Palavras de Paz no Natal



Luís Antônio Giron
Editor da secção Mente Aberta da revista brasileira ÉPOCA, escreve sobre os principais fatos do universo da literatura, do cinema e da TV





(Source: jocalderboneme)

No final do século XIX e início do XX, tornou-se moda entre muitos eruditos de renome duvidar da existência do homem Jesus Cristo. Segundo eles, Jesus não passaria de um personagem literário, um herói do quarteto de evangelistas do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João. Nesta segunda década do século XXI, o ceticismo se aprofundou ainda mais. Agora nem mesmo a Bíblia merece crédito nem como documento, nem como texto religioso. Os ateístas militantes rejeitam até mesmo a qualidade literária das Sagradas Escrituras. Muitos padres, pastores, pregadores e gurus de autoajuda já tratam Jesus como uma figura de ficção que lhes serve para construir parábolas exemplares – utilizadas para os fins mais variados. Se nos anos 1960 o Cristo foi confundido com um líder revolucionário, um Che Guevara avant la lettre, que desejava acabar com o capitalismo antes mesmo de o capitalismo ter existido, hoje Ele (ou ele) ganhou um upgrade corporativo e foi convertido no maior gerente de RH de todos os tempos, entre outros títulos nada honrosos, porém muito práticos. Dessa forma, o cidadão Jesus Nazoreu propriamente dito, nascido em Belém ou nazaré, na Galileia, judeu por formação e dissidente herege por vocação, parece experimentar uma fase de descrédito histórico.



No livro Jesus – uma biografia de Jesus Cristo para o século XXI (Nova Fronteira, 208 páginas), o historiador britânico Paul Johnson tenta provar que Jesus existiu, e que a própria essência do Cristianismo reside num acontecimento único na história: a presença na Terra de um sujeito que foi a um só tempo D-us e homem. Apesar de se declarar cristão, o conservador Johnson vale-se da sua erudição de historiador e dos métodos de interpretação contemporâneos para demonstrar a sua tese: “Jesus de Nazaré foi em termos de influência, o ser humano mais importante da história.”





O autor baseia-se em fontes legítimas: a primeira epístola de São Paulo aos coríntios, escrita em 50 d.C. – o documento mais antigo que sobreviveu sobre Jesus -, as quatro biografias de Jesus redigidas em grego meio século após a sua morte (os quatro evangelhos) e outros 45 relatos lançados nos primeiros cem anos que se seguiram à Crucificação. Johnson não tem dúvida de que estas fontes contêm testemunhos da passagem concreta de Jesus. Segundo ele, existe grande número de evidências sobre a existência de Jesus: “Escritores romanos seculares de épocas muito mais próximas à dele, como Plínio, Tácito e Suetônio, consideravam isto certo, assim como o preciso e consciente historiador judeu Josefo, escrevendo uma geração após a morte de Jesus.” Como se não bastasse, das quatro biografias de Jesus, uma delas foi redigida por uma testemunha ocular (João) e as outras a partir de transcrições de relatos orais de testemunhas, levadas a público entre 30 e 40 anos depois da morte de Jesus. Para Johnson, a dificuldade não é a ausência, mas a abundância de fontes. E elas foram utilizadas em cerca de 100 mil biografias de Jesus impressas em inglês, sem contar as inúmeras monografias e ensaios. Só no século XXI, de acordo com levantamento de Johnson, foram publicadas em inglês cem biografias de Jesus.



O desafio de Johnson é apresentar, de forma racional e científica, aos leitores atuais, a personalidade de um homem “apaixonado, mas reflexivo, direto e sutil, com grande autoridade e até mesmo rígido em certos momentos, mas também infinitamente gentil, compreensivo, compassivo e amoroso, tão deslumbrante nas suas excelências que aqueles próximos a ele não hesitaram em aceitar a sua divindade”. Neste ponto Johnson resvala na adoração. Mas é a única vez no livro que o faz. Ele faz por merecer merece o crédito.

A sua biografia de Jesus é uma lição de erudição contemporânea. Ele acompanha a trajetória do biografado sem perder o controle ou a lucidez. Descreve e analisa a Judeia romanizada, pertencente ao Império Romano, que serviu de berço a Jesus, os seus primeiros anos e a decisão, aos 30 anos, de reformar a prática religiosa da sua terra. A passagem mais interessante do ensaio se dá no momento em que os documentos não ajudam. Os evangelhos narram o nascimento e os doze anos iniciais de Cristo. O evangelho de Lucas, que narra a infância do Cristo, interrompe-se quando José e Maria, depois de correrem Jerusalém inteira, encontram o filho perdido no templo, discutindo doutrina com os sábios judeus. José e Maria. Ao perguntar por que ele tinha fugido, o preocupado José ouve do seu filho uma frase que poderia lhe ter parecido atrevida e ofensiva: “Não sabíeis que devo estar na casa de meu pai?” Mas José e Maria compreenderam e perdoaram Jesus.

