O verdadeiro nome de Deus
Magalhães Luís partilhou a foto de Livro "Shem Ha'Meforash - Os 72 Nomes de D'us".
No crepúsculo do 6º dia da criação, após a queda de Adão, uma ferramenta sagrada foi criada para nos ajudar a erradicar o caos. Ela foi chamada pelo nome código bíblico de "Matê - O Cajado" que mais tarde seria dado a Moisés no Egito. 72 inscrições sagradas geradas milagrosamente a partir de um único nome, o "Shem ha'Meforash - O Nome Brilhante de Fogo" mas conhecido como "Tetragrammaton - O Nome de D'us de 4 Letras". Este nome santo brilhava em 42 duas cores diferentes e foi usado por Moisés na criação do maior milagre do universo: A abertura e travessia do "Iam Suf - O Mar do Infinito" mais conhecido como "Mar Vermelho". Eles fluíam de dentro do "Matê - O Cajado de Safira" que pesava 6 quilos e somente Moisés podia erguê-lo.
Quando Moisés utilizou destes 72 Nomes Santos, não apenas o mar se abriu em 12 caminhos para que as 12 tribos de Israel passassem com os pés em seco, pois Moisés congelou o fundo do mar, mas também, todos os rios do planeta se fenderam e as cachoeiras rolaram no sentido contrário rios acima.
Todo este poder esta disponível agora para nós, para que ganhemos controle sobre a natureza e sejamos os criadores dos nossos próprios milagres.
Magalhães Luís partilhou a foto de Livro "Shem Ha'Meforash - Os 72 Nomes de D'us".
No crepúsculo do 6º dia da criação, após a queda de Adão, uma ferramenta sagrada foi criada para nos ajudar a erradicar o caos. Ela foi chamada pelo nome código bíblico de "Matê - O Cajado" que mais tarde seria dado a Moisés no Egito. 72 inscrições sagradas geradas milagrosamente a partir de um único nome, o "Shem ha'Meforash - O Nome Brilhante de Fogo" mas conhecido como "Tetragrammaton - O Nome de D'us de 4 Letras". Este nome santo brilhava em 42 duas cores diferentes e foi usado por Moisés na criação do maior milagre do universo: A abertura e travessia do "Iam Suf - O Mar do Infinito" mais conhecido como "Mar Vermelho". Eles fluíam de dentro do "Matê - O Cajado de Safira" que pesava 6 quilos e somente Moisés podia erguê-lo.
Quando Moisés utilizou destes 72 Nomes Santos, não apenas o mar se abriu em 12 caminhos para que as 12 tribos de Israel passassem com os pés em seco, pois Moisés congelou o fundo do mar, mas também, todos os rios do planeta se fenderam e as cachoeiras rolaram no sentido contrário rios acima.
Todo este poder esta disponível agora para nós, para que ganhemos controle sobre a natureza e sejamos os criadores dos nossos próprios milagres.
Magalhães Luís
Conclusions
The two censored traditions about Jesus and his disciples which would occur at b.San.43a were brought into the Talmudic discussions early in the 3rd century and removed in the 15th and 16th centuries. External evidence gives independent witness that the earliest core in this tradition was: "On the Eve of Passover, they hung Jesus of Nazareth for sorcery and enticing Israel [to idolatry]." The rest of the tradition was added later as explanatory glosses to help the reader with problems which became particularly acute in the second century: the date of the trial; the method of execution; and the charge of "sorcery". These explanations had already been added by the end of the second century, because part of them is debated as an authoritative text by rabbis in the early 3rd century. The earliest development of this tradition cannot be traced with any certainty. The third charge was not present in about 150 CE when Justin Martyr cited two charges, though only the first was pertinent to his argument. He cited them as something which his Jewish
opponent would be familiar with. The consistent order of the charges, which is opposite to that in Torah and rabbinic halakha, suggests they came from another authoritative source. The wording of the rest of the earliest core of this tradition is not what rabbis would have invented to help their case that Jesus was tried fairly and executed according to Jewish law.
