Mateus 2:23



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  • Marcio Pompeu se Isaias 52:6 diz que o seu povo saberá o seu nome conclui-se que vcs não são o pove dele
  • Eliezer Abensur O Nome Yeshua veio da tumba de Talpiot, que foi descoberta em 1980
  • Eliezer Abensur O versículo fala que quando vier o Messias saberemos falar o nome Dele de novo
  • Eliezer Abensur Isaías 52:6 ו. לָכֵן יֵדַע עַמִּי שְׁמִי לָכֵן בַּיּוֹם הַהוּא כִּי אֲנִי הוּא הַמְדַבֵּר הִנֵּנִי:
  • Marcio Pompeu veja que aqueles que o aceitaram esses conheceram e se converteram ,E acontecerá naquele dia que os restantes de Israel, e os que tiverem escapado da casa de Jacó, nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu; antes estribar-se-ão verdadeiramente sobre o SENHOR, o Santo de Israel.
    Os restantes se converterão ao Deus forte, sim, os restantes de Jacó.
    Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um remanescente dele se converterá; uma destruição está determinada, transbordando em justiça.

    Isaías 10:20-23
  • Eliezer Abensur Isaías 52:6 Portanto saberá Meu Povo o Meu Nove naquele dia pois Eu sou O Eterno quem fala, Eis-me aqui.
  • Eliezer Abensur Saberá = יֵדַע
  • Magalhães Luís Eliezer Abensur não se sabe quais as ressonâncias do título de Nazoreu nem a que texto ou a que textos bíblicos Mateus se refere, se é que se refere a algum texto ou a alguns textos em particular. O importante para Mateus é a afirmação segundo a qual a naturalidade de Jesus faz parte do plano de D'us revelado de antemão pelos profetas.
  • Marcio Pompeu só que não soube
  • Eliezer Abensur Nazoreu foi uma palavra que você inventou
  • Magalhães Luís Amigo, a exegese praticada por Mateus é confessional. Mais precisamente, ela é cristã, só a podendo aceitar quem partilhe a fé cristã do Evangelista. Tendo outras chaves de leitura, as interpretações religiosas judaica e muçulmana das mesmas Escrituras são forçosamente diferentes.
  • Eliezer Abensur A palavra é Nazir, Nazireu em português
  • Magalhães Luís O cristianismo e o judaísmo são, por conseguinte, duas interpretações da tradição bíblica fundamentalmente diferentes. Usando os cristãos e os judeus chaves diferentes, é vão esperar que possam encontrar-se nas suas leituras das Escrituras que têm em comum. Alguns séculos mais tarde, o Islão deu ainda outra interpretação muito diferente das tradições judaica e cristã, das quais se considera o acabamento.
  • Eliezer Abensur Ou seja, você confessa que o versículo citado em Mateus 2:23 não existe?
  • Eliezer Abensur O Islam é um livro diferente, o El Karun
  • Magalhães Luís O autor de Mateust 1,18-2,23 dá mostras de uma grande liberdade nas suas citações do TANAK. Fusiona textos sem a preocupação de os distinguir segundo as suas origens; importa-se com o anúncio profético, mas não com a identidade do profeta. Quando existem várias compreensões do texto, Mateus adopta a que mais se coaduna com o seu propósito. Acontece-lhe retocar o texto no sentido do anúncio que nele quer ler. Não é impossível que, no caso de Mt 2,23, invoque um texto inexistente. Mateus goza de uma liberdade criadora. De facto, a sua interpretação cristológica do TANAK deu origem a um texto novo, o Evangelho segundo São Mateus.
  • Marcio Pompeu é obvio Eliezer Abensur que segundo Isaias 10:20-23 vc não se converteu ainda
  • Eliezer Abensur E nós interpretamos a partir do texto original
  • Magalhães Luís Já lhe tinha dado esta resposta. Não é impossível que, no caso de Mt 2,23, invoque um texto inexistente. Mateus goza de uma liberdade criadora. De facto, a sua interpretação cristológica do TANAK deu origem a um texto novo, o Evangelho segundo São Mateus.
  • Ronald Marçal Jesus, ou Yeshu Hanotzri, era membro de uma seita de "judeanos" (isso é, habitantes da Judéia, e não parte do povo "Judeu") chamada de "Nazara" (não me lembro a grafia certa no aramaico), o Texto do "Evangelho de Felipe" dá uma explicação sobre isso quando diz: "Nazareno significa 'a verdade'". A Seita dos "Notzrim" surgiu antes mesmo de ter existido uma pessoa chamada "Yeshu", e como atesta a prória tradição cristã, eles não eram "judeus" eles eram "de nação judaica", ou seja, nasceram no território da judeia (entendemos isso quando os "padres da Igreja" diferenciam os "nazarenos" dos "ebionitas": os nazarenos eram "de nação judaica" enquanto os "ebionitas" estavam "conforme o judaísmo", entendam a diferença). A pessoa que escreveu o "Evangelho de Mateus" era um nazareno, não tinha a minima noção das profecias que citavam e o caso mais "aloprado" de todos é quanto a suposta profecia de "ser chamado nazareno", muito provavelmente o autor confundiu a profecia de um "netzer" (se referindo ao filho de David) com "natzrat", o que coloca o texto de mateus em um período muito posterior ao que supostamente jesus teria vivido
  • Eliezer Abensur Ou seja, o versículo citado em Mateus 2:23 é inventado?
  • Magalhães Luís Aprenda a ler. Melhor apreenda. E voltou a repetir-me: "Liberdade é uma coisa, inventar é outra".
  • Eliezer Abensur Yeshu Hanotsri morreu em 25 de kislev de 3622, no ano 139 a.C., 83 anos antes de Pompeu chegar a Jerusalém
  • Magalhães Luís Não é impossível que ele invoque um texto inexistente.
  • Eliezer Abensur Mas você admite então que o versículo citado em Mateus 2:23 não existe?
  • Ronald Marçal é possível e ele fez
  • Magalhães Luís Admito que ele não exista.
  • Eliezer Abensur Ótimo, e se uma citação for de algo que não existe ela não é uma citação MENTIROSA?
  • Magalhães Luís E mais. Mateus segue a LXX.
  • Eliezer Abensur Você admite que o versículo citado em Mateus 2:23 não existe?
  • Eliezer Abensur Você admite que o versículo citado em Mateus 2:23 não existe?
  • Magalhães Luís Sim admito.
  • Magalhães Luís Sem problema algum.
  • Ronald Marçal então admite que, na melhor das hipoteses, o evangelho de Mateus apresenta um ERRO
  • Eliezer Abensur Você concorda que, se é feita uma citação de uma coisa que não existe como se essa coisa existisse, a citação seja MENTIROSA?
  • Eliezer Abensur Se não é uma verdade então é uma mentira certo?
  • Eliezer Abensur Titese e antítese
  • Eliezer Abensur Emanuel kant
  • Eliezer Abensur Magalhães Luís Sim admito.

