Ética e Utopia
23-08-2011[Campo Grande, BrasilTerça-feira, 30 de Abril de 2013]/gays-e-bissexuais-que-nasceram-na-igreja-hoje-lutam-contra-o-preconceito
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Magalhães Luís partilhou uma ligação através de Jerry Adriano Ferro Brasil.
Uma pergunta da "Internauata X":
- Responda se quiser !!!
Você disse que gosta dos extremos,
tudo bem, gosto, é eu gosto, mas
não entendi,
você é monge, casado com Jesus, foi separado para a castidade seja para cumprir o pacto ou a falta de libído; mas a mente pode aceitar, adequar a decisão,... mas os hormônios (mas as hormonas) não se convertem !!! Tendo a saúde perfeita, físico e mental
o macho se esquenta no “ver” e a mulher no “ouvir”, assim dizem os estudiosos. Como você consegue chegar no extremo - “ver” e continuar sem desejar??? Não esquenta??
Porque o comum é satisfazer ou esfriar na união com 1 outro corpo físico tu olhando, você não sente nada, consegue ser indiferente !!??
Enviada através da web
INTERNAUTA SHE-X:
Dei o exemplo de chegar na sua casa para comparar...
EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA E NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM
A salvação é morarmos com o PAI aonde ele estiver
EU LHES PREPARAREI UM LUGAR, VIREI OUTRA VEZ E VOS LEVAREI PARA MIM MESMO, PARA QUE ONDE EU ESTIVER VÓS TAMBÉM
se “não” aceitar Jesus como o caminho, como poderá 1 pessoa chegar ao Reinado sem conhecer o caminho ??!
predestinação não é a pessoa já “tem” a certeza da salvação, esta “separado” para morar com Deus??
então,
para isso acontecer antes de td precisa trilhar “o caminho” q leva ao Reinado
se a pessoa “não quer” trilhar, “não aceita” por algum motivo,
como chegara no destino certo ?!
Como poderá herdar aquilo que esta preparado para ele ??
Quando dei o exemplo de chegar na sua casa, não foi “direta”
mas foi para você comparar a “importância” de aceitar ser guiado, conduzido por aquele que “conhece” o caminho para chegar no destino pretendido!!
Jesus sabe o caminho pois ele é o próprio caminho para conduzir ao lugar preparado,
o homem sozinho, pela sua própria força e conhecimento não tem como chegar, mesmo tendo boa vontade ou sinceridade no coração !!
é necessário ser conduzido, guiado para alcançar o alvo.
Vou ti contar 1 segredo, eu não vou viajar para Portugal agora
mas se um dia puder viajar terei um prazer imenso em ti conhecer pessoalmente mas
não será o meu alvo principal, irei por um outro motivo importante e aproveitarei a estadia
mas
se tu não puderes ou não quiseres, não esquenta; temos a net e
a nossa comunicação pode continuar por aqui, a minha amizade e o carinho será sempre o mesmo
---
Magalhães Luís
À pergunta inicial respondo com o verbete "Estoicismo" (que é a capacidade do ser e não ser [a pessoa contingente] viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao Ser [o Hashem, a divindade não é contingente]) e com o verbete: "Ser actor profissional" (cumprir um papel romântico não significa que o namoro é real). Entendeu? Mas também não te vi nua e não te toquei. Fica o mistério no ar.
Espaço de orientação católica, mas aberto ao ecumenismo, destinado ao estudo e debate sobre espiritualidade e teologia. Liturgia diária, espiritualidade, estudos bíblico e teológicos, Campanha da Fraternidade, poesias, humor e muito mais...
Existe na predestinação os denominados "vasos de honra" e os "vasos de desonra" (psicopatas, terroristas, pedófilos compulsivos, sátiros, etc). Dentro dos vasos de honra temos diversos perfis ou pessoas. Desde os ateus, agnósticos, antinomianianos , os Boers defensores do apartheid, membros da Supremacia Branca, ortodoxos, coptas, calvinistas, luteranos, os puritanos, os batistas particulares, batistas reformados, os unitaristas, católicos progressistas e os outros, membros das Igrejas livres, etc.