The least difficult explanation is therefore that the earliest core of the censored tradition of Jesus' trial came from the actual court records from the time of Jesus which succeeding generations felt they could not change, despite the difficulties presented by the wording.
Instead, later editors added explanatory phrases during the latter half of the second century.
Conclusions
The two censored traditions about Jesus and his disciples which would occur at b.San.43a were brought into the Talmudic discussions early in the 3rd century and removed in the 15th and 16th centuries. External evidence gives independent witness that the earliest core in this tradition was: "On the Eve of Passover, they hung Jesus of Nazareth for sorcery and enticing Israel [to idolatry]." The rest of the tradition was added later as explanatory glosses to help the reader with problems which became particularly acute in the second century: the date of the trial; the method of execution; and the charge of "sorcery". These explanations had already been added by the end of the second century, because part of them is debated as an authoritative text by rabbis in the early 3rd century. The earliest development of this tradition cannot be traced with any certainty. The third charge was not present in about 150 CE when Justin Martyr cited two charges, though only the first was pertinent to his argument. He cited them as something which his Jewish
opponent would be familiar with. The consistent order of the charges, which is opposite to that in Torah and rabbinic halakha, suggests they came from another authoritative source. The wording of the rest of the earliest core of this tradition is not what rabbis would have invented to help their case that Jesus was tried fairly and executed according to Jewish law.
The least difficult explanation is therefore that the earliest core of the censored tradition of Jesus' trial came from the actual court records from the time of Jesus which succeeding generations felt they could not change, despite the difficulties presented by the wording.
Instead, later editors added explanatory phrases during the latter half of the second century.
Magalhães Luís
Jesus of Nazareth’s Trial in Sanhedrin 43a
Dr David Instone-Brewer Senior Research Fellow in Rabbinics and the New Testament, Tyndale House, Cambridge.
Jesus of Nazareth’s Trial in Sanhedrin 43a
Dr David Instone-Brewer Senior Research Fellow in Rabbinics and the New Testament, Tyndale House, Cambridge.
Magalhães Luís
Jesus - Uma abordagem do ponto de vista judaico »»
Os judeus, sobretudo os da Espanha, sefaradis, guardam muitas histórias e tradições relativas a Jesus. O escritor Scholem Asch [Xóleme Axe] consolidou a maioria delas em O Nazareno.
Por exemplo, tanto os judeus quanto os evangelhos acentuam que Jesus menino recebeu elogios de Simeão, o maior rabino entre todos, que assinalou com clareza a sua missão profética (''despede agora o teu servo, porque meus olhos viram a salvação'').
E tem histórias no Talmude: uma destas do Talmude repreende um famoso rabino, Jesus de Perachia, por não aceitar Jesus de Nazaré, ''que estava próximo do Reino'' (do mesmo modo que Jesus elogia um rabino porque ''não estás longe do Reino'').
Uma história que a minha avó gostava de me contar: uma mãe, com o filho doente, saiu em busca de Jesus, mas ele visitou o menino antes que ela o encontrasse (do folclore judaico).
Outra, no mercado (bazar) de Jerusalém os moradores aglomeravam-se em torno de um cão morto (era proibido haver cadáveres na cidade), comentando o mau-cheiro, o mau-aspecto; passou Jesus e disse, que belos dentes ele tem! Reluzentes como pérolas! E alguém disse, ''somente Jesus acharia beleza num cão morto'' (do folclore judaico).
Contudo os judeus atribuem perfeição unicamente ao Eterno D-us, portanto são eminentemente críticos em relação aos homens e acham defeitos em todos os seus profetas: Moisés era coxo e gago, Jeremias tinha depressão, Isaías era medroso, Daniel colaborava com os persas, Abraão era fanático e quase matou o filho, etc., etc. tudo isto perfeitamente registado no mesmo Livro que acentua as suas qualidades. Isto é feito para evitar o culto de santos ou qualquer tipo de idolatria ou culto à personalidade.