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    Magalhães Luís Sem problema algum.
  • Eliezer Abensur Gostei disso, o homem verdadeiro curva-se à verdade
  • Magalhães Luís Ao usar, p.ex., parthénos, a versão LXX especificou-lhe o sentido e transformando uma jovem numa virgem, conceito esse que se expressaria em hebraico por betulâh, ela terá ido longe "demais"? Marcadas pela preocupação de uniformizar o texto grego com o hebraico, e porventura também pelo desejo de se demarcarem da interpretação messiânica dada pelos cristãos, as versões judaicas de Áquila, Símaco e Teodocião afastaram-se da LXX vertendo 'almâh por neanis, o termo mais usado nos textos gregos da Bíblia para traduzir 'almâh.
  • Eliezer Abensur Isso é outro erro de tradução das bíblias cristãs
  • Magalhães Luís Obrigado por me chamar "homem verdadeiro". kkkkkkkk Tenho expectativas que não seja irónico.
  • Eliezer Abensur Tá muito divertido, mas vou ter de sair, até mais galera
  • Magalhães Luís Na segunda parte do versículo, o plural «chamá-Io-ão» representa uma tradição textual minoritária, documentada por Mt 1,23, de onde passou para vários textos posteriores, sobretudo gregos. Sem entrar nos pormenores da questão relativamente complexa, pode dizer-se que existem duas variantes hebraicas do texto. No principal dos manuscritos do livro de Isaías encontrados em Qumran lê-se wqr'. Segundo a vocalização que se adopte, este verbo traduzir-se-á por «ele chamá-Io-á» ou, mais provavelmente, por «será chamado». No texto hebraico corrente, lê-se wqr'. Segundo a vocalização que se adopte, traduzir-se-á por «chamá-Io-ás» ou por «ela o chamará», tendo por sujeito respectivamente o rei Acaz, a quem se dirige Isaías ou a jovem mãe de quem fala Isaías. Os tradutores gregos da LXX optaram pela primeira possibilidade; os Massoretas, pela segunda65.