Temos de tudo na predestinação calvinista e marista: na doutrina da absoluta predestinação, seja calvinista ou marista, culminando na perseverança dos santos, necessariamente resulta numa consciência muito condescendente e num descuido moral mas não pára aí pois vai até aos mais santos de reputação mundial em contraste com uma única e falsa dedução de consequências fictícias (http:// www.rhevistarh.c om.br/portal/ ?p=6259). E temos uma pergunta que ilustra isso com uma resposta sábia:
“Quais os frutos morais rivais as outras religiões têm para contrapor, se nós apontamos para a alta seriedade moral dos Puritanos e dos Santos?” (Abraham Kuyper e São Luís Maria Grignion de Montfort).
A doutrina ética se aplica em qualquer caso, desde um produto não cobrado no caixa de supermercado até uma quantia creditada em conta corrente que não nos pertence. O que vale, é a forma com que lidamos com cada situação e o que pensamos sobre ela. Sempre que oportuno, pergunto às pessoas o que elas pensam sobre ética e na maioria das respostas está o “estabelecer o que é certo e errado na vida”, “conduta que optamos em determinados momentos”, ou ainda, “ tomar decisões diante das situações em que ninguém saia prejudicado”. Mas, se cruzarmos estas respostas com a teoria de Daniel Goleman, sobre inteligência emocional, em que ele afirma que, nos momentos críticos, nosso cérebro rastreia suas informações sinápticas armazenadas, busca a melhor resposta e o faz agir ou paralisar de acordo com as experiências anteriores. Assim, façamos o seguinte raciocínio: se você está sendo assaltado e já viveu esta cena em outro momento, você vai optar pela defensiva ao ladrão ao invés do ataque e reação e que nosso cérebro não necessariamente responde aos estímulos da mesma forma. Daí , volto ao tema ética e questiono: se você passou por uma situação financeira extremamente crítica e encontra casualmente uma maleta 007 com um bilhão de euros, você vai responder com a devolução da mesma em uma delegacia por ser ético incondicionalme nte? Será que a situação experenciada de “dureza” não vai interferir na tomada de decisão?
A resposta é muito peculiar, mas vale relatar que na maioria das vezes em que as pessoas em uma determinada empresa versus situação, optam por não serem éticas, boicotam, criam redes clandestinas, jogam no ponto fraco, deduram, iniciam a rádio peão ou até mesmo se fingem de desentendida, tem total relação com seus próprios interesses que, de forma subjetiva agem o tempo todo dando direções inesperadas à situações plenamente previsíves.
Neste momento, a ética é de fato para poucos que humildemente esmagados sentem a conspiração e a pressão se torna quase que insuportável ao ponto de tomar decisões erradas e “sequestradas” de sua forma original.
A ética deve ser ensinada desde tenra idade, mostrando todas as suas faces boas e ruins, ampliando seu significado e saindo da ilusão de que o bem sempre vence o mal. Os heróis da infância permanecem em nossas mentes, mas pouco ou nada se encontra na rotina de nossas vidas.
Nem sempre aquele que aparentemente ético, é o mocinho e nem sempre aquele que age inescrupulosame nte é o vilão. É preciso estar atento aos sinais, discurso versus ação, coerência ao triangular fatos, cautela e muita observação.
Sobre a autora:
Cristina Piton Consultora há mais de 16 anos em Gestão Humana e Qualidade Total. Graduada em Educação Física pela FEFISA, pós graduada pela USP em Neurofisiologia Cardiovascular, Jornalista graduada pela FIAM. Atuação em treinamentos e palestras voltadas à gestão humana, expertise em assessoria geral de Call e Contact centers. Formou-se na Fundação Getúlio Vargas em diversos temas voltados ao comportamento humano e é sócia diretora da CP ONE INTELIGÊNCIA EM TALENTOS HUMANOS.
site: www.cpone.com.b
email: cristinapiton@c
Exemplo de um antinominiano: Temos a evidência feliz do crente Hugh Hefner que é o filho mais velho de pais protestantes e conservadores, Glenn e Grace Hefner, sendo descendente de importantes patriarcas puritanos do estado americano de Massachusetts, como William Bradford e John Winthrop.