Nos evangelhos, por exemplo, Jesus elogia o escriba zeloso que retira sabedoria do Livro (parábola da rede), e ao mesmo tempo desanca os fariseus hipócritas; elogia Helil (amar ao próximo, é o maior mandamenteo: uma frase de Helil) mas rejeita a sua tese sobre o divórcio: ''o que o D/us juntou o homem não separe'': Helil ao oposto permitia o divórcio; e rejeitando o divórcio, Jesus aproxima-se dos saduceus, que proibiam divorciar-se; mas em outra hora, Jesus critica os saduceus, que rejeitavam a imortalidade, e ensina a imortalidade; tudo isso devidamente explicado tintim por tintim no evangelho de Mateus.
Este permanente exame das ideias é característico da cultura judaica.
Muitos rabis antigos dizem de si mesmos, ''eu e o PaI SOMOS UM'', por exemplo, o Baal Shem cujo nome significa ''o nome de D/us''. Por usar esse nome, devemos crer que ela tenha sido um deus encarnado? No judaísmo, esta frase tem um sentido eminentemente simbólico, reflexivo e crítico.
É essa atitude crítica que, para os cristãos, faz pensar em que os judeus rejeitam Jesus. Duas histórias críticas: no Talmude, se diz que Jesus era ''mago''. Outra, do folclore: havia um mendigo em Jerusalém, a polícia o prendeu (era proibido mendigar na cidade) e ele disse, ''até ontem eu era um pacato vendedor de quinquilharias no templo, mas veio um peregrino e expulsou todos os vendedores, reduzindo-me a mendigar''. No mesmo trecho do Talmude, fica dito que a família de Jesus tinha a tarefa anual de lavar o Templo e oferecer as primícias, portanto, Jesus estava apenas cumprindo o seu dever ao impedir que os vendedores comerciassem, como relatado pelos evangelhos.
Para cada história a favor de cada profeta, você vai encontrar uma história contra, seja no Folclore, na Bíblia ou no Talmude. Não é diferente para Jesus: cada frase que o elogia tem sua contrapartida em outra frase, que critica.
Nenhuma culpa temos se o cristianismo se desenvolveu no sentido de fazer culto à personalidade deste rabi. Até porque, *messias* é antes de tudo uma época, um tempo de paz universal que vem com o Reino de D- us; messias nunca foi um homem, embora, foi predito que um profeta traria esta época. Contudo, até onde podemos ver, não existe ainda a paz universal, portanto, o messias ainda não veio.
Portanto, os judeus aceitam a profecia de Jesus e rejeitam o dogma de sua divindade. Nenhum deus existe além do D-us Uno. Os profetas são homens, com os defeitos e qualidades dos homens, numa palavra, almas em progresso, embora santas almas: pois o progresso é infinito, o que parece aos homens o último passo é apenas um comecinho.
Um autor interessante seria Pinchas Lapide, ''Jesus; filho de José?'' onde ele examina o olhar judaico sobre Jesus ao longo do tempo.
http:// www.geocities.ws /adamatti_rs/ jesusjudaico.htm l
Jesus - Uma abordagem do ponto de vista judaico »»
Os judeus, sobretudo os da Espanha, sefaradis, guardam muitas histórias e tradições relativas a Jesus. O escritor Scholem Asch [Xóleme Axe] consolidou a maioria delas em O Nazareno.
Por exemplo, tanto os judeus quanto os evangelhos acentuam que Jesus menino recebeu elogios de Simeão, o maior rabino entre todos, que assinalou com clareza a sua missão profética (''despede agora o teu servo, porque meus olhos viram a salvação'').
E tem histórias no Talmude: uma destas do Talmude repreende um famoso rabino, Jesus de Perachia, por não aceitar Jesus de Nazaré, ''que estava próximo do Reino'' (do mesmo modo que Jesus elogia um rabino porque ''não estás longe do Reino'').
Uma história que a minha avó gostava de me contar: uma mãe, com o filho doente, saiu em busca de Jesus, mas ele visitou o menino antes que ela o encontrasse (do folclore judaico).
Outra, no mercado (bazar) de Jerusalém os moradores aglomeravam-se em torno de um cão morto (era proibido haver cadáveres na cidade), comentando o mau-cheiro, o mau-aspecto; passou Jesus e disse, que belos dentes ele tem! Reluzentes como pérolas! E alguém disse, ''somente Jesus acharia beleza num cão morto'' (do folclore judaico).
