SEPTUAGINTA DEBATE





  • ‎1. COMO OS JUDEUS CHAMAM "A SEPTUAGINTA"? COMO SE DIZ "SEPTUAGINTA" EM HEBRAICO?

    2. QUAL É A IMPORTÂNCIA DA SEPTUAGINTA PARA OS JUDEUS?

    3. SEGUNDO O CONHECIMENTO DOS JUDEUS, QUEM TRADUZIU A SEPTUAGINTA DO HEBRAICO PARA O GREGO: FORAM TRADUTORES JUDEUS?




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    • Magalhães Luís 1. COMO OS JUDEUS CHAMAM "A SEPTUAGINTA"? COMO SE DIZ "SEPTUAGINTA" EM HEBRAICO?


      2. QUAL É A IMPORTÂNCIA DA SEPTUAGINTA PARA OS JUDEUS?

      3. SEGUNDO O CONHECIMENTO DOS JUDEUS, QUEM TRADUZIU A SEPTUAGINTA DO HEBRAICO PARA O GREGO: FORAM TRADUTORES JUDEUS?

      Eliezer Abensur A septuaginta foi uma tradução forçada por Ptolomeu Filadelfo, quando este traiu o príncipe Antignos, e capturou 70 sábios do Sanhedrin e os forçou a traduzir a Torá do hebraico para o grego.

      Eliezer Abensur A septuaginta não tem nenhuma importância para nós porque temos o texto original em hebraico

      José Carlos Dos Santos Jr. Eliezer Abensur, eu entendo que, para os judeus, a SEPTUAGINTA não tenha valor, mas algum termo hebraico para designar a SEPTUAGINTA, ao menos, deve existir; uma pessoa me disse que o termo hebraico usado é "תרגום השבעים" (targoom ha-sheeveem)(literalmente: tradução dos setenta).

      Esh Yohanan Na tradição judaica talmudica, não há referência à LXX senão apenas em relação aos primeiros livros de Moisés, a Torá. O Talmud diz que os anjos "choraram" quando a Torá foi vertida para o grego.

      Mordechai Ben Youssef Halevi Savri maranam. Com o devido respeito sem objetivos de proselitismo, mas para efeito de divulgação. Queremos divulgar o 1º Congresso Caraíta do Brasil, que acontecerá em Minas Gerais.

      Chaver Mordechai Ben Youssef Halevimsn/e-mail: judeu07@live.com

      Governador Valadares sedia encontro nacional de judeus - Notícias de Valadares e Região

      Mordechai Ben Youssef Halevi Mestre Eliezer, o Magalhães Luís é duro na queda heim! É insistente semelhante ao profeta dos rabim de nabiru.

      Chaver Mordechai Ben Youssef Halevimsn/e-mail: judeu07@live.com

      Magalhães Luís: Muito se tem debatido sobre a origem da LXX (Septuaginta). Existem duas versões: uma lendária e a outra mais realista.
      A versão lendária »
      A história mais popular da tradução da septuaginta é envolta em mito e lenda. Segundo Aristéias, um judeu helênico do século II a.C., Ptolomeu Filadelfo preparou sua corte em Alexandria e se dedicou a aumentar sua biblioteca ali para conter tantos livros quanto possível. O presidente da biblioteca, Demétrio, falou ao rei sobre os livros da Lei dos judeus e pediu ao rei que os tivesse em grego na biblioteca. Segundo este relato, Filadelfo enviou setenta e dois estudiosos hebreus, seis de cada tribo de Israel, para a empreitada. Ele colocou estes homens na ilha de Faros, onde cada um trabalhou em separado em sua própria tradução, sem a consulta entre si. Segundo a lenda, quando foram comparar seu trabalho, as setenta e duas cópias mostraram-se idênticas.
      Esta história, talvez improvável, convenceu a muitos (como Agostinho) que a septuaginta tinha uma qualidade sobrenatural (inspirada).
      Crítica
      Ainda que possua características lendárias, a narrativa de Aristéias ganhou crédito pois continha fatos reais: Aristóbulo (170-50 a.C.), em uma passagem preservada por Eusébio, afirma que “através dos esforços de Demétrios de Fálero, uma tradução completa da legislação judaica foi realizada nos dias de Ptolomeu”; o relato de Aristéias é repetido quase que literalmente por Flávio Josefo (Ant.Jud. XII,2) e substancialmente – com a omissão do nome de Aristéias – por Filo de Alexandria (De Vita Moysis II,6). A carta e o relato foram aceitos como genuínos por muitos escritores eclesiásticos até o início do séc. XVI; outros detalhes que serviram para enfatizar a extraordinária origem da versão foram acrescentados ao relato de Aristéias: os 72 intérpretes foram inspirados por Deus (Tertuliano, Santo Agostinho, o autor de “Exortação aos Gregos” [Justino?], entre outros); durante a tradução eles não consultaram uns aos outros, pois foram mantidos em celas separadas – quer individuais, quer em duplas – e suas traduções, quando comparadas, estavam em perfeita concordância com o sentido e expressões empregadas no texto original e, inclusive, de umas com as outras (“Exortação aos Gregos”, Santo Ireneu, São Clemente de Alexandria – São Jerônimo rejeitou o relato das celas isoladas afirmando que era fantasioso e falso (Praef. in Pentateuchum; Adv. Rufinum II, 25), bem como a alegada inspiração da Septuaginta); e, finalmente, de que os 72 intérpretes traduziram não apenas os cinco livros do Pentateuco mas todo o Antigo Testamento hebraico.




      Durante o feriado de Carnaval, a Comunidade Judaica Caraita Sefaradim no Brasil ...
    • Magalhães Luís A versão mais razoável

      Como para o Pentateuco o seguinte ponto de vista parece plausível, podemos também aceitar em linhas gerais: os judeus, nos dois últimos séculos antes de Cristo, eram tão numerosos no Egito, especialmente em Alexandria, que, em certo momento, passaram a constituir 2/5 da população total. Pouco a pouco a maioria deles deixou de usar ou esqueceu a língua hebraica em grande parte, caindo no perigo de esquecer a Lei. Conseqüentemente, tornou-se costumeiro interpretar na língua grega a Lei que era lida nas sinagogas e, naturalmente, após certo tempo, alguns homens zelosos pela Lei resolveram compilar uma tradução grega do Pentateuco. Isto ocorreu por volta de meados do séc. III a.C.. Para os demais livros hebraicos – os proféticos e históricos – foi natural que os judeus alexandrinos, fazendo uso do Pentateuco traduzido em suas reuniões litúrgicas, desejassem também a tradução destes; então, gradualmente, todos os livros foram sendo traduzidos para o grego, que se tornara a língua maternal destes judeus; tal exigência aumentava conforme o seu conhecimento de hebraico ia reduzindo dia a dia. Não é possível determinar com precisão o tempo ou os eventos que levaram a estas diferentes traduções; mas é certo que a Lei, os Profetas e, ao menos, parte dos outros livros (i.é, os Hagiógrafos) existiam antes do ano 130 a.C., como aparece no prólogo do Eclesiástico, que não data abaixo deste ano. É difícil determinar também onde as diversas traduções foram feitas, pois as informações são muito escassas. A julgar pelas palavras e expressões egípcias que ocorrem na versão, a maioria dos livros deve ter sido traduzida no Egito, muito provavelmente na Alexandria. Ester, entretanto, foi traduzido em Jerusalém (XI, 1).
      Quem e quantos eram os tradutores? Existe algum fundamento para o número de 72, como declara a lenda (Brassac-Vigouroux, nº 105)? Parece impossível responder essas questões; os talmudistas dizem que o Pentateuco foi traduzido por cinco intérpretes (Sopherim, c.1.). A história não nos oferece outros detalhes, mas um exame do texto mostra que, em geral, os autores não eram judeus palestinenses enviados ao Egito; diferenças de terminologia, método etc. provam claramente que os tradutores não eram os mesmos para os diferentes livros. É impossível também dizer se a obra foi executada oficial ou privativamente, como parece ser o caso de Eclesiástico; contudo, os diferentes livros, após traduzidos e dispostos em conjunto (o autor de Eclesiástico conhecia a coleção), foi recebida como oficial pelos judeus de língua grega.
      O caso é que a versão grega é uma realidade inegável e foi bem acolhida pelos judeus alexandrinos, que logo a difundiu pelas nações onde o grego era falado; foi usada por diferentes escritores e suplantou o texto original nas cerimônias litúrgicas. Filo de Alexandria a utilizou em seus escritos e considerava os tradutores profetas inspirados; finalmente, ela foi acolhida pelos judeus da Palestina e foi notavelmente empregada por Josefo, historiador judeu palestinense. Sabemos também que os escritores do Novo Testamento fizeram uso dela, utilizando-a na maioria de suas citações. Ela tornou-se o Antigo Testamento da Igreja e foi altamente estimada pelos cristãos primitivos, de modo que muitos escritores declararam-na inspirada. Os cristãos recorriam à ela constantemente em suas controvérsias com os judeus; estes logo reconheceram suas imperfeições e, finalmente, a rejeitaram em favor do texto hebraico ou de traduções mais literais (Áquila e Teodocião).
    • Magalhães Luís Os tradutores da septuaginta extraíram dos originais Benditas o “nome do Pai”, que é composto por quatro caracteres hebraicos conceituada, que lidos da direita para esquerda são: yôd, hê, vav, hê ; que transliterados para o alfabeto universal é Y.H.W.H...Ver mais


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  • DAVI NÃO REENCARNARÁ... 
    DAVI RESSUSCITARÁ!


