Pai Natal Lounge: "As crianças contam mais do que qualquer outra coisa"

PAI NATAL

"As crianças contam mais do que qualquer outra coisa"



ANSELMO  BORGES


17 Dezembro 201192 comentários
O que é que verdadeiramente queremos? Ser felizes, não? Mas, quando começamos a tentar definir o que é a felicidade, essa definição não se encontra. É um não sei quê, que tem a ver com alegria, realização...


 tvi24 

Afinal, o Pai Natal existe e até é possível seguir-lhe os passos: Afinal, o Pai Natal existe e até é possível se...  
ANSELMO BORGES
Uma "notícia", proclamada alto e bom som na televisão e nos media em geral: "Jesus não era cristão." O seu arauto: José Rodrigues dos Santos.
"As crianças contam mais do que qualquer outra coisa"
Na véspera de Natal, ninguém melhor do que o Pai Natal para dar o seu testemunho sobre o que Portugal tem de melhor. E a sua escolha, como quase se poderia adivinhar, são as crianças.


MAIS:

Santa Claus viaja armado a Estados Unidos

Santa Claus viaja armado a Estados Unidos

CRÓNICA NEGRA | JAVIER VALENZUELA

Charlton Heston estaría muy feliz al ver cómo las armas de fuego son uno de los regalos estrella de esta Navidad


ANSELMO BORGES

Jesus não era cristão?

por ANSELMO BORGESHoje2 comentários

Uma "notícia", proclamada alto e bom som na televisão e nos media em geral: "Jesus não era cristão." O seu arauto: José Rodrigues dos Santos.
Afinal, em que ficamos: Jesus era cristão ou não? Se por cristão entendermos um discípulo de Jesus Cristo, então Jesus não era cristão, pois ele não foi discípulo de si mesmo. Se entendermos por cristão aquele movimento histórico que chegou até nós com esse nome e que tem na sua base a fé em Jesus, o Cristo, então Jesus era cristão, na medida em que a sua pessoa e o que ele anunciou e fez constituem o fundamento do cristianismo. Foi em Antioquia, que, pelo ano 48, pela primeira vez, os discípulos receberam o nome de cristãos, como pode ler-se nos Actos dos Apóstolos.


Caminhos > 2011-12-25

  • Published 11:47 23.12.11
  • Latest update 11:47 23.12.11

The Israeli Santa Claus: Old, fat, and likeable

For 25 years, Nicola Abdou has been serving as an Israeli Santa Claus, a mission he took upon himself and fulfills by distributing gifts to children of all religions.

By Ofer Aderet


The house of the Israeli Santa Claus is pretty hard to miss. Flags in Santa's trademark red and white hang from the front. Colorful Christmas decorations festoon the patio. Crates full of presents are stand next to Santa's kingly throne.
Guests who march into the house are immediately confronted by a big and glowing Christmas tree, decorated with a bountiful number of colored lights. In a corner of the room, in a generously proportioned armchair, sits Santa himself.
Santa - Hagai Frid - December 23, 2011
The Israeli Santa, Nicola Abdou.
Photo by: Hagai Frid
"Everyone knows that this is Santa's house," he says, as he pats his big belly. "It's all original, the belly too. Like the real Santa's," he adds.
The Israeli Santa - Nicola Abdou is his given name - lives in the Wadi Nisnas neighborhood of Haifa. He is 52 years old, a former wedding photographer, married and a father of three. He has been functioning as the semi-official Santa Claus of Haifa and the north for a quarter of a century, on a wholly volunteer basis.
"It started off as a joke, when I sewed a Santa Claus outfit and went to visit the family," he reminisces. "I handed out gifts to all the kids in the family, and gave what was left to a needy family. The mother blessed me and wished me many children."
Exactly a year later his eldest son was born. To this day he has kept the vow he made then: to dress up every year as Santa Claus and distribute presents to children. "I felt that the power of the real Santa had entered me. I guess it's not for nothing that I am named Nicola," he says, and launches into an improvised history lesson. It centers on Saint Nicholas of Myra, a 3rd-4th century Christian holy man, who secretly handed out presents in Lycia (part of modern-day Turkey), and who later became the patron saint of children. His image and name were the inspiration for the myth of Santa Claus - the one familiar to some of us from the Coca-Cola advertising campaign of the last century. As befits the spirit of the times, the Israeli Santa has three mobile phones, which ring incessantly. The ringtone, naturally, is one of the holiday melodies known to all. On the line are people inviting him to make an appearance or to be a guest at various events.
This weekend is the high point of the year for the Israeli Santa. Tomorrow he will be the guest of honor at what Haifa calls the Festival of Festivals, an annual event meant to mark Christmas and Hanukkah. First he will take part in a parade, at the climax of which he will decorate a Christmas tree mounted on a truck. Afterward he will open up his home to all the children of Israel, who are invited to line up to receive a present from Santa.
This year he anticipates handing out no fewer than 3,000 gifts donated by private individuals and businesses, as well as some that he purchases himself. As he does every year, "Santa" will visit Haifa's hospitals and hand out gifts to the children there. "I would like to come to Tel Aviv as well, but I simply don't have the time," he says.
Perhaps out of a bad habit or as a way of dealing with the seasonal pressure, the Israeli Santa smokes non-stop. Later he complains that he is "a little old already," and he has a hard time bending down to pick up a present that has fallen on the floor.
But that is precisely how Santa is: old, fat, and likable. "The kids are nuts about it," he says. "I am here for everyone: Muslims, Jews, Christians - in Hebrew, in Arabic and in English. I do Hanukkah, Christmas and also New Year's."