Contudo os judeus atribuem perfeição unicamente ao Eterno D-us, portanto são eminentemente críticos em relação aos homens e acham defeitos em todos os seus profetas: Moisés era coxo e gago, Jeremias tinha depressão, Isaías era medroso, Daniel colaborava com os persas, Abraão era fanático e quase matou o filho, etc., etc. tudo isto perfeitamente registado no mesmo Livro que acentua as suas qualidades. Isto é feito para evitar o culto de santos ou qualquer tipo de idolatria ou culto à personalidade.
Nos evangelhos, por exemplo, Jesus elogia o escriba zeloso que retira sabedoria do Livro (parábola da rede), e ao mesmo tempo desanca os fariseus hipócritas; elogia Helil (amar ao próximo, é o maior mandamenteo: uma frase de Helil) mas rejeita a sua tese sobre o divórcio: ''o que o D/us juntou o homem não separe'': Helil ao oposto permitia o divórcio; e rejeitando o divórcio, Jesus aproxima-se dos saduceus, que proibiam divorciar-se; mas em outra hora, Jesus critica os saduceus, que rejeitavam a imortalidade, e ensina a imortalidade; tudo isso devidamente explicado tintim por tintim no evangelho de Mateus.
Este permanente exame das ideias é característico da cultura judaica.
Muitos rabis antigos dizem de si mesmos, ''eu e o PaI SOMOS UM'', por exemplo, o Baal Shem cujo nome significa ''o nome de D/us''. Por usar esse nome, devemos crer que ela tenha sido um deus encarnado? No judaísmo, esta frase tem um sentido eminentemente simbólico, reflexivo e crítico.
É essa atitude crítica que, para os cristãos, faz pensar em que os judeus rejeitam Jesus. Duas histórias críticas: no Talmude, se diz que Jesus era ''mago''. Outra, do folclore: havia um mendigo em Jerusalém, a polícia o prendeu (era proibido mendigar na cidade) e ele disse, ''até ontem eu era um pacato vendedor de quinquilharias no templo, mas veio um peregrino e expulsou todos os vendedores, reduzindo-me a mendigar''. No mesmo trecho do Talmude, fica dito que a família de Jesus tinha a tarefa anual de lavar o Templo e oferecer as primícias, portanto, Jesus estava apenas cumprindo o seu dever ao impedir que os vendedores comerciassem, como relatado pelos evangelhos.
Para cada história a favor de cada profeta, você vai encontrar uma história contra, seja no Folclore, na Bíblia ou no Talmude. Não é diferente para Jesus: cada frase que o elogia tem sua contrapartida em outra frase, que critica.
Nenhuma culpa temos se o cristianismo se desenvolveu no sentido de fazer culto à personalidade deste rabi. Até porque, *messias* é antes de tudo uma época, um tempo de paz universal que vem com o Reino de D- us; messias nunca foi um homem, embora, foi predito que um profeta traria esta época. Contudo, até onde podemos ver, não existe ainda a paz universal, portanto, o messias ainda não veio.
Portanto, os judeus aceitam a profecia de Jesus e rejeitam o dogma de sua divindade. Nenhum deus existe além do D-us Uno. Os profetas são homens, com os defeitos e qualidades dos homens, numa palavra, almas em progresso, embora santas almas: pois o progresso é infinito, o que parece aos homens o último passo é apenas um comecinho.
Um autor interessante seria Pinchas Lapide, ''Jesus; filho de José?'' onde ele examina o olhar judaico sobre Jesus ao longo do tempo.
http://
Magalhães Luís
Yeshua in the Talmud - Lesson 1 by Joseph Shulam: http:// www.ruachbroadca sting.com/ pdf_files/ yeshua_in_the_ta lmud_articulos. pdf
Yeshua in the Talmud - Lesson 1 by Joseph Shulam: http://
Magalhães Luís
Yeshua [Jesus] no Talmude por o Rabino Joseph Shulam, lição #2 » http:// xa.yimg.com/kq/ groups/4519819/ 55009152/name/ yeshua_talmud_2. pdf
Yeshua [Jesus] no Talmude por o Rabino Joseph Shulam, lição #2 » http://
Internauta X: Alguns dizem que a pronúncia de YHWH (iod, he, waw, he) seja YAHWEH (pronúncia em português: iárrue)! Esta pronúncia está correta?