    DAVI NÃO REENCARNARÁ... 
DAVI RESSUSCITARÁ!

"E meu servo Davi será rei sobre eles, e todos eles terão um só pastor; e andarão nos meus juízos e guardarão os meus estatutos, e os observarão."
(Ezequiel 37:24)

Assim como Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Daniel, Elias, Isaías, Jeremias e muitos outros Servos que foram Fieis ao Eterno, Davi Ressuscitará e receberá de D'us o galardão...
Cada um destes homens Morreu confiante que D'us enviaria ao Mundo um Redentor, que Traria a Paz a Terra e Estabeleceria o Governo Divino no Mundo...
D'us enviou o Mashiah Yeshua, cumprindo sua promessa...
Ressuscitou Yeshua dentre os Mortos, fazendo-o o Primeiro Homem do Reino...
No Reinado Milenar Messiânico, todos os Israelitas que morreram(antes da vinda do Mashiah) confiantes na Promessa do Eterno Ressurgirão dentre os Mortos e Governarão junto com Yeshua, como Seres Celestiais...


    • Tu e Eric Koenigkam gostam disto.
    • Eliezer Abensur Pois é "leitura cristológica", leitura de lógica cristã
    • Eliezer Abensur As escrituras são nossas, Moshe era judeu, Yehoshua era judeu, os juízes eram judeus e os profetas também
    • Eliezer Abensur Afora isso não são livros sagrados para nós
    • Eliezer Abensur E nós não traduzimos, estudamos do texto original em hebraico
    • Magalhães Luís A PALAVRA EVANGELHO NÃO É A MAIS CORRECTA E NEM TESTAMENTO. E ESTUDAMOS NO TEXTO ORIGINAL E NAS DEMAIS VERSÕES QUE O ACLARAM. EXISTEM MUITOS FALHAS E LEITURAS INTERROMPIDAS QUE NECESSITAM SER ACLARADAS NO TEXTO HEBRAICO. E MUITOS RABINOS COM MÚLTIPLAS LEITURAS.
    • Magalhães Luís Conhecem-se as Escrituras judaicas do tempo de Jesus graças aos chamados manuscritos do Mar Morto (cerca 250 a. C.- cerca 65 d. C.), às obras de Filão de Alexandria (13-54 d. C.), ao Novo Testamento e às obras de Flávio Josefo (37-96 d. C.). Ressalta desses documentos que existiam, na primeira metade do séc. I d. C., três escritos ou colectâneas de escritos aceites por todos os judeus, independentemente do grupo político-religioso a que pertenciam, da língua que falavam e do lugar onde habitavam. A existência desses três escritos ou colectâneas de escritos está já documentada no prólogo do Eclesiástico (w.1 e 8-9), escrito em grego, em 132 a. C., em AIexandria.


      A primeira e a mais importante das colectâneas era a Lei (Torá), designada de várias maneiras: Lei, Lei de Moisés, livro de Moisés, livros de Moisés, a Escritura, o Escrito, o Escrito de Moisés. Vinham depois os livros dos profetas rodeados por um conjunto de peças poéticas atribuídas globalmente a David. As duas últimas colectâneas são mencionadas ora em conjunto (livro dos Profetas e de David), ora independentemente uma da outra (livro dos profetas, livro de David/livro dos Salmos/Cânticos de David). A título de ilustração, cito extractos de um texto de Qumran e uma passagem do Novo Testamento.

      Começo pelo texto de Qumran. " (...) Além disso está escrito no livro de Moisés: Não introduzireis nenhuma abominação em vossa casa, pois a abominação é uma coisa detestável. Sabeis que estamos separados da maioria do povo (...). Sabeis que não pode encontrar- se nas nossas acções nem deslealdade nem engano nem maldade, pois relativamente a essas coisas também vos temos escrito que deveis compreender o livro de Moisés e os livros dos profetas e de David (...). Também está escrito: Virão sobre vós todas estas coisas no final dos dias, as bênçãos e as maldições (...). Está escrito no livro de Moisés e no livro dos profetas que virão (...)"1. Lc 24,44-45 documenta a mesma realidade de maneira mais precisa. «Depois disse-Ihes (isto é, Jesus): "Isto foi o que eu vos disse quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então abriu-Ihes a mente para que entendessem as Escrituras"" (cf também Lc 24,25-27) .

      No tempo de Jesus, a Lei de Moisés talvez ainda não se restringisse para todos os judeus aos cinco primeiros livros da Bíblia actual. É possível que um ou vários grupos judaicos incluissem na Lei de Moisés outros livros. A título de exemplos, mencionarei o livro dos Jubileus e o Rolo do Templo. Escrito no séc. II a. C., o livro dos Jubileus apresenta-se como se tivesse sido comunicado a Moisés por um anjo. Além disso, o seu conteúdo é paralelo aos relatos do Génesis e da primeira parte do Êxodo. Ora, encontraram-se em Qumran restos de quinze exemplares dos Jubileus, tantos como do Génesis, facto esse que aponta para a igualdade de importância dos dois livros aos olhos da comunidade que lá vivia. O livro dos Jubileus entrou no cânone de algumas igrejas, sobretudo etíopes. Isso supõe que era sagrado pelo menos para alguns meios judaicos dos primeiros tempos do cristianismo, talvez não só para a comunidade de Qumran. Pode dizer-se outro tanto do Rolo do Templo, atribuído também a Moisés e apresentado como «uma segunda Lei". Para a comunidade de Qumran, o Rolo do Templo porventura também fazia parte da Lei de Moisés ou do Livro de Moisés.

      A colectânea dos livros proféticos ainda não correspondia à secção que mais tarde a tradição judaica chamará os profetas e a tradição cristã os livros históricos e os livros proféticos. O caso do livro de Jeremias é um dos mais conhecidos2.

      Os contornos da «obra de David» são ainda mais difíceis de determinar do que os contornos das outras duas colectâneas. Duas coisas são no entanto certas. O actual livro dos Salmos constituia o núcleo da obra atribuída a David. Pelo menos em Qumran e no Novo Testamento, os Salmos são considerados proféticos. Os primeiros indícios da «profetização» dos Salmos encontram-se nos livros das Crónicas3.

      Numa palavra, no tempo de Jesus, não existia ainda uma lista dos livros sagrados reconhecida por todos os judeus nem, no caso de vários livros, um texto único e normativo. Existiam três colectâneas de livros mas os seus contornos não eram exactamente os mesmos para todos os judeus. Além disso, alguns dos livros que eram reconhecidos por todos existiam em edições mais ou menos diferentes. Esta situação das Escrituras reflete a fragmentação e o pluralismo do mundo judaico no séc. I d. C.4

      O cânone judaico foi encerrado mais tarde, no fim do séc. I, em parte em reacção contra os cristãos que aceitavam como Escrituras não só muitos dos seus próprios escritos mas também um conjunto heterogéneo de livros judaicos, sem ter em conta a língua em que foram escritos, o facto de serem originais ou traduções e o lugar de origem5. O corpo das Escrituras do judaísmo rabínico é habitualmente designado pelo termo Miqra' (literalmente, «leitura») ou pelo acrónimo TaNaK, formado pelas iniciais das três colectâneas que as constituem: Torá (Lei), Nebi'ím (Profetas) e Ketubím (Escritos)6.

      Forjada pelos cristãos, a expressão Antigo Testamento7 está documentada pela primeira vez em 2 Cor 3,14, onde parece referir-se particularmente à Lei de Moisés (Torá). Mais tarde, a expressão tornou-se corrente entre os cristãos para designar o conjunto das Escrituras que o cristianismo herdou do judaísmo8. O Antigo Testamento contrapõe-se ao Novo Testamento, escritos de origem cristã que o cristianismo não só reconhece também como Escrituras sagradas mas considera como sendo o seu foco9.