O admirável mundo novo exigiu um fim à um medroso de idade. “Repressão puritana é realmente a chave que desvenda o mistério da minha vida”, Hefner.
Os seus pais desde a infância levavam o conservadorismo cristão ao pé da letra ao ponto de não compartilharem com os filhos questões voltadas a educação sexual, ou típicas. Glenn e Grace Hefner Swanson conheceram-se em 1911 numa igreja metodista social e tornam-se namorados na escola na área rural de Nebraska.
Após o casamento em Chicago no ano de 1921, Hugh Marston Hefner veio ao mundo cinco anos depois. O frio conservadorismo dos pais teria frustrado o desejo do menino de ternura e intimidade. Glenn nunca disse uma palavra sobre as questões sexuais de Hugh, ou o seu irmão mais novo. A sua mãe Glenn sofreu muito com o pai, avô de Hugh.. Quando Hugh descobre anos depois que o avô era um pervertido (o avô de Hugh foi preso aos 61 anos por acariciar meninas de 10 anos), ele culpou a tirania puritana sexual que torceu pessoas boas em deformidade triste, transformando no que é hoje.
Filho de cristãos, produto de uma vida marcada por incidentes que podem-se vincular a qualquer família, Hefner decidiu viver a sua vida dissolutamente (acção no plano antinominiano). O seu primeiro casamento frustrou-o, e a Playboy foi a extensão natural dessa vivência. Hugh Hefner tem uma fortuna pessoal avaliada em mais de 43 milhões de dólares. E o respeito de muitos ilustres personagens mundiais (http:// www.testosterona .blog.br/2009/ 06/12/ esse-e-macho-hug h-hefner/).
OS NOVOS DEZ MANDAMENTOS OU MITZVOT
1. Amarás o Universo Eterno, a Natureza e a Vida sobre todas as coisas. (Francisco de Assis).
2. Amarás a ti mesmo com o esquecimento e o mundo com a lembrança.
(Buda, Hannah Arendt)
3. Darás sempre início ao novo, pois os humanos, embora devam morrer, não nascem para morrer, mas para recomeçar. (Agostinho de Hipona, Hannah Arendt)
4. Não forjarás ideais contrários à Vida e à alegria de Viver. (Séneca, Lucrécio, Nietzsche)
5. Não te torturarás com o passado e com o futuro para não sofreres em vão. (Buda, Séneca, Nietzsche)
6. Só desejarás a justa medida das riquezas: primeiro, o necessário; segundo, o suficiente. (Séneca)
7. Não dirás que a tua vida é ou foi frustrada; vida alguma jamais frustra-se. (Séneca, Nietzsche, Henry James)
8. Não obedecerás sem pensar no que te leva a obedecer. (Hannah Arendt, Winnicott)
9. Não dirás que a tua verdade é a única, e sim aquela em que mais acreditas. (William James)
10. Não eternizarás este Decálogo. (Todas as Vítimas da Intolerância)
Folha de São Paulo, Caderno MAIS! 26 de Dezembro de 1.999 AD.
