outras coisas, questionar outros valores. Começa a viver com maior vontade e decisão. Pode começar a se tornar perigoso. Então, não deve ser à toa nem por acaso que as forças repressoras de todas as épocas se voltaram tão sistemática e precisamente contra a sexualidade humana.

              Outra semana tive a prova de como o sexo é visto como perigoso ao participar ao vivo do programa Sem Censura, da TV Brasil, para falar dos livros A Cama na Rede e Se eu fosse você. Logo no início, a apresentadora Leda Nagle me perguntou sobre os resultados da pesquisa que deram origem aos livros. Quando eu disse que me surpreendeu o fato de 77% terem declarado desejar fazer sexo a três, ela me impediu de continuar falando sobre isso. Alegou ser 16.30h e estarmos numa TV pública. Penso ser necessário refletirmos sobre esse absurdo. Não tenho dúvida de que essa repressão que impede de se conversar livremente sobre sexo é nociva. Além de tantos prejuízos causados à vida íntima das pessoas, ela está entre as causas da violência e dos crimes sexuais.

              há 4 minutos ·  · 1

            • Luís Magalhães Para encontrar um dos muitos "equilíbrios" sexuais, mulheres deveriam assistir mais a vídeos eróticos, ou homens deveriam ver menos filmes pornográficos?
              há 4 minutos ·  · 1

            • Luís Magalhães Regina Navarro Lins: Não. Não acredito que esta seja a saída para o desencontro sexual entre homens e mulheres. Homens e mulheres fazem sexo em menor quantidade do que necessitam e com muito menos qualidade do que poderiam, se frustrando durante sua própria realização. O pré-requisito básico para haver uma relação sexual satisfatória é a ausência de repressão, vergonha ou medo. Na sociedade hipócrita e moralista em que vivemos, uma sexualidade plena e satisfatória é muito rara, só se observando em alguns poucos casos. Para haver um sexo realmente prazeroso é fundamental que os homens se libertem do mito da masculinidade, e as mulheres do amor romântico e da ideia de que devem corresponder às expectativas do homem. É grande a quantidade de homens que vão para o ato sexual ansiosos em cumprir uma missão: provar que são machos. A preocupação em não perder a ereção é tanta que fazem um sexo apressado, com o único objetivo de ejacular, e pronto.

              A mulher, com toda a educação repressora que teve ainda se sente inibida em sugerir a forma que lhe dá mais prazer. Acaba se adaptando ao estilo imposto pelo homem, principalmente por temer desagradá-lo. Fazer sexo mal é isso: não se entregar às sensações e fazer tudo sempre igual, sem levar em conta o momento, a pessoa com quem se está e o que se sente. As pessoas que gostam de verdade de sexo e o sabem fazer bem não têm preconceito, consideram o sexo natural, fazendo parte da vida. A busca do prazer é livre e não está condicionada a qualquer tipo de afirmação pessoal. Então, o sexo é desfrutado desde o primeiro contato, e se cria o tempo todo junto com o parceiro, até muito depois do orgasmo. O único objetivo é a descoberta de si e do outro, numa troca contínua de sensações, em que cada movimento é acompanhado de nova emoção. O ato sexual pode ser uma comunicação profunda entre duas pessoas, e para isso é importante que não se tenha nada planejado, sendo criação contínua em que nada se repete. Sendo assim, o sexo deixa de ser a busca de um prazer individual para se tornar um poderoso meio de transformar as pessoas. E nem é necessário haver amor. O ponto de partida fundamental para uma relação sexual de qualidade é o desejo.

              há 4 minutos ·  · 2

        • No secreto, qual o verdadeiro desejo da mulher? Ela gosta de transar e gostaria de ser mais "desencanada"?

          Regina Navarro Lins: Embora no século 20 a moral sexual tenha sofrido grandes transformações e homens e mulheres não acreditem conscientemente que o ato sexual seja um grande pecado, no inconsciente os antigos tabus ainda persistem. Muitos ainda sofrem com seus desejos, fantasias, medos, culpas, frustrações. Estamos no meio de um processo de uma profunda mudança das mentalidades, que se iniciou com os movimentos de contracultura das décadas de 60/70. Até então a mulher deveria ser casta e passiva. Uma herança do século 19, no qual muitas teorias foram criadas afirmando que só o homem tinha prazer sexual.

          O prazer da mulher seria, apenas, o de ter e criar os filhos. Considerava-se marca da feminilidade a mulher não gostar de sexo. Isso melhorou um pouco no século 20, mas as mulheres foram condicionadas à ideia de que sexo e amor têm que caminhar juntos, o que é um grande impedimento para sua vida sexual. Hoje, você encontra mulheres que ainda carregam culpa em relação ao sexo, e outras que já se liberaram e buscam viver intensamente o prazer. Muitas declaram que gostariam de ter coragem para ousar mais no sexo, de pôr em prática suas fantasias. Uma fantasia muito comum nas mulheres é a de transar com dois homens ao mesmo tempo e de fazer sexo em grupo.



        • ‎75% acreditam ser possível ser feliz sem ter um par amoroso. Isto é ótimo, porque na nossa cultura aprendemos que só é possível viver bem se formarmos um casal, o que leva muita gente procurar desesperadamente um par. É fundamental que as pessoas desenvolvam a capacidade de viver bem sozinhas, até mesmo para poderem fazer melhores escolhas amorosas.

          Desde que o sistema patriarcal se instalou, há cinco mil anos, a sociedade é profundamente machista. Apesar de a maioria dos homens ainda perseguir o ideal masculino da nossa cultura - força, ousadia, sucesso, poder, nunca falhar -, eles estão começando a se sentir exaustos. Há algum tempo já se discutem em todo o mundo os prejuízos da busca dessa masculinidade. Os prejuízos do machismo são muitos. Poucos homens conseguem experimentar a intimidade emocional com a mulher, em vez de somente a sexual. Não é de se estranhar, então, o resultado de um importante estudo sobre sexualidade realizado, nos Estados Unidos, que mostrou que quase a metade de homens e mulheres americanos sofrem de disfunção sexual.

          Muitas mulheres, por conta de tanta repressão, ainda têm dificuldades no sexo, mas não resta dúvida de que os estereótipos tradicionais de masculinidade inibiram a capacidade de prazer sexual do homem. Demonstrar ternura, se entregar relaxado à troca de prazer com a parceira é difícil. Perder o controle ou falhar é uma ameaça constante, tornando o sexo uma experiência ansiosa e limitada. Na pesquisa, que está no livro "A Cama na Rede", 75% afirmam que o machão está em baixa. Isso é verdade; as mentalidades estão mudando. O homem machão está perdendo o prestígio. Ainda bem. Isto é bom para a mulher e principalmente para ele próprio. Quanto mais autônoma e livre de estereótipos, mais a mulher valoriza o homem sensível, que não tenha vergonha de chorar, de ficar triste, que fale dos seus sentimentos e aceite seus próprios fracassos. Muitos homens já estão concordando com John Lennon: "Não está na hora de destruirmos a ética do macho?... A que nos levaram todos estes milhares de anos?"



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