      O Antigo Testamento, conceito e realidade cristãos, não coincide inteiramente com as Escrituras Sagradas do judaísmo rabínico. É mais vasto do que estas. O Antigo Testamento comporta todos os livros das Escrituras judaicas. Além deles, contém outros, chamados livros deuterocanónicos na tradição católica e apócrifos na tradição protestante.
    • Magalhães Luís Que entendiam por profeta os contemporâneos de Jesus? Como sempre acontecera ao longo da história contada pelas Escrituras14, existia então no judaísmo mais do que um modelo profético. A principal fonte sobre a matéria, assim como sobre a Palestina do tempo de Jesus em geral, são as obras do historiador judaico Flávio Josefo (37-96 d. C.)15. O Novo Testamento confirma algumas das suas informações.


      Josefo menciona e põe em cena figuras proféticas bastante diferentes. Apresenta-se a si próprio como profeta, um novo Jeremias, que exorta em nome de Deus à submissão ao poder estrangeiro e denuncia as ilusões dos que incitam à revolta contra Roma em nome do mesmo Deus. Sente-se incompreendido como Jeremias e perdido numa corte estrangeira como Daniel16. Josefo assinala a existência de profetas entre os essénios17, dos quais põe em cena três: Judas18, Menaém19 e Simão20. Caracterizam-se pelo anúncio do futuro estando a sua capacidade de previsão relacionada de alguma forma com o conhecimento das Escrituras. Josefo menciona também a existência de profetas entre os fariseus dos quais nomeia Polion e Samaías. Como os profetas essénios, caracterizavam-se pelo anúncio do futuro21.

      Josefo relata circunstanciadamente a história de Jesus filho de Ananias22. Quatro anos antes da guerra (62 d.C.) Jesus filho de Ananias, um camponês, subiu a Jerusalém para a festa das Cabanas. Uma vez em Jerusalém, pôs-se a gritar no templo, dizendo:

      "Uma voz do nascente, 
      uma voz do poente, 
      uma voz dos quatro ventos, 
      uma voz contra Jerusalém e o santuário, 
      uma voz contra o noivo e a noiva, 
      uma voz contra todo o povo» (VI, 301).

      Dia e noite, percorria as ruas da cidade gritando essas palavras. Exasperados pelo mau agoiro, alguns notáveis mandaram-no prender e espancar. Sem dirigir palavra aos algozes, o homem não parava de gritar a mesma coisa. Pensando os magistrados que era movido provavelmente por um impulso sobrenatural, levaram-no ao procurador, Luceio Albino (62-64 d. C.). Flagelado e com a carne esfarrapada até aos ossos, o homem não pediu nada nem verteu uma lágrima. Num tom lancinante ao máximo, respondia a cada chicotada: «Ai de Jerusalém!». Às perguntas do procurador, limitava-se a repetir o seu cântico fúnebre sobre a cidade. Declarando-o louco, o procurador fê-lo soltar. Durante todo o tempo que se seguiu até à guerra, o homem, sem dirigir uma palavra a ninguém e indiferente perante todos e tudo, continuou a repetir, como uma oração sabida de cor a sua lamentação «Ai de Jerusalém!». Era durante as festas que ele mais gritava. Tendo feito isso durante sete anos e cinco meses, não se lhe extinguiu a voz nem se cansou. Por fim, aquando do cerco, vendo realizado o seu presságio pôde repousar. Com efeito, indo e vindo aos gritos sobre a muralha disse: «Ainda ai da cidade, do povo e do templo!». No momento em que ia a acrescentar para terminar «e também ai de mim!», uma pedra arremessada por uma catapulta acertou-lhe e matou-o. Entregou assim a alma com a boca ainda cheia dos seus oráculos.

      Josefo parece ter tomado Jeremias como modelo da figura de Jesus filho de Ananias acentuando-lhe o aspecto dramático23.

      Embora sejam bastante diferentes umas das outras, as personagens que mencionei até agora têm em comum o facto de se limitarem a anunciar acontecimentos em cuja realização não vão intervir, nem pretendem fazê-Io. Por isso os especialistas as classificam na mesma categoria e apelidam-nas como profetas oraculares. Outro traço comum é a sua relativa solidão. Apesar de relacionar alguns com um ou outro dos grupos político-religiosos judaicos de então, Josefo não apresenta nenhum deles como um mestre ou chefe rodeado de discípulos ou de seguidores. Em geral, estes profetas pretendem reproduzir modelos bíblicos. Nalguns casos, o anúncio do futuro que os caracteriza parece assentar no conhecimento das Escrituras. Josefo reconhece-os a todos como autênticos profetas.

      Entre Jesus Filho de Ananias e Jesus de Nazaré, há semelhanças que não escaparam aos historiadores. Ambos são de origem rural, pronunciam uma palavra contra o templo, são presos pela aristocracia sacerdotal e entregues à autoridade romana24.

      Josefo documenta a existência doutro tipo de profetas, contando de maneira mais ou menos pormenorizada a actuação de vários de entre eles.

      Cerca de 36, sob o procurador Pôncio Pilatos, um profeta samaritano exortou os seus concidadãos a subir com ele ao monte Garizim prometendo mostrar-lhes o lugar onde Moisés escondeu os vasos do templo. Os que responderam ao seu apelo concentraram-se, armados, no sopé do monte, mas, antes de subirem, foram desbaratados pelas tropas romanas25.

      Uma década mais tarde, sob o procurador Cúspio Fado (44-48), «um charlatão chamado Teudas convenceu muita gente a pegar no que tinha e a segui-Io para junto do Jordão. Dizia-se profeta e pretendia que, por sua ordem, o rio se fenderia em dois e permitir-lhes-ia passar facilmente (...). Fado mandou a cavalaria (...) e matou muitos deles num ataque de surpresa26.

      Sob o procurador António Félix (52-60), várias pessoas anónimas «convidaram a multidão a segui-Ias para o deserto» prometendo mostrar-lhes «prodígios e sinais evidentes»27 ou "sinais de liberdade"28. Os textos informam que muitos responderam ao apelo. Ainda sob Félix apareceu outro profeta, um Egípcio. Cito a versão do episódio dada nas Antiguidades Judaicas: «Por esse tempo, chegou a Jerusalém um homem vindo do Egipto, que dizia ser profeta e aconselhava o povo a subir ao monte chamado das Oliveiras, que fica em frente da cidade (...). Declarava que queria mostrar-lhes lá de cima como os muros de Jerusalém se derrubariam por sua ordem e prometia fazê-Ios assim entrar na cidade. Quando Félix foi informado disso, ordenou aos seus soldados que pegassem nas armas e, saindo de Jerusalém com um grande número de cavaleiros e de infantes, atacou os companheiros do Egípcio, massacrou quatrocentos e capturou vivos duzentos. O próprio Egípcio fugiu e desapareceu"29.

      Sob o procurador Pórcio Festo (60-62), um homem persuadiu pessoas que o seguissem para o deserto, prometendo-lhes que lá obteriam a salvação e o fim dos seus males30. F. Josefo conta ainda que no fim do cerco de Jerusalém, quando a cidade já estava a arder, seis mil pessoas refugiaram-se no pórtico do pátio exterior do templo porque um profeta Ihes tinha dito que lá veriam os sinais da libertação31.

      Os historiadores designam estes profetas de diferentes maneiras: profetas messiânicos, profetas de sinais e profetas de acção. Contrariamente aos profetas oraculares, os profetas de sinais não se limitam a revelar a vontade de Deus. Propõem-se reproduzir uma das grandes libertações de outrora contadas pelas Escrituras: o êxodo, a entrada no país de Canaã e a sua conquista. De aí que tomem como modelo a Moisés e a Josué, os protagonistas dessas grandes libertações32. Além disso, os profetas de sinais têm seguidores que formam grupos identificáveis. O retrato que Josefo pinta desses grupos não é uniforme. Em geral, apresenta-os como estando armados na sua obra a Guerra Judaica; desarmados, nas Antiguidades Judaicas, escritas mais tarde33. Insurrecto arrependido, Josefo não reconhece estas personagens como autênticos profetas por causa do seu carácter subversivo em relação ao poder romano. Trata-os de charlatães, de impostores ou de bandidos.

      Aos olhos dos seus contemporâneos, nomeadamente das autoridades romanas, Jesus era sem dúvida um dos profetas de sinais. Como eles, tinha seguidores e acabou por entrar em colisão com o poder romano, que o condenou e executou como agitador político.
    • Magalhães Luís Qual foi a compreensão que o próprio Jesus teve da sua missão e da sua pessoa? Que relação de Jesus com as Escrituras pressupõe essa compreensão? Qual foi o papel desempenhado pelas Escrituras na formação da dita compreensão? Não podendo analisar todos os textos evangélicos susceptíveis de darem respostas a estas perguntas, vou centrar o estudo em Lc 4,16-30. Segundo esse texto, Jesus declarou no acto inaugural da sua pregação que a sua obra realiza a missão do ungido de Deus que Is 61,1-3 põe em cena. De aí que Lc 4,16-30 me pareça ser particularmente pertinente para a questão da relação de Jesus com as Escrituras. No âmbito do estudo de Lc 4,16-30, referir-me-ei a Mt 5,3-6 par Lc 6,20-21 e Mt 11,2-6 par Lc 7,18-23, passagens que têm afinidades estreitas com esse texto. Abordarei também os Escritos do Mar Morto para saber como se posicionavam os seus autores em relação a Is 61,1-3 e, de uma maneira geral, em relação às Escrituras.