Magalhães Luís
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Por: Alberto Dines * O que preocupa não é o anti-semitismo de Mel Gibson, a questão é a resignação, sobretudo da hierarquia católica, à sua cruzada revisionista. Discutir “A Paixão de Cristo” apenas sob o ângulo estético ou histórico minimiza a importância do velho-novo estandarte teológico-político desfraldado com tanto sucesso pelo ator-cineasta. O cinema, arte das massas e ferramenta das revoluções no século XX, exige uma leitura essencialmente política. O lançamento do filme para coincidir com a Quaresma, não esconde a intenção de subverter a idéia da penitência para transformá-la em militância. Algumas comunidades judaicas da Diáspora sobressaltaram-se com a recuperação da idéia do deicídio proposta por Gibson. Durante quase vinte séculos, os “pérfidos judeus” foram segregados, perseguidos e massacrados na condição de assassinos de Ioshua, o Nazareno, da Casa de David. Guetos, pogroms, fogueiras e, sobretudo, a Inquisição são as herdeiras diretas desta obsessão vingativa. Apesar da humanização do Renascimento, a religião do rancor imperou até o Iluminismo, fins do século XVIII. Quase 100 anos depois, em 1870, quando a sociedade liberal era uma realidade e os judeus já eram considerados cidadãos iguais, o jornalista alemão Wilhelm Marr re-inventou o ódio coletivo, agora como justificativa para enfrentar a “conspiração para dominar o mundo”. Estava criado o anti-semitismo dito moderno, secular e “científico”, que espraiou-se pela Alemanha, Áustria, França e Rússia e do qual Adolf Hitler foi a expressão máxima. Mel Gibson nada tem a ver com as idéias de Marr, exatamente por isso afirma com tanta convicção que não é anti-semita. Seus ardentes seguidores, mesmo nas altas esferas intelectuais, recusam com toda a razão qualquer vinculação com o nazi-fascismo. São apenas reacionários. E, como tal, pretendem recolocar a religião no arsenal político e reabilitar a figura dos domini canis, os cães do Senhor, que os dominicanos auto-atribuiam-se e graças à qual tomaram conta da máquina do Santo Ofício para exterminar as heresias. A linha Gibson é a versão marqueteira do fundamentalismo católico, integrismo made in Hollywood. Seus líderes não tiveram a coragem de resistir abertamente à pregação do papa João XXIII e à tolerância produzida pelo Concílio Vaticano II (1962-1965) mas agora, quase quatro décadas depois, sentem-se suficientemente fortes para sepultá-las. Não insurgem-se contra a “Fidei Depositum”, Depósito da Fé, a constituição apostólica proclamada em 1992 cujo artigo 597 proíbe expressamente que os judeus sejam coletivamente responsabilizados pela morte de Jesus. Simplesmente o ignoram. O furor islâmico, a degradação da sociedade moderna e o crescimento exponencial das seitas evangélicas são, para os integristas católicos, o verdadeiro perigo. Os judeus e ódio aos judeus mais uma vez, são simples pretexto para acionar um fervor sem o qual seria impossível arregimentar multidões. Também na Europa medieval as pragas e pestes eram enfrentadas pela pregação exaltada contra os assassinos do Senhor. Bodes-expiatórios ideais, culpados preferenciais para todos os males, Hitler retomou o antigo delírio ao satanizar os judeus como fomentadores do bolchevismo e, ao mesmo tempo, sustentáculo do capitalismo. Da mesma forma com que os integristas submeteram-se à disciplina e aceitaram as mudanças conciliares, agora o mesmo monolitismo funciona na direção contrária ao impor uma obediência quase cega ao evangelho de Mel Gibson. Do Vaticano à CNBB, todos curvaram-se diante da veracidade duvidosa de uma obra ficcional, escravizados pela magia das imagens, submissos aos ancestrais preconceitos e novíssimos efeitos especiais. O Cardeal D. Cláudio Hummes, arcebispo metropolitano de S.Paulo, teve a sensibilidade e a grandeza para advertir que o filme de Gibson precisa ser visto à luz da conjuntura mundial e através dos filtros da fé produzidos a partir do Concílio Vaticano II. Foi exceção. A maioria prostrou-se diante do cantochão engendrado na velha T.F.P. e agora modernizado pelos entusiasmados militantes da Opus Dei e, fora do Brasil, da Legião de Cristo. As duas poderosas organizações internacionais, verdadeiras ordens leigas, estão sendo velozmente transformadas em vanguardas para a reabilitação do catolicismo que o concilio de 1962 tornou caduco. Enquanto não se tornam majoritárias, aí estão os judeus para serem apedrejados e os judas para serem malhados. Como ainda esperam o Messias devem pagar pela teimosia. Mel Gibson tem muitos amigos judeus, usou judeus no filme e promete outro sobre a revolta dos Macabeus contra a opressão romana. Purgado dos ódios, segundo confessa, apenas pretendeu produzir um eletrizante ato de fé. Não reparou que contribuiu decisivamente para lembrar os Autos da Fé.
* Alberto Dines é jornalista, sua coluna do Jornal do Brasil é reproduzida em dezenas de diários pelo Brasil, e é editor-responsável pelo site Observatório da Imprensa (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/index.asp). O presente artigo foi publicado na edição do dia 10/4/2004 do Jornal do Brasil.
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