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Papa retira a Vaca e Burro ao Presépio (Belém)










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  • Papa retira vaca e 

    burro ao presépio


    Por Agencia EFE
    Juan Lara.
    Cidade do Vaticano, 20 novembro (EFE).
     Jesus nasceu em Belém em uma época determinada com precisão, e seu nascimento virginal 'não é um mito, mas uma verdade', disse Bento XVI em seu livro 'A infância de Jesus' apresentado nesta terça-feira, no qual também afirma que no Evangelho não se fala de um boi e um jumento no presépio.
    No livro, que está nas livrarias de 50 países, o papa diz que no Evangelho 'não se fala em animais' no lugar onde nasceu Jesus, mas tratando-se de um presépio, 'o lugar onde comem os animais, a iconografia cristã captou rapidamente este motivo e 'preencheu esta lacuna', e nenhuma representação descarta o boi e o jumento.
    No texto, o pontífice também desmente Agostinho, que afirmou que a Virgem Maria teria feito um voto de virgindade e teria se comprometido com José para que a protegesse, afirmando que esta reconstrução 'está fora do mundo judeu do tempo de Jesus'.
    'É certo que Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo e nasceu da santa Virgem Maria?. Sim, sem reservas', afirma o Pontífice, para quem há dois pontos na história de Jesus nas quais a ação de Deus intervém diretamente no mundo material: 'o parto de Nossa Senhora e a Ressurreição no Sepulcro, no qual não permaneceu nem sofreu a corrupção'.
    Bento XVI ressalta que se a Deus só fosse permitido agir na esfera espiritual, e não na material, 'então não seria Deus', mas que sim, Ele 'tem este poder e, com a concepção e a ressurreição de Jesus Cristo, inaugurou uma nova criação'.
    'A infância de Jesus', terceiro livro da trilogia de Joseph Ratzinger-Bento XVI (são usados os dois nomes, já que a começou como cardeal) sobre Jesus, foi editado em nove idiomas, entre eles o português, e sai com uma primeira edição global de um milhão de exemplares. Com 176 páginas, a obra é dividida em quatro capítulos e um epílogo.
    O primeiro capítulo é dedicado à genealogia do Salvador nos evangelhos de Mateus e Lucas, ambos muito diferentes, segundo o papa, mas com o mesmo significado teológico-simbólico: a colocação de Jesus na história.
    Bento XVI diz que Jesus não nasceu e apareceu em público numa data imprecisa, mas sabe-se muito bem quem é e de onde vem, e que pertence a uma época 'perfeitamente datável e a um ambiente geográfico perfeitamente indicado'. Jesus nasceu - escreve o papa, lançando mão do Evangelho de Lucas - no ano 15 do império de Tiberio César.
    O segundo capítulo fala do anúncio do nascimento de João Batista e de Jesus, e no mesmo Bento XVI escreve que lendo o diálogo entre Maria e o anjo Gabriel, se vê como Deus através de uma mulher busca 'uma nova entrada no mundo'. María, ressalta o papa, 'aceitou a vontade de Deus, tentou compreender e se mostrou como uma mulher valente'.
    O terceiro capítulo aborda o nascimento em Belém e ao contexto histórico do nascimento de Jesus, o império romano que sob Augusto se estende entre Oriente e Ocidente e que com sua dimensão universal 'permite a entrada no mundo de um portador de salvação universal'.
    Já o quarto capítulo fala sobre os Reis Magos, que representam, segundo o papa, a humanidade 'quando faz o caminho para Cristo'.
    O pontífice explica que embora alguns ponham em dúvida a adoração dos reis, está convencido de que se trata de um acontecimento histórico, mas ressalta que, seja verdade ou não, ela não afeta nenhum aspecto essencial da fé.
    No epílogo, com base no Evangelho de Lucas, Bento XVI conta o último episódio da infância de Jesus, quando aos 12 anos foi ao Templo de Jerusalém debater com os doutores da Lei.
    O papa diz que muitos apresentam Jesus como um liberal ou um revolucionário, mas que o que se destaca é seu comportamento contra as falsas devoções. EFE


    A notícia no Jornal O Globo sob o título: "Papa diz que não havia mula nem boi no nascimento de Cristo" nos conta o que se segue: 

    «ROMA - Não havia mula nem boi na Belém de Jesus, e provavelmente a estrela que aparece nas parábolas sobre o nascimento de Cristo era uma supernova. Essas são algumas das considerações do Papa Bento XVI em seu novo livro, “A infância de Jesus”, que começa a ser vendido nesta quarta-feira em 50 países.