      1. TEXTO DE Lc 4.16-30

      «(16) Ele (Jesus) foi a Nazara34, onde foi criado, e, segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. (17) Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abrindo-o, encontrou a passagem onde está escrito:

      "(18) O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para dar a Boa Nova aos pobres (literalmente, «evangelizar os pobres»).

      Enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos o recobro da vista, para pôr em liberdade os oprimidos, (19) para proclamar um ano de graça do Senhor"35.

      (20) Enrolou o livro, entregou-o ao oficiante36 e sentou-se. Todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. (21) Então começou a dizer-lhes: "Hoje mesmo se realizou a Escritura que acabastes de ouvir" . (22) Todos testemunhavam a seu respeito e ficavam admirados com as palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E diziam: "Não é o filho de José?" (23) Ele, porém, disse: "Certamente ides citar-me o provérbio: 'Médico cura-te a ti mesmo'. Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafamaum, fá-Io também aqui na tua terra". (24) Mas em seguida acrescentou: "Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua terra. (25) De facto, eu vos digo que havia em Israel muitas viúvas nos dias de Elias, quando o céu permaneceu fechado durante três anos e seis meses e uma fome devastou toda a região; (26) Elias, no entanto, não foi enviado a nenhuma delas, excepto a uma viúva em Sarepta, na região da Sidónia. (27) Havia igualmente muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu; todavia nenhum deles foi curado, a não ser o sírio Naamã."

      (28) Perante estas palavras, todos na sinagoga se enfureceram. (29) E, levantando-se, expulsaram-no para fora da cidade e conduziram-no até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava construída, com intenção de o precipitar de lá. (30) Ele, porém, passando pelo meio deles, prosseguia o seu caminho.

      2. LEITURA CURSIVA DO RELATO

      O V 16a é a introdução. Fornece várias informações de forma muito concisa

      Osvv.16b-21 relatam o desenrolar de parte do oficio sinagogal do sábado de manhã. Esse ofício comportava os quatro elementos seguintes

      1) Orações «<Escuta, Israel», orações, bênçãos); 2) Leitura da Lei (Seder)

      3) Leitura dos profetas (haftara)

      4) Homilia

      É surpreendente que o texto comece com a leitura profética sem sequer mencionar a leitura da Lei, que era o elemento mais importante do ofício. De facto, a leitura profética era concebida como uma explicitação ou uma ilustraçáo da Lei. Os w. 16b-17 contam os preparativos para a leitura profética, que Jesus tomou a iniciativa de fazer. Qualquer homem adulto (judeu) podia fazê-Ia, assim como a homilia, contanto que fosse instruído e gozasse de boa reputação. Os w. 18-19 citam a passagem do livro de Isaias que Jesus leu. De facto, Lc 4,18-19 associa Is 61,1-2 e Is 58,6, segundo uma prática que era então corrente. Cita Is 61,1 e a primeira frase do v. 23c. Omite, sem razão aparente, a frase «para curar os corações desanimados" de Is 61,1, substituindo-a com a frase «para pôr em liberdade os oprimidos», tirada de Is 58,638.

      O v. 20 menciona com precisão os gestos de Jesus e assinala a reacção de curiosidade e de expectativa de parte da assembleia. No v. 21, Jesus toma a palavra para comentar a leitura

      O v. 22 assinala uma primeira reacção da assembleia. Ficam todos admirados com as palavras de Jesus. Elas ultrapassam tudo o que podiam esperar da boca de um conterrâneo que julgavam conhecer muito bem. Nos w .23-27 Jesus responde à surpresa e à admiração dos seus ouvintes. Adiantando-se-Ihes, começa por formular ele próprio o desafio que eles deviam ter na ponta da língua: faz na tua terra o que ouvimos dizer que tens feito em Cafarnaum (v. 23). Jesus responde ao desafio, primeiro, declarando que nenhum profeta é bem recebido na sua terra (v. 24); depois, ilustrando a sua declaração com os exemplos de Elias e Eliseu (w. 25-27). Os w. 28-29 dão uma segunda reacção da assembleia totalmente diferente da primeira. Todos os ouvintes se enfurecem contra Jesus, expulsam-no da cidade e tentam assassiná-Io. O v. 30 conclui o relato com a reacção de Jesus. Imperturbável e sem uma beliscadura, Jesus segue o seu caminho.
    • Magalhães Luís Lc 4,16-30 E OS SEUS PARALELOS Mc 6,1-6 E Mr 13,53-58


      Marcos e Mateus assinalam a reacção dos ouvintes, perplexos ou mesmo escandalizados perante a sabedoria de Jesus e o seu poder miraculoso. Em Lucas, a primeira reacção dos ouvintes é de admiração e de surpresa. Segue-se nos três Evangelhos sinópticos, embora sob formas diferentes, o dito sobre o profeta que não é bem recebido na sua terra. Num desenvolvimento que lhe e próprio, Lucas prolonga a discussão ilustrando o dito com os exemplos de Elias e Eliseu (w. 25-27). Finalmente, fá-Ia desembocar numa tentativa de assassínio, à qual Jesus escapa ileso (w. 28-30).

      Lucas escreveu uma versão aumentada do relato, com cerca do dobro da extensão das versões de Marcos e de Mateus. A maior parte dos elementos próprios a Lucas são citações proféticas ou referências a episódios proféticos. A achega lucaniana mais importante é a descrição do ofício sinagogal centrado na leitura de Is 61,1-2 e Is 58,6 e, sobretudo, no comentário que Jesus faz desses textos (w. 16b-17). O outro elemento próprio a Lucas mais importante são as referências às figuras proféticas de Elias e Eliseu (w.25-27).

      Além de desenvolver o relato, Lucas mudou-o de lugar pondo-o no começo do Evangelho. Como consequência dessas duas alterações, o episódio da sinagoga de Nazaré tomou uma importância muito maior no Evangelho de Lucas do que a que tinha no Evangelho de Marcos e que lhe atribuiu Mateus. Embora diga que Jesus tinha pregado (Lc 4,15) e feito milagres (Lc 4,23) antes do episódio da sua intervenção na sinagoga de Nazara, Lucas fez da dita intervenção o acto inaugural da actividade pública de Jesus no qual pronunciou o seu discurso programático39.

      Note-se de passagem que a intervenção de Jesus na sinagoga de Nazaré tem semelhanças óbvias com a pregação de Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia (Act 13,13-52). Os dois episódios têm uma estrutura praticamente idêntica e correspondem-se. 0 primeiro anticipa o segundo e o segundo confirma o primeiro. A recusa da mensagem de Jesus por parte dos seus conterrâneos anticipa a sua recusa por parte de "lsrael". A recusa da Boa Nova por parte de "lsrael", levou a que ela fosse dirigida aos pagãos. Lc 4,16-30 e Act 13,13-52 expressam a visão que Lucas tem não só da pessoa e da missão de Jesus, mas também da missão da Igreja. Segundo Lucas, essa missão desenrolou-se em dois tempos, primeiro junto dos judeus e depois junto dos pagãos. A esses dois tempos correspondem as duas partes da sua obra, o Evangelho e os Actos.
    • Magalhães Luís REALIZANDO A OBRA ANUNCIADA EM 15 61.1-2 E 15 58.6. JESUS INAUGURA O REINO DE DEUS

      Na medida em que é o acto inaugural da sua actividade, a pregação de Jesus na sinagoga de Nazaré corresponde, no Evangelho de Lucas, aos anúncios da iminência do advento do Reino de Deus em Marcos e Mateus, desempenhando um papel semelhante ao desses textos. Em Mc 1,14-15 lê-se: "Depois que João foi preso, veio Jesus para a Galileia proclamando o Evangelho de Deus: "Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho". Mt 4,17 formula o mesmo anúncio e o mesmo apelo: «A partir desse momento (isto é, da prisão de João Baptista) começou Jesus a pregar e a dizer: "Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus"».

      A afirmação de Jesus segundo a qual Is 61,1-2 e Is 58,6 se cumpriram (Lc 4,21) equivale a dizer que o Reino de Deus já chegou. Jesus dá assim uma interpretação actualizante de Is 61,1-2 e Is 58,6. Jesus não foi o inventor dessa forma de interpretação das Escrituras. Antes de Jesus, praticou-a a comunidade de Qumran. É o chamado pecher. Trata-se de um método de interpretação dos Profetas e dos Salmos que tendia a aplicar-se ao conjunto das Escrituras. Caracteriza-se pela actualização das Escrituras. O intérprete relacionava tal ou tal passagem com acontecimentos ou personagens do seu tempo, que ele acreditava ser o último. O método supõe que os Profetas e os Salmos são anúncios relativos ao futuro cujos verdadeiros sentido e alcance permanecem escondidos, até aos olhos dos próprios autores, enquanto não se realizarem. Mesmo depois da sua realização em tal ou tal personagem ou acontecimento, não é dado a toda a gente reconhecê-los mas só a intérpretes privilegiados.

