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Católicos modernos. Nem só de jejuns se vive na Quaresma 



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    ANSELMO BORGES

    Ciência, espiritualidade e justiça

    por ANSELMO BORGESHoje62 comentários





    Quando se fala da Igreja e do mundo, há, à partida, um equívoco fundamental: a Igreja e as pessoas na Igreja querem dialogar com o mundo, como se também elas não fossem mundo. Ora, há um só mundo, no qual vivemos todos. Os cristãos também vivem neste único mundo, mas a partir da perspectiva do Deus revelado em Jesus Cristo. E dialogam com os outros, dando e recebendo luz, na procura comum da verdade e do sentido.
    O equívoco alarga-se e aprofunda-se com o perigo de os "quadros" da Igreja - padres, bispos, papa - poderem viver dentro de um mundo muito artificial: de modo geral, nascem dentro de famílias católicas tradicionais, são formados em ambientes fechados, seguem uma carreira sem riscos, não vivem intensamente o que constitui o grosso das preocupações das pessoas: emprego, filhos, casa...
    Foi, pois, para mim gratificante a entrevista de Leandro Sequeiros, um jesuíta que acaba de jubilar-se, após quase 50 anos vividos no meio universitário, a José Manuel Vidal. Trabalhou em cinco Universidades, dedicado sobretudo à Paleontologia. Daí, a afirmação: "A vida não se pode explicar a não ser a partir do ponto de vista da evolução."


  • Helena está determinada: até chegar a Páscoa, só vai ao Facebook de dois em dois dias. Bernardo embarca, todos os anos, num retiro de 72 horas em absoluto silêncio. Isabel quer estar 40 dias sem comprar uma única revista. Miguel deixou-se de doces e sobremesas. A maioria dos católicos já não cumpre à risca as recomendações da Igreja para a Quaresma – tempo de penitência, meditação e purificação através da prática do jejum, da esmola e da oração.

    Mesmo assim, ainda há quem leve o assunto a sério e até inove na hora de fazer sacrifícios. No caso de Miguel Machado, advogado estagiário e professor na Faculdade de Direito de Lisboa, viver a Quaresma a preceito já é tradição de família. Quando era miúdo construía, com os dois irmãos, um dado gigante. Em cada face estava escrita uma coisa de que gostassem “muito”. Aos domingos, na companhia dos pais, o dado rolava e, durante a semana, os três irmãos Machado abdicavam daquilo que a sorte ditasse. Miguel tem agora 24 anos e a Quaresma “mais difícil de sempre” pela frente – por estar dividido entre dois trabalhos com “horários exigentes”. Mas nem assim o advogado deixa de cumprir as obrigações de católico. Este ano, propôs-se coisas simples. “Como abdicar de doces e sobremesas, que são coisas que me dão muito prazer”, confessa. Os tempos de oração são reforçados e Miguel não se deita sem fazer um exame de consciência e escrever uma oração “acompanhada de uma pequena reflexão”. Quanto aos tradicionais jejuns de comida, o advogado é cauteloso: “Por vezes receio que os jejuns sirvam de desculpa para que os católicos não apostem nas coisas essenciais. De que serve não comer carne à sexta-feira se depois até vou a um restaurante de sushi caríssimo comer peixe?”, exemplifica, sublinhando que a Quaresma é um tempo de “transformação interior” em que o mais importante é “o encontro com Deus”. Com Deus e não só: “É tentar também ser melhor filho, melhor namorado, melhor amigo e até mais competente no trabalho”, diz.