Infelizmente, entre nós, o saber sobre a religião e as religiões é primário. A razão está em que o estudo do fenómeno religioso tem estado ausente da Universidade. Depois, há alguma má vontade, por vezes justificada, contra a Igreja, e esta não se tem esforçado suficientemente para esclarecer os cristãos e as pessoas em geral.
Deste modo se explica, como disse o reputado exegeta Padre Carreira das Neves, que investigou em Jerusalém e em Roma, em bibliotecas com centenas de milhares de volumes dedicados ao tema, tendo ele próprio uma pequena biblioteca de três mil volumes, que chegue José Rodrigues dos Santos e qual Pitonisa de Delfos pense arrumar a questão com dezoito volumes. Não é bom não se cumprir o velho preceito: que o sapateiro não vá além da sandália.
Tenho repetido que, sendo Jesus a figura mais estudada da história por especialistas eminentes, que dedicaram e dedicam a sua vida ao tema, se José Rodrigues dos Santos julga ter encontrado a verdadeira identidade de Jesus Cristo, deveria escrever um artigo científico ou uma tese e deixar-se confrontar então com os seus pares, e o seu nome ficaria inapagável na lista da investigação. O que não pode é jogar ao mesmo tempo nos dois tabuleiros: o ficcional e o histórico-teológico, pois isso é desonesto intelectualmente, já que o leitor não tem maneira de destrinçar entre os dois planos. Quando é que é história? Quando é que é ficção?
O Novo Testamento contém muitas "fraudes", pois não existem originais, diz ele. Que diríamos então das obras da Antiguidade Clássica, da Ilíada, da Odisseia, das obras de Platão? Em relação ao Novo Testamento, há uns 115 papiros com quase todo o seu texto, dos séculos II e III, e um fragmento do capítulo 18 do Evangelho de João foi escrito pelo ano 125 e é praticamente idêntico ao que editamos hoje a partir de manuscritos posteriores. O cânone, no essencial, estava estabelecido pelo ano 200.
Por mim, apresentei o livro, no contexto do que deve ser uma apresentação: um diálogo crítico com a obra e o autor. Os jornais referiram a minha crítica e discordância. A RTP, essa, limitou-se a dizer - intencionalmente? - que eu o tinha apresentado. Como a minha crítica não foi sequer mencionada - José Rodrigues dos Santos, pelo contrário, teve espaço amplo de divulgação do seu livro, até no telejornal, o que levou ao protesto de muitos, perguntando se não se está a ferir a norma da imparcialidade de uma televisão que deve ser serviço público -, muita gente pensou que eu tinha ido a Lisboa abençoá-lo. Afinal, não é sem razão que há quem se queixe do abuso do poder dos jornalistas, concretamente na televisão.
De qualquer forma, esta polémica revela que Jesus continua a ser uma figura apelativa, que exerce fascínio. Mesmo O Último Segredo quer clonar Jesus, porque seria factor de paz para o mundo.
Quer se queira quer não, o Natal existe por causa de Jesus Cristo. Ele é uma figura determinante da História, que, sem ele, seria diferente. Como escreveu o filósofo ateu Ernst Bloch, foi por ele que veio ao mundo a afirmação de que todos os seres humanos têm dignidade inviolável. Aliás, a própria ideia de pessoa e dos seus direitos tem na base a discussão à volta da sua pessoa. Jesus está na origem da religião maioritária no mundo. Numa população mundial, calculada em 6900 milhões, há 2180 milhões de cristãos: uma em cada três pessoas no mundo é cristã.

Mensagens populares