    Na boca de Isaías, Is 7,14 anunciava que uma jovem ia engendrar um filho. Com o nome simbólico de Imanuel (Deus connosco), o rapaz seria um sinal de lavé para Acaz e para o povo de Judá. Tanto a identidade da mãe como a do filho permanecem um enigma. A tradição judaica e a maioria dos exegetas críticos pensam que se trata respectivamente da esposa do rei Acaz e do seu filho Ezequias. Há quem proponha identificá-Ios respectivamente com a esposa e um filho do próprio Isaías. Imanuel seria irmão de Chear lachub (Um Resto voltará)66 e de Maher Chalal Hach Baz (Rápida Presa Iminente Saque)67, dois filhos de Isaías que também tinham nomes simbólicos68.

    Seja qual for a identidade da mãe e do filho, não há dúvida de que Isaías falava de uma jovem do seu tempo que estava prestes a conceber e a dar à luz um filho. Nada indica que Isaías se referia de alguma maneira a um acontecimento de um futuro distante. Pelo contrário, Mateus pensa que Isaías falava de antemão de Jesus e das circunstâncias do seu nascimento. Para o Evangelista, o anúncio de Is 7,14 cumpriu-se com o nascimento de Jesus, ocorrido cerca de sete séculos e meio mais tarde. A referência aos acontecimentos do tempo de Isaías contida no texto está fora do horizonte de Mateus.

    Dissemos que Mt 1, 18-25 se destina a mostrar que Jesus foi engendrado pelo Espírito Santo. A convicção de que Jesus foi engendrado pelo Espírito Santo será uma conclusão que Mateus tirou de Is 7,14? Nada sugere que tal seja o caso. Pelo contrário, tudo indica que a dita convicção é o ponto de partida do raciocínio de Mateus e não teve origem em Is 7,14. Mateus e a sua igreja crêem que Jesus teve origem no Espírito Santo. O Evangelista expressa essa crença por meio de um relato que conta as circunstâncias da conceição de Jesus. Para que fique bem claro que Jesus foi engendrado pelo Espírito Santo, Mateus exclui a intervenção de José, noivo de Maria, nesse acto e afirma a conceição virginal de Jesus. Algo de tão importante não podia ser afirmado de ânimo leve sem dar provas ou sem o fundar na tradição. Mateus vê essa prova em Is 7,14, texto onde lê o anúncio das circunstâncias do nascimento de Jesus tais como ele as conta.

    Mt 1,18-25 ilustra bem o vaivém entre Jesus Cristo e o Antigo Testamento que caracteriza a hermenêutica cristã do Antigo Testamento. O ponto de partida do relato é a convicção de que Jesus foi engendrado pelo Espírito Santo. Mateus legitima e funda essa convicção fazendo apelo a Is 7,14. Esse apelo era tanto mais natural quanto uma parte da tradição, representada pela LXX, já tinha introduzido em Is 7,14 a ideia da mãe virgem. Inversamente, a convicção de que Jesus foi engendrado pelo Espírito Santo determinou o sentido de Is 7,14 aos olhos de Mateus. E claro que só quem partilha a fé de Mateus e da sua comunidade a respeito de Jesus pode partilhar também a sua leitura de 1s 7,14.
  • Magalhães Luís Esclareço, com o teólogo e ex-padre católico Franz Griese (GRIESE, p. 237-240), que esta profecia não se refere a Jesus, nem à sua mãe, mas ao próprio Isaías, que se casou com uma virgem, da qual teve um filho, cujo nome, Maer-Salal-Has-Baz (que siginifica “Pronto-saque-próxima-pilhagem”), foi dado pelo próprio Javé (cf. Isaías 8,3), também chamado pelo profeta Isaías de Emanuel (= Deus conosco) (cf. Isaías 8,8 e 8,10). Além disso, a tradução de Mateus, “... e o chamarão com o nome de Emanuel” (Mateus 1,23), está totalmente errada, pois, no texto grego mais antigo de Isaías, como se encontra no Códice Sinaítico, a frase correta é esta: “kai kalesei to onoma Immanuel”, que siginifica: “E Emanuel [=Javé] por-lhe-á o nome”, com a forma verbal (kalesei) na 3ª pessoa do singular, e não na 3ª pessoa do plural (kalesousin), como erroneamente alterado e traduzido por Mateus, para provar que a referida profecia se referia a Jesus, nascido de um parto virginal e, por isso, chamado de Emanuel (= Deus conosco), invertendo assim completamente o sentido do texto grego original de Isaías. Este é, portanto, mais um exemplo clássico de um texto bíblico mal-traduzido e alterado para satisfazer interesses cristãos. Uma homenagem a Eliezer Abensur. kkkkkkkkkkkkkk
  • Magalhães Luís Mateus, para defender o mito do nascimento virginal de Jesus, bem como o mito de sua divindade (Deus encarnado, Deus conosco), traduziu erroneamente a famosa profecia de Isaías (Isaías 7,14): "A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e chamará Emanuel". Eis a passagem de Mateus em que ele traduz e comenta erroneamente esse texto de Isaías:
    "Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa: "Deus está conosco." (Mateus 1,22-23)

    Na Bíblia de Jerusalém, o versículo de Isaías (Isaías 7,14) é este: "Eis que a jovem concebeu e dará à luz um filho e por-lhe-á o nome de Emanuel".