    NUNCA MAIS FEZ FÉRIAS Desde que descobriu a “importância” da Quaresma, Isabel Figueiredo nunca mais teve coragem de ir de férias para o Algarve antes da Páscoa – um ritual que cumpria quase todos os anos. Sempre foi católica, mas só quando andava pela casa dos 20 anos descobriu “o significado” da Quaresma – depois de ter assistido a uma celebração da paixão de Cristo. “Nesse dia, muita coisa deixou de fazer sentido para mim”, recorda. Isabel tem agora 49 anos e não há nenhuma Quaresma em que não se empenhe nas celebrações da paróquia a que pertence ou não estabeleça pequenos desafios para cumprir até ser Páscoa. Este ano, por exemplo, deixou de comprar revistas. E não só: “Gosto de ter, todos os dias, uma flor fresca no gabinete de trabalho. Também deixei de comprar”, confessa. O dinheiro que angariar vai ser entregue à paróquia. Em casa de Isabel, em Carcavelos, as refeições são, nesta altura do ano, “mais frugais”. Mas ninguém deixa de comer.

    SEM FACEBOOK Mais radical é Helena Alarcão, licenciada em Arquitectura e com apenas 23 anos: desde os 16 que pratica o jejum total na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa, além do jejum da carne às sextas-feiras. O pior é quando há aniversários nessas datas ou é convidada para ir a casa de amigos. “Na minha idade, às sextas-feiras o normal é haver festas e jantares de anos. Mas vou na mesma e tento contornar a situação sem ser indelicada ou ofender”, explica. Por ser Quaresma, Helena faz ainda o “esforço” de rezar o terço todos os dias, enquanto caminha na rua ou vai nos transportes. Mas o grande desafio deste ano é outro: “Apercebi-me de que estava a perder muito tempo nas redes sociais e na internet. Propus a mim mesma, durante este período, só ir ao Facebook de dois em dois dias.” Porque Helena acredita que este também é um tipo de jejum. “O jejum deve ser das coisas que nos fazem mal ou que podem fazer mal a quem nos rodeia. Não falar mal de outras pessoas, por exemplo, também pode ser uma forma de jejum”, explica.

    TRABALHAR MAIS A família de Bernardo Sacadura é católica, mas nunca deu importância à Quaresma. “E eu só passei a dar quando me converti de verdade”, garante o consultor de 23 anos. “A Quaresma é um período de oração e em que rezar e estar mais perto de Deus se torna ainda mais importante”, explica. É por isso que, nesta altura do ano, Bernardo faz um retiro, em silêncio absoluto, de três dias. “Aproveito para fazer um balanço da minha vida do ponto de vista pessoal, profissional e da minha relação com Deus e com os outros.” Também nesta altura, Bernardo vai à igreja duas vezes por dia. De manhã, acorda com as galinhas para conseguir apanhar a missa das 7h30 antes de seguir para o escritório – onde procura “produzir mais” para poder sair a horas e dedicar-se novamente à oração. À sexta-feira pratica a abstinência da carne. “Mas o melhor jejum são pequenos gestos, como abdicar do melhor lugar ou lembrarmo-nos de que existem outras pessoas que não têm a sorte de ter as mesmas coisas que nós temos”, diz. Até que seja Páscoa, Bernardo recusa-se a repetir a comida às refeições. “Porque comer é, assumidamente, uma das coisas que me dão maior prazer.”

    Viver em sintonia com a Quaresma é que nem sempre é fácil: “Vivemos num mundo hedonista em que satisfazer os primeiros instintos é a maior prioridade na vida das pessoas. Tentar fugir a isto nem sempre é bem compreendido”, garante o consultor.


  • Fala-se muitas vezes de paixoes na net mesmo com pessoas k sao casadas , mas se a pessoa se apaixonou por outra é pk algo nao estava bem no casamento , concorda com isso ??????????????????????
    Concordo
    Devia se separar antes de se apaixonar por outro/a
      Nao concordo