    No livro, o terceiro volume que o Papa dedica à figura de Cristo, surge uma questão delicada e crucial para os católicos: Jesus fora concebido por obra e graça do Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria? Bento XVI atesta: "Sim, sem reservas". Mas o Pontífice tira a razão de Santo Agostinho, que escreveu que Maria fez voto de castidade e instruiu José a protegê-la. Segundo Bento XVI, esta reconstrução dos acontecimentos "está fora do mundo judaico na época do nascimento de Jesus".

    As ideias do Papa, respeitado teólogo alemão, vêm com detalhes. Como explica no terceiro capítulo, dedicado ao nascimento de Jesus, a Virgem envolveu seu filho em panos como faria qualquer outra mãe naquelas circunstâncias, isto é, com amor mas "sem sentimentalismo". É a tradição, diz ele, que põe a literatura no assunto, alocando na cena uma manjedoura - representação do altar - e algumas gases para envolver o bebê - uma antecipação do momento de sua morte.

    Assim, o Papa retira os detalhes da cena - "no presépio não havia animais" - e, por sua vez, garante a veracidade do cerne da questão: o nascimento de Jesus não é um mito, mas uma realidade: "História, história real, que aconteceu, história interpretada e compreendida com base na palavra de Deus." Tão certa, acrescentou o Papa, quanto a virgindade de Maria. "Uma mulher corajosa", escreve Bento XVI, "que, inclusive diante do inédito (o anúncio do Anjo) manteve o autocontrole. É uma mulher de grande interior, que mantém juntos o coração e a razão e tenta entender o contexto, o conjunto da mensagem de Deus".
    »



    E que comentário fazem os ultra católicos [que se dizem os únicos detentores da verdade] disto?


    Como podemos observar, as idéias modernistas de Bento XVI colidem-se frontalmente com a tradição da Igreja. 

    Que devamos evitar os escritos de Bento XVI, é referendado pela própria Bíblia:

    "Intimamo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que eviteis a convivência de todo irmão que leve vida ociosa e contrária à tradição que de nós tendes recebido." (II Ts 3, 6)

    Bento XVI julga que sua mente é mais santamente iluminada que a de Santo Agostinho e de todos os padres da Igreja primitiva para, à beira da heresia, desafiar sua autoridade e o próprio dogma da virgindade perpétua de Maria:


    "Sobre a Trindade e a Encarnação (contra os Unitários)


    (Da Constituição "Cum quorundam" de Paulo IV, 7-8-1555)





    993. A maldade e iniquidade de certos homens de tal modo tem aumentado nos nossos tempos, que a maioria dos que se afastam e desviam da fé católica, não só presumem professar diversas heresias, mas também negar o fundamento da própria fé, e arrastam por seu exemplo muitas almas para a perdição. Assim nós, desejando, por ofício pastoral e por caridade, apartar os homens, na medida do que Deus nos conceder, de tão grave e pestilencial erro, e admoestar os outros para não caírem na mesma impiedade, com paternal severidade admoestamos a todos e a cada um dos que até agora afirmaram, dogmatizaram e creram que o Deus Onipotente não é trino nas pessoas e uno na unidade inteiramente incomposta e indivisa da substância e mesma essência simples da divindade; ou que Nosso Senhor não é verdadeiro Deus, da mesma substância em tudo com o Padre e o Espirito Santo; ou que ele não foi segundo a carne concebido no seio da Beatíssima sempre Virgem Maria, mas sim de José, à semelhança dos outros homens; ou que o mesmo Senhor e Deus Jesus Cristo não padeceu a morte crudelíssima de cruz para nos resgatar do pecado e da morte eterna, reconciliando-nos com o Pai para a vida eterna; ou que a mesma Beatíssima Virgem Maria não é verdadeira Mãe de Deus nem permaneceu sempre íntegra em sua virgindade, antes do parto, no parto e depois do parto para sempre."





    Diga-se mais: ao afirmar que na cena da natividade não havia animais, Bento XVI pretende desmontar toda teologia cristã.  O que diria Orlando Fedeli, se estivesse vivo, por ter nos deixado a seguinte mensagem de Natal no ano de 2005, ressaltando a importância da doutrina e tradição da natividade?

    "'O Boi conhece o seu dono, e o burro conhece o presépio de seu senhor, mas Israel não me conheceu e o meu povo não teve inteligênciaprofetizou Isaías muitos séculos antes (Is. I,3).

    E Cristo, nos dias de Herodes, nasceu em Bethleem que quer dizer casa do pão (Beth = casa. Lêem = pão).

    Cristo devia nascer em Belém, casa do pão, porque Ele é o pão que desceu dos céus, para nos alimentar. Por isso foi posto numa manjedoura, para alimentar os homens.

    Devia nascer num estábulo, porque recebemos a Cristo como pão do Céu na Igreja, representada pelo estábulo, visto que nas cocheiras, os animais deixam a sujeira no chão, e comem no cocho. E na Igreja os católicos deixam a sujeira de seus pecados no confessionário, e, depois, comem o Corpo e bebem o Sangue de Jesus Cristo presente na Hóstia consagrada, na mesa da comunhão.