Curiosamente, o Novo Testamento só retoma a biografia de Jesus quando está com 30 anos e decide ser batizado por João e iniciar a sua pregação. Os 18 anos de formação foram ignorados. A ausência de documentos serve como deixa para Paul Johnson especular sobre a condição material e a educação de Jesus. O que teria feito Jesus entre os 12 e os 30 anos? Jonhson responde à questão sem recorrer a documentos apócrifos e desprovidos de credibilidade.




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Como filho da casa de Davi, por parte de pai e mãe (Maria e José eram parentes), Jesus gozava de uma posição social confortável. Aprendeu a ler e a escrever, e deve ter ouvido poesia da boca da sua mãe. Como Jesus não deixou textos escritos, o historiador baseia-se nos registos das suas falas para dizer que Jesus era civilizado, educado, culto. Palestrava com precisão e elaborava os seus sermões com clareza. “A minha crença é que ele era familiarizado com latim e grego, além do seu aramaico natal e do hebraico que falava e lia como um judeu devoto educado”, escreve Johnson. “A sua composição habitualmente poética das frases, embora natural para ele (bem como para a sua mãe) também foi, suspeito, adquirida pela leitura constante de poesia, grande parte da qual sabia de cor. Esta poesia, creio, incluía não apenas textos hebraicos, como o livro de Job, cheio de poesia, e as canções religiosas que chamamos de Salmos, mas o tesouro de poetas gregos que na época circulava pelo império. Acredito que Jesus tenha recitado passagens de Homero e Eurípedes, possivelmente também de Virgílio".

Autodidata, Jesus não mostra fazer parte de nenhuma doutrina ou escola filosófica. Ele não gostava de seguir opiniões alheias. Era de fácil convivência e respeitava a opinião de todos com quem conversava. Possuía, segundo o seu biógrafo, uma imaginação “não conspurcada pela sala de aula ou o salão de conferências”. Mesmo assim, adquiriu grande conhecimento no comércio e agriculta, conforme os seus ditos e parábolas demonstram. Ele deve ter trabalhado em vários ofícios. Além de aprendiz de carpinteiro, profissão de José, ele se envolveu com plantio e criação de ovelhas. Muitas vezes Jesus refere-se aos seus fiéis como “rebanho”. Daí ser chamado de O Bom Pastor não é apenas uma metáfora, mas um indício de que conhecia a atividade de guardador de rebanhos. E, como tal, conduziu hordas de devotos. Outra pista de seu amor ao pastoreio foi a tendência de buscar lugares altos para meditar e se manter em isolamento. Johnson rejeita as especulações segundo as quais Jesus teria feito parte da seita dos essênios, ou mesmo viajado ao oriente em busca de sabedoria e iluminação. Jesus era um homem prático. Aprendeu com a própria experiência. Ao observar como viviam os seus conterrâneos, resolveu dedicar-se ao ministério.

Para Johnson, o quotidiano dos judeus na época do Cristo era penoso, porque controlado por uma hierarquia rígida e egoísta. Jesus agiu para transformar o culto monoteísta numa prática popular, desprovida de classes e voltada para todos os tipos de pessoas. Por isso, afrontou o poder dos sumo-sacerdotes judeus, que colaboravam com o governador romano Pôncio Pilatos. Assumiu-se talvez presunçosamente como filho de D-us. Mas o seu propósito era humilde, embora difícil: Jesus desejava que os seres humanos renunciassem à vida material em nome da espiritual. O biógrafo descreve o julgamento que levou o Cristo à cruz como um dos maiores erros da história do Direito, perpetrado pelos grandes mestres da Justiça do seu tempo: os judeus e os romanos.

Jesus lutou para combater um mundo irracional e cruel. Um mundo não muito diferente do atual. Segundo o seu biógrafo, se Jesus aparecesse hoje, ele arrebanharia seguidores assim como encontraria inimigos. E seria mais uma vez crucificado, assassinado. “O cristianismo que ele legou não foi testado e fracassou”, afirma Johnson. A sua doutrina é difícil de ser cumprida. No século XXI, ainda precisaria ser posta em prática.

A afirmação não deixa de ser herética. Mais de dois mil anos de Cristianismo foram para o historiador um período inócuo. E talvez seja tarde demais para que ele possa ser observado literalmente. Mesmo assim, se nada do que Jesus disse foi de fato praticado, se nada do que ensinou é verdade, ainda assim a sua presença como ser humano se afigura fascinante. Ele teria se sacrificado por uma humanidade que não o merecia, e em nome de ideais impossíveis. Jesus Cristo homem foi vítima do seu próprio amor.


Avós maternos - Ana e Joaquim.

Avô era um milionário mão-aberta e a avó uma mulher estéril miraculosamente curada. 

Os parentes de Jesus teriam sangue quente. Com a exceção do seu pai, José, que era extremamente paciente. O carpinteiro deveria ser uma figura engraçada, pois não possuía alguns dentes.