      Embora Jesus não o diga explicitamente, pode supor-se com toda a certeza que vê na sua obra a realização de Is 61,1-2 e Is 58,6. É ela que toma presente o Reino de Deus.

      Mediante a citação de Is 61,1-2 e Is 58,6, Lc 4,18-19 explica que o Reino de Deus consiste em anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar aos cativos a libertação e aos cegos o recobro da vista, pôr em liberdade os oprimidos, notificar aos devedores o perdão das dívidas e aos escravos a alforria. Segundo este texto, o elemento mais característico do Reino de Deus é o anúncio da Boa Nova aos pobres. O termo pobre tem, de facto, um sentido englobante. Abarca todos aqueles que estão privados de uma forma ou outra de um ou de vários dos bens que uma ordem social justa deveria garantir-Ihes.

      Lc 4,16-21 não é a única passagem evangélica que apresenta Is 61,1-3 como o anúncio da realidade do Reino de Deus inaugurado pela obra de Jesus. Fazem-no duas outras passagens presentes em Lucas e em Mateus, em contextos particularmente importantes. A primeira encontra-se nas bem-aventuranças. J. Dupont mostrou que Is 61,1-2 assim como vários outros textos do livro de Isaías (35,5-6; 40,9; 49,9-13; 52, 7 e 60,6) e dos Salmos (146,6-7), constitui o pano de fundo das bem-aventuranças relativas aos pobres, aos famintos e aos aflitos (Lc 6,20-21 et Mt 5,3.5-6). Mostrou ainda que Jesus se referia aos pobres, aos famintos e aos aflitos no sentido próprio dessas palavras. Jesus declarou-os felizes porque a instauração do Reino de Deus ia pôr fim à suas condições infelizes40. Por que razão o Reino de Deus acabaria com a pobreza, a fome e a aflição? Para responder a esta questão, é necessário recordar os traços fundamentais da ideologia real que o povo do Antigo Testamento tinha em comum com os restantes povos do antigo Próximo-Oriente.

      Para os povos do Próximo-Oriente antigo, pelo menos para os povos semitas, a realeza tinha por fundamento a criação. Foi graças à sua acção criadora que os deuses criadores se tomaram cada um o chefe do seu panteão, isto é, o rei do mundo celeste e do mundo terrestre, do mundo divino e do mundo humano. Por conseguinte, a realeza era o atributo dos deuses criadores dos quais os reis humanos eram simples vigários ou representantes. Ora, tal como se expressa no mito do combate primordial, a criação é a vitória do deus criador contra o Caos. Segundo esse mito, o acto de criação não consiste no fabrico dos céus e da terra mas na sua separação e no ordenamento dos seus elementos respectivos. A ordem do mundo terrestre tem duas faces, uma cósmica e a outra social. A sua face social é a justiça. Por conseguinte, no domínio social, a realeza caracteriza-se pela justiça, pelo direito e pela rectidão, que são a expressão da criação e a condição da sua permanência41. Para a tradição bíblica, pelo menos na sua forma final, o deus criador e rei é Iavé. Os autores bíblicos sabiam muito bem que os reis de Israel e de Judá não corresponderam ao ideal régio, tendo sido a instituição monárquica extinta em «Israel».

      É esse pano de fundo que permite compreender a pregação de Jesus. Ele declara que Deus decidiu retomar as coisas em mãos e instaurar o seu Reino. Sob pena de falhar na sua função de rei e de criador - ideia absurda para um judeu do séc. I d. C. - Deus não podia deixar de pôr fim às injustiças/desordens que representam a pobreza, a fome e a aflição sob todas as formas. Por isso, os pobres, os famintos e os aflitos são felizes.

      Lucas e Mateus voltam a citar Is 61,1 no contexto da resposta que Jesus dá a João Baptista. Segundo Mt 11,2-6 e Lc 7,18-23, João, encarcerado em Maqueronte, ouviu falar do que fazia Jesus. Desejando pôr o assunto em claro, mandou os seus discípulos42 perguntar a Jesus: «És tu aquele que há-de vir ou devemos esperar outro?» Jesus respondeu-Ihes: «Ide contar a João o que ouvis e vedes: os cegos recobram a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres» (Mt 11,2-5; cf Lc 7,19-22). A resposta de Jesus é uma enfiada de citações de textos do livro de Isaías (26,19; 29,18-19; 35,5-6), entre os quais Is 61,1. Aos olhos dos autores de Mt 11 ,5 e Lc 7,21 , esses textos evocam os efeitos ou os traços característicos do Reino de Deus. Por conseguinte, o facto que Jesus realiza o que eles anunciam é a prova da chegada do Reino de Deus.
    • Magalhães Luís INTERPRETAÇÃO DE Is 61,1-3 NOS ESCRITOS DO MAR MORTO


      Jesus não foi o primeiro que actualizou Is 61,1-3. Já o tinha feito a comunidade de Qumran, na qual esse texto deve ter desempenhado um papel comparável ao que lhe atribuem os Evangelhos43. Com efeito, vários dos seus escritos citam-no ou a ele se referem, aplicando- o a diversas personagens. 11Q13 atribui a Melquisedec, cujo regresso esperava no fim dos tempos, a obra de libertação evocada por Is 61,1-244. O chamado Apocalipse messiânico aplica provavelmente esse texto ao Messias45. O «Mestre de Justiça», que era a personagem mais importante da comunidade e tido por uma espécie de novo Moisés46, talvez se tenha apropriado dele, aplicando-o a si próprio e à sua acção47. Nesse caso, Jesus também não teria sido o primeiro que se identificou a si próprio com a personagem de Is 61,1-2.
    • Magalhães Luís JESUS PROFETA


      Lc 4,24-27 pressupõe que Jesus se considera profeta. O dito do v. 24 lê-se, sob formas um pouco diferentes nos quatro Evangelhos: nos relatos paralelos do episódio da sinagoga de Nazaré (Mc 6,4; Mt 13,57) e em Jo 4-44. Lucas ilustra-o com os exemplos de Elias e Eliseu (Lc 4,25-27)48. Igualmente de maneira indirecta, Jesus volta a declarar-se profeta em Lc 13,3349.

      A atribuição do carácter profético a Jesus supõe que o autor de Lc 4,24-27 reconheceu um profeta na pessoa que fala em Is 61,1-3. Sobre esse ponto, a sua interpretação difere da que dava Qumran que via em Is 61,1-3: Melquisedec, uma personagem ao mesmo tempo real e sacerdotal; o Messias e talvez o «Mestre de Justiça», uma personagem sacerdotal50. Reconhecendo em Is 61,1-3 uma figura profética, o autor de Lc 4,16-30 coincide com a interpretação do Targum5l. No entanto, afasta-se dela no que respeita à identidade do profeta em questão e ao alcance da sua missão. Enquanto que para a tradição judaica a pessoa que fala em Is 61,1-3 é Isaías, para Lc 4,16-30 é Jesus, o profeta que inaugura o Reino de Deus.

      A identificação da personagem de Is 61,1-3 e Lc 4,18 com um profeta não parece coadunar-se com a ideia da unção que os textos sublinham. Com efeito, para a tradição bíblica, a unção não era normalmente um rito profético mas sim um rito real (1 S 10,1; 16,13; 2 S 2,4; 5,3; 1 R 1,39; 2 R 9,6; 11,12). Existe um único episódio de unção profética no Antigo Testamento: lavé ordena a Elias que unja Eliseu como profeta em seu lugar (1 RI9,16). Devem notar-se também SI 105,15 e par 1 Cr 16,22, que chamam os patriarcas ungidos e profetas, os dois termos estando em paralelismo sinonímico. No entanto, a ideia da unção profética parece ter sido corrente entre os essénios. Estes expressaram a ideia em termos semelhantes aos que se lêem em Is 61,1 e Lc 4,18. Os profetas são chamados «ungidos pelo seu (de Iavé) espírito santo»52 e «ungidos de santidade» no Documento de Damasco53, «os teus (de Iavé) ungidos» na Regra da Guerra54.