    Jesus devia nascer de uma mulher, Maria, para provar que era homem como nós. Mas devia nascer de uma Virgem — coisa impossível sem milagre — para provar que era Deus. Este era o sinal, isto é, o milagre que anunciaria a chegada do Redentor: uma Virgem seria Mãe. Nossa Senhora é Virgem Mãe. E para os protestantes, que não crêem na virgindade perpétua de Maria Santíssima, para eles Maria não foi dada por Mãe, no Calvário.

    Pois quem não tem a Maria por Mãe, não tem a Deus por Pai.

    E por que profetizou Isaías sobre o boi e o burro no presépio?

    Que significam o boi e o burro?

    O boi era o animal usado então, para puxar o arado na lavoura da terra.

    Terra é o homem. Adão foi feito de terra. Trabalhar a terra é símbolo de santificar o homem. Ora, os judeus tinham sido chamados por Deus para ser o sal da terra e a luz do mundo, isto é, para dar vida (sal) espiritual, santidade, aos homens, e ensinar-lhes a verdade (luz).

    O boi era então símbolo do judeu.

    O burro, animal que simboliza falta de sabedoria, era o símbolo do povo gentio, dos pagãos, homens sem sabedoria.

    Mas Deus veio salvar objetivamente a todos os homens, judeus e pagãos. Por isso, no presépio de Cristo, deviam estar o boi (o judeu) e o burro (o pagão).


    Foi também por isso que Jesus subiu ao Templo montado num burrico que jamais havia sido montado, isto é, um povo pagão que não fora sujeito ao domínio de Deus. E os judeus não gostaram que o burro fosse levado ao Templo, isto é, que Cristo pretendesse levar também os pagãos à casa de Deus, à religião verdadeira. Por isso foi escrito: 'mas Israel não me conheceu e o meu povo não teve inteligência'.


    (...)

    No presépio havia ovelhas e bodes, porque Deus veio salvar os bons e os pecadores.

    E a Virgem envolveu o menino em panos.

    Fez isso, é claro, porque o pequeno tinha frio, e por pudor.

    Mas simbolicamente porque aquele Menino —que era o Verbo de Deus feito homem—, que era a palavra de Deus humanada, tinha que ser envolta em panos, pois que a palavra de Deus, na Sagrada Escritura, aparece envolta em mistério, pois não convém que a palavra de Deus seja profanada. Daí estar escrito: “A glória de Deus consiste em encobrir a palavra; e a glória dos reis está em investigar o discurso” (Prov, XXV, 2)
    ."


    Enfim, todas estas palavras de sabedoria sobre a cena da natividade, que provavelmente não são de Orlando Fedeli, mas que foram por ele retransmitidas a partir da doutrina de algum santo da Igreja, e que igualmente foram profetizadas no Antigo Testamento, caem no vazio diante do escandaloso historicismo modernista de Bento XVI.

    O que os montfortianos dirão?

    Seguirão o modernismo de Bento XVI ou defenderão o patrono da sua entidade?

    Não se pode servir a dois senhores!

    Bento XVI  tem por esporte desafiar a tradição da Igreja, por mais que seja considerado um verdadeiro tradicionalista pelos "católicos" que obstinadamente ousam segui-lo, e que incorporam o papel do burro do relato mais acima.

    O que dirão os tradicionalistas?

    No seu livro God and World, de 2000, Bento XVI, ou simplesmente Ratzinger, declarou na página 209 que: "É obviamente possível ler o Antigo Testamento de forma que não seja direcionado a Cristo; ele não aponta completa e inequivocadamente a Cristo."

    Aqui ele isenta de dolo os fariseus, contrariando igualmente a tradição e desmontando toda teologia cristã.

    Continua o 'Rato': "E se os judeus não podem ver as promessas sendo nele realizadas, isso não é somente má vontade de sua parte, mas razão genuína por causa da obscuridade dos textos... Há perfeitamente boas razões, então, para negar que o Antigo Testamento refere-se a Cristo e por dizer, não, isso não é o que ele disse.  E há também boas razões para referir-se a ele - que é o que concerne a disputa entre judeus e cristãos."

    No entanto, a tradição da Igreja sempre frisou que os judeus tinham pecado maior que os pagãos, pois os pagãos que mataram Cristo, o fizeram porque não sabiam que Ele era Deus, ao contrário dos judeus.  Ratzinger, no entanto, aqui também 'alivia a barra' dos judeus.

    Com a palavra os Montfortianos e Tradicionalistas os quais estão desde já desafiamos a defenderem aqui a autoridade de Bento XVI enquanto legítimo papa...




    Mídia Católica (www.midiacatolica.org)


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