    Nesta versão da Bíblia de Jerusalém, não aparece mais a palavra "virgem" da versão grega de Isaías (o texto dos Setenta), a qual já é uma tradução errada da versão original hebraica "almah", que significa "moça", "jovem", "donzela", o que significa dizer que o texto hebraico de Isaías não usa a palavra "virgem", mas a palavra "almah", que significa simplesmente "uma jovem", sem nenhuma implicação de virgindade. O dogma do nascimento virginal de Jesus é, portanto, produto desta tradução errada do termo "almah", bem como dos outros erros feitos por Mateus.

    Para "concluir", reafirmo que os dogmas do parto virginal de Jesus e da sua divindade não são verdades históricas, mas míticas, metafóricas, poéticas, que, como todos os demais mitos cristãos, têm grande valor para os que neles crêem, mas que não devem ser avaliados como verdades históricas absolutas.
  • Magalhães Luís http://cristianismoprogressista.blogspot.pt/
    cristianismoprogressista.blogspot.com
    Blog do Rev. Gibson da Costa, ministro da Congregação Unitarista de Pernambuco e...Ver mais
  • Gostas disto.
  • Magalhães Luíshttp://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=2960363

    Os dilemas do presépio de Bento XVI - TSF
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    Em pleno marketing natalício, o papa Bento XVI publicou um livro sobre a infânci...Ver mais
  • Magalhães Luís http://www.youtube.com/watch?v=WhTHfYmkGwE
    Rabbi Gutman Locks responde a un pastor. Copyright Gutman Locks.http://www.thereisone.com/ traduzido, publicado e usado com permissão
  • Magalhães Luís Há duas correntes principais de pensadores a respeito da origem etimológica da palavra “religião”.
    A primeira corrente segue a etimologia fornecida pelo escritor romano Cícero, por volta do ano 40 a.C., em sua obra De Natura Deorum, em que ele afirma q
    ue o termo “religião” é derivado do verbo latino “relegere” (“reler”, “reinterpretar”). Sendo assim, “religião” significa “releitura”, “reinterpretação”.
    A segunda corrente, surgida com Lactâncio, pensador cristão do século III de nossa era, seguida depois por toda a cultura judaico-cristã, defende que o termo “religião” vem de religare, “ligar de volta ou reatar”. Ou seja, segundo esta definição, “religião” significa, etimologicamente, “a religação do homem com Deus”. Ora, tornar a unir o homem com Deus pressupõe que, em algum momento, o homem já esteve unido a Ele, e hoje não está mais. Em outros termos, esse pressuposto baseia-se no mito judaico-cristão da queda de Adão e no mito cristão do Pecado Original. Mais explicitamente, segundo esta explicação, antes da queda de Adão e do Pecado Original, o homem estava unido a Deus, mas, depois destes episódios míticos, o homem ficou radicalmente separado de Deus, precisando, então, “religar-se” a Ele através da “religião” cristã, supostamente fundada pelo próprio Deus encarnado na pessoa de Jesus Cristo. Como nem todos os seres humanos são cristãos, esta explicação de Lactâncio não é universal. Por isso mesmo, ela é rejeitada por membros de outras religiões, como veremos adiante. Além do mais, o suposto Pecado Original é um grande mito cristão, e não um acontecimento histórico real e absoluto.
    Em face da explicação cristã exclusivista e mítica da origem do termo “religião”, rejeito, com famosos autores de outras religiões, a tese errónea de Lactâncio, segundo a qual o termo “religião” vem de religare. Esta explicação é um grande erro, como me esclareceu, uma vez, o monge e famoso escritor budista Ricardo Mário Gonçalves, numa palestra ministrada no 14º Encontro para a Nova Consciência, realizado em Campina Grande, Paraíba, de 4 a 8 de fevereiro de 2005, do qual participei.
    Esse monje budista esclareceu, convincentemente, em sua palestra, que o termo “religião” não vem de re-ligio(ne), supostamente derivado do verbo latino religare (= “religar”), mas de re-ligio(ne), derivado do verbo latino relegere (= “reler”, “reobservar”, “reinterpretar”). O erro de Lactâncio foi afirmar que “religião” vem de “religio(ne)” de religare, pois o nome derivado do verbo religare é “religatio(ne)” (“religação”), e não religio(ne) (“religião”), o qual só pode ser derivado do verbo relegere (‘reler”, “reinterpretar”).