      Elias e Eliseu são, como vimos, os únicos profetas a quem a Bíblia atribui explicitamente o rito da unção. Terá sido por causa da unção que Lc 4,16-30 associou Is 61,1 e as lendas relativas a Elias e a Eliseu? Note-se ainda que o tema do espírito, que Lc 4,18 toma de Is 61,1, ocupa também um lugar importante nas lendas relativas a Elias e a Eliseu. Prestes a ser arrebatado aos céus, Elias pergunta a Eliseu o que pode fazer por ele. Eliseu pede dupla parte na herança do espírito de Elias (2 R 2,9-10). De facto, Eliseu acaba por receber o espírito de Elias (2 R 2,14-15), isto é, o espírito do homem de Deus que lhe permite também a ele dividir o rio em dois e atravessá-lo, como fez Moisés ao Mar dos Juncos. O tema do espírito terá contribuído para que o autor de Lc 4,16-30 associasse a personagem de Is 61,1-2 e as figuras de Elias e Eliseu?55
    • Magalhães Luís Segundo Lc 4,16-30; 6,20-21; 7,21; Mt 5,3.5-6 e 11,5, Jesus vê na sua missão a realização de Is 6,1-3 e dos textos afins. Isso pressupõe que ele considera esses textos como anúncios ou promessas da sua obra e da sua pessoa. Dito por outras palavras, para Jesus, Is 61,1-3 e textos afins falavam de antemão do Reino de Deus. O objecto desse anúncio tomou-se finalmente uma realidade na obra de Jesus. O que se diz dos textos referidos pode generalizar-se aos restantes escritos proféticos, aos Salmos, tidos por proféticos por Jesus e pelos cristãos e até ao conjunto das Escrituras.


      Jesus deu assim uma interpretação actualizante de Is 6,1-3 e textos afins. Jesus não foi o único nem o primeiro a praticar esse tipo de interpretação das Escrituras. Sob uma forma ou outra e com maior ou menor relevo, praticaram-na alguns grupos judaicos. Assim, os profetas oraculares fundavam os seus anúncios nas Escrituras ou tomavam por modelo as personagens proféticas das Escrituras. Os profetas de sinais propunham-se reproduzir os grandes feitos salvíficos relatados nas Escrituras. A interpretação actualizante das Escrituras teve uma importância particularmente grande na comunidade de Qumran. Foi uma das molas da sua criação teológica. Os autores qumranianos do pecher liam nas Escrituras a revelação do destino da sua comunidade. Dito de outra maneira, enraizavam a dita comunidade e a sua história nas Escrituras. A interpretação qumraniana das Escrituras é, sob todos os pontos de vista, a que mais se assemelha à interpretação praticada por Jesus e pelos cristãos. A principal diferença entre Jesus e Qumran na matéria é que Jesus tinha como única chave de leitura das Escrituras o Reino de Deus de cuja instauração ele era o arauto. Para ele, as Escrituras eram o anúncio do Reino de Deus que a sua missão tomava uma realidade. Entre a obra de Jesus e as Escrituras existe assim uma relação de cumprimento/realização e promessa/anúncio.
    • Eliezer Abensur Então você achou o versículo do Nazareno? Em que profeta fica?
    • Eliezer Abensur Em que profeta tem o versículo do Nazareno?
    • Magalhães Luís Deixe esse caminho. já lhe dei a resposta possível.
    • Eliezer Abensur Por que? Você ainda não respondeu
    • Magalhães Luís Se quiser leia os textos que postei com calma.
    • Eliezer Abensur Para que? Para ver sua pregação?
    • Eliezer Abensur Em que profeta tem o versículo do Nazareno?
    • Magalhães Luís Mateus adopta a que mais se coaduna com o seu propósito. Acontece-lhe retocar o texto no sentido do anúncio que nele quer ler. Não é impossível que, no caso de Mateus 2,23, invoque um texto inexistente.
    • Magalhães Luís Pregação?
    • Eliezer Abensur Sim, vejo uma lenga-lenga sem fim aí
    • Eliezer Abensur Tentando provar o que não existe
    • Magalhães Luís Cultive-se. Pode ser surpreendido. E saia desse pensamento fundamentalista. Na faculdade não poder ter essa atitude apologética.
    • Eliezer Abensur Ou seja, você concorda que não existe o versículo citado em Mateus 2:23?
    • Eliezer Abensur Por que eu devo sair de meu pensamento? Já não se perguntou se o seu pensamento está errado?
    • Eliezer Abensur Eu sou Engenheiro Eletricista, já me formei tem 11 anos
    • Eliezer Abensur E sou perito judicial
    • Magalhães Luís Querido, desejo apenas que seja mais aberto. Não afirmo que o que aprendi é a verdade. Mas desejo somente ajudar a crescermos juntos. Apelo ao espírito da Faculdade.
    • Magalhães Luís De respeito pelo conhecimento de cada um. De partilha de dados.
    • Magalhães Luís "Se eu quiser me aproximar de D'us, terei que me aproximar dos meus semelhantes.Se eu sou seu amigo, sou amigo de D'us. Se eu sou seu inimigo, sou inimigo tanto de D'us quanto das suas criaturas." - Elie Wiesel (nascido em 1928), Escritor. Prémio Nobel da Paz de 1986.
      há 21 horas através de telemóvel · Não gosto · 2
    • Vanny Ribeiro הרפו ודעו כי אנכי אלהים ארום בגוים ארום בארץ׃ Salmos 46:10
    • Eliezer Abensur Respondendo ao Magalhães Luís, Elie Wiesel se referia ao NOSSO D-us e não a Jesus.
    • Eliezer Abensur Salmos 46:11 יא. הַרְפּוּ וּדְעוּ כִּי אָנֹכִי אֱלֹהִים אָרוּם בַּגּוֹיִם אָרוּם בָּאָרֶץ:
    • Eliezer Abensur Salmos 46:11 Desistam, e saibam que Eu Sou D-us, serei exaltado entre os goim e serei exaltado na terra (de Israel).
    • Eliezer Abensur Significa que tanto os goim como o povo saberão que O NOSSO D-US é que é o verdadeiro D-us.
    • Eliezer Abensur O Messias tem de trazer o povo de Israel do Exílio


      Isaías 11:12 
      יב. וְנָשָֹא נֵס לַגּוֹיִם וְאָסַף נִדְחֵי יִשְׂרָאֵל וּנְפֻצוֹת יְהוּדָה יְקַבֵּץ מֵאַרְבַּע כַּנְפוֹת הָאָרֶץ:

      E fará um milagre para os goim, e ajuntará os dispersos de Israel (as 10 tribos perdidas) e os dispersos de Judá ajuntará dos quatro cantos da terra.
      Isaías 27
      יב. וְהָיָה בַּיּוֹם הַהוּא יַחְבֹּט יְהֹוָה מִשִּׁבֹּלֶת הַנָּהָר עַד נַחַל מִצְרָיִם וְאַתֶּם תְּלֻקְּטוּ לְאַחַד אֶחָד בְּנֵי יִשְׂרָאֵל:
      יג. וְהָיָה | בַּיּוֹם הַהוּא יִתָּקַע בְּשׁוֹפָר גָּדוֹל וּבָאוּ הָאֹבְדִים בְּאֶרֶץ אַשּׁוּר וְהַנִּדָּחִים בְּאֶרֶץ מִצְרָיִם וְהִשְׁתַּחֲווּ לַיהֹוָה בְּהַר הַקֹּדֶשׁ בִּירוּשָׁלִָם:

      12 E será naquele dia, que reunirá o Eterno desde a espiga de trigo do rio (Eufrates) até a planície do Egito, e vocês se reunirão e seguirão um dos filhos de Israel (Mashiach).
      13 E será que naquele dia será tocado um grande Shofar, e virão os que se perderam da terra de Ashur (Mesopotâmia) e os dispersos da Terra do Egito, e se inclinarão perante o Eterno, no monte sagrado em Jerusalém.

      O Messias precisa reconstruir o templo e trazer a paz mundial.

      Miquéias 4
      א. וְהָיָה בְּאַחֲרִית הַיָּמִים יִהְיֶה הַר בֵּית יְהֹוָה נָכוֹן בְּרֹאשׁ הֶהָרִים וְנִשָּׂא הוּא מִגְּבָעוֹת וְנָהֲרוּ עָלָיו עַמִּים:
      ב. וְהָלְכוּ גּוֹיִם רַבִּים וְאָמְרוּ לְכוּ | וְנַעֲלֶה אֶל הַר יְהֹוָה וְאֶל בֵּית אֱלֹהֵי יַעֲקֹב וְיוֹרֵנוּ מִדְּרָכָיו וְנֵלְכָה בְּאֹרְחֹתָיו כִּי מִצִּיּוֹן תֵּצֵא תוֹרָה וּדְבַר יְהֹוָה מִירוּשָׁלִָם:
      ג. וְשָׁפַט בֵּין עַמִּים רַבִּים וְהוֹכִיחַ לְגוֹיִם עֲצֻמִים עַד רָחוֹק וְכִתְּתוּ חַרְבֹתֵיהֶם לְאִתִּים וַחֲנִיתֹתֵיהֶם לְמַזְמֵרוֹת לֹא יִשְׂאוּ גּוֹי אֶל גּוֹי חֶרֶב וְלֹא יִלְמְדוּן עוֹד מִלְחָמָה:

      1 E será no fim dos dias, e estará o monte da casa de D-us com razão, na cabeça de todos os montes, e será a mais elevada das colinas e virão após ele (o povo de Israel) os povos.
      2 E virão muitos povos e dirão “Venham, subamos ao monte do Eterno, à casa do D-us de Jacob, e nos orientaremos em nossos caminhos, e iremos nessa direção”, pois de Tsion sairá a Torá e a palavra do Eterno de Jerusalém.
      3 E julgará entre os muitos povos, e provará seus pontos aos goim, e eles (os goim) estarão assombrados desde muito longe e converterão suas espadas em arados e suas lanças em foices, não levantará povo contra povo a espada e não aprenderão mais a guerra.