       ·  ·  · há 37 minutos


    • Nunca deixou de acreditar em Deus. "A minha fé em Deus não é um puro assentimento racional a um credo abstracto. Deus não é uma ideia. Tão-pouco uma divindade difusa no oceano dos confins do cosmos, como defende a New Age. O meu ponto de partida é a adesão e o seguimento de Jesus de Nazaré. A sua relação com o Pai é que me ensinou a saber o que é Deus. Há uma experiência interior que se vai consolidando, encarnando e com que se convive amorosamente. O grande problema de muitos cientistas é que mantêm uma imagem infantil de Deus e essa imagem não se dá bem com a maturação de uma visão científica do mundo. O conflito cognitivo não se resolve e quebra na parte mais débil: a experiência interior. Sem vida interior, não é possível crer. Mas essa vida interior não é intimista, ausente da realidade. A experiência de Deus deve alimentar-se da experiência humana, do contacto com a vida, com a realidade dura, com as mordeduras na própria carne da injustiça de um mundo desigual. O clamor das vítimas sobe até Deus e alimenta a nossa consciência profunda."
      Portanto, "ciência, liberdade e justiça não são três mundos incomunicáveis". Pelo contrário, "não se pode ser cristão, sem ser desesperadamente humano". A ciência sem espiritualidade está vazia, dizia Einstein, mas "uma espiritualidade que não brota do contacto com a vida, com as injustiças de inumanidade, não é espiritualidade". Assim, "todo o ser humano deve viver do seu trabalho. Para mim, a Universidade era, entre outras coisas, um posto de trabalho", dependendo de um contrato.
      O nível intelectual está em baixa na Igreja? Algo que é fundamental: "Para poder exercer como intelectual, é necessário ter muita liberdade de espírito e muita maturidade. Com arrogância ou com medo, não se pode exercer de intelectual. E correm maus tempos para a liberdade."
      Muitos dos seus contactos são pessoas que consideram a Igreja uma instituição longínqua. "Mas creio que da parte da Igreja há um excesso de preocupação com este assunto. A vida é muito mais ampla do que as capelinhas." Como ter afeição por instituições religiosas fechadas em problemas que nada têm a ver com a vida? "A vida humana plena e libertadora é muitas vezes maior e primaveril do que a que se oferece a partir das instituições." Como declarou António Gala, "desejo que, quando morrer, na minha lápide escrevam: 'morreu vivo'".
      Convida à autocrítica: "aprendemos a viver num mundo plural e secular?" A verdade é que "sedução evangélica" só se vê em grupos à margem das Igrejas e das religiões. Por isso, "vários movimentos propugnam a convocação de um Vaticano III, e outros, mais ambiciosos, sonham com uma grande Assembleia inter-religiosa, na qual as religiões debatam o seu lugar nesta sociedade complexa". De qualquer modo, "ninguém deve ter privilégios: nem as Igrejas nem os partidos nem os políticos nem as culturas. Numa sociedade igualitária, são os Direitos Humanos que devem ser a norma de conduta".
      Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico


      • PUBLICAÇÕES ACTUALIZADAS

      • http://aminhahemerotecavideo.blogspot.com/2012/03/ciencia-espiritualidade-e-justica.html 

      • O POVO PORTUGUES SEMPRE FOI MUITO ORGULHOSO , DAI JA ESTAR TANTA GENTE A PASSAR FOME E MESMO ASSIM CONTINUAM A ESCONDER PARA K NAO SE SAIBA , NA REALIDADE Á CASOS MUITO TRISTES COM TANTA MEDIDA DE AUSTERIDADE ..........



        • 5 pessoas gostam disto.

          • Nilton Kris concordo consigo amigo
            há 21 minutos · 

          • Tania Pinto luis...nao tanta gente k passa fome...pk portugal é o país com mais obesidade em portugal,e ainda se veem muito pao no lixo
            há 15 minutos · 

          • Ana Paula é verdade Tania Pinto concordo, beijinhos.
            há 13 minutos ·  ·  1

          • Tania Pinto obrigada kerida...bjinho
            há 13 minutos ·  ·  1

          • Ana Paula de nada é a realidade.
            há 11 minutos · 

          • Ana Paula as pessoas preferem viver de aparências do que encarar os problemas de frente.
            há 10 minutos ·  ·  1

          • Tania Pinto verdade querida...
            há 9 minutos ·  ·  1

          • Ana Paula e outro factor há pessoas muito esquesitas e têm vergonha de fazer um trabalho qualquer só porque têm um curso, não é vergonha trabalhar seja no que for para mim entendo que seja dignidade.
            há 7 minutos ·  ·  1

          • Tania Pinto eu tmb penso assim...andei um tempo a lavar campas nos cemiterios...dava dinheirinho hihihi....