Esh Yohanan: Não. Esta pronúncia segue a tradição samaritana. E de mais a mais, não existem ditongos em hebraico. Os samaritanos assim como os efraimitas pronunciavam o hebraico de forma bastante diversa de seus irmãos do sul.
Internauta X: Qual é a pronúncia correta?
Esh Yohanan: Não sei.
Informa o internauta Magalhães Luís:
Mark Sameth, formado pelo Hebrew Union College-Jewish Institute of Religion, rabino da Sinagoga Comunitária de Pleasantville, em Nova Iorque, publicou um polémico artigo na revista Reform Judaism, na sua edição do primeiro quadrimestre de 2009.
No texto, Sameth defende que o verdadeiro nome de Deus, tão buscado por gerações e gerações de judeus, é, na verdade, um nome andrógino, que mescla em equidade "todas as energias masculinas e femininas". A tradução é de Moisés Sbardelotto [https:// www.facebook.com /msbardelotto].
Eis o texto.
Quando Deus começa a criar o primeiro ser humano – Adão – ele diz: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança". O texto continua: "Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher" (Gênesis 1, 26-27).
O texto parece estar dizendo (e os rabinos do Talmud e do Midrash entendem dessa forma) que Adão foi criado por Deus como homem e mulher. Os rabinos falam abertamente disso, e até compuseram com esmero relatos especulativos sobre a separação dessa criatura hermafrodita em personagens homem e mulher que conhecemos como Adão e Eva. O que os rabinos não estavam dispostos a discutir abertamente era até onde essa criatura terrena foi criada "b’tzelem Elohim", na imagem de gênero duplo de Deus.
Mas se lermos o texto como um místico o leria, prestando uma atenção extremamente grande e assumindo que o texto bíblico mais esconde do que revela, podemos encontrar pistas que se referem à natureza andrógina de Deus. Consideremos, por exemplo, que a Torá:
identifica Moisés como um pai que amamenta (Números 11, 12) [1]
nos diz que Adão deu o nome de Eva a sua esposa "ki hu hay’tah eim", "porque ele era a mãe de todos os seres vivos" (Gênesis 3, 20) [2]
narra que Abraão instruiu o seu servo para estar atento a uma mulher que irá dar água aos camelos porque "hu ha’ishah", "ele será a mulher" para o meu filho (Gênesis 24, 44) [3]
e a lista continua.
Por que a Torá repetidamente confunde os gêneros de seus personagens principais? A que a Torá está aludindo?
Eu acredito que esses não são erros/enganos de escrita, mas a verdadeira chave para abrir um dos mistérios mais permanentes da Torá.
Mas antes uma nota sobre as muitas ocorrências estranhas na Torá sobre os nomes. O nome do nosso patriarca Jacó é duas vezes modificado para Israel. Faraó não é um nome. E Moisés não é um nome. Moisés, em egípcio, significa "nascido de" – assim como no nome Tutmosis (nascido de Tut).
Consideremos: se o nome do nosso grande líder Moisés não é realmente um nome, ele significa alguma outra coisa? De um modo interessante, se soletrarmos o nome Moisés em hebraico de trás para frente, Moshe se torna HaShem, que literalmente significa "O Nome", uma das formas dos judeus se referirem a Deus.
Então, consideremos: se o nome de Moisés soletrado de trás para frente se torna HaShem, refletindo a natureza divina do ser humano, o nome de Deus, soletrado de trás para frente, não deveria refletir, da mesma forma, algo essencial sobre o gênero humano? De fato, sim.