Fonte: Estudos de uma organização internacional dos Estados Unidos, que reúne acadêmicos e estudiosos da Bíblia. O grupo procura atestar a veracidade do que foi escrito nos Evangelhos. Os estudiosos procuram indícios arqueológicos para comprovar a existência de Cristo.

Mais:




Acontecimento
Ficheiro


7º Domingo da Trindade:
Paganismo vs Cristianismo


6º Domingo da Trindade


5º Domingo da Trindade

4º Domingo da Trindade


3º Domingo da Trindade


2º Domingo da Trindade


1º Domingo da Trindade


Domingo da Trindade


Domingo de Pentecostes















(Source: femburton)




Maria (a mãe de Jesus) não era pura quando estava grávida; Jesus quando criança era travesso e temperamental, e teria matado um amiguinho, ressuscitando-o em seguida; Cristo surge-nos como um homem rude, que repreende a mãe e abandona o lar para pregar.








PREGÓN DE NAVIDAD

por José Luis Martínez en ....


José Luis ha fallecido, pero no todo él se ha ido.

Todavía sentimos su amistad, su cordura, su buen hacer y aún resuena su sentida palabra y escritura.
 

Ser pregonero de Navidad es emular a los ángeles anunciadores de la Buena Noticia, es proclamar al mundo la liberación total y definitiva, es imitar a Juan, el predicador del desierto, que llama a la conversión y a la penitencia, es gritar con todas las fuerzas que Dios ha nacido, se ha hecho hombre y es uno de nosotros.

Viene Dios. Misteriosamente le atrae este mundo nuestro caótico y hostil y nos pide permiso para plantar su tienda junto a la nuestra. Demasiado humano este Dios, que ya no truena, ni divide las aguas del mar, ni tiene como lenguaje el rayo ni como trono el monte. 
 Demasiado humano este Dios que llora, que tiene miedo, que se enternece, que sufre, que muere. Este Dios que, en vez de impedir la muerte de un amigo, prefiere llorar al amigo muerto. Este Dios que huye, que se esconde de 

sus enemigos, a los que podría borrar del mapa con un solo gesto suyo.


Pero quizá, la escena mas humana, asombrosa, inimaginable, es ver a este Dios hecho niño, con sus ojos cerrados que no ven, buscando inconsciente, a tientas con sus manos, sumido en el sueño profundo de los niños, el cuerpo de su madre.

A la luz de este niño, que es Dios, hay que hacer limpieza en el viejo desván de nuestra imaginación poblada de falsas imágenes. Hay que romper esquemas y pautas de comportamiento, moldes de valores engañosos, y colocar, encima de todo, lo más importante, lo más urgente, lo más necesario: lo débil, lo simple, lo irrelevante, lo sencillo. Hay que bajar al encuentro de la debilidad humana que es forma de peregrinación hacia el santuario de Dios. Con los mismos pasos con que nos acercamos a los débiles, a los marginados, a los pobres, nos acercamos a Dios. Hay que acoger con ternura lo pequeño, lo que nace después de gestarse oscuramente en el misterio de las personas.

Ser pregonero de Navidad es soñar, creer en la utopia: Si sólo uno sueña –decía Luter King- es un sueño. Si son muchos los que sueñan, es el principio de una realidad. Somos muchos, después del nacimiento de Jesucristo, los que soñamos que este mundo puede cambiar, que es posible que las lanzas se conviertan en podaderas, que los desiertos florezcan, que los genocidios y las hambrunas y las explotaciones y las injusticias y las opresiones queden algún día fulminadas por la solidaridad, la justicia y la paz. Si Dios se hizo hombre, todo es posible; nada ni nadie puede vencer al amor.

Y la historia es esta: “En el año 752 de la Fundación de Roma, en el año 42 del Imperio de Octavio Augusto, mientras sobre la tierra reinaba la paz, en la sexta edad del mundo, hace 1998 años, en Belén de Judá, pueblo humilde de Israel, ocupado entonces por los romanos, en un establo, porque no tenían sitio en la posada, de Santa María la Virgen, esposa de José, de la casa y familia de David, nació Jesús, llamado Mesías y Cristo, que es el Salvador que el pueblo esperaba”.

Y dejando la historia y volviendo al sueño, en el Belén, junto al niño y a sus padres, al calor del buey y la mula, entre ángeles, reyes y pastores, veo semiocultos en el misterio de la noche de los tiempos, a los hambrientos de vientre hinchado, tristes y esqueléticos, a los emigrantes sin patria, sin hogar y sin trabajo, a los enfermos de sida, indefensos, rechazados, a las mujeres maltratadas, a los niños explotados, a los huérfanos abandonados, para quienes, al nacer Jesús, también nació para ellos la solidaridad y la esperanza. Dejadme que siga soñando que pronto, unidos los corazones, entrelazadas las manos de los hombres y mujeres de buena voluntad, sea posible que la buena noticia de los Ángeles: “Os ha nacido un Salvador, el Mesías, el Señor” sea realidad para todos los hombres y todos los pueblos de la tierra.

Feliz Navidad. Gracias.

José Luis Martínez. Navidad de ...



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