            • Maneiras diferentes de falar da mesma coisa

              “Anda uma pessoa a trabalhar no duro para depois dar nisto”, pensaria Andrew Bird se um dia lesse este texto. Na hipótese um bocado improvável de isso acontecer, ficam desde já as desculpas. Mas é que esta história da “consistência” pode ser uma característica maravilhosa, mas não quando é aplicada a um artista que já ouvimos demasiadas vezes descrito como “o gajo que assobia”. Apesar de estarmos eventualmente perante o conjunto de canções mais linear, e como tal, mais acessível que o cantautor já nos apresentou, era preferível que continuasse com a cabeça nas nuvens, a tentar transcender as ferramentas do seu ofício, que já se sabiam bem masterizadas. Se calhar o mal é mesmo esse. As competências de Andrew Bird enquanto escritor de óptimas canções estão sempre lá, mas sente-se aqui a falta de um safanão que abale um certo deslumbramento com as suas próprias artimanhas. Andou lá perto, em 2007 com “Armchair Apocrypha”, que continuará a ser aquele a recomendar perante alguém carente de assobios. R.L.E.



              Falar antes de pensar. (E tudo o que daí vem)

              O manifesto de intenções do segundo disco de Mike Hadreas (Perfume Genius, nome adoptado pelo compositor de Seattle) não demora muito a aparecer. O deliciosamente intitulado “Put Your Back N 2 It” vê todos os seus segredos postos a nu numa faixa de dois minutos e meio de nome “17” que chega como um momento final de dúvida, tensão sexual e auto-depreciação, apesar de nem sequer estarmos a meio da viagem. Uma viagem acompanhada de um piano, cordas, electrónicas suaves e uma voz frágil que nos remete para Antony ou Justin Vernon, com o sentimento de confissão que a isto vem agarrado. Mesmo nos seus momentos mais luminosos, há uma certa malevolência que nos assola em “Put Your Back N 2 It”. Como se estivéssemos a invadir um espaço que, à partida, só o autor poderia ocupar. Como se estivéssemos a fetichizar os seus fantasmas. Que esse medo não nos afaste de um dos mais honestos registos de estúdio do ainda jovem 2012. R.L.E.

              Menina robô, vai uma dança e um susto?

              Claire Boucher tem dupla personalidade. Quer meter medo e ser a nossa melhor amiga. Estende-nos a mão com melodias de casiotone e ritmos fabricados no seu portátil; mas sabemos que nem tudo é colorido, quando a voz, entre o agudo difícil de explicar e o falsete, nos avisa que vem daí tramóia, monstros desconhecidos, quartos escuros de susto. “Visions” (prontinho a entrar no campeonato dos títulos mais certeiros) é a banda sonora de um filme futurista, a adivinhar vidas de ficção científica, com carros voadores através de cidades onde chove sempre e nunca é de dia (sabe-se lá porquê). E Claire, que nos oferece uma falsa imagem de infância digital, fez tudo isto sozinha, esclarecida em todos os detalhes sobre o que funciona ou não – ainda que volta e meia se encoste às facilidades do digital. Quando não o faz, arranca canções geniais de ambientes inóspitos, sai de uma selva de circuitos e outros que tais sem nenhum arranhão, só brilho. T.P.



              • Tu e Mario Lucio Vicente Oliveira gostam disto.

                • Luís Magalhães http://www.ionline.pt/boa-vida/favor-aumentar-som-13 

                  www.ionline.pt 
                  “Anda uma pessoa a trabalhar no duro para depois dar nisto”, pensaria Andrew Bir...Ver mais
                  há alguns segundos ·  ·  1

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