Observem o Yod-He-Vau-He [YHWH], o inefável nome de Deus. Conhecido como o Tetragrammaton, permitiu-se que o Nome fosse usado nas saudações diárias pelo menos até o ano 586 a.C., quando o Primeiro Templo foi destruído (Mishnah Berakhot 9, 5). Nesse tempo, sua pronúncia era permitida apenas aos sacerdotes (Mishnah Sotah 7, 6), que o pronunciavam em sua benção pública ao povo. Depois da morte do Sumo Sacerdote Shimon HaTzaddik, por volta do ano 300 a.C., (Talmud Babilônico, Tractate Yoma 39b), o nome foi pronunciado apenas pelo Sumo Sacerdote no Santo dos Santos no Yom Kippur (Mishnah Sotah 7:6; Mishnah Tamid 7, 2). Os sábios passavam a pronúncia do Nome aos seus discípulos apenas uma vez (alguns dizem duas vezes) a cada sete anos (Talmud Babilônico, Tractate Kiddushin 71a). Finalmente, com a destruição do Segundo Templo em 70 a.C., o Nome nunca mais foi pronunciado.
Mais tarde, alguns especularam que o Nome era pronunciado como "Jeová" ou possivelmente "Yahweh", mas os estudiosos não concordaram. Ninguém sabia com certeza como se pronunciava o inefável Nome de Deus.
Mas e se o Yod-He-Vau-He foi por muito tempo impronunciável pela simples razão de que está escrito ao contrário?
De trás para frente, o Nome de Deus se torna He-Vau-He-Yod. E essas duas sílabas, He-Vau e He-Yod, podem ser vocalizadas como os sons equivalentes dos pronomes hebraicos "hu" e "hi", que são traduzidos como "ele" e "ela" respectivamente . Combinando-os, He-Vau e He-Yod se torna "Ele-Ela".
Ele-Ela, eu acredito, é o impronunciável Nome de Deus! Esse segredo esteve escondido a olhos vistos durante todos esses anos, porque se afirma explicitamente na Torá: Deus criou a terra e as criaturas à própria imagem de Deus, masculino e feminino.
É desnecessário dizer que a noção de um Deus andrógino que cria essencialmente seres humanos andróginos tem profundas implicações. Há muito tempo, o Zohar, o livro de misticismo judeu por excelência, declarou: "É de incumbência de um homem ser sempre masculino e feminino" – uma afirmação estranha, especialmente no século XIII. Mas a nossa sociedade recentemente começou a mostrar sinais de ser capaz de entender e de querer aceitar esta mensagem.
Magalhães Luís
O Dr. James Garbarino, um dos especialistas mais influentes da nossa geração em desenvolvimento de crianças, observa que as chamadas "meninas tradicionais que tem apenas características `femininas` estão em desvantagem no que se refere ao coping [4]" e os chamados meninos tradicionais também estão em desvantagem. "Combinar os traços tradicionalment e femininos com os traços masculinos", escreveu Garbarino em "See Jane Hit", "contribui para uma maior resiliência".
O rabino Jeffrey Salkin, autor de "Searching for My Brothers", indica que as culturas judaicas e ocidentais mantiveram por muito tempo perspectivas diferentes sobre a questão da androginia. Enquanto a cultura ocidental diz "seja um homem", ele explica, a mensagem da cultura judaica sempre foi "seja um homem bom". Ser um homem bom – o que ele define como "masculinidade madura" – é "uma combinação tanto de traços masculinos quanto de femininos".
Em seu famoso livro "Deborah, Golda, and Me", a feminista judaica Letty Cottin Pogrebin desafia os judeus a "ampliar a capacidade do homem para as expressões emocionais e para o cuidado com a família, e a expandir as opções das crianças independentemen te de seu gênero. É possível", ela pergunta retoricamente, "que maiores oportunidades para as crianças, homens mais amorosos e mulheres mais competentes e confiantes não sejam bons para os judeus?".
Ao discutir o patriarcado em "The Torah: A Women’s Commentary", Rachel Adler comenta que o mundo "implora por reparos" – não apenas por causa das mulheres, mas por causa dos homens também. O trabalho do judaísmo reformado – de fato, o trabalho de todas as comunidades religiosas progressistas e igualitárias do mundo – requer um compromisso sempre mais profundo com esse reparo. Isso significa esforçar-se pela integridade em nós mesmos; com os nossos familiares; na relação entre si mesmo e a comunidade; e na relação entre as comunidades individuais e o mundo como um todo. Significa fazer tudo o que fizermos, nas palavras dos nossos místicos antigos, "l’shem yichud", basicamente pela causa da unificação de Deus.