    A palavra “religião”, portanto, não significa, etimológica e institucionalmente, a religação do homem com Deus, mas a “releitura” (a reinterpretação) da realidade. “Reler” (“reinterpretar”) a realidade é desconstruir todas as desilusões, todas as mentiras, a fim de se conhecer a verdade sobre nossa origem, nossa natureza, nosso destino etc.
    Toda a religião, no sentido etimológico e institucional, é, pois, “um sistema de pensamento ou crença que envolve uma posição filosófica, ética, metafísica etc.” (Dicionário AURÉLIO, verbete religião), e não a religação do homem com Deus. No universo, nada está desligado de Deus. Deus, como existência, é imanente em tudo, embora, como essência, seja transcendente a tudo (cf. Mitos Cristãos, p. 81).
    O termo “religião” é encarado nos dois sentidos seguintes: 1) “religião” no sentido de uma instituição religiosa particular (por ex., judaísmo, catolicismo, islamismo etc.), geralmente “exprimindo-se em crenças e práticas pessoais ou coletivas” (DER: Dicionário Enciclopédico das Religiões, SCHLESINGER & PORTO, 1995, verbete religião), e 2) “religião” no sentido genuinamente prático da vivência do amor, da caridade, por qualquer pessoa, independentemente de estar ou não filiada a uma instituição religiosa particular.
    Defendo, pois, a ideia maior de que A VERDADEIRA RELIGIÃO não consiste essencialmente em aderir a crenças, a dogmas ou a mitos de Religião A ou B, mas em vivenciar o amor, em praticar a caridade (“FORA DA CARIDADE, NÃO HÁ SALVAÇÃO”, como bem expressa o Espiritismo, em oposição frontal aos que afirmam; “FORA DE MINHA CRENÇA, NÃO HÁ SALVAÇÃO”, “SÓ CRISTO SALVA”).
    Para mim, a caridade e o amor devem estar acima de tudo, em oposição frontal aos “religiosos” que põem as suas “verdades” (as suas crenças, os seus dogmas, os seus mitos, a sua religião) acima da caridade e do amor, chegando mesmo a matar o próximo em nome da sua fé. Não foi isto o que o Jesus histórico e outros grandes líderes religiosos nos ensinaram. O que Jesus pregou e viveu foi a religião do amor, chegando mesmo a declarar que, para ser seu discípulo, seu seguidor (ou seja, para ser “cristão”), conforme está escrito no Evangelho de João, a condição necessária e suficiente é AMAR O PRÓXIMO: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (João 13,35).
  • Magalhães Luís O conhecidíssimo mito cristão, segundo o qual Jesus é literalmente o único Salvador da humanidade – SÓ JESUS SALVA! – é superexclusivista e superdiscriminatório, uma vez que discrimina todas as outras religiões e todos os outros líderes religiosos do m...Ver mais
  • Magalhães Luís »»»» Os yehud retrucam os ensinamentos dos discipulos de Yeshu' os chamando de "'AM HA'ARETZ", ou seja, ingnorantes, mas traduzido literalmente significa "povos da terra". Os "Am haaretz" eram pessoas que habitavam a "Terra de Israel" porém não pertenciam ao "Povo de Israel" (uma situação parecida à dos árabes de hoje em dia), e que, portanto, eram IGNORANTES quanto aos assuntos da TORAH. Os seguidores de Yeshu ficaram comumente conhecidos como os "Notzrim" (Nazarenos), sobre isto os próprios venerados "Pais da Igreja" vide: (http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/pais_da_igreja/index.html) transmitiram a informação ao dizer que os "Nazarenos" eram "da nação judaica", ou seja, eram "CIDADÃOS DA JUDEIA" e não parte do "Povo Judeu", enquanto isto, os "judeus" que seguiam os ensinamentos de Yeshu' eram chamados comumente de "Ebionitas" (os "pobres") que, conforme os "Pais da Igreja" escreveram: "estavam conforme o judaísmo".... Entendamos a diferença:
    Nazarenos: Habitantes da Judéia, pagãos, escreveram o Segundo Testamento com o fim de "converter" o povo Judeu.
    Ebionitas: Judeus que se converteram aos ensinos de Yeshu, que não aceitavam a tradição nazarena por ser muito distante da TORAH.

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