      Isaías 2:4
      ד. וְשָׁפַט בֵּין הַגּוֹיִם וְהוֹכִיחַ לְעַמִּים רַבִּים וְכִתְּתוּ חַרְבוֹתָם לְאִתִּים וַחֲנִיתוֹתֵיהֶם לְמַזְמֵרוֹת לֹא יִשָּׂא גוֹי אֶל גּוֹי חֶרֶב וְלֹא יִלְמְדוּ עוֹד מִלְחָמָה:

      E julgará entre os povos e provará seus pontos a muitos povos, e as espadas se converterão em arados, e suas lanças se converterão em foices, não levantará mais um povo contra o outro sua espada e não mais aprenderão a guerra.

      Isaías 11:6
      ו. וְגָר זְאֵב עִם כֶּבֶשׂ וְנָמֵר עִם גְּדִי יִרְבָּץ וְעֵגֶל וּכְפִיר וּמְרִיא יַחְדָּו וְנַעַר קָטֹן נֹהֵג בָּם:

      E morará o lobo junto com o cordeiro e a pantera junto com a ovelha habitará, e o rebanho morará junto com o leão e um jovem pequeno os conduzirá.

      ZACARIAS CAP.9
      ט. גִּילִי מְאֹד בַּת צִיּוֹן הָרִיעִי בַּת יְרוּשָׁלִַם הִנֵּה מַלְכֵּךְ יָבוֹא לָךְ צַדִּיק וְנוֹשָׁע הוּא עָנִי וְרֹכֵב עַל חֲמוֹר וְעַל עַיִר בֶּן אֲתֹנוֹת:
      י. וְהִכְרַתִּי רֶכֶב מֵאֶפְרַיִם וְסוּס מִירוּשָׁלִַם וְנִכְרְתָה קֶשֶׁת מִלְחָמָה וְדִבֶּר שָׁלוֹם לַגּוֹיִם וּמָשְׁלוֹ מִיָּם עַד יָם וּמִנָּהָר עַד אַפְסֵי אָרֶץ:
      יא. גַּם אַתְּ בְּדַם בְּרִיתֵךְ שִׁלַּחְתִּי אֲסִירַיִךְ מִבּוֹר אֵין מַיִם בּוֹ:

      9 Alegra-te muito filha de Tsión, apascenta-te filha de Jerusalém, eis que teu rei virá para ti, justo e confiante (em D-us) é ele, pobre (recatado), e cavalgando num burro, e sobre a cidade uma jumentinha.
      10 Destruirei qualquer carruagem de guerra de Efráim, e eliminarei todo cavalo de combate de Jerusalém; será destruído o arco de batalha, e ele falará somente de paz às nações. Seu domínio se estenderá de um mar a outro, e desde o rio (Eufrates) até os confins da terra.
      11 Quanto a ti (povo de Israel) que com sangue selaste tua aliança (circuncisão), farei liberar teus prisioneiros dos calabouços onde se quedavam sedentos.
    • Eliezer Abensur O Messias deve fazer com que o mundo reconheça que só existe o nosso D-us.


      Isaías 11:9 
      ט. לֹא יָרֵעוּ וְלֹא יַשְׁחִיתוּ בְּכָל הַר קָדְשִׁי כִּי מָלְאָה הָאָרֶץ דֵּעָה אֶת יְהֹוָה כַּמַּיִם לַיָּם מְכַסִּים:

      Não temais e não serás exterminado em todo o Meu sagrado monte, pois se encherá a terra do conhecimento de D-us, como a água abunda no mar.

      Isaías 40:5 
      ה. וְנִגְלָה כְּבוֹד יְהֹוָה וְרָאוּ כָל בָּשָׂר יַחְדָּו כִּי פִּי יְהֹוָה דִּבֵּר:

      E se revelará a glória do Eterno, e verá toda a carne junta, que a boca do Eterno falou.

      Sofonias 3:9 
      ט. כִּי אָז אֶהְפֹּךְ אֶל עַמִּים שָׂפָה בְרוּרָה לִקְרֹא כֻלָּם בְּשֵׁם יְהֹוָה לְעָבְדוֹ שְׁכֶם אֶחָד:

      Pois então porei sobre os povos uma língua clara, para que todos chamem pelo nome do Eterno, para que O sirvam pois Ele é Um.
    • José Carlos Dos Santos Jr. 1. COMO OS JUDEUS CHAMAM "A SEPTUAGINTA"? COMO SE DIZ "SEPTUAGINTA" EM HEBRAICO?


      2. QUAL É A IMPORTÂNCIA DA SEPTUAGINTA PARA OS JUDEUS?

      3. SEGUNDO O CONHECIMENTO DOS JUDEUS, QUEM TRADUZIU A SEPTUAGINTA DO HEBRAICO PARA O GREGO: FORAM TRADUTORES JUDEUS?
    • Eliezer Abensur A septuaginta foi uma tradução forçada por Ptolomeu Filadelfo, quando este traiu o príncipe Antignos, e capturou 70 sábios do Sanhedrin e os forçou a traduzir a Torá do hebraico para o grego.
    • Eliezer Abensur A septuaginta não tem nenhuma importância para nós porque temos o texto original em hebraico
    • José Carlos Dos Santos Jr. Eliezer Abensur, eu entendo que, para os judeus, a SEPTUAGINTA não tenha valor, mas algum termo hebraico para designar a SEPTUAGINTA, ao menos, deve existir; uma pessoa me disse que o termo hebraico usado é "תרגום השבעים" (targoom ha-sheeveem)(literalmente: tradução dos setenta).
    • Esh Yohanan Na tradição judaica talmudica, não há referência à LXX senão apenas em relação aos primeiros livros de Moisés, a Torá. O Talmud diz que os anjos "choraram" quando a Torá foi vertida para o grego.
    • Mordechai Ben Youssef Halevi Savri maranam. Com o devido respeito sem objetivos de proselitismo, mas para efeito de divulgação. Queremos divulgar o 1º Congresso Caraíta do Brasil, que acontecerá em Minas Gerais.


      Chaver Mordechai Ben Youssef Halevimsn/e-mail: judeu07@live.com




      Durante o feriado de Carnaval, a Comunidade Judaica Caraita Sefaradim no Brasil ...
      há 5 horas através de  · Gosto
    • Mordechai Ben Youssef Halevi Mestre Eliezer, o Magalhães Luís é duro na queda heim! É insistente semelhante ao profeta dos rabim de nabiru.


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      há 4 horas através de  · Gosto
    • Magalhães Luís Muito se tem debatido sobre a origem da Septuaginta. Existem duas versões: uma lendária e a outra mais realista.

      A versão lendária 
      A história mais popular da tradução da septuaginta é envolta em mito e lenda. Segundo Aristéias, um judeu helênico do século II a.C., Ptolomeu Filadelfo preparou sua corte em Alexandria e se dedicou a aumentar sua biblioteca ali para conter tantos livros quanto possível. O presidente da biblioteca, Demétrio, falou ao rei sobre os livros da Lei dos judeus e pediu ao rei que os tivesse em grego na biblioteca. Segundo este relato, Filadelfo enviou setenta e dois estudiosos hebreus, seis de cada tribo de Israel, para a empreitada. Ele colocou estes homens na ilha de Faros, onde cada um trabalhou em separado em sua própria tradução, sem a consulta entre si. Segundo a lenda, quando foram comparar seu trabalho, as setenta e duas cópias mostraram-se idênticas.
      Esta história, talvez improvável, convenceu a muitos (como Agostinho) que a septuaginta tinha uma qualidade sobrenatural (inspirada).
      Crítica
      Ainda que possua características lendárias, a narrativa de Aristéias ganhou crédito pois continha fatos reais: Aristóbulo (170-50 a.C.), em uma passagem preservada por Eusébio, afirma que “através dos esforços de Demétrios de Fálero, uma tradução completa da legislação judaica foi realizada nos dias de Ptolomeu”; o relato de Aristéias é repetido quase que literalmente por Flávio Josefo (Ant.Jud. XII,2) e substancialmente – com a omissão do nome de Aristéias – por Filo de Alexandria (De Vita Moysis II,6). A carta e o relato foram aceitos como genuínos por muitos escritores eclesiásticos até o início do séc. XVI; outros detalhes que serviram para enfatizar a extraordinária origem da versão foram acrescentados ao relato de Aristéias: os 72 intérpretes foram inspirados por Deus (Tertuliano, Santo Agostinho, o autor de “Exortação aos Gregos” [Justino?], entre outros); durante a tradução eles não consultaram uns aos outros, pois foram mantidos em celas separadas – quer individuais, quer em duplas – e suas traduções, quando comparadas, estavam em perfeita concordância com o sentido e expressões empregadas no texto original e, inclusive, de umas com as outras (“Exortação aos Gregos”, Santo Ireneu, São Clemente de Alexandria – São Jerônimo rejeitou o relato das celas isoladas afirmando que era fantasioso e falso (Praef. in Pentateuchum; Adv. Rufinum II, 25), bem como a alegada inspiração da Septuaginta); e, finalmente, de que os 72 intérpretes traduziram não apenas os cinco livros do Pentateuco mas todo o Antigo Testamento hebraico.
    • Magalhães Luís A versão mais razoável

      Como para o Pentateuco o seguinte ponto de vista parece plausível, podemos também aceitar em linhas gerais: os judeus, nos dois últimos séculos antes de Cristo, eram tão numerosos no Egito, especialmente em Alexandria, que, em certo momento, passaram a constituir 2/5 da população total. Pouco a pouco a maioria deles deixou de usar ou esqueceu a língua hebraica em grande parte, caindo no perigo de esquecer a Lei. Conseqüentemente, tornou-se costumeiro interpretar na língua grega a Lei que era lida nas sinagogas e, naturalmente, após certo tempo, alguns homens zelosos pela Lei resolveram compilar uma tradução grega do Pentateuco. Isto ocorreu por volta de meados do séc. III a.C.. Para os demais livros hebraicos – os proféticos e históricos – foi natural que os judeus alexandrinos, fazendo uso do Pentateuco traduzido em suas reuniões litúrgicas, desejassem também a tradução destes; então, gradualmente, todos os livros foram sendo traduzidos para o grego, que se tornara a língua maternal destes judeus; tal exigência aumentava conforme o seu conhecimento de hebraico ia reduzindo dia a dia. Não é possível determinar com precisão o tempo ou os eventos que levaram a estas diferentes traduções; mas é certo que a Lei, os Profetas e, ao menos, parte dos outros livros (i.é, os Hagiógrafos) existiam antes do ano 130 a.C., como aparece no prólogo do Eclesiástico, que não data abaixo deste ano. É difícil determinar também onde as diversas traduções foram feitas, pois as informações são muito escassas. A julgar pelas palavras e expressões egípcias que ocorrem na versão, a maioria dos livros deve ter sido traduzida no Egito, muito provavelmente na Alexandria. Ester, entretanto, foi traduzido em Jerusalém (XI, 1).
      Quem e quantos eram os tradutores? Existe algum fundamento para o número de 72, como declara a lenda (Brassac-Vigouroux, nº 105)? Parece impossível responder essas questões; os talmudistas dizem que o Pentateuco foi traduzido por cinco intérpretes (Sopherim, c.1.). A história não nos oferece outros detalhes, mas um exame do texto mostra que, em geral, os autores não eram judeus palestinenses enviados ao Egito; diferenças de terminologia, método etc. provam claramente que os tradutores não eram os mesmos para os diferentes livros. É impossível também dizer se a obra foi executada oficial ou privativamente, como parece ser o caso de Eclesiástico; contudo, os diferentes livros, após traduzidos e dispostos em conjunto (o autor de Eclesiástico conhecia a coleção), foi recebida como oficial pelos judeus de língua grega.
      O caso é que a versão grega é uma realidade inegável e foi bem acolhida pelos judeus alexandrinos, que logo a difundiu pelas nações onde o grego era falado; foi usada por diferentes escritores e suplantou o texto original nas cerimônias litúrgicas. Filo de Alexandria a utilizou em seus escritos e considerava os tradutores profetas inspirados; finalmente, ela foi acolhida pelos judeus da Palestina e foi notavelmente empregada por Josefo, historiador judeu palestinense. Sabemos também que os escritores do Novo Testamento fizeram uso dela, utilizando-a na maioria de suas citações. Ela tornou-se o Antigo Testamento da Igreja e foi altamente estimada pelos cristãos primitivos, de modo que muitos escritores declararam-na inspirada. Os cristãos recorriam à ela constantemente em suas controvérsias com os judeus; estes logo reconheceram suas imperfeições e, finalmente, a rejeitaram em favor do texto hebraico ou de traduções mais literais (Áquila e Teodocião).
    • Magalhães Luís Os tradutores da septuaginta extraíram dos originais Benditas o “nome do Pai”, que é composto por quatro caracteres hebraicos conceituada, que lidos da direita para esquerda são: yôd, hê, vav, hê ; que transliterados para o alfabeto universal é Y.H.W.H, o chamado tetragrama. O nome do Pai ocorre quase 7.000 (sete mil) vezes nos textos originais hebraicas, e na septuaginta foi substituído pelo adjetivo Adonay que em nossa língua que dizer “Soberano Criador”. Embora esse título “Adonay” seja atribuído único e exclusivamente ao Eterno criador, não é suficiente o bastante para substituir o real valor do nome YAHUH verdadeiro do Pai. Mais tarde ao fazerem cópias da tradução grega septuaginta, os copistas substituíram o adjetivo Adonay por nomes que são considerados profanos, para que se cumprisse à profecia que diz: Mudastes, porém, e profanastes o meu nome. (Yirmeyahu 34: 16) (Jeremias).

      Essa tradução desastrosa simboliza a volta espiritual de Israel (Yahshurun) ao cativeiro egípcio. Encontramos em Ezequiyah 36: 20 (Ezequiel), a seguinte afirmação: E, chegando às nações para onde foram, profanaram o meu Bendito nome. Em Yirmeyahu 23: 27 (Jeremias), o altíssimo afirma: Os quais cuidam que farão que o Meu povo se esqueça do Meu nome. O mesmo aconteceu com o nome do filho Yahushua; ao se traduzir à nova aliança (novo testamento) para a língua grega, eles extraíram o nome Yahushua e o substituíram pelo nome grego Iesous E ao se traduzir do grego para o latim em 384 DM, a chamada vulgata latina, nela o nome grego Iesous deu lugar ao nome Iesvs (em latim). E da vulgata latina, se originou várias traduções, entre as quais está a tradução para o português do ex-padre João Ferreira de Almeida, iniciada em l68l e concluída em l753: nela o nome Iesvs latim, se tornou o nome Jesus em português, cumprindo na íntegra a profecia que diz: E Eu era como um manso cordeiro, que levam à matança, porque não sabia que imaginavam projetos contra Mim dizendo: Destruamos a “Arvore” com o seu “Fruto”, e cortemo-lo, da terra dos viventes, e não haja mais memória do seu NOME.(Yirmeyahu 11:19 (Jeremias).
      Ao extraírem o nome do Pai = YHWH e de seu filho = Yahushua das escrituras Benditas, eles destruíram a Arvore (que é o Pai) com o seu Fruto (que é o seu filho Yahushua), e o cortaram realmente da terra dos viventes quando o mataram pendurado no madeiro, e fizeram com que o seu Nome ficasse no esquecimento ao substituí-lo por outro.
      O profeta Yeshayahu (Isaías) confirma as palavras de Yirmeyahu (Jeremias) dizendo: Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca, como um cordeiro, foi levado ao matadouro, e como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do Meu povo foi ele (o filho Yahushua) atingido. (Yeshayahu 53: 7-8 Isaías).
      Muitos líderes religiosos, ao serem questionados por seus seguidores acerca do nome verdadeiro do salvador da humanidade, eles admitem que o nome Yahushua seja verdade sim, mas é lá para os judeus (Yahudim), e que aqui para nós é o que está em nossas bíblias.
      Esses homens corruptos de entendimento, sem a iluminação do alto, estão com suas mentes cauterizadas pelo deus deste século, (II aos Coríntios 4: 4) por isso eles não tem o discernimento entre o certo e o errado, entre o falso e o verdadeiro; não sabem o que pode ser traduzido e o que deve ser transliterado.
    • Magalhães Luís Isto é diversidade. Temos uma lenda falsa de 70 sábios, o uso de um hebraico original e primitivo. Na verdade de científico o homem tem pouco. Gostam muto de histórias mas só quando elas se transformam em estórias, fábulas, lendas, folclore judaico, somos mesmo mesmo crianças...

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