Agora, baseados nessa nova compreensão de Deus como Ele-Ela, é o momento de livrar-nos da concepção estereotipada de Deus como um velho homem com uma longa barba branca nas nuvens. Pensar em Deus como Ele-Ela nos concede a liberdade de ver a Divindade como a totalidade de toda a energia masculina e feminina.
É o momento de considerarmos a mudança de nossas orações mais sagradas, particularmente aquelas que se referem a Deus como Senhor. Os antigos rabinos empregaram a palavra "Senhor" (Adonai, em hebraico) como um substituto respeitável para o impronunciável Tetragrammaton e recentemente alguns judeus reformistas – incluindo os editores de "The Torah: A Women’s Commentary" – preferiram não usá-lo. Com essa nova cognição do Tetragrammaton, podemos revisitar confiantemente nossa declaração de fé: "Shema Yisrael, Adonai Elohenu, Adonai Echad – Escuta, Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é Um" (Deuteronômio 6, 4) e afirmar, pelo contrário: "Shema Yisrael, Adonai Elohenu, Adonai Echad – Escuta, Israel, Ele-Ela é nosso Deus, Ele-Ela é Um".
É o momento de afirmarmos que a tradição de igualdade de gênero da reforma do judaísmo – que deu poder às mulheres para se tornarem rabinas, cantoras e líderes leigas da congregação – não é uma invenção moderna e, de certa forma, menos autêntica, mas sim emblemática da mais antiga concepção de Deus do judaísmo.
E é o momento de repensarmos como escolhemos passar adiante a nossa herança às próximas gerações. Se você já tentou ensinar Deus a uma classe de estudantes judeus precoces, você provavelmente já ouviu aquele sussurro do fundo da sala: "Sim, claro". Bem, recentemente eu aproveitei a oportunidade e ensinei a minha turma pós-bar/bat mitzvah a minha idéia do nome secreto de Deus e seu significado. Então, discutimos sobre o que isso implicaria em nossas relações entre nós mesmos e com Deus. Quando terminamos, uma das jovens voltou-se para os outros que estavam sentados ao redor da mesa e disse as palavras pelas quais os rabinos dão sua vida: "O judaísmo", ela exclamou, "é tão legal".
Notas:
1. O versículo, na edição Ave Maria, diz: "Porventura fui eu que concebi esse povo? Ou acaso fui eu que o dei à luz, para me dizerdes: leva-o em teu seio como a ama costuma levar o bebê, para a terra que, com juramento, prometi aos seus pais?". [voltar ao texto]
2. "Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela era a mãe de todos os viventes", na edição Ave Maria. Ou "O homem chamou sua mulher Eva, por ser a mãe de todos os viventes", na Bíblia de Jerusalém. [voltar ao texto]
3. "A jovem que vier buscar água e a quem eu disser: Dá-me de beber, por favor, um pouco de água de teu cântaro, e que responder Bebe, não somente tu, mas tirarei água também para os camelos, essa deverá ser a mulher que o Ssenhor destinou para o filho do meu senhor’." [voltar ao texto]
4. Coping é o termo da psicologia utilizado para designar o conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais desenvolvidas pelo sujeito para lidar com as exigências internas e externas que são avaliadas como excessivas (circunstâncias adversas ou estressantes), ou as reações emocionais dessas exigências. [voltar ao texto]
Para ler mais:
“Depois de Marcella Althaus-Reid, a Teologia da Libertação não pode continuar sendo a mesma”. Entrevista especial com Ivan Petrella
A Bíblia e as feministas
A Bíblia é sexista? Novas pesquisas afirmam que `machismo bíblico` é mito
Deus é pai ou mãe? Uma reflexão
Em nome da Mãe, da Filha e do...
Feminismo e retorno ao Jesus histórico
Jesus e as imagens sobre Deus: para além do masculino e do feminino
O rosto feminino de Deus
O Dr. James Garbarino, um dos especialistas mais influentes da nossa geração em desenvolvimento
O rabino Jeffrey Salkin, autor de "Searching for My Brothers", indica que as culturas judaicas e ocidentais mantiveram por muito tempo perspectivas diferentes sobre a questão da androginia. Enquanto a cultura ocidental diz "seja um homem", ele explica, a mensagem da cultura judaica sempre foi "seja um homem bom". Ser um homem bom – o que ele define como "masculinidade madura" – é "uma combinação tanto de traços masculinos quanto de femininos".
Em seu famoso livro "Deborah, Golda, and Me", a feminista judaica Letty Cottin Pogrebin desafia os judeus a "ampliar a capacidade do homem para as expressões emocionais e para o cuidado com a família, e a expandir as opções das crianças independentemen
Ao discutir o patriarcado em "The Torah: A Women’s Commentary", Rachel Adler comenta que o mundo "implora por reparos" – não apenas por causa das mulheres, mas por causa dos homens também. O trabalho do judaísmo reformado – de fato, o trabalho de todas as comunidades religiosas progressistas e igualitárias do mundo – requer um compromisso sempre mais profundo com esse reparo. Isso significa esforçar-se pela integridade em nós mesmos; com os nossos familiares; na relação entre si mesmo e a comunidade; e na relação entre as comunidades individuais e o mundo como um todo. Significa fazer tudo o que fizermos, nas palavras dos nossos místicos antigos, "l’shem yichud", basicamente pela causa da unificação de Deus.
Agora, baseados nessa nova compreensão de Deus como Ele-Ela, é o momento de livrar-nos da concepção estereotipada de Deus como um velho homem com uma longa barba branca nas nuvens. Pensar em Deus como Ele-Ela nos concede a liberdade de ver a Divindade como a totalidade de toda a energia masculina e feminina.
É o momento de considerarmos a mudança de nossas orações mais sagradas, particularmente
É o momento de afirmarmos que a tradição de igualdade de gênero da reforma do judaísmo – que deu poder às mulheres para se tornarem rabinas, cantoras e líderes leigas da congregação – não é uma invenção moderna e, de certa forma, menos autêntica, mas sim emblemática da mais antiga concepção de Deus do judaísmo.
E é o momento de repensarmos como escolhemos passar adiante a nossa herança às próximas gerações. Se você já tentou ensinar Deus a uma classe de estudantes judeus precoces, você provavelmente já ouviu aquele sussurro do fundo da sala: "Sim, claro". Bem, recentemente eu aproveitei a oportunidade e ensinei a minha turma pós-bar/bat mitzvah a minha idéia do nome secreto de Deus e seu significado. Então, discutimos sobre o que isso implicaria em nossas relações entre nós mesmos e com Deus. Quando terminamos, uma das jovens voltou-se para os outros que estavam sentados ao redor da mesa e disse as palavras pelas quais os rabinos dão sua vida: "O judaísmo", ela exclamou, "é tão legal".
Notas:
1. O versículo, na edição Ave Maria, diz: "Porventura fui eu que concebi esse povo? Ou acaso fui eu que o dei à luz, para me dizerdes: leva-o em teu seio como a ama costuma levar o bebê, para a terra que, com juramento, prometi aos seus pais?". [voltar ao texto]
2. "Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela era a mãe de todos os viventes", na edição Ave Maria. Ou "O homem chamou sua mulher Eva, por ser a mãe de todos os viventes", na Bíblia de Jerusalém. [voltar ao texto]
3. "A jovem que vier buscar água e a quem eu disser: Dá-me de beber, por favor, um pouco de água de teu cântaro, e que responder Bebe, não somente tu, mas tirarei água também para os camelos, essa deverá ser a mulher que o Ssenhor destinou para o filho do meu senhor’." [voltar ao texto]
4. Coping é o termo da psicologia utilizado para designar o conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais
Para ler mais:
“Depois de Marcella Althaus-Reid, a Teologia da Libertação não pode continuar sendo a mesma”. Entrevista especial com Ivan Petrella
A Bíblia e as feministas
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O rosto